"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



terça-feira, 29 de setembro de 2015

CIDADES E FRONTEIRA

www.fab.mil.br

José Antonio Lemos dos Santos

     Stanley Kubrick em “2001, uma odisseia no espaço” nos mostra numa das mais belas cenas do cinema o alvorecer da humanidade com o homem criando seu primeiro invento, que teria sido uma arma adaptada do osso de uma anta. Desde então o homem não parou de aperfeiçoá-las. Da borduna do osso da anta chegamos aos mísseis nucleares e outras invenções fantásticas destinadas a dobrar o adversário com a violência e a morte. O século XXI, porém, nos reservou a mais poderosa e cruel de todas elas, inimaginável à mais delirante ficção científica. Age sem explodir e sem destruir bens materiais, mas acaba com a vida humana de forma atroz, não sem antes espalhar seus malefícios ao maior número possível de vítimas e ceifando com elas as bases éticas, morais e institucionais de qualquer sociedade. O país fica oco de valores, dignidade e cidadania, pronto para ser dominado.
     A droga é esta mais poderosa arma de destruição e é a maior ameaça a um povo ou país. Ela penetra as estruturas sociais e atua de dentro para fora como um forno micro-ondas. E o Brasil vem sendo sistematicamente bombardeado por essa poderosa arma. Há alguns anos o Fantástico mostrou que o território de Mato Grosso é a principal plataforma de disseminação pelo país dessa arma letal que sangra o Brasil, fato que se confirma com frequência pela imprensa. O tráfico internacional se utiliza da fronteira mato-grossense para o arremesso em propriedades rurais de fardos com drogas, lançados por pequenas aeronaves em voos que escapam aos radares que fazem a segurança do espaço aéreo nacional. Vez por outra temos notícias de apreensões deste tipo. E quantas remessas não são detectadas? Há décadas discute-se o assunto em Mato Grosso, inclusive abordando a ideia da criação de uma Base Aérea em Cáceres utilizando a pista de pouso asfaltada ali existente e ociosa, e na semana passada em Goiânia o governador Pedro Taques cobrou da União medidas efetivas para assegurar a necessária segurança na nossa fronteira. E tem que cobrar mesmo, afinal nossas cidades estão diretamente expostas a este violento bombardeio.
        Jamais será suficientemente enaltecido o trabalho realizado com todas as dificuldades e riscos pelas polícias militar e civil do estado, polícia federal, polícias rodoviárias federal e estadual, e pelo Exército, em ações terrestres. Mas, na questão do controle de nossa fronteira é indispensável considerar a importância do espaço aéreo. Por mais zelosas que sejam as ações em terra, dificilmente alcançarão êxito sem um apoio ostensivo aéreo, com aviões de verdade, portadores do intimidador e vitorioso emblema da gloriosa Força Aérea Brasileira. Mato Grosso é um dos únicos estados brasileiros a não ter uma Base Aérea, apesar de uma complicada fronteira de 1100 quilômetros. Mato Grosso do Sul tem e Rondônia também tem. Fica uma brecha de vulnerabilidade na segurança aérea nacional, justamente na fronteira de Mato Grosso, por onde o país vem sendo bombardeado. Por que Mato Grosso não tem uma Base Aérea até hoje?
     Cáceres tem posição estratégica para uma Base Aérea, a montante do Pantanal, equidistante das bases do Mato Grosso do Sul e de Rondônia, e com uma pista ociosa capaz de receber Boeings. Ao leigo parece bastar alguns helicópteros, alguns Tucanos ou outra aeronave leve baseados na área para se mostrarem presentes e em constante vigilância, rápidas o suficiente para interceptar os teco-tecos que tanto mal vem fazendo ao país, em especial a Cáceres e à Grande Cuiabá. Não se pode pensar em qualidade de vida urbana para os cidadãos brasileiros, para Mato Grosso e para Cuiabá, às vésperas de seu Tricentenário, sem pensar na segurança que começa lá na fronteira.
(Publicado em 28/09/15 pelo Página do Enock, em 29/09/15 pelo Midianews e Jornal Oeste, ...)

sábado, 26 de setembro de 2015

POETA



O artista de bem com a vida consegue enxergar poesia onde nós normais só conseguimos ver fumaça, calor e poeira.
(Ademar Poppi é arquiteto e urbanista, e professor universitário. Poeta na fotografia.)

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

FIM DOS SHOPPINGS?

Randall Park Mall, North Randall, Ohio, EUA - architecturalafterlife.com


Veja no link abaixo interessante matéria da BBC sobre o estágio de evolução dos shoppings centers nos EUA. Seria uma tendência geral ou só uma crise temporária?

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141219_vert_cul_fim_shopping

Rolling Acres Mall, Akron, EUA  -                architecturalafterlife.com