"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sábado, 31 de agosto de 2013

PROJETO PORTO CUIABÁ


www.g1.com

A Prefeitura de Cuiabá apresentou no ultimo dia 27, projeto para revitalizar o Porto no valor de R$ 28,0 milhões e o prefeito quer pronto para a Copa. Veja no link abaixo a apresentação do projeto:

http://www.cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/apresentacaoporto.pdf

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MANIFESTO - "GRITO DAS CIDADES"

      Arquitetos e Urbanistas apoiados por diversos segmentos da sociedade 
reunidos no Simpósio com o título em epígrafe, no Auditório das Procuradorias 
do Ministério Público Estadual, no dia 14 de agosto passado, vêm dispor em 
público, as conclusões, recomendações e encaminhamentos tirados nesse 
Encontro.
     As cidades do Estado de Mato Grosso, principalmente aquelas conviventes 
direta ou indiretamente com a dinâmica do agronegócio e com as 
oportunidades econômico financeiras de nossa região de fronteira, mas 
também, aquelas marginalizadas das oportunidades de um desenvolvimento 
regional equilibrado, necessitam da implementação de uma Política articulada 
de planejamento e gestão urbana, orientada pelas escalas locais e regionais de 
planejamento, de forma a garantir o cumprimento do "Direito à Cidade" para 
todos.
     O Planejamento a que se refere este Manifesto é o Planejamento Urbano em 
todas as suas dimensões. Esse Planejamento deverá englobar tanto a 
elaboração continuada de projetos estruturantes quanto à elaboração e a 
condução de todos os "Projetos Especiais" captados a partir de repasses e 
financiamentos do Governo Federal, de Bancos Federais e de organismos 
externos de crédito, bem como, aqueles oriundos de parcerias públicoprivadas.
     A metodologia de implantação desse processo de Planejamento terá que ser
construída a partir de estruturas públicas e da sociedade civil e coordenadas 
por técnicos dos diversos campos do conhecimento. Essas estruturas públicas 
deverão ter a sua natureza voltada para o planejamento a curto, médio e longo 
prazo, deverão estar desvinculadas do cotidiano das ações de natureza 
executiva e ter em sua coordenação, profissional com competência e 
atribuições comprovadas para o seu exercício e com contingente de 
profissionais, de vinculação permanente, em número compatível com aqueles 
dos quadros de planejamento das cidades que nos servem de exemplo nesse 
campo.
     Essas estruturas devem estar vinculadas diretamente aos gestores do mais 
alto escalão de suas unidades federativas e disporem de canais institucionais 
diretos com as estruturas de representação da sociedade como Conselhos e 
fóruns de desenvolvimento urbano e ambiental.
     O Governo Estadual, em sua responsabilidade estruturadora da Rede de cidades do Estado, deverá ter como missão, a assunção dessas diretrizes em sua escala estadual, no fomento à consolidação das estruturas de Consórcios Municipais, como também na recém-criada Agência Metropolitana.
     O Simpósio estabeleceu como princípios norteadores do Planejamento os seguintes eixos:
- Mobilidade: Inversão do paradigma da concentração dos investimentos públicos nos
transportes motorizados individual, para o transporte motorizado coletivo e para os sistemas de mobilidade não motorizados trazendo os pedestres, as pessoas com deficiências e o transporte cicloviário para o primeiro plano de atenção.
- Política Habitacional: Ampliação do debate sobre a política habitacional, invertendo o
paradigma único da construção dos "conjuntos habitacionais", pela urbanização dos
assentamentos precários e sua regularização fundiária com a implementação do acesso de 
todos a uma política de Assistência Técnica para o projeto de execução, reforma e ampliação de moradias.
- Paisagem Urbana: Valorização da importância da adoção da Paisagem como significante de todos os projetos urbanísticos das cidades, tendo como elemento direcionador os rios e 
córregos de nossas cidades e, como elemento estruturante, o seu patrimônio material e 
imaterial.

Cuiabá, 14 de Agosto de 2013
Organizadores do Simpósio – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso 



NOTA - A origem do Manifesto  “ Grito das Cidades” se inspirou  na realidade atual de nossas cidades mato-grossense , na maior parte, sem planejamento urbano e  com politicas urbanas inexistentes . Diante desse cenário, o documento anexado visa sugerir diretrizes politicas a serem implantadas em conjunto com o poder público, de todas as esferas, e por técnicos para proporcionar cidades melhores para todos.
A manifestação teve apoio de várias entidades e órgãos importantes, entre eles, o Ministério Público Estadual, a Associação Mato-grossense dos Municípios, a Prefeitura Municipal de Cuiabá, Controladoria Geral da União, Sebrae-MT, Sinduscon-MT, IAB Nacional, CAU Brasil, Caixa Econômica Federal e Câmara Municipal de Cuiabá.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

DNIT, MATO GROSSO E CUIABÁ

José Antonio Lemos dos Santos

     Nem a merecida vitória do Luverdense sobre o campeão do mundial na semana passada em Lucas do Rio Verde, nem a liderança do Mixto na série “D” do campeonato nacional foram suficientes para conter minha indignação como mato-grossense e cuiabano contra o DNIT que agora, às vésperas da Copa, resolveu entrar em greve não pagando as obras da travessia urbana na capital de Mato Grosso compromissadas de data marcada com o mega evento planetário e tão importantes para a vida da cidade. Uma greve parcial é claro, pois o pagamento dos salários dos funcionários do órgão deve estar seguindo normalmente. Semana passada, junto com a alegria que nos deu o Luverdense – e não importa o que acontecer amanhã no jogo de volta no Pacaembu - veio a notícia de que a Trincheira da Jurumirim está paralisada há 3 meses por falta dos repasses do DNIT, irresponsabilidade federal que vem sendo coberta com recursos do estado, o qual não tem condições de prestar este socorro em todas as obras do complexo da travessia durante tanto tempo.
     Sucedâneo do antigo DNER, o DNIT é o órgão responsável pela precária e caótica logística de transportes no Brasil, muito pior em Mato Grosso. Na verdade o DNIT representa a continuidade histórica de décadas de pouco caso e menosprezo para com Mato Grosso por parte do governo federal na área de transportes. Basta lembrar a situação da Cuiabá-Santarém, não concluída até hoje depois de mais de 4 décadas de seu lançamento. Aliás, grande parte do que existe hoje foi feita pelo governo estadual que assumiu a obrigação federal e pavimentou por conta própria a BR-163 de Cuiabá a Sinop, e a BR-070 de Barra do Garças a Cáceres, passando pela capital. Foi na época do então governador Júlio, usando recursos conseguidos pelo seu antecessor Frederico, viabilizados pelo então senador Roberto, todos Campos, embora sem parentesco entre eles como diz a história. Lembro que o então presidente João Figueiredo chorou ao discursar em Sinop ao inaugurar o asfalto até Cuiabá. Emocionado ficou de ressarcir o estado pela grande obra e até hoje nada, a não ser a dívida e seus juros. 
     Seguindo a tradição, o DNIT é o órgão que conseguiu gastar 8 anos para concluir 13 Km de duplicação na Serra de São Vicente. Quanto tempo demorará o mesmo serviço entre Rondonópolis e Posto Gil? Será que a greve também paralisa estas obras? Quantos terão ainda que morrer em nossas rodovias? Ao mesmo tempo a ferrovia não sai de Rondonópolis rumo a Lucas a apenas 560 km, o povo morre, o produtor sofre, o meio ambiente degrada e o estado campeão nacional em produção agropecuária perde na competitividade de seus produtos que se desperdiça pelos caminhos. É o DNIT que nos humilha cada vez que um usuário de qualquer das BRs comenta que é só sair de Goiás ou Mato Grosso do Sul e entrar em Mato Grosso que as estradas acabam. Lá fora um tapete, aqui o descaso. Só nos resta engolir seco a sem-graceira. 
     Agora com a Copa, apareceu a oportunidade do Dnit realizar alguma coisa também importante por Mato Grosso, nem que seja pela obrigação moral da fazer bonito perante os olhos globais. A travessia urbana com as obras de interseção na antiga Perimetral e o novo Rodoanel são projetos de imenso impacto para Cuiabá. Justamente agora o DNIT entra em greve. Estranha-me também não se ouvir de nenhum dos nossos representantes políticos locais, estaduais e federais, ou outras lideranças qualquer protesto. Deixaram chegar a 3 meses este absurdo que significa mais que atraso nas obras, mas prejuízos para empresários, desconforto e sofrimento para a população. A pequena, pacata e simplória Cuiabá ganhou com a Copa um grande premio lotérico e tem direito a recebê-lo. Parece que ainda tem gente contra isso.

(Publicado em 27/08/2013 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

ARMA MÁXIMA

José Antonio Lemos dos Santos

     Numa das mais belas cenas do cinema, em “2001, Uma Odisseia no Espaço” Stanley Kubrick mostra como teria sido a primeira invenção humana, que para ele foi uma arma adaptada do osso de uma anta. Desde então o homem não parou de aperfeiçoá-las. Do tacape do osso da anta chegamos aos mísseis nucleares e outras invenções fantásticas destinadas a dobrar o adversário através da violência e da morte. Mas o século XXI nos reservou certamente a mais poderosa e cruel de todas as armas. Uma arma inimaginável à mais delirante ficção científica. Age sem explodir fisicamente e sem destruir bens materiais, mas acaba com a vida humana de forma atroz, não sem antes espalhar seus malefícios causando o maior número possível de vítimas e ceifando com elas as bases éticas, morais e institucionais de qualquer sociedade. O país fica oco de valores, dignidade e cidadania, pronto a ser ocupado. 

cenariomt.com.br

     A droga é a mais poderosa arma de destruição inventada pelo homem e é a maior ameaça a um povo ou país. Ela penetra as estruturas sociais e atua de dentro para fora como um forno micro-ondas. E o Brasil vem sendo sistematicamente bombardeado por essa poderosa arma. Cerca de dois anos atrás o Fantástico mostrou com clareza que o território de Mato Grosso é a principal plataforma de disseminação pelo país dessa arma letal que vem sangrando o Brasil, fato que vem se confirmando com frequência pela imprensa. O tráfico internacional se utiliza da fronteira mato-grossense para o arremesso em propriedades rurais de fardos com drogas, lançados por pequenas aeronaves em voos que escapam aos radares que fazem a segurança do espaço aéreo nacional. Nestas últimas semanas tivemos mais notícias de apreensões deste tipo. E as que não são descobertas e apreendidas? Durante o 2° Encontro de Fronteiras realizado em Cáceres em 2010, o assunto chegou a ser tratado, inclusive com a ideia da criação de uma Base Aérea na cidade utilizando a pista de pouso asfaltada ali existente e ociosa. Aliás, com a ociosidade e o tempo, será que essa pista ainda existe? 
      Saliente-se que jamais será suficientemente enaltecido o trabalho realizado com todas as dificuldades e riscos pelas polícias militar e civil do estado, polícia federal, polícias rodoviárias Federal e Estadual, e pelo Exército, bem como o contínuo apoio dos governos a essas ações terrestres. Mas, na questão do controle de nossa fronteira é indispensável considerar a importância do espaço aéreo. Por mais zelosas que sejam as ações em terra, dificilmente alcançarão êxito sem um apoio ostensivo aéreo, com aviões de verdade, portadores do intimidador e vitorioso emblema da gloriosa Força Aérea Brasileira. Mato Grosso é um dos únicos estados brasileiros a não ter uma Base Aérea, apesar de uma complicada fronteira de 1100 quilômetros. Mato Grosso do Sul tem e Rondônia também tem. Fica uma brecha de vulnerabilidade na segurança aérea nacional, justamente na fronteira de Mato Grosso. Por que Mato Grosso não tem uma Base Aérea até hoje? 
rmtonline.globo

     Cáceres tem posição estratégica para uma Base Aérea, a montante do Pantanal, equidistante das bases do Mato Grosso do Sul e de Rondônia, e com uma pista ociosa capaz de receber Boeings. Ao leigo parecem bastar alguns helicópteros, os versáteis Tucanos ou outra aeronave leve, baseados na área para se mostrarem presentes e em constante vigilância, rápidas o suficiente para interceptar os teco-tecos que tanto mal vem fazendo ao país, em especial a Cáceres e à Grande Cuiabá. Não se pode pensar em qualidade de vida urbana para os cidadãos brasileiros, para a Copa, para o Tricentenário e para sempre, sem pensar na segurança que começa lá na fronteira. 
(Publicado em 20/08/2013 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ELEFANTE DOURADO

José Antonio Lemos dos Santos

opiniaoenoticia.com.br

     A importante questão da viabilização pós-Copa 2014 das magníficas arenas é levantada na mídia com frequência, infelizmente nem sempre com a seriedade que requer. Por exemplo, no caso da Arena Pantanal ainda tem gente por esse Brasil afora que não engoliu Cuiabá como uma das sedes da Copa e utiliza o assunto para descredenciar a escolha da capital mato-grossense pela FIFA. Suponho até que alguns cronistas de renome nacional tinham compromisso com outras cidades pretendentes à sede perdida para Cuiabá, logo Cuiabá tão pacata, tão distante, tão impossível. Contudo o assunto é importante para todas as sedes. 
     Só com o público das arquibancadas o futebol brasileiro não resolverá o problema das maravilhosas arenas, uma questão que a meu ver só será resolvida quando o conceito das arenas se livrar da ideia dos antigos estádios de futebol. As novas arenas multifuncionais que se instalam hoje pelo mundo vão além e não podem ser confundidas com os antigos estádios. Trata-se de um novo tipo de edifício, resultante de um programa de necessidades novo, gerado a partir de demandas e possibilidades técnicas do mundo moderno, da internet, da fibra ótica e da TV via satélite. A arena moderna é filha do tempo atual, irmã das lan houses e tablets, assim como o anfiteatro romano, os aeroportos e shoppings centers foram novidades cada qual em sua época. As atuais arenas são complexas plataformas midiáticas globais para eventos que extrapolam o interesse local, podendo chegar ao nível da audiência planetária, como os casos de uma Copa do Mundo ou Olimpíada, ou um show do Rolling Stones. Sua viabilidade está em plateias nacionais e até mundiais possibilitadas pela TV e internet através de direitos de transmissão e publicidade, não mais pela antiga bilheteria local. 
     Para administrar um equipamento tão complexo não bastará a nomeação de um gerente para acender e apagar as luzes antes e depois dos jogos. É evidente que será preciso uma estrutura especializada para sua gestão e no caso da Arena Pantanal talvez até em conjunto com o Ginásio Aecim Tocantins, um complexo de investimentos bilionário. Sua estrutura de gestão deve trabalhar tendo como pano de fundo as potencialidades atrativas diferenciadas do Pantanal, Amazônia e cerrado, da Chapada e do Araguaia, do centro da América do Sul e do celeiro mundial de alimentos que é Mato Grosso, correndo o Brasil e o mundo propondo projetos e disputando com as outras arenas a agenda internacional de eventos esportivos, culturais e de negócios, com um ano ou dois de antecedência. Justo por ser a menor delas, a Arena Pantanal terá custos vantajosos em relação às suas coirmãs do Brasil. 
     Já finalizando suas obras, Mato Grosso terá o privilégio de uma dessas estruturas fantásticas, a ser pensada como poderosa ferramenta de estado para promoção de desenvolvimento regional. O mundo hoje é midiático, globalizado e plano. Só é periferia quem quer. Quem não estiver na vitrine global, não existe, fica para trás, morre. As arenas estão sendo inventadas e construídas para colocar um país, uma cidade ou região aos olhos do mundo, fazendo seu marketing, mostrando aquilo que tem para oferecer ao planeta. Será preciso aprender a pilotar essa nave galáctica que pousou em Cuiabá aproveitando as experiências semelhantes já existentes pelo mundo e as que começam a acontecer no Brasil. Nada de elefantes brancos! Na verdade Mato Grosso terá à sua disposição a força de um elefante dourado para impulsioná-lo ainda mais em sua integração produtiva com o planeta, levando suas potencialidades, produtos e belezas naturais aos olhos globais, gerando emprego, renda e qualidade de vida para sua população. Grandeza de visão e competência gestora são os próximos desafios. 
(Publicado em 130813 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O PAPA E NOSSAS CIDADES

José Antonio Lemos dos Santos

noticias.uol.com.br

     A visita do papa Francisco ao Brasil ultrapassou em muito sua dimensão religiosa e sacudiu o país em todos os setores. No mínimo deixou farto material a ser estudado, inclusive no campo do planejamento de proteção de altas autoridades. A alteração de última hora em seu trajeto de chegada ao Rio, desconhecido até pelas autoridades locais, desarmaria qualquer tipo de atentado hipoteticamente planejado, permitindo à Sua Santidade a utilização de um carro simples, com vidro aberto. Nada aconteceu que desrespeitasse a figura do Santo Padre. Teria sido uma estratégia consciente ou uma irresponsabilidade dos serviços de segurança? Ou foi mais uma das bem vindas determinações inovadoras de Francisco? Não há como não lembrar o assassinato do presidente Kennedy a bordo do Lincoln presidencial conversível com hora e trajeto marcados. De outro lado, deixando a hipótese dos atentados hoje tão comuns, não seria muito mais arriscado expor o papa em um carro, mesmo que blindado no centro de uma aglomeração de 1 milhão de pessoas como a que havia se reunido dias antes no Rio e que aconteciam em todo país embaladas pela indignação política geral, pela disponibilização midiática global da Copa das Confederações e pela força de aglutinação das redes sociais? 
     Contudo, dentre as muitas lições do Papa Francisco pinço aquela que mais se aproximaria ao caso da gestão das cidades. Foi proferida no Teatro Municipal do Rio de Janeiro quando disse que o “futuro exige hoje a tarefa de reabilitar a Política, que é uma das formas mais altas da Caridade.” Interessante é que está frase que eu ouvira “ao vivo” pela TV não encontrei nas “transcrições na íntegra” a que recorri depois na internet. Na dúvida, consultei aos vídeos do Youtube e a frase está lá. Mas por que me atraiu esta frase em um discurso cheio de ensinamentos preciosos? Justamente a colocação da Política como uma das mais elevadas formas da Caridade, coisas que parecem tão opostas ao senso comum atual brasileiro. Nada mais “nada a ver” do que Política e Caridade. No entanto o papa Francisco colocou a Política como “uma das formas mais altas da Caridade”, e afirmou, com a ênfase da repetição, ser urgente reabilitá-la.
     O que a Política teria a ver com a Caridade? Reflito. Em uma República, a verdadeira Política, a com “P” maiúsculo é a arte da disputa pelo poder tendo em vista a realização do bem comum, da coisa pública, a “res-publica”. O verdadeiro político seria então aquele que se dedica a trabalhar pelo bem de todos. Sem dúvida, uma forma elevada da Caridade. Não pode jamais ser confundida com a política com “p” minúsculo, também conhecida como politicagem, que se dá em função de interesses pessoais, ou de grupos partidários, econômicos, corporativos etc. Contra esta situação é que o povo foi às ruas, repelindo a companhia de figuras ou bandeiras da nossa atual política.
     A cidade é o bem comum por excelência, a grande casa, a construção coletiva que envolve a todos. Deveria ser a coisa pública mais palpável. No entanto as cidades brasileiras de um modo geral foram transformadas em butins eleitorais, tomadas pela classe política como objetos de barganhas eleitoreiras que as conduzem de forma acelerada ao caos e à metástase urbana que assistimos e sofremos. Fica cada vez mais claro que as cidades brasileiras só terão a qualidade que a população exige e tem direito no dia em que forem retomadas pela cidadania. O resgate da cidade pelo cidadão, seu verdadeiro dono, passa pelo resgate do bem comum como objetivo máximo de uma nação, a reproclamação da República e, como me disse Francisco, a reabilitação da verdadeira Política como a principal ferramenta de sua realização. 
(Publicado em 06/08/13 pelo Diário de Cuiabá)

domingo, 4 de agosto de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA

Veja como estava a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de agosto de 2013. Todas as vigas dos monumentais  pórticos foram alçadas.  Ao final desta postagem tem uma reportagem da TVCA de final de julho sobre o cronograma da obra, bem como um link do G1.com.br com um galeria de fotos internas da obra no mês trasado. Veja:


Foto: José Lemos
Dá para comparar com a situação em  4 de julho de 2013:  
Foto: José Lemos

E com a do mês de junho (04/06/13:


Foto: José Lemos

Ou no início do ano passado (14/01/12):
Foto: José Lemos


É para ficar pronta em outubro de 2013. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:

Veja no link  abaixo reportagem de final de julho/13 da TVCA sobre a obra:

Veja no link abaixo uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente postadas ontem (04/06/13):


No link abaixo tem também uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente no mês passado (02/05/13):


Reveja a reportagem do Bom Dia Mato Grosso do dia 4 de janeiro passado sobre as obras:

http://g1.globo.com/videos/mato-grosso/bom-dia-mt/t/edicoes/v/novo-turno-de-trabalho-e-implantado-na-construcao-da-arena-pantanal/2326756/

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TRINCHEIRA DO SANTA ROSA


Veja a evolução da Trincheira do Santa Rosa em 2 meses de obras, entre 31/05/13, 01/07/13 e 01/08/13:

31/05/13                                                                    Foto FCLS

01/07/13                                                                    FotoFCLS
01/08/13                                                                    FotoFCLS