"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sexta-feira, 30 de março de 2012

ESCLARECIMENTOS

Autorizado pelo Rafael Detoni (Secopa), posto seu atencioso e-mail enviado ontem com esclarecimentos sobre a questão da Rua XV:

"Zé Lemos, boa noite
De fato a Lays está correta. A implantação do VLT na Av. XV de Novembro vai gerar a redução de capacidade ao tráfego geral. As faixas de tráfego laterais à Via Permanente (VLT) deverão atender à necessidade de acesso ao solo. É possível até que se permaneça com algumas vagas de estacionamento nos trechos onde o passeio atualmente é mais largo (sem comprometer o disposto na legislação municipal, é claro).
O fluxo de passagem no sentido Cuiabá - Várzea Grande volta a ser pela Tenente Coronel Duarte onde hoje temos três faixas de rolamento por sentido, capazes de absorver a demanda com proibição de estacionamentos ao longo da via (pelo menos nos horários de pico).
o retorno da mão dupla na XV vai gerar uma nova ordem nas ruas transversais que interligam-na à Tenente Coronel Duarte, com exceção da Senador Metelo e Major Gama. No Volume 03 do Anteprojeto (que pode ser acessado direto do site da Secopa), há um conjunto de pranchas denominado "Plano de circulação viária atual" e "Plano de circulação viária futuro". Neles é possível ver as alterações do trânsito em função dos VLTs.
Espero ter contribuído para esta dúvida e coloco-me a disposição para demais esclarecimentos.
Abraços
Rafael Detoni"

quinta-feira, 29 de março de 2012

RUA XV COM MÃO DUPLA?

Alguém saberia explicar ou ouviu alguma explicação oficial sobre como funcionaria o principal acesso da cidade com a volta da mão dupla na XV de Novembro, no Porto, com as canaletas para o VLT e uma pista de rolamento em cada sentido para os veiculos de pneus? A prancha a seguir foi extraída do site da Secopa.

terça-feira, 27 de março de 2012

O JOGO DO EMPURRA

José Antonio Lemos dos Santos

     Ao cidadão comum soa muito estranha essa história do governo federal querer barrar o financiamento do VLT recorrendo a casos antiqüíssimos, do tempo da extinção da Sanemat. Também a falta de informações claras sobre o assunto por parte do governo do estado ajuda a aumentar a estranheza, a ponto do cidadão pensar coisas incríveis em se tratando de assunto de tão elevada responsabilidade pública. Ao leigo nos costumes políticos atuais, este caso lembra o antigo jogo infantil do “empurra-empurra”, não por acaso semelhante ao que acontece ultimamente no país quando se trata da identificação de responsabilidades no mau trato das coisas públicas. Como eu disse em algum artigo, fizeram o governador montar em um porco do qual não tem jeito de descer. Pintaram para o povo um VLT tão lindo que não dá para fazer e um BRT tão feio que não pode mais ser assumido. Não dá mais tempo para fazer nenhum, e ninguém quer ficar com a culpa.
     A saída imaginada pelos experts do Paiaguás seria empurrar a culpa para o governo federal levando uma proposta de 1,2 bilhão sem projeto, o que, é claro, não poderá ser tecnicamente aprovado. Quem em Brasília vai botar sua assinatura como responsável técnico autorizando a união a conceder um empréstimo dessa monta sem projeto? Já caiu um ministro por causa disso. Sendo assim, se o governo federal vetar o empréstimo ficará aos olhos do povo local com a culpa de não se fazer o VLT de Cuiabá. O estado lavaria as mãos com o discurso de que teria feito todo o necessário, mas Brasília foi que não quis fazer. “Por fatos que não são inerentes ao governo do estado de Mato Grosso, nós não podemos ser responsabilizados”, como já nos avisou o secretário da Secopa na última audiência sobre o VLT.
     Uma situação como esta não se restringe apenas a um projeto bem ou mal apresentado, mas envolve outros aspectos, dentre os quais a questão política, pois o governador de Mato Grosso é do PMDB, um dos principais sustentáculos da administração da presidenta Dilma. Como bobó é a única coisa que não tem nos altos escalões de Brasília, teriam bolado uma estratégia de devolver a culpa para o estado "descobrindo" essa tal pendência dos tempos da Sanemat. Assim, o governo federal evita entrar no mérito do projeto do estado e fica impossibilitado de liberar o empréstimo, não por uma decisão sua, mas por uma providencial inadimplência do estado de Mato Grosso. Como quem diz, se não fosse essa pendência do Estado o governo federal liberaria o empréstimo numa boa. Assim o PMDB não pode reclamar e o governo federal se livraria de uma situação constrangedora junto à população local, cujo imaginário foi totalmente encantado pelas vantagens reais ou fantasiosas do VLT. E a barra federal ficaria limpa. Vamos ver quem vai ganhar, pois quem vai perder, e já está perdendo, a gente já sabe.
     Triste viver situações que nos levam a pensar tão pequeno sobre as coisas da nossa República, sonhada para ser cada dia mais forte, honrada e respeitada. O renitente atraso da Infraero nos projetos do Aeroporto Marechal Rondon, do mesmo modo leva o cidadão a olhar meio enviesado, achando também ter algo errado. Preferia estar falando nas obras da Copa que o próprio governo estadual através da Secopa começa a tirar do papel com licitações e ordens de serviço, como as da Miguel Sutil, as obras viárias do entorno da Arena Pantanal e das pontes do Coxipó que receberam suas ordens de serviço na semana passada. Ou das outras que já estão em andamento há mais tempo como o recapeamento asfáltico da cidade, o sistema Mário Andreazza ou a própria Arena, cuja evolução acompanho da varanda aqui de casa. Mas não dá, os projetos do eixo principal da mobilidade e o aeroporto preocupam.
(Publicado em 27/03/20122 pelo Diário de Cuiabá)

sexta-feira, 23 de março de 2012

VISITA ÀS PIRÂMIDES

Clique no link abaixo e faça uma visita de 360 graus às pirâmides do Egito.

http://www.airpano.ru/files/Egypt-Cairo-Pyramids/start_r.html

Vale ver.

terça-feira, 20 de março de 2012

BRASÍLIA EM 1967

Clique no link abaixo e dê um passeio por Brasília no ano de 1967. Muito bom. Histórico. Eu já estava lá. Vivi isso. Hoje uma das coisas mais fantásticas que acho de Brasília é a evolução da arborização urbana, e esse filme é muito bom para comparar com a situação atual.

http://vodpod.com/watch/2897955-urban-planning-video-driving-around-braslia-in-1967-listening-to-kraftwerk

Quem não teve oportunidade de viver esse momento de Brasília, aproveite e compare com a Brasília de hoje. Quem viveu, relembre e aproveite também para comparar e ver como a cidade evoluiu.

domingo, 18 de março de 2012

MOBILIDADE HIGH TECH

Veja no link abaixo está bike da VolksWagen, dobrável e motorizada.

Veja também no outro link abaixo está novidade da Honda. Interessante.

quarta-feira, 14 de março de 2012

CATEDRAL DE COLONIA

Catedral de Colonia, Alemanha
rioresiste.blogspot.com

Visite no link abaixo a Catedral de Colonia, ao som de ótima música. Isso é Arquitetura.

terça-feira, 13 de março de 2012

ANIVERSÁRIO NA INFRAERO

José Antonio Lemos dos Santos


     Em artigos anteriores tenho repetido que dois dos mais importantes projetos para a cidade e para a Copa já ultrapassaram os limites do preocupante e atingem as raias do risco total em função dos prazos até 2014. Um é o da mobilidade urbana, especificamente nos projetos vinculados aos eixos do VLT, até hoje sem projeto; outro é o aeroporto, até hoje sem licitação das obras de sua estação de passageiros. Enquanto o caso da mobilidade tem sido bastante comentado, o do aeroporto não. Parece que a opinião pública e os meios informativos entenderam que o assunto está suficientemente bem acompanhado pela Infraero, apoiada nesse projeto pelo Estado desde o ano passado. Pois é, aconteceu mais um atraso no projeto do aeroporto, que todos já imaginavam pronto e que só faltava a licitação da obra. Qual o que. Semana passada a Infraero acatou pedido da empresa Globe Engenharia de adiar para dia 27 próximo a entrega do projeto executivo para as obras de ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, que era prevista para o começo deste mês. Cerca de 15 dias de atraso podem parecer nada, mas são críticos diante do prazo que se tem até a Copa.
     Olhado ao longo do histórico das ampliações do Marechal Rondon o temor aumenta. Aos iniciantes em Aeroporto Marechal Rondon, é bom lembrar que a Infraero tem sido madrasta com o nosso aeroporto e desde as três últimas décadas o aeroporto funciona subdimensionado. A situação seria corrigida quando um cuiabano de saudosa memória, Orlando Boni, assumiu em 2002 a direção da empresa e determinou a elaboração de um projeto de qualidade, bem como um Plano Diretor para o aeroporto, compatível com seu movimento, já acelerado naquela época. Foi projetada então uma estação para 1,0 milhão de passageiros por ano, e as obras foram tocadas até enquanto permaneceu aquela direção do órgão. Ainda bem que deixou quase concluído o módulo “A” (atual ala de embarque) e o setor administrativo, o módulo “C” (atual ala(?) de desembarque), pois as obras foram paralisadas e só concluídas nos módulos iniciados graças à intervenção na época do Conselho Deliberativo do Aglomerado Urbano através de uma Moção de Repúdio, assinada pelos então governador do estado e os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande. E é o que temos até hoje, uma estação para 1,0 milhão de passageiros/ano construída pela metade, acrescida pelo emergencial “puxadinho”, concluído também depois de muitos atrasos. Isso para mais de 2,5 milhões de passageiros usuários em 2011!
     A Copa trouxe a esperança de que a situação do Marechal Rondon fosse resolvida. Qual o que. A abertura da licitação para o projeto da ampliação do aeroporto só saiu a 3 de novembro de 2010, ano e meio após a escolha de Cuiabá como uma das sedes da Copa, dando até a impressão que a Infraero torcia contra a cidade. A Ordem de Serviço para o projeto só saiu 2 meses e meio depois, com prazo de execução de 6 meses para o projeto básico, que seria junho, passou para julho e depois para setembro quando foi publicada a maquete eletrônica. O projeto executivo que já fora adiado para o início de março, sofre agora mais uma prorrogação para final de março, 17 meses após sua licitação! Imagine se o aeroporto não fosse peça importante para a Copa do Mundo, um projeto nacional, compromisso internacional do país. A bem da verdade há que se ressaltar o novo elã dado à Infraero pelo presidente Gustavo Matos que no próximo dia 24 de março completa um ano de administração. Que o projeto completo do novo Aeroporto Marechal Rondon, que se arrastava por décadas, seja o marco simbólico dessa comemoração, sinal concreto de um novo tempo para a Infraero. Se possível já acompanhado pelo lançamento da licitação para as obras.
(Publicado em 13/03/2012 pelo Diário de Cuiabá, Midianews, HíperNotícias, Turma do Êpa)

segunda-feira, 12 de março de 2012

A CIDADE SE ESVANECE

Sérgio Magalhães

     A República brasileira herdou do Império uma capital quase colonial. Com cerca de quatrocentos mil habitantes, o Rio era uma cidade grande para a época, importante, a maior do país, com presença internacional. Mas sua estrutura urbanística era modesta, mesmo composta em associação com uma
geomorfologia monumental, e sua infraestrutura era incipiente.
     É nas primeiras décadas do século XX que o Rio se transforma urbanisticamente como metrópole. A cidade republicana constrói duas grandes estruturas espaciais, a do Centro e a da Orla, ambas extraordinariamente fortes –que se justapõem. A primeira tem o Centro histórico como núcleo, e se organiza a partir das grandes obras do prefeito Pereira Passos. Constituiu-se como a verdadeira estrutura espacial da cidade porque construiu o centro moderno e o porto, promoveu a interligação Centro-zona Sul, através da avenida Beira Mar, e a interligação Centro-zona Norte, expandindo o sistema de trens urbanos.
Emerge daí a “Cidade Maravilhosa”. No mesmo entendimento, implanta-se, depois, a área de negócios e de administração pública, no Castelo, e consolida-se a zona Norte como o principal lugar industrial do país. O
Aterro do Flamengo é o coroamento paisagístico dessa estrutura moderna focada no Centro e de interesse metropolitano.
     Quase simultaneamente, a cidade constrói outra estrutura urbanística complementar, ordenada pela descoberta do mar como lugar de prazer. Do Flamengo ao Leblon compõem-se quinze quilômetros do binômio orla-cidade, disponíveis para a interação social e a beleza. Concebeu-se em simbiose a arquitetura da cidade e a praia. Não é um balneário, é cidade; a praia é pública, de acesso republicano, bem diferente do que se apresentava nos países desenvolvidos à época. O espaço cidade-praia, em uso todo o ano, é
lugar denso, cosmopolita e metropolitano.
     Ambas as estruturas, a do Centro e a da Orla, sustentam uma cidade metropolitana de grande multiplicidade espacial (seus bairros tem identidade e morfologia próprias), com ambientes urbanos de grande vitalidade, que produz forte e original cultura, inserida no contexto mundial como uma de suas principais metrópoles.
     Todavia, desde as décadas finais do século XX, nota-se um enfraquecimento estrutural importante da metrópole. Desconstruído o sistema de transporte sobre trilhos, em benefício do automóvel e do ônibus, as relações intra-metropolitanas se esclerosam. Não há transporte de alto rendimento que atenda adequadamente aos deslocamentos casa-trabalho, majoritariamente vinculados ao Centro. Expande-se a ocupação em variadas direções, segundo conveniências quaisquer, sobretudo imobiliárias, com a baixa densidade típica do rodoviarismo. A expansão exagerada cria demanda insustentável por infraestrutura e por serviços públicos –mas não produz cidade. Constrói condomínios, shoppings, guetos, engarrafamentos, poluição –mas vida urbana, não.
     Assim, prevalecem as facilidades de ocasião. Com 12 milhões de habitantes, a cidade metropolitana não está institucionalizada; apesar de preocupantes indicadores sociais, não conta com políticas públicas de transporte, saneamento, habitação, saúde, educação, urbanismo, que articulem os esforços dos diversos municípios e agentes públicos; faltam-lhe instrumentos políticos e técnicos que possam ajustar interesses conflitantes, sem permitir hegemonias senão as democraticamente constituídas. E igualmente grave: não projeta o seu futuro.
     Mesmo tendo estruturas urbanísticas mais bem conformadas, o Rio  dispersou-se tanto que, em poucos anos, trocou de posição com São Paulo: de cidade 15% mais densa, está 15% menos densa. (Lembremos: densidade não é sinônimo de espigão, mas de bom aproveitamento do solo.) . Ocorre que São Paulo nas últimas décadas tem se reestruturado urbanisticamente e investido em transporte de alto rendimento. A capital paulista constrói não uma linha de metrô, mas uma rede, que tem o Centro como núcleo, com 12 linhas de metrô e trem, mais de 30 estações de integração, e investe em 4 anos R$ 22 bilhões.
     Curitiba, que se notabilizou como criadora do sistema de ônibus em corredor expresso, o BRT, optou por substituí-lo, implantando um sistema de metrô subterrâneo. Com 1,7 milhão de habitantes, a capital paranaense fortalece o seu Centro, quer ser uma cidade mais compacta, mais densa. Dispersa, a cidade escasseia, a mobilidade paradoxalmente diminui (e aumentam os engarrafamentos). Sem densidade adequada, a vida urbana se esvanece; o cobertor dos serviços públicos não cobre a cidade inteira.
     A metrópole do século XXI pede uma estrutura urbanística em acordo com a sustentabilidade ambiental, econômica e social. Ela tem precedentes: a cidade do convívio e da beleza, que a República herdou e soube estruturar maravilhosamente.
*Sérgio Magalhães* é arquiteto. Email: smc@centroin.com.br
(Artigo publicado por O Globo em 12/03/12 - enviado pelo autor)

domingo, 11 de março de 2012

ENTREVISTA

Veja a entrevista dada na TV Record Cuiabá (Canal 10) em 06/03/2012 tratando das obras da Copa:

http://www.grupogazeta.com.br/video/play/id/6546/programa/3

sábado, 10 de março de 2012

ISENÇÃO DE MULTAS NAS ANUIDADES

Informativo 013 - 9 de Março de 2012  - CAU/BR



O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR decidiu que, a partir de 13 de março, vai isentar de multa e juros sobre o pagamento das anuidades de 2012 os profissionais e empresas que não conseguiram emitir o boleto até 28 de fevereiro, por inconsistência ou inexistência cadastral no SICCAU.

Também definiu prazos e condições para o pagamento da primeira anuidade dos recém-formados. Os novos profissionais poderão pagar a anuidade em parcela única com desconto de 10% até o fim do mês que o registro for concedido ou poderão dividir o valor em três parcelas iguais e sucessivas, sem o desconto. Os recém-formados possuem, ainda, 50% de desconto no valor da anuidade, previsto na Resolução CAU/BR 04/2011, sendo que os dois abatimentos são cumulativos.

Assessoria de Comunicação CAU/BR

quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHERES QUE MARCARAM A ARQUITETURA

Jane Jacobs, uma das mulheres mais importantes na história do urbanismo mundial merece ser lembrada neste Dia da Mulher. Mesmo sem ser considerada na lista, vale a pena ver a bela matéria do link abaixo sobre as mulheres marcantes na arquitetura mundial.


Jane Jacobs (1916-2006) escreveu o demolidor Morte e Vida das Grandes Cidades Americanas (1961) que literalmente implodiu o Urbanismo Modernista em Pruitt-Igoe (1972). Através dela o Blog do José Lemos homenageia todas as arquitetas e urbanistas ou estudantes de Arquitetura e Urbanismo não lembradas na lista do link.
Implosão de Pruitt-Igoe, 1972.


VLT

Charge do professor arquiteto José Maria.

terça-feira, 6 de março de 2012

COPA: O LEGADO E A CEREJA

José Antonio Lemos dos Santos

     Em momentos de turbulência como o que vivemos em relação à Copa 2014 em geral, e à Copa do Pantanal em especial, o importante é não desfocar aquilo que realmente é mais importante, ou seja, extrair o máximo de melhorias para a cidade dessa chance ímpar de investimentos que é a Copa. E o máximo pode não ser tudo. Desde o começo ninguém pensou que a Copa resolveria todos os problemas de Cuiabá, e nem que Cuiabá conseguiria aproveitar todos os projetos oportunizados pela Copa. No caso, o máximo é tudo o que puder ser feito de fato, sempre supondo o máximo interesse e determinação públicos.
     Embora no setor público se encontrem os maiores projetos e a responsabilidade de conduzir todo o processo, as oportunidades da Copa não se limitam a ele. O setor privado não pode ser desprezado e tem respondido mais rápido aos desafios da Copa já com diversos empreendimentos em andamento. Muito mais lento, o setor público também já tem algumas importantes obras em andamento. Contudo dois de seus projetos precisam de tratamento intensivo para ser salvos: um é o aeroporto, que até hoje não teve as obras de sua estação de passageiros licitadas; o outro é o da mobilidade urbana, cujos eixos estruturais são os corredores das avenidas do CPA/FEB e Fernando Correia, que ficaram dependentes na discussão BRT/VLT e correm o sério risco de ficarem de fora das benfeitorias da Copa. Hoje, o maior desafio seria garantir a estas estruturais o up-grade adequado às suas funções na vida da cidade e no funcionamento da Copa do Pantanal. Contudo, continuo otimista, mesmo com estas preocupações a Copa já está trazendo bons resultados para Cuiabá, e trará muito mais. Mas a cidadania não pode ficar só esperando e tem que continuar cobrando.
     Na visão contemporânea da mobilidade urbana, o transporte público tem papel fundamental e é entendido como um sistema integrado de diversos modais, desde o pedestre (tão esquecido) e o cadeirante, passando pela bicicleta, moto, automóvel, micro-ônibus, ônibus simples ou articulados, até modos mais complexos, com maior capacidade de passageiros. A forma como se dá esta integração em cada caso depende de estudos técnicos altamente especializados que identificarão as soluções adequadas ao correto atendimento da demanda estudada. VLT, BRT, metrôs, aerotrens e outros, são modais de topo de sistemas e são usados ou não de acordo com as características das demandas, tal como o volume de passageiros. Um bom transporte público depende muito mais de gestão e geometria viária do que da tecnologia veicular.
     No preparação de Cuiabá para a Copa, o VLT seria o topo do sistema de transportes, como a cereja sobre o bolo. O problema é que o governo já admite riscos em sua viabilização, ameaçando todos os projetos viários ao longo de seus eixos. A sorte, ou o azar, é que a mobilidade urbana na Grande Cuiabá é tão precária que mesmo sem a tal cereja pode-se melhorar muito nesse setor só com a criação (e implantação) de um plano integrado para o transporte público, uma estrutura de gestão e a melhoria da trafegabilidade do sistema viário. A preocupação é assegurar a construção do viaduto do Cristo-Rei, da trincheira do KM Zero e os alargamentos da FEB, Prainha e Fernando Correia, estas talvez com canaletas exclusivas. Mesmo longe do ideal imaginado, estas iniciativas garantiriam um grande avanço na qualidade do transporte em nossa cidade, permitindo o funcionamento da Copa e deixando-a preparada para futuros saltos tecnicamente mais completos. Importante é o legado de melhorias para a cidade.
(Publicado em 06/03/2012 pelo Diário de Cuiabá, Midianews, Turma do Êpa, Blog João Bosquo)

domingo, 4 de março de 2012

A ARENA DE MINHA JANELA

Foto: José Lemos (04/03/12)

Compara a foto de hoje (acima) com a do início do ano (abaixo).

Foto: José Lemos (04/01/12)

Se achou que a obra não está andando, compare com a situação (abaixo) no início de agosto do ano passado.

Foto: José Lemos (04/08/11)

sexta-feira, 2 de março de 2012

ELADIO DIESTE

Imagem: Rafael Oliveira em flickr
 Veja no link abaixo um ótimo estudo sobre Eladio Dieste, aquele que "desbravou o material comum que é o tijolo" e "transformou radicalmente o método da alvenaria armada em um novo território."

http://www.vitorlotufo.com.br/imagens/2008/12/dieste2.pdf