"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



terça-feira, 21 de abril de 2015

TIRADENTES E NÓS

Óleo de Washington Rodrigues - Museu de História Natural, RJ

José Antonio Lemos dos Santos

     Abril, mês em que comemoramos a figura de Tiradentes é também o mês em que encerra o prazo para a declaração do Imposto de Renda e o recolhimento aos cofres públicos do saldo ainda devedor eventualmente apurado. É bem provável que esta coincidência de datas seja apenas mais uma daquelas finas ironias que a história vez em quando oferece desafiando o poder de reflexão das pessoas. Aproveitemos. 
     Tiradentes morreu porque conspirou contra o Quinto cobrado pela Coroa Portuguesa e que significava 20% do que ouro produzido! Por essa causa rebelou-se contra a Coroa, propôs a independência do Brasil, e foi traído, enforcado, com seu corpo esquartejado. Seus restos foram exibidos em diversos pontos bem visíveis pelo povo, e sua cabeça exposta na praça pública de Vila Rica. Em 2014, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), no ano da Copa, o brasileiro arcou com uma carga tributária de 41,37%. Trocando em miúdos isso significa que de tudo o que produzimos, entregamos, em média, mais de 41% para o governo, isto é, para os governos federal, estaduais e municipais somente para manter uma máquina político-administrativa perdulária, improdutiva e que se mostra cada vez mais voraz e cada vez mais corrupta. Traduzindo em dias trabalhados, o brasileiro teve que trabalhar 151 dias em 2014, até o dia 31 de maio, exclusivamente para alimentar a sanha dos governos, inclusos Executivo, Legislativo e Judiciário. Só ficou livre em junho para vibrar com a Copa e com a nossa heptagoleada seleção canarinho. Podemos esperar que neste 2015, vamos invadir o mês de junho “carregando pedras feito penitentes, erguendo estranhas catedrais”, como já cantou um  dia o Chico Buarque dos bons tempos. 
     Não se trata de atacar este ou aquele governo. A voracidade fiscal vem de muito tempo. Em 1947, quando tínhamos o cuiabano Eurico Gaspar Dutra como Presidente, a mordida do governo ficava em 13,8% do PIB e em 1962 era 15,8%, tendo chegado aos “insuportáveis” 18,7% em 1957, quando da construção de Brasília. Em 1992 já girava em torno dos 26% e de lá para cá disparou, chegando em 1994 aos 29,8%, 35,84% em 2002 e para mais de 41% no ano passado. Quanto será este ano? Governar assim é fácil, principalmente quando não se tem a menor preocupação em oferecer a infraestrutura e os serviços públicos de qualidade em troca de tão generosa contribuição. Só que agora a situação é pior. Não bastasse a expropriação voraz do produto do trabalho brasileiro hoje ela vem com o deboche e o escárnio da parte de bandidos, delatores ou não, elevados à condição de “heróis da pátria” que somos obrigados, impotentes e envergonhados, a engolir cotidianamente em nossas salas diante de nossos filhos e netos. Até onde vamos? 
     Tiradentes virou herói nacional com a República. Mas sua imagem também foi sendo pouco a pouco adaptada aos interesses do poder. Virou o herói da Liberdade, da Independência e da Democracia, sem referência à sua principal luta, contra a opressão fiscal a que era submetido o povo brasileiro pelo governo da época. Transformaram-no em um herói aceitável, cooptado com suas barbas longas como as de um profeta e sua túnica angelicalmente alva como se fosse um daqueles doces e meigos santinhos de papel. 
Tiradentes Esquartejado - Pedro Américo, Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora, MG

     Tiradentes, patrono dos nossos valorosos policiais militares é um herói atualíssimo que precisa ser resgatado na essência de sua mais importante luta. Quem dera sua figura inspirasse um pouco de bravura aos seus conterrâneos, impelindo-os a exigir que a coisa pública seja um dia tratada, não como um butim apropriado por uma minoria, mas com o devido respeito republicano, em favor de todo o povo brasileiro.
(Publicado em 20/04/2015 pelo site HiperNotícias e em 220415 pelos sites Midianews, JornalOeste, Turma do Epa )

Comentários:
No Facebook
Roberto Loureiro 210415  Uma ótima abordagem sobre um tema que a maioria dos brasileiros desconhece.Merece ser reverberada em toda mídia destepaiz.Parabéns
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José Afonso Botura Portocarrero

19:52 (Há 17 horas)
para mim
Parabens Jose Antonio, irreparavel e contundente o artigo de hoje sobre Tiradentes e nos!
Abracos,

JoseAfonso

No Blog
Maristella Carvalho21 de abril de 2015 11:49
Caro José Antônio, como sempre é um prazer mental ler um artigo seu e o de hoje, muito bom desde o principio, tem um final pleno de esperança: "Quem dera sua figura (de Tiradentes) inspirasse um pouco de bravura aos seus conterrâneos, impelindo-os a exigir que a coisa pública seja um dia tratada, não como um butim apropriado por uma minoria, mas com o devido respeito republicano, em favor de todo o povo brasileiro". Seus artigos nos ajudam a ligar os nossos "reatores" no rendimento máximo para alterar o que ainda é possível modificar. Usando as velhas palavras de ordem: "Unidos venceremos".
Grande abraço, Maristella

No Midianews:
Hélio Santos  22.04.15 14h13
Professor, desculpe-me, mas gostaria de lhe dizer algumas coisas. O senhor quer passar a ideia de que pagamos muitos impostos, mas não recebemos os serviços que por direito deveríamos receber. Está certo, em parte, porque recebemos sim serviços. Temos uma rede de saúde pública que, se não funciona corretamente, funciona e bem. O senhor já precisou alguma vez do SUS? Se não, deveria utilizar alguma vez para saber que o serviço funciona sim. Há problemas? É claro que há, mas não é com esse tipo de critica que resolveremos, mas com cobrança. Ah sim, demora-se muito para ser atendido. Mas há atendimento. Precisa melhorar, sobretudo com condições mais dignas para os cidadãos que precisam e aqueles que fazem funcionar, sim, precisa melhorar. Na educação, temos um sistema que também precisa melhorar, mas veja uma coisa: se não tivesse esse sistema público de educação, quantos cidadãos como eu teriam condições de estudar o fundamental, o médio, a graduação, o mestrado e ou doutorado? Fiz tudo isso sem pagar diretamente um centavo sequer. Graças a que? Aos impostos pagos. Assim com na saúde pública, na educação pública também há problemas, é claro que há. Mas devemos trabalhar para melhorar e não tratar como se não fosse oferecido nada com nossos impostos. (Continua)

Hélio Santos  22.04.15 14h14
(Continuação) Já que o senhor terminou o texto dizendo que Tiradentes precisa ser resgatado na sua essência, creio que seria bom o senhor mesmo começar esse resgate. Infelizmente, se o senhor procurar corretamente informações sobre o nosso herói, verá que estás um pouco desatualizado sobre o mesmo. Tiradentes não lutou pela independência do Brasil, seu projeto era muito mais restrito. Mas, acho melhor o senhor mesmo procurar informações mais atualizadas. Sugiro que comece com um pequeno texto de José Murilo de Carvalho, intitulado “Tiradentes: um herói para a República”. Depois passe para um texto mais longo, um livro como O manto de Penélope, de João Pinto Furtado. Leia-os e depois confronte sua visão atual sobre o herói. Verás que, realmente, o senhor tem razão: Tiradentes precisa ser resgatado em sua essência, pois até mesmo o senhor o desconhece.

terça-feira, 14 de abril de 2015

BRT, VLT, E PASSE LIVRE UNIVERSAL

Ilustração do prof. José Maria Andrade, especial para o meu livro "Cuiabá e a Copa - A preparação

José Antonio Lemos dos Santos

     BRT ou VLT, a questão que nos azucrinou por algum tempo volta nestes 4 primeiros meses do ano com ares de quem quer ficar. Cheguei a escrever um artigo intitulado “SOU BRT” em março de 2011, época em que se propunha o VLT em lugar do BRT, este já com projeto e financiamento aprovados, uma discussão que me parecia extemporânea, pois o prazo era insuficiente para o caso da preparação de um novo projeto de tamanha complexidade e sua execução até a Copa em 2014. Optou-se enfim pela troca do modal e deu no que deu. 
     Argumentava no artigo que além das vantagens do BRT ser de criação nacional, tinha ainda a conveniência de poder rodar com o biodiesel, combustível praticamente inventado em Cuiabá, onde funcionou sua primeira usina e onde rodaram seus primeiros ônibus em testes. E o principal, sempre entendi que essa questão dependia menos dos tipos de modais envolvidos do que do plano de mobilidade urbana e de gestão intergovernamental que os articularia em um sistema integrado. Passados anos da troca pelo VLT, até hoje não vi qualquer esboço desses planos. Já gastos e parados (quanto custa?) cerca de R$ 1,0 bilhão de reais no VLT, confesso que hoje sou simpático a ele, até porque uma vez quebrados os ovos, temos que ao menos fazer uma boa omelete com eles. Mas a busca da solução para esse problema não é para programas de auditórios, tem que ser em bases técnicas, a mesma técnica que foi desprezada quando da troca de modais. 
     Hoje o transporte público eficiente é condição indispensável à vida das cidades, do banco à borracharia, da fábrica à escola, da mansão ao barraco, do patrão ao operário. Basta ver o colapso geral das cidades nas greves de ônibus. Ou atentar para os custos de sua precariedade. Pesquisa do FIRJAN mostra que em 2013 o custo dos congestionamentos só no Rio e São Paulo atingiu a incrível cifra de R$ 98 bilhões. Cerca de 8% de cada PIB metropolitano por ano, queimados em fumaça, horas de trabalho e de convivência familiar perdidas, sem contar o estresse, acidentes e mortes. Em termos dos PIBs de Cuiabá e Várzea Grande seria algo em torno de R$ 1,2 bilhão por ano. Doze vezes o novo pronto-socorro de Cuiabá, equipado. Por ano!
     Porém, esta grande encrenca forçará a sociedade a rediscutir o sistema de transporte público como um todo, os conceitos em que se baseia e, em especial, sua forma de financiamento. Na verdade o sistema de transporte público está em colapso em todo o Brasil, implicando na falência da mobilidade nas cidades brasileiras. Em Cuiabá a solução passa ainda pela implantação efetiva da Região Metropolitana. Hoje, não só o VLT é inviável, mas o BRT e até o ônibus, que a R$ 3,10 também é caro. A solução passará pela compreensão de que a mobilidade urbana interessa a todos e o transporte coletivo é fundamental para a mobilidade, assim, seus custos devem ser arcados por todos, não só pelos usuários, justo aqueles que deveriam ser premiados. Um mal que veio para o bem?
     Não se trata de instituir um novo imposto, mas uma forma de redistribuir com todos os beneficiários o custo, o “imposto” que já está sendo pago diretamente por apenas uma parte da população e, indiretamente, por todos através das imensas deseconomias e do quase total colapso na qualidade de vida oferecida pelas cidades. A saída parece ser o passe livre universal, aquele que qual o povo saiu às ruas em 2013. Seu modelo de financiamento poderia ser algo como o que se pratica com a iluminação pública? Não sei. Mas esta é uma solução da qual depende o futuro das cidades brasileiras. E de Cuiabá. 

(Publicado em 14/04/2015 pelo Diário de Cuiabá, Midianews, Folhamax)

Comentários:
No Midianews:
Nivio Melhorança  14.04.15 22h18
Simples e contundente! Qualquer que fosse o modal teria que ser subsidiado, fato que levou compreensivelmente o prefeito à ėpoca a reverter do VLT para BRT. Nas atuais circunstâncias o transporte público livre è o ideal como opina o artculista
Noi Scheffer  14.04.15 10h07
Ótima analise, mas por favor, passe livre já tem demais. Só vai provocar outras distorções. Cada um pague pelo que usa. Vamos parar de utopias socialistas meu caro. Todos pagando, todos vão pagar menos.
Robélio Orbe  14.04.15 09h27
Caro Sr. José, o problema não é ser ou não simpático ao VLT, mas sim no que se propunha na época sa escolha do melhor modal de transporte público para a região metropolina em vistas às obras da Copa da FIFA. Está muito claro a real intenção da escolha do modal pelos políticos da época, e nem de longe se pensou no bem estar da populção cuiabana, ou do futuro de Cuiabá. O VLT transformou-senum propinódromo, e na maior BUCHA,uma BOMBA RELÓGIO nas máos do atual governo. Nem precisa ser arquiteto ou engenheiro para saber que não existe qualidade em nenhuma das obras realizadas até o presente momento. Nem quero ver no noticiário o descarrilamento de trem quando descerem a FEB. Esses trilhos possuem nivelamento? DUVIDO!

No FolhaMax:
Jonatad  Terça-Feira  14 de abril de 2015 13h19
Errado. Nao se deve pensar que o VLT é somente um trasporte urbano. Ele é um equipamento da CIDADE. Nai ficou pronto pois a classe politica nao deixou.

sábado, 11 de abril de 2015

COM MERCADO AQUECIDO, CUIABÁ TEM 124 PRÉDIOS EM CONSTRUÇÃO

Foto André Souza/G1

10/04/2015 15h16 - Atualizado em 10/04/2015 16h02

De 2012 até 2014, 11,1 mil apartamentos em 240 prédios foram entregues.
Preço de imóveis tem se mantido após Copa; maioria tem entre 60 e 90 m2.

Pollyana AraújoDo G1 MT
Depois de atingir a projeção feita para os últimos três anos, o mercado imobiliário continua aquecido em Cuiabá. De 2012 até o ano passado, 11.199 apartamentos em 240 prédios foram entregues na capital e, atualmente, 124 obras estão sendo construídas, com previsão de conclusão até 2017. Esses novos prédios têm 6.394 moradias, que custam de R$ 170 mil a valores acima de R$ 800 mil.
Diferente do que o previsto, os preços dos imóveis não caíram após a Copa do Mundo, em junho do ano passado, segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi).
"Essa informação não tinha fundamento e os imóveis continuam valorizando", afirmou o presidente do sindicato, Marco Pessoz. Segundo ele, os preços dos imóveis quadruplicaram. Contudo, o reajuste ocorreu para corrigir a desafagem acumulada em 10 anos. "O valor foi recuperado, por que já tinha 10 anos que estava parado", pontuou.
(Leia mais em http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2015/04/com-mercado-aquecido-cuiaba-tem-124-predios-em-construcao.html )

quarta-feira, 8 de abril de 2015

CUIABÁ 300-4

brasilcidade.com.br

José Antonio Lemos dos Santos

     Desde o anúncio da sede da Copa em Cuiabá tenho repetido cada vez mais convicto que esse grande evento foi um artifício do Senhor Bom Jesus para um choque em nós cuiabanos fazendo-nos entender os novos tempos que a cidade vive e, assim, prepará-la condignamente para o seu Tricentenário. Com a Copa Cuiabá voltaria os olhos para o futuro, discutindo projetos e melhorias em seus padrões urbanísticos. Minha grande expectativa de legado da Copa era que uma vez forçada a voltar-se para o futuro e concluídas as obras Cuiabá permanecesse para sempre nessa postura, emendando de imediato com uma nova matriz de projetos, compromissada agora não mais com a FIFA, mas com o tricentenário, compromissos do cuiabano com sua cidade, do mato-grossense com sua capital, do Brasil com a cidade baluarte da expansão ocidental de seu território. Que nada! Passada a Copa, o futuro sumiu de novo de nossa frente atolados que ficamos em obras importantes, mas inconclusas, mal feitas, suspeitas de corrupção, que precisam, é claro, ser concluídas, corrigidas, inclusive, com a punição dos que erraram tecnicamente ou que tenham se aproveitado indevidamente desta oportunidade histórica de investimentos para a cidade. E - por que não? – também aplaudir os que, limpos, conseguiram fazer muita coisa que hoje já ajuda a cidade, apesar das imensas dificuldades técnicas, burocráticas e políticas. 
     Neste 8 de abril de 2015 comemoramos os 296 anos de Cuiabá, a apenas 4 anos de seu tricentésimo aniversário. Aprendemos com a Copa, ou devíamos ter aprendido, que 5 anos é prazo curto para intervenções significativas na cidade, ainda que pontuais. 4 anos é menos ainda. Meu temor é que só na véspera da festa nos preocupemos com ela, sem ter então como fugir da ideia de um bolo de trezentos metros ou quilos lambuzando o Jardim Alencastro e dos indefectíveis concursos para logotipo, garota, samba, rasqueado ou lambadão, para símbolos daquela que deve ser a grande data de Cuiabá no século.
     Comemorar os 296 anos é exaltar uma cidade que nasceu entre as pepitas de um corguinho com muito ouro, tanto que era chamado pelos nativos de Ikuiebo, Córrego das Estrelas, que desembocava em um belo rio em meio a grandes pedras chamadas Ikuiapá, lugar onde se pesca com flecha-arpão em bororo. A cidade floresceu bonita, célula-mater do Oeste brasileiro, raiz de tudo neste “ocidente do imenso Brasil”, mãe de cidades e Estados. Por quase três séculos sobreviveu a duras penas, período heroico que forjou uma gente corajosa e sofrida, mas alegre e hospitaleira, criadora de um dos mais ricos patrimônios culturais do Brasil e com proezas que merecem melhor tratamento da história oficial brasileira. Como um astronauta moderno, vanguarda humana na imensidão do espaço, ligado à nave só por um cordão prateado, assim Cuiabá sobreviveu por séculos, solta na vastidão centro-continental, ligada à civilização apenas pelo cordão platino dos rios Cuiabá e Paraguai. 
     Próxima de completar seus 3 séculos de existência, Cuiabá polariza hoje uma das regiões mais produtivas do planeta que ajudou a ocupar e desenvolver, esta que agora a empurra para cima demandando serviços de sofisticação crescente em sadio processo de simbiose regional. Aos 296 anos, Cuiabá vibra em dinamismo, globalizada e provinciana, festeira e trabalhadora. Com gente nova e competente no assunto na prefeitura e Estado, nos 4 anos restantes talvez ainda dê para ao menos revitalizar seu centro histórico, presenteando a cidade com seu velho coração totalmente remoçado e pulsante na metrópole que se firma cada vez mais bela no coração continental, buscando também ser cada vez mais justa, democrática e sustentável. Mas tem que ser já. Viva Cuiabá! 
(Publicado em 07/04/2015 pelo Diário de Cuiabá e Midianews, informativos CAU/MT e UNIC)
COMENTÁRIOS:
No Midianews:
"Elias Neves  07.04.15 17h48
No apogeu das obras o "nobre" professor José Antônio sempre parabenizava os eficientes projetos e a condução das obras. Resumindo: poupe-me pelos seus cabelos brancos."

"José Maria  07.04.15 16h21
Parabéns ao José Lemos por mais uma bela narrativa. Particularmente, acho que não temos o que comemorar nos 296 anos de aniversário desta cidade que tantos amamos, uma vez que várias oportunidades foram desperdiçadas com a Copa do mundo. Espero que ao menos no aniversário de 300 anos tenhamos muitas coisas a se comemorar, não apenas no aspecto urbanístico, mobilidade urbana, mas principalmente em saúde, segurança, educação."
"marcos  07.04.15 22h43
Prezado amigo.Continue a apresentar sua idéias, as quais considero necessárias na falta de presença de outros articulistas cuiabanos.Na verdade não temos um projeto para Cuiabá, que possamos chamar de nosso.Os críticos de primeira hora são os mesmos.Não tem a visão de futuro que precisamos para nossa cidade.Para que isto aconteça necessitamos de mentes preparadas e motivadas, como a sua. Do amigo Marcos Vinícius"