"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



terça-feira, 30 de junho de 2009

FERRONORTE E A CARGA DE RETORNO

José Antonio Lemos dos Santos


     Viva! Finalmente surge em volume significativo uma carga de retorno na Ferronorte, muito aguardada por Mato Grosso que espera deixar a insólita condição de uma das únicas regiões do mundo desprovidas de ferrovia, ainda que sendo uma das maiores produtoras no planeta. Matéria de Marianna Peres no Diário de Cuiabá do dia 17 passado, saudada em editorial pelo jornal no dia seguinte, traz notícia que a Esso, em sua volta a Mato Grosso, usará a ferrovia para trazer derivados de petróleo e também para levar o etanol do estado, tendo adquirido um terminal em Alto Taquari, onde construirá tanques para armazenamento com capacidade para 20 milhões de litros.
     Parece que a nova direção traz bons ventos à Ferronorte, dando mostras que realmente quer fazer aquilo que tem a obrigação de fazer, ou seja, fazer o que determina a concessão da União, que outro dia completou 20 anos, mas que ainda está distante de ser cumprida. Mostra querer prestar serviços de transporte ferroviário, que parecia ser o que menos interessava às direções anteriores. E a Esso também mostra que retorna ao estado de forma séria e atualizada, buscando a alternativa ferroviária para reduzir custos financeiros e ambientais.
     Na longa luta pela ligação ferroviária de Mato Grosso, jamais se pensou numa ferrovia apenas para extrair a produção estadual, mas para levar e trazer o desenvolvimento. Uma ferrovia, como outros meios de transporte, só se sustenta com cargas de ida e volta e só elas viabilizarão a redução de custos esperada com a ferrovia, mesmo em um sistema monopolizado como o da Ferronorte. Se não existirem cargas de retorno, os produtores mato-grossenses continuarão arcando com fretes similares aos rodoviários, contra os quais reclamam com muita razão. Daí as ótimas perspectivas trazidas pela notícia. Espera-se que façam o mesmo outras empresas em todas as áreas, como no transporte de materiais de construção, insumos agrícolas, automóveis e todo o tipo de mercadorias, reduzindo os custos dos produtos, a pressão ambiental, e elevando a qualidade de vida da população mato-grossense.
     Para a integridade de Mato Grosso, razão de seu desenvolvimento continuado e firme, é fundamental que os modais de transportes passem por Cuiabá, reforçando sua espinha dorsal geopolítica que coincide com o trajeto da BR-163, como quer a concessão da Ferronorte. Naturalmente as coisas seriam assim, já que por Cuiabá passa toda a imensa produção a oeste da área de influência da BR-163 destinada ao consumo interno nacional e à exportação via portos do sudeste. Entretanto, como querem alguns, essa carga poderá ser desviada de Nova Mutum direto a Rondonópolis, excluindo Cuiabá e todo o Mato Grosso platino do eixo de desenvolvimento do estado ou pior, levada para Goiás através do novo projeto ferroviário ligando Uruaçu (GO) a Lucas do Rio Verde/Sapezal.
     Além da lei e da concessão federal, o diferencial a favor de Cuiabá e do projeto original da ferrovia está justamente na carga de retorno. O complexo Cuiabá/Várzea Grande é disparado o maior pólo consumidor, concentrador e distribuidor de cargas do estado, tanto de ida como de volta. De Cuiabá as cargas são distribuídas para toda a Amazônia meridional. Centro do continente, é o mais natural caminho transcontinental até o Pacífico, via Bolívia ou via Peru, além de próxima de Cáceres, portal ecoviário de acesso ao cone sul do continente. O capital é inteligente e objetivo nas coisas de seu interesse, e a nova Ferronorte parece ter vindo com um novo e saudável enfoque no tratamento da nossa ferrovia. Viva! Que assim seja, amém.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 30/06/2009)

terça-feira, 23 de junho de 2009

O VERDÃO DAS TRÊS ARENAS - II

José Antonio Lemos dos Santos


     O projeto da sub-sede do Pantanal da Copa do Mundo de 2014 é o maior pacote de investimentos já previsto para Cuiabá, com a vantagem de que estes investimentos não ficarão sujeitos apenas aos processos locais de fiscalização, mas sob os olhos nacionais e internacionais da CBF, da FIFA, da imprensa e dos amantes do futebol do mundo inteiro, e, em especial, sob a lupa microscópica das cidades e dos interesses contrariados pela vitória cuiabana e mato-grossense. Esta situação ímpar traz a esperança de que a maioria das obras e serviços programados realmente aconteça e, o que é melhor, dentro de padrões de respeito para com os recursos públicos. Sem pisar na bola, ou se faz tudo muito bem, ou coloca-se em risco a galinha de ovos de ouro. Assim, volto ao artigo da semana passada para esclarecer alguns pontos da proposta de reaproveitamento do antigo Verdão, proposta suscitada pela mudança do projeto do novo estádio.
     Logo destaco que o reaproveitamento do antigo Verdão não exige qualquer nova alteração no projeto do estádio, que ficaria do jeito que foi aprovado pela CBF e FIFA, para ser concluído em 2012 como exigem o governador e os cronogramas, apenas com um ligeiro deslocamento em sua implantação. Aliás, outra alteração no projeto do estádio, além de desnecessária, certamente seria um desgaste junto ao comitê organizador e deve ser evitada. Portanto, repito, a alteração proposta não é no projeto do novo estádio, mas no projeto do parque urbano que abrigará o novo complexo esportivo, em especial no destino dado ao antigo Verdão, um patrimônio arquitetônico nada desprezível de cerca de R$ 300 milhões, que seria demolido e transformado em lagoa para pedalinho.
     O segundo ponto a destacar é a excelência da escolha do local para a instalação da nova arena esportiva, lá mesmo no bairro Verdão, uma decisão fundamental, pois assegura que os investimentos destinados a atender ao grande palco da festa serão posteriormente aproveitados pela cidade hoje existente. Situações como esta geralmente são aproveitadas para valorização especulativa de áreas vazias ou distantes da cidade, sob mil pretextos, deixando ao final os tão falados elefantes brancos, sem utilidade alguma. Felizmente em Cuiabá o projeto começou bem com a escolha correta da localização do estádio.
     No caso do Verdão trata-se de um bairro surgido em função da construção do estádio (daí o seu nome), e o novo estádio terá capacidade semelhante ao do antigo, portanto sem agregação significativa de impactância urbana. Ao contrário, os investimentos, por exemplo, no sistema viário, melhorarão a situação atual do tráfego local e além disso deflagrarão uma revolução em todo o sistema viário, pois deverão atender também as vias estruturais e principais de acesso ao bairro, mesmo dos pontos mais distantes da cidade, em Cuiabá e Várzea Grande. Do mesmo modo, esperam-se grandes melhoramentos em todos os demais segmentos da estrutura urbana.
     Com custo inferior ao da demolição, a proposta de reaproveitamento integra em um inédito complexo esportivo o ginásio Aecim Tocantins, o novo estádio da Copa e o antigo Verdão, transformado em estádio olímpico de uso ampliado, servindo também ao vôlei de areia, kart, motocross, e outros esportes, com suas sedes de federações e alojamentos para atletas dispostos ao longo do fosso, tudo perfeitamente compatível com área disponível no bairro Verdão e com o novo estádio. Nada a mudar, nada a destruir, só a acrescentar.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 23/06/2009)

terça-feira, 16 de junho de 2009

O VERDÃO DAS TRÊS ARENAS

José Antonio Lemos dos Santos


     Descontando a liderança pessoal do governador Blairo Maggi e o apoio de Agripino Bonilha, construtor do Verdão, duas atitudes me transmitiram confiança na proposta da Copa do Pantanal em Cuiabá. Uma foi a contratação de um dos mais renomados escritórios especializados em arquitetura esportiva no Brasil para o projeto do novo Verdão. Outra foi a escolha do local para a nova arena, lá mesmo no bairro Verdão, assegurando que os investimentos beneficiem a cidade atual.
     O atual Verdão é um dos mais belos estádios do Brasil, funcional e adequado à topografia local e ao clima da cidade. Sigo o futebol em Cuiabá desde criança, de Fulepa até Rogério Ceni, Hugo Alcântara, Robinho e Buiú. Normalmente sou um daqueles 200 sempre presentes ao Verdão. Assim, mesmo sentido, aceitei o sacrifício do velho estádio pelo novo, pois a superposição das plantas seria essencial ao uso inteligente da declividade do terreno como redutor de custos.
     Porém, ainda na euforia da conquista da sub-sede, tremi nas bases ao saber que o primeiro projeto ia ser mudado e o escritório de arquitetura também. Como muitos, temi pelo futuro da sub-sede recém conquistada e pela seriedade com que o assunto estava sendo tratado. Restaram as figuras do governador e de Bonilha inspirando confiança e a espera pela divulgação do novo projeto com as devidas explicações.
     Pelo divulgado, o novo projeto traz boas inovações, tais como a inserção da vegetação entre as arquibancadas e a multifuncionalidade – esta ainda carente de maiores explicações. Mas, o novo estádio foi deslocado, deixando a superposição com o velho estádio, cuja demolição ficou então sem sentido. Se desnecessária, seria a perda de um patrimônio arquitetônico de valor imenso, nada desprezível. Lembrando a antiga Catedral e o velho Palácio Alencastro, duplo remorso que ainda fustiga o fundo da alma cuiabana, repito um leitor orgulhoso com a Copa, mas que me pergunta em mal disfarçado lamento: porque em Cuiabá para fazer o novo sempre se tem que destruir o antigo?
     Recordista em desenvolvimento, Mato Grosso logo desenvolverá também o atletismo em suas diversas modalidades, com competições de alto nível e muitos atletas locais, do porte de Jorilda e Nadir Sabino, por exemplo. O antigo Verdão atendia estes esportes – embora nunca usado para esse fim - e o novo não; é exclusivo para o futebol. Vamos ter que construir outra praça de esportes para o atletismo?
     As imagens divulgadas sugerem que um pequeno deslocamento na locação do novo estádio, sem alterar seu projeto, permitiria o aproveitamento do antigo Verdão como uma praça multi-esportiva, podendo receber, além do atletismo, a prática permanente de diversos esportes do gosto dos mato-grossenses, tais como as várias formas do motocross do nosso campeão Joaninha, o autocross, o bicicross, o skatismo, o aeromodelismo, o volei de praia e outros, em arenas independentes, de acordo com suas possibilidades de compatibilização no espaço. Com a grande vantagem da instalação de suas respectivas federações, alojamentos de atletas, restaurante, ao longo do fosso do velho estádio, como previsto em seu projeto original e não construído, assegurando também sua multifuncionalidade viabilizadora.
     Parecem boas as chances de termos um inédito parque esportivo com três arenas, com o aproveitamento do atual Verdão. Caso ainda não tenham sido devidamente avaliadas, valeria a pena fazê-lo. Se comprovadamente inviável, bola para frente. Logo teremos um novo estádio, talvez com um cantinho para as boas lembranças do Verdão, e, importante, sem um remorso a mais a fustigar a alma cuiabana.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 16/06/09)

terça-feira, 9 de junho de 2009

13 DE JUNHO, COPA E PAZ NO MUNDO

José Antonio Lemos dos Santos


     Não vou celebrar a guerra, nem mocinhos ou bandidos, vencedores ou perdedores, e sim falar de vítimas, mártires e heróis, principais produtos em todos os lados de uma guerra. Lembro 13 de Junho, reverenciando o maior martírio sofrido pela gente cuiabana. Antes, matéria escolar obrigatória, hoje, pouco a pouco esquecemos que o maior conflito das Américas ocorreu aqui, e que Cuiabá pagou muito caro por ela. A Guerra do Paraguai reuniu Brasil, Argentina, Uruguai e interesses ingleses contra o Paraguai, na época o país mais poderoso na América Latina. Mato Grosso foi o trágico palco principal.
     Entre os diversos episódios vividos pelos cuiabanos na Guerra do Paraguai, um dos mais épicos foi o da Retomada de Corumbá, a 13 de Junho de 1867, cidade então mato-grossense que havia sido tomada pelos paraguaios. Os cuiabanos foram lá, enfrentaram o mais poderoso exército do continente e retomaram para o Brasil aquela importante cidade, num “fato heróico exclusivamente cuiabano”, como nos ensina Pedro Rocha Jucá, organizados pelo Presidente Couto Magalhães e comandados pelo então Capitão Antônio Maria Coelho. Sem reforços externos, só forças militares locais, acrescidas de voluntários.
     Mas a história não para por aí. As tropas voltaram à Cuiabá contaminadas com a varíola, pois havia um surto da doença em Corumbá quando da retomada. A epidemia tomou conta de Cuiabá, matando mais da metade de sua população. Segundo Francisco Ferreira Mendes, em cada casa havia pelo menos um doente, e “a cidade ficou juncada de corpos insepultos, atirados às ruas, cuja putrefação empestava mais a cidade com a exalação produzida pela decomposição. Determinou o governo a abertura de valas e a cremação de cadáveres no campo do Cae-Cae, medida que se tornou ineficaz. Não raro eram visto cães famintos arrastando membros e vísceras humanas pelas ruas.”.
     13 de Junho, para sempre deve lembrar a epopéia de bravura e dor de um povo humilde, mas determinado. A história de gente de carne e osso, não de livros, de novelas ou filmes, mas que anda aí na Praça Alencastro, no Porto, no Coxipó ou no CPA, sem mais se lembrar que em suas veias corre o valoroso sangue de seus bisavós, o mesmo que vem bravamente construindo e defendendo nosso país por quase três séculos. Hoje, na pracinha do Cae-Cae, nenhuma homenagem. A própria cidade expandiu abraçando o campo santo, outrora afastado. Ainda resta uma cruz, solene, e uma igrejinha ao lado onde as missas dominicais são “pela intenção dos bexiguentos”, ainda que a maioria dos fiéis não saiba mais do que se trata.
     Com a escolha de Cuiabá como sub-sede da Copa de 2014, Mato Grosso mais uma vez será palco de um importante evento internacional, agora festivo e promotor da paz entre os povos. No caminho do Verdão, a interseção da Avenida 8 de Abril, com a Ramiro de Noronha e Thogo Pereira configura-se como um estrangulamento viário a ser solucionado como alternativa de fluidez de tráfego entre a Av. Miguel Sutil e a XV de Novembro. Contígua à essa interseção, a Praça do Cae-Cae poderia integrar esse projeto urbanístico, compondo uma nova capela e uma nova praça, na qual seja projetado um monumento à paz, digno e solene, homenageando os heróis e mártires de todas as guerras, em nome dos nossos irmãos e hermanos, vítimas de uma mesma tragédia que precisa ser lembrada para nunca mais ser repetida. Além de mais uma atração turística, um local que possibilite, no dia 13 de junho de 2014, a realização de uma cerimônia de caráter internacional ajudando o futebol na sua nobre tarefa de promover a paz no mundo.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 09/06/09)

terça-feira, 2 de junho de 2009

GANHAMOS A COPA

José Antonio Lemos dos Santos

     Cuiabá ganhou a Copa. Mato Grosso ganhou a Copa. E ganhamos muito mais do que a sub-sede do Pantanal. Por antecipação ganhamos a Copa do Mundo de 2014, independentemente da seleção brasileira sair campeã daqui a cinco anos. O valor desta vitória ultrapassa em muito a luta por um projeto de imenso valor urbano, e marca uma importante mudança de postura na vida de uma cidade quase tricentenária.
     Cuiabá começou a ganhar a Copa em 2006, com uma visita do presidente da CBF, quando o governador Blairo Maggi decidiu que a capital mato-grossense podia disputar nacionalmente uma das sub-sedes, então apenas 10, do mais importante evento futebolístico mundial, quando nem o Brasil havia sido escolhido como sede da Copa e muito menos que uma das sub-sedes seria no Pantanal. Uma postura de coragem, que nunca faltou ao cuiabano, mas também de atrevimento e audácia, uma novidade para um povo pacato, que, embora sempre tenha sido grande, sempre se viu apequenado, com receio de se elogiar, valorizar suas coisas e de pleitear suas justas reivindicações. Talvez pelos séculos de isolamento, aprendeu que o novo, o bonito, o que devia ser obedecido, sempre vinha de fora, e que seu destino fosse sempre o de seguir atrás, aproveitando as quireras que sobravam da vida na corte.
     Com a decisão do governador, a cidade mudou sua postura, ou na língua do futebol, o time mudou seu posicionamento em campo, deixou de jogar só na defesa, só esperando, liberou os alas, dispensou os volantes e partiu para o ataque. O torcedor prefere assim, com o time buscando a vitória. Essa postura faltava para Cuiabá, sempre tão passiva e de boa fé; e mesmo para Mato Grosso, que apesar de alimentar o mundo, vive acuado, acusado de destruidor justo pelos que constróem armas de destruição e morte e se alimentam de nossa produção.
     Bastou a decisão corajosa e acertada de pleitear a sub-sede da Copa para que o povo desse integral apoio, a princípio meio desconfiado, mas logo saindo às ruas, discutindo o assunto, descobrindo que sua cidade é uma senhora naturalmente linda, instalada no exato centro geodésico da América do Sul, com muitos atributos exclusivos que podem interessar ao mundo, como sua rica história, sua cultura, seu calor, seus dois rios, seu sítio urbano emoldurado ao norte pela silhueta da Chapada e coroada ao sul pelo imponente Morro de Santo Antonio, o Toroari bororo. Que sua cidade é o centro de uma das regiões mais dinâmicas do planeta e que só precisa ser melhor tratada para explodir em toda sua beleza e qualidade de vida.
     Cuiabá ganhou a Copa de 2014, pois por ela recuperou a auto-estima, a visão positiva e a unanimidade por um interesse comum, situação só vista a quase meio século atrás na vitoriosa luta pela Universidade Federal, tão forte que dobrou as vontades dos governos estadual e federal, em pleno autoritarismo. Ganhando a sub-sede aprende que, como capital de um estado campeão nacional de produção, pode e deve ir em busca de tudo aquilo que interessa ao seu desenvolvimento e ao desenvolvimento do estado. Não apenas esperar.
     Agora é hora de fazer, de cobrar e principalmente fiscalizar para que a turma do “olho-grande” não desvirtue a conquista, e a sub-sede do Pantanal seja um dos pontos altos da Copa do Mundo de 2014, na terra do tão esquecido presidente Dutra, o cuiabano que lá no passado também teve a coragem de decidir que o Brasil sediaria uma Copa do Mundo, construiu o Maracanã, e fez do Brasil o país do futebol.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 02/06/2009)