"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



terça-feira, 31 de dezembro de 2013

VALEU 2013!

José Antonio Lemos dos Santos

     Seria um dia como qualquer outro a não ser por se tratar do último dia do ano no nosso calendário, um divisor das águas do tempo, entre o quase passado 2013 e o 2014 que se aproxima cheio de perspectivas e desafios. Hoje, um momento para avaliações do passado e do futuro imediatos que não cabem em um só artigo, a não ser agradecer a Deus o ano que passou e pedir a renovação de suas graças para o ano que vem. Em especial em Mato Grosso, um dos maiores produtores de alimentos do mundo e a Grande Cuiabá que sofre diretamente os impactos de sua preparação para um dos maiores eventos globais da atualidade, a Copa do Mundo, e vive aquela que poderá ser considerada a maior transformação urbanística de sua história, no pequeno prazo em que se realiza, com dezenas de obras tomando formas e sendo inauguradas.
     Este artigo é dedicado à retrospectiva de 2013 que começo lembrando o espetáculo da Corrida de Reis e o carnaval do Rio com a Marques de Sapucaí inteira cantando com a Mangueira para o mundo: “Cidade formosa... Verde... Rosa, Vila Real do Bom Jesus!”. Emoção que não diminuiu nem com o absurdo aumento de rendimentos que se deram os vereadores de Cuiabá, depois anulado em parte pela Justiça. No mundo, o surgimento de Francisco, o papa da esperança e sua visita ao Brasil. E a morte de Mandela com sua lição de integração racial plena. No Brasil, o final do julgamento do “mensalão” e as grandes passeatas de protestos que em junho marcharam ordeiras, pacíficas e poderosas pelas ruas de todo o país, inclusive em Mato Grosso. Aliás, em março a cidade de Sorriso se antecipava realizando a “Parada pela Vida”, um bloqueio racional da BR-163 contra o caos logístico em Mato Grosso. Antes também houve em Cuiabá a “Caminhada pela Copa”, reunindo entre 10 e 15 mil pessoas, inclusive com protestos contra o próprio evento.
     De volta a Mato Grosso, em março a abertura da licitação do Rodoanel de Cuiabá, em pista dupla, estimado em R$ 346,0 milhões e em abril a inauguração da fábrica de cimento de R$ 400,0 milhões no Aguaçu. No esporte a vitória do Luverdense sobre o Corínthians e sua ascensão à série “B” do campeonato brasileiro. Ainda em abril e maio o lançamento de um grande shopping em Várzea Grande e a cobrança de celeridade nos estudos de viabilidade da ferrovia Cuiabá-Santarém pelos chineses, ansiosos em construí-la já. Até hoje nada. Importante para mim o lançamento do meu livro “Cuiabá e a Copa – A preparação”.
     Em julho veio a mais perigosa das armações contra a Copa em Cuiabá, quando foi colocada na mídia nacional uma comparação entre valores de produtos diferentes como se fossem iguais, quase que inviabilizando os prazos da Arena Pantanal. Depois dessa, botaram fogo na Arena, incêndio intencional segundo a Politec, logo debelado pelo Corpo de Bombeiros local. Em compensação em setembro a bela Jakelyne, de Rondonópolis, foi eleita Miss Brasil e em novembro Cuiabá sediou os Jogos dos Povos indígenas, num belo espetáculo de cores e integração cultural pouco divulgado. O superávit comercial de Mato Grosso nesse mês já havia superado o total de 2012, com mais de US$ 13,3 bilhões. Mato Grosso é o sexto maior estado exportador do Brasil.
     Agora em dezembro o IBGE revelou que o PIB mato-grossense evoluiu em 2011 quase 20%, mais que o dobro da China e é o maior crescimento do Brasil, sendo que Cuiabá tem a décima melhor renda per capita entre as capitais brasileiras. Coroando o ano o jornal espanhol “El Gol Digital” escolheu a Arena Pantanal como a sétima mais espetacular arena do futuro no mundo e o famoso “El País” de Madrid destacou Cuiabá em matéria especial enfatizando as transformações pelas quais a cidade passa se preparando para a Copa.

Valeu 2013, feliz 2014!
(Publicado em 31/12/2013 pelo Jornal Oeste, ...)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A LENDA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA

Luis Augusto Pereira de Almeida, diretor da FIABCI/Brasil

     Com grande frequência, leio, escuto e observo severas críticas ao mercado imobiliário. Ora dizem que está pouco se importando com as cidades; ora o classificam como um segmento de especuladores, insensíveis aos problemas da população.
Não sei bem onde e quando surgiu tamanha animosidade contra o setor, mas se trata de uma imagem muito distante da realidade dos fatos e da atividade, cuja atuação precisa ser melhor analisada.
É necessário esclarecer que o estigma da especulação imobiliária brota de uma interpretação equivocada da antiga e irrevogável lei da oferta e da procura no movimento de compra e venda de imóveis. O cálculo é simples: quanto mais unidades habitacionais puderem ser construídas num terreno e quantos mais empreendimentos puderem ser edificados em uma região, mais competitivos serão os seus preços unitários. O contrário também é verdadeiro.
Quem define o que, quanto e onde pode ser construído numa cidade é o poder público, através de planos diretores, nos quais zoneamentos e normas de uso e ocupação são definidos. Neste quesito, nosso histórico foi sempre marcado por políticas de ocupação restritivas, de baixo aproveitamento do solo. Em São Paulo, já chegamos a ter coeficientes de aproveitamento de 17 vezes o tamanho do terreno (Edifício Martinelli). Hoje, nosso coeficiente chega, no máximo, a quatro vezes.
As empresas imobiliárias dimensionam cada projeto a partir dessas regras, somando os valores da compra do terreno e da realização da obra. O total é dividido pelo número de lares ou escritórios cuja construção a lei permite em cada terreno. Chega-se, assim, a um custo unitário, ao qual se soma o lucro, determinando-se o preço final. O raciocínio também é válido para cada bairro e para cada cidade como um todo: nas localidades em que se pode construir pouco, os preços sobem; onde ainda é possível realizar empreendimentos em maior número, os preços são mais competitivos. Se leis impedem ou restringem a ocupação, os imóveis serão cada vez mais caros e exclusivos. Fala-se em bolha imobiliária, mas o que na verdade existe é uma escassez cada vez maior de terrenos para moradia, trabalho e entretenimento, causando uma valorização crescente.
Em todo esse processo mercadológico não se configura a especulação, cujo verbete no Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa tem a seguinte definição: “Negócio em que uma das partes abusa da boa fé de outra”. Obviamente, tal pecha não se aplica a quem empreende sob os ditames legais e tampouco a um mercado que atende à demanda da habitação, mantém milhões de empregos, recolhe impostos vultosos e cuja cadeia produtiva, a da construção civil, representa quase 12% do PIB brasileiro.
Há outro fator que também tem impacto nos preços, na satisfação dos ocupantes do imóvel e, claro, na imagem do mercado imobiliário: a qualidade da infraestrutrura urbana e dos serviços. Locais bem servidos nesses itens têm procura maior e, portanto, valores mais altos, além de um grau maior de satisfação das pessoas. Porém, quando falta isso, parece já ter transitado em julgado na opinião pública que a culpa, mais uma vez, é do mercado imobiliário. Ora, o setor não é o responsável por construir avenidas, pontes, viadutos, parques públicos, metrô, corredores de ônibus, trens, estrutura de atendimento médico-hospitalar, escolas e unidades policiais.
Como se vê, o que na realidade incomoda o cidadão e o faz pensar que a culpa é do setor imobiliário é o fato de as cidades crescerem sem planejamento, de ser cada vez menor o número de áreas disponíveis e mais restritivas as regras de uso e ocupação e de ficarem muito aquém da demanda os investimentos públicos em infraestrutura, cuja evolução não acompanha a expansão das cidades. Tal descompasso é mais acentuado nas grandes áreas metropolitanas.
A título de exemplo, tomemos a cidade de São Paulo, que cresce, todos os anos, cerca de 65 mil habitantes. Este contingente demanda moradia, escolas, transportes, água, esgoto, segurança, atendimento médico-hospitalar, comércio, serviços e entretenimento. Esta conta de investimentos públicos e privados não pode ser ignorada e precisa ser quitada todos os anos, sob pena de ocorrer um desequilíbrio crescente e piora na qualidade da vida.
Mesmo com o mercado imobiliário aquecido nos últimos cinco anos, não temos dado conta do déficit habitacional brasileiro, que ainda beira as seis milhões de unidades. Entretanto, muito pior é o nosso desempenho em investimentos e obras de infraestrutura em geral. Caracas, na Venezuela, com 3,1 milhões de pessoas, possui igual extensão de metrô (74 km) que o município de São Paulo, que tem população 3,7 vezes maior, de 11,44 milhões de habitantes (Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Se maior adensamento, prédios altos e mais comércio e serviços fossem ruins, Nova York dificilmente seria o destino turístico mais procurado no mundo. Inclusive pela maioria de nós, brasileiros. Por que lá então é tão bom e aqui a crítica é geral? E é bom anotarmos que Nova York é 40% mais adensada do que São Paulo. Simples, porque a Big Apple é dotada de farta infraestrutura urbana, que propicia um crescimento sem traumas.
Que bom seria se morássemos perto de casa, se não tivéssemos de tirar o carro da garagem; se pudéssemos ir a pé ao shopping, ao supermercado, à escola ou fazer jogging no parque público do bairro. E tudo isso sem medo de ser assaltado. Aposto que, ao vender seu imóvel, você o precificaria em, no mínimo, 15% a mais.

(Publicado em 21/12/2013 pelo Portal Fator Brasil)

domingo, 29 de dezembro de 2013

CUIABÁ NO "EL PAIS"

(Publicado no Repórter MT)
Reportagem assinada pelo jornalista Afonso Benites, do jornal El País, da Espanha, destaca Cuiabá como uma cidade onde sobram bares e falta lazer. A matéria diz ainda que a Capital "ganhou na loteria" ao ser escolhida como uma das sedes para a Copa do Mundo de 2014 e que a cidade, juntamente com Várzea Grande, virou um gigantesco canteiro de obras. Confira abaixo a reportagem na íntegra. 


AFONSO BENITES
EL PAÍS


Uma cidade quente, com pessoas acolhedoras e animadas que cresceu sem planejamento urbano. Um centro histórico descuidado que parece ser muito diferente de bairros de classe média que reúnem bares e restaurantes conceituados. Seu maior presente, às vésperas de seu terceiro centenário, foi ser indicada para sediar quatro partidas da Copa do Mundo de 2014. 

Essa é Cuiabá, no Mato Grosso, encravada no centro geodésico da América do Sul, no Centro Oeste Brasileiro. A capital mato-grossense é uma das portas de entrada para o Pantanal (que se divide em dois Estados brasileiros, MT e MS, além da Bolívia e do Paraguai). 

Por ter uma temperatura média de 32o C, é uma das cidades que mais consome cerveja no país. Até por isso, seus bares são tão agitados e há uma crescente e interessante indústria artesanal dessa bebida. Nos últimos cinco anos apareceram cerca de 30. 

As duas regiões mais agitadas na noite cuiabana são a praça Popular, que apesar do nome, concentra bares e restaurantes mais tradicionais e elitizados, e a praça da Mandioca, que tem espaços mais alternativos. 

Agora, se sobram opções de gastronomia e bebidas - são mais de 1.000 bares e restaurantes em uma cidade com pouco mais de 500 mil habitantes -, faltam as atrações culturais. Não há museus com grandes acervos, galerias de fotos ou exposições permanentes, como em grandes cidades brasileiras. 

Um dos poucos atrativos é o Sesc Arsenal, um prédio do século XIX, que, no período imperial, armazenava as armas dos militares de todo o Mato Grosso. Nesse local, há várias apresentações culturais. A outra opção para conhecer um pouco da região é o aquário municipal de Cuiabá, com algumas espécies de peixes do Pantanal e um tanto mal cuidado. 

Quem for hoje à Cuiabá, provavelmente encontrará um município muito diferente do que verá nas vésperas da Copa. Nunca houve tantas obras em um período tão curto. Só no trânsito, com a construção de pontes, viadutos, estradas, foram 23 intervenções ao custo de quase 300 milhões de reais. Isso sem contar a construção de um novo estádio, a Arena Pantana,l e de campos para treinamento. Atualmente, Cuiabá, e a vizinha Várzea Grande, onde está o único aeroporto para grandes aeronaves da região, são um gigante canteiro de obras. 

Mas quem se deslocar até lá não deve ficar apenas na cidade. As principais opções turísticas naturais mais próximas são Nobres (a 120 km com um vasto parque aquático), além de Poconé e Cáceres (no meio do Pantanal, a cerca de 105 e 175 km de distância, respectivamente). 

Nobres, perto da ex-badalada Chapada dos Guimarães, na Serra do Tombador, tem diversas cachoeiras e rios. Seu objetivo é se tornar um dos principais polos turísticos da região central do Brasil nos próximos anos. Os problemas são a reduzida quantidade de pousadas e hotéis. Os passeios lá custam entre 10 e 200 reais. 

No Pantanal, nem tudo é tão barato. O preço de um hotel em Poconé, por exemplo, pode chegar a 420 reais por noite em uma suíte simples. Os mato-grossenses costumam dizer que essa é uma região que só os gringos conseguem visitar. É também uma cidade rica em festas populares. O folclore e a cavalhada de Poconé, em junho, reúnem cerca de 10 mil pessoas por dia. 

A expectativa desses municípios é que a loteria, que Cuiabá ganhou ao receber a Copa, também se reverta em lucro para eles. Só é preciso que se preparem melhor.


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

CUIABÁ ESPETACULAR

José Antonio Lemos dos Santos

skyscrapercity.com


Às vésperas do Natal, depois das tantas coisas boas que aconteceram para Cuiabá em 2013, ligadas à Copa ou não, eis que antes de seu encerramento o ano ainda nos reservou o estudo do IBGE sobre o PIB no Brasil em 2011, com algumas conclusões importantes, em especial para Cuiabá, que não podem passar despercebidas. Primeiro é que Cuiabá continua com o maior PIB de Mato Grosso, com uma produção de R$ 12,4 bilhões naquele ano, representando 17,4% do PIB estadual. Após Cuiabá, a segunda maior produção foi de Rondonópolis com R$ 5,7 bilhões. Nada mal para uma cidade tratada por algumas opiniões desagregadoras como uma cidade que nada produz, aleivosia que tem generosa divulgação e acaba passando como verdade à grande parte do senso comum. 

Esse resultado não surpreende e, além de sua própria importância, a divulgação dos PIB’s a cada ano recoloca a verdade em seu lugar, com Cuiabá como o maior centro produtivo do estado. Sempre foi assim, inclusive com essa proporção já tendo sido maior, é claro que diminuindo à medida que o estado desenvolve e o interior avança produtivamente. Considerada a conurbação Cuiabá-Várzea Grande, essa diferença amplia ainda mais, mesmo que também decrescendo. Como já disse, esse decréscimo é esperado e salutar à medida que o estado desenvolve. Mas até quando e até quanto? Isso dependerá das políticas de desenvolvimento adotadas para Cuiabá e Várzea Grande, cujos governos e lideranças municipais têm responsabilidade nas formulações e cobranças, em especial junto aos governos estadual e federal. Políticas de abrangência regional e nacional, não mais provincianas. 

Na verdade não pode ser dado um caráter de disputa entre capital e interior, já que de fato o que existe é uma invejável e vitoriosa simbiose regional ascendente. Temos uma rede urbana polarizada por Cuiabá que dá suporte a toda cadeia produtiva do agronegócio mato-grossense. Cuiabá integra essa grande cadeia produtora através da prestação de serviços especializados, tais como assistência técnica, serviços político-administrativos, de comércio, educação, cultura, saúde e industriais. O atual dinamismo e vitalidade de Cuiabá vêm da força da demanda do interior que a cidade ajudou e ajuda a implantar e desenvolver. Cuiabá centraliza hoje uma das regiões mais dinâmicas do planeta, antes um imenso vazio econômico, e é empurrada para cima por ela. Cabe às lideranças de Cuiabá enxergar esta inserção, como, aliás, fez recentemente o prefeito Mauro Mendes ao assumir com acerto Cuiabá como a capital do agronegócio, dando a entender que desenvolverá políticas no sentido de defender e promover esta condição. É por aí. 

A segunda ótima notícia vem do mesmo estudo do IBGE que aponta o PIB per capita de Cuiabá como o 10° entre as capitais, à frente de 17 outras, entre elas Goiânia, Recife, Goiânia, Campo Grande, Fortaleza, Salvador e Belém. Trata-se de um dado importante, pois é um dos fatores preponderantes na sinalização para investimentos privados em nível do país, além de indicar que existe de fato uma significativa produção de riqueza que pode e deve progressivamente transformar-se em qualidade de vida para a população que a produz. 

A última ótima notícia vem de longe, de Bilbao, na Espanha, onde o jornal “El Gol Digital” classificou a Arena Pantanal como a sétima das mais espetaculares arenas do futuro em todo o mundo. E Bilbao entende do assunto, pois abriga obras de grandes arquitetos mundiais. Resta nos preparar para pilotar essa nave intergalática, pousada no Verdão. Um bom começo é a rica e bem sucedida experiência do Sebrae-MT com o Centro de Convenções. Aliás, precisamos nos colocar à altura de tudo o que vem acontecendo com Cuiabá e Mato Grosso. Feliz Natal! 

(Publicado em 24/12/2013 pelo Diário de Cuiabá)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

ARENA ESPETACULAR

acopadopantanal.com.br

Arena Pantanal está entre os estádios mais espetaculares, diz site
Fonte: Só Notícias com assessoria 
A Arena Pantanal, em Cuiabá, foi considerado o sétimo melhor projeto de estádios de futebol em construção no mundo. A lista foi elaborada pelo site espanhol "El Gol Digital", especializado em futebol. A Arena Pantanal aparece na lista ao lado de estádios em construção na França, Rússia, Turquia e também no Brasil. Entre os estádios para a Copa, a Arena aparece atrás apenas do Beira-Rio, em Porto Alegre.

Segundo o "El Gol Digital", o estádio mato-grossense conta com "a sobriedade de um estádio inglês em pleno Brasil". A lista foi baseada na união entre arquitetura e futebol, celebrando o fato de que alguns dos arquitetos mais renomados do mundo se "cansaram da monotonia do desenho de edifícios" para projetar estádios, beneficiando os fãs do esporte.

Confira a Lista dos "10 estádios mais espetaculares do futuro":
1 - Arena Palestra Itália (Palmeiras) - São Paulo, Brasil 
2 - Stade Velodrome (Olympique de Marselha) - Marselha, França 
3 - Stade des Lumières (Lyon) - Lyon, França 
4 - Nou Mestalla (Valencia) - Valência, Espanha 
5 - Beira-Rio (Internacional) - Porto Alegre, Brasil 
6 - Stadion Spartak (Spartak Moscou) - Moscou, Rússia 
7- Arena Pantanal (Estado do Mato Grosso) - Cuiabá, Brasil 
8 - Itaquerão (Corinthians) - São Paulo, Brasil 
9 - CSKA Moscou Stadium (CSKA) - Moscou, Rússia 
10 - Vodafone Arena (Besiktas) - Istambul, Turquia



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

BEM-VINDAS

José Antonio Lemos dos Santos
     
escanteio.com.br

Bem-vindas as torcidas do Chile, Colômbia, Japão, Coréia do Sul, Rússia, Bósnia, Nigéria e Austrália com suas seleções de futebol, privilegiadas em jogar pela Copa do Mundo de 2014 em pleno coração da América do Sul, abraçadas por este calor cuiabano sadio, mistura inimitável do clima pantaneiro, amazônico e do cerrado. Talvez nem saibam que estarão no centro geodésico sul-americano, terra onde nasceu o presidente Eurico Gaspar Dutra que trouxe a Copa de 50 para o Brasil e construiu o Maracanã, fazendo do futebol essa paixão nacional encantadora. Que tenham boa sorte na novíssima Arena Pantanal. 
     Bem-vindas as mudas da grama Bermuda Tifgrand que enfim chegaram para compor o tapete verde do novo palco do esporte mato-grossense e brasileiro. Segundo as notícias, seguindo as mais modernas técnicas foram plantadas em 16 horas, do final da tarde do último dia 5 até o início da manhã do dia seguinte. Que elas possam ser tão bem sucedidas quanto às do antigo Verdão, daquele gramado que foi considerado por muito tempo o melhor do Brasil junto com o do Serra Dourada. 
     Bem-vindas as obras públicas e privadas já inauguradas, em liberação parcial ou para breve inauguração. Grandes lojas, shoppings, hotéis, fábrica de cimento, Internet 4G, condomínios horizontais e verticais, viadutos, pontes, trincheiras, novas vias, as obras do aeroporto e da Arena Pantanal, e mesmo as do VLT com seu primeiro carro já em Cuiabá, maravilham e aliviam o cidadão à medida que ganham forma definitiva ou são inauguradas. O mesmo cidadão que amargou e amarga muitos transtornos no seu cotidiano urbano começa a perceber que enfim a borboleta, ainda com muito esforço, começa a deixar sua fase de pupa, dando mostras que a cidade ficará melhor e mais bonita. 
     Bem-vinda mais uma vez a extraordinária competência da agropecuária de Mato Grosso em toda sua cadeia produtiva, de norte a sul, patrões e empregados, que, vencendo todas as dificuldades, conseguiu emplacar um superávit em seu comércio exterior de US$ 13,3 bilhões de janeiro a novembro, só perdendo para Minas, estado superexportador de minérios. Mais de US$ 1,2 bilhão de dólares por mês é o que Mato Grosso trouxe limpinhos de divisas para o Brasil que no mesmo período teve um déficit de US$ 91,464 milhões de dólares, apesar dos bilhões de dólares trazidos pelos mato-grossenses e mineiros. O que Mato Grosso gerou de divisas este ano daria para quase uma dezena de ferrovias Cuiabá-Santarém, esticadas até Rondonópolis! E quanto renderia em escolas, hospitais, melhores salários e aperfeiçoamento de funcionários? Em troca de toda essa produção recebemos muito pouco do governo federal. Não fosse a Copa ... Mas esse é outro assunto.
     Bem-vinda a ferrovia que chegou a Rondonópolis e agora já está a 200 km de Cuiabá e a 560 Km de Lucas do Rio Verde depois de se estender desde as barrancas do rio Paraná, em uma das mais memoráveis lutas do povo cuiabano, liderado pelo eterno senador Vuolo. E bem-vindo o trimilionésimo passageiro anual do Aeroporto Marechal Rondon, previsto nas minhas contas para chegar neste final de dezembro. 
     Bem-vindas as festas de fim de ano. É nessa perspectiva de esperança renovada a cada ano pelo Natal que o mato-grossense acredita que sua qualidade de vida será cada vez mais compatível com toda a riqueza que produz, hoje ainda tão distante. Bem-vinda a mais bela das festas, as festas natalinas, lembrando o nascimento de Jesus, aquele que trouxe a boa nova da comunhão entre os homens e a perspectiva de uma nova vida, melhor, mais fraterna e justa para todos. Boas Festas! 
(Publicado em 17/12/2013 pelo Diário de Cuiabá)

sábado, 14 de dezembro de 2013

A JUSTIÇA E A FAMÍLIA

Midianews

Moacyr Freitas, arquiteto.

O tempo vai passando, e temos uma multidão de seres humanos se remexendo nas comunidades formadas na face da Terra, uns alegres outros tristes. Todos vivendo sujeitos a essa variação de sentimentos, aguardando a vinda de dias melhores. Tudo que está bom hoje, amanhã poderá estar diferente, não agradar mais, ficar ruim.

Percebemos que em nossas sociedades há muitos falsos superiores que tratam mal os outros como se fossem seres inferiores.
 A vida em comunidade coloca-nos em contínua comparação. Acontecem as silenciosas competições, que fazem as pessoas mortificarem-se nas incontroláveis diferenças, provocando a inveja, o mal da humanidade.

Concordamos que nossa vida é uma contínua luta na busca da felicidade, mas tropeçamos em muitas indignidades. Arruinando ainda mais essa busca, entra a intrometida maldade, atravessando e atravancando os caminhos daqueles que honestamente vão buscar essa felicidade.

Partindo do seu restrito convívio familiar, vão confiantes e esperançosos, acreditando estar de posse de todos os ensinamentos, conhecimento para a sua vida; pois, é dessa “célula mater” que devem receber a necessária educação de base. Seria normal que assim fosse, se não viessem desmanchar esse ritmo outros fatores indesejáveis que aparecem para produzirem o mal.

Estamos percebendo que crescem o número de lares que se esfacelam. São muitos os convívios familiares destruídos por mais variados motivos, banais, às vezes. São comportamentos da juventude moderna os mais frequentes. Despreocupados, deixam se levar e desfazem suas uniões, buscando novas paixões.
Assistimos diariamente à “cartilha” desse mau comportamento nos vários programas de televisão. É a maldade em ação, a indicar esse “modelo” aos jovens iludidos com a nova e falsa vida. Separados do seu natural convívio familiar, irão seus filhos se educando em outros meios, longe da verdadeira amizade de seus pais. Estes, despreocupados com eles, estarão em outro lugar com outras ocupações. Certamente, seus filhos estarão recebendo novas interferências, que irão introduzir boas ou más ações nas suas mentes. Nessa passagem forçada, estarão eles sujeitos aos desvios de sua formação, que podem levá-los para campos nocivos a sua vida. São esses acréscimos malignos que podem deformá-los para sempre, tornando-os desligados e insensíveis às amizades.

A televisão noticia com frequência, condenáveis procedimentos, resultantes dessas deformações. São jovens estudantes, policiais, profissionais graduados, juízes, gestores dos mais elevados órgãos ou privados, vitimados por esses desvios da mente. Desfigurados, vão tratando mal seus semelhantes sem nenhum constrangimento. Estamos constatando em nossos dias exemplos desses tipos. São os indesejáveis, malcriados que vão contaminando nossas sociedades. Aparecem em escandalosas notícias em nossos meios de comunicação que chocam a humanidade. O mais lamentável ainda é que são habilidosos e chegam a ocupar posição de comando na sociedade. 

Por outro lado, a ação da Justiça parece perder força diante desses insensíveis “graduados”. Mesmo sabendo que ordem judicial não se discute, cumpre-se, não a tratam com respeito. Confiam na impunidade. Assistimos também a Justiça falhar, quando encontram campo favorável à acusação, quando a defesa é fraca. Não exige maiores e importantes esclarecimentos, para levar à verdade dos fatos, chegando ao âmago da questão. Ela se prende e apoia em exposições superficiais e por essas julga e sentencia o réu ou a ré.

Encontro-me como vítima de um caso assim: sou professor titular aposentado da UFMT. Professor fundador de fato, antes mesmo daqueles outros que foram titulares por decreto, porque desde os primeiros movimentos de sua criação e fundação, estava lá, nos seus primeiros passos, dando aulas em lugares improvisados, diversos como: Palácio da Instrução, Colégio Estadual de Mato Grosso, Escola Técnica Federal, Colégio Barnabé de Mesquita como Instituto Ciências e Letras e, finalmente, no seu “Campus”, como Universidade Federal.

Portanto, desde seu princípio, em 1966. Nunca estive ausente dessa instituição, nem por alguma licença, pois nunca a solicitei, apenas pelas férias regulamentares. Contudo, a Justiça conseguiu julgar-me inapto, e também outros colegas aposentados sem direito a um adicional no meu salário de 28,86%, que recebia. Não aceitou o seu retorno porque, justifica, não constavam nossos nomes na relação enviada por algum órgão a outro da mesma administração, aquele que verifica quem é ou não é professor da instituição.

Ora! O mais incompreensível nisso é que nunca foi interrompido o pagamento de meus proventos, mesmo sem esse adicional, porque nunca deixei de ser professor dela. Todavia, interromperam, sem apelação, esse complemento ao meu salário. Contudo, outros professores, alguns foram alunos meus, recebem normalmente seus salários integrais sem nenhum corte ou interrupção. Apenas nós, aqueles que não estavam nas folhas dos autos, não recebemos mais nosso justo salário. Foi assim que determinou a Justiça, mesmo sem diligenciar a verdadeira existência nossa como professores no contingente daquela instituição.

Hoje, sou um velho professor aposentado, diferente dos demais, com salário reduzido, porque não existiu meu nome naquele processo por erro administrativo. Vou cumprindo há dezesseis anos aquela pena sentenciada pela Justiça. Decisão Judicial, cumpre-se. Sou leigo nessa área, mas não sou tão ingênuo.

São lamentáveis, esses acontecimentos! É muito triste ver nossas crianças crescerem sabendo desses fatos, dos maus procedimentos de adultos “graduados”. Agora mesmo, esse escândalo do “mensalão”! E tantos outros. Certamente, incorporarão a corrente cada vez mais crescente de pessoas sem esperança. Aquelas que não acreditam na seriedade daqueles que ocupam cargos relevantes nos governos, principalmente no campo da Justiça, onde deveria existir maior cuidado para não arrastar consequências tão danosas à vida de inocentes. É claro que existem honrosas exceções.

Como anda a Educação no nosso país, acrescida de tantos desvios deformantes?! E as famílias? Quem irá socorrê-las e salvá-las dessa destruição? 


sábado, 7 de dezembro de 2013

TRINCHEIRA DO SANTA ROSA

Veja a situação das obras da Trincheira do Santa Rosa  hoje pela manhã (07/12/13). Parece que está próxima a possibilidade de liberação do tráfego ao menos na parte superior:
Foto FCLS

Dá para comparar com o final do mês de outubro (31/10/13):

                                                                                                              Fotos FCLS


Dá para comparar com a situação no início de setembro (01/09/13):
01/09/13                                                                                                 Foto FCLS

01/09/13                                                                                             Foto FCLS

01/09/13                                                                                                   Foto FCLS

Compare a situação  a pouco mais de  6 meses, entre 31/05/13 e hoje:



31/05/13                                                                    Foto FCLS

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA

Veja como estava a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de dezembro de 2013. Como o dia amanheceu meio nublado, a foto é de 12:30 h. Dá para ver a membrana que fará a proteção solar das fachadas compondo o elemento plástico unificador das quatro arquibancadas do edifício. Compare com a maquete ao final das postagens e mande seu comentário. Veja:

Foto: José Lemos

Dá para comparar com a situação em 04/10/2013:
Foto: José Lemos

Ou em  4 de julho de 2013:  
Foto: José Lemos

Ou a 1 ano atrás (05/12/12). Compare também o edifício no lado esquerdo da foto em construção:

Foto: José Lemos

Era para ficar pronta em outubro de 2013. Foi prorrogado para dezembro e agora para janeiro de 2014. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O LEGADO AVANÇA

 José Antonio Lemos dos Santos

     Retomo a temática do artigo de duas semanas atrás dedicado às tantas coisas boas que aconteciam naquele momento. Puxadas pela Copa as coisas boas continuam acontecendo e não podem passar despercebidas, mormente em um contexto em que até pouco tempo os bons acontecimentos eram raros, se é que existiam, em especial na área pública. Desta vez começo com a notícia da reforma dos relógios e sinos da Matriz de Cuiabá, em convênio do estado com a mitra arquidiocesana.
RepórterMT

     Uma das mais fortes impressões de uma cidade levada pelo turista é a forma como é tratado seu núcleo original, seu centro histórico, em geral marcado no Brasil por uma praça central e uma igreja, aqui a Basílica do Bom Jesus de Cuiabá. Ao turista esse tratamento reflete como cada cidade cuida de sua relação com Deus e consigo mesma, e, se for de fato assim, estamos muito mal. Não só os relógios e os sinos estragados, cada mostrador parado de um jeito, mas a própria fachada da igreja suja, com rebocos caindo, inclusive expondo perigosamente a ferragem estrutural no campanário.
     Lembro, que na administração José Meirelles foi feito trabalho semelhante com apoio da colônia sírio-libanesa doadora dos relógios originais. Porém, tão logo consertados os relógios voltaram a ter problemas, pois necessitam de manutenção quase que diária, assunto que agora espero tenha sido equacionado. É um dos principais cartões postais da cidade e merece a providência. Em especial também porque se trata da casa do Bom Jesus de Cuiabá aquele que, como repito sempre, de fato trouxe a Copa para Cuiabá de forma surpreendente, num miraculoso choque de adrenalina em nós cuiabanos para que cuidemos melhor de sua cidade, preparando-a dignamente para o Tricentenário e seu extraordinário futuro.
     Na mesma linha também a prefeitura resolveu revitalizar a Praça Alencastro, inclusive sua fonte luminosa, um conjunto que forma outro cartão postal da cidade junto com o Palácio Alencastro. Tanto no caso dos relógios da matriz quanto da fonte luminosa, são situações nas quais, se tudo estiver arrumadinho e funcionando bem, poderão até nem ser notadas, porém, se estiverem neste estado de abandono e maltrato em que se encontram serão inesquecíveis aos turistas transformando-se em poderosa propaganda contra a cidade, afinal uma cidade que não respeita seu centro histórico, seu próprio coração e suas raízes, passa sempre uma péssima impressão. Daí a importância dos cuidados com os relógios da matriz, a fonte luminosa e a sede da prefeitura.
cbnfoz
RepórterMT

     Ainda na trilha das coisas boas, ontem pela manhã o governo do estado inaugurou mais duas obras importantes para a mobilidade urbana na Grande Cuiabá compromissadas com a Copa, a duplicação da ponte Mário Andreazza e a trincheira da Ciríaco Cândia fazendo conexão com a Avenida Miguel Sutil. Estas obras integram o complexo da nova Avenida Mário Andreazza, em avançado estado de construção, que fará a ligação da Zona Oeste de Cuiabá diretamente ao Trevo do Lagarto em pista duplicada, oferecendo uma alternativa à Avenida da FEB e servindo como suporte à nova frente de expansão urbana de Várzea Grande que se desenvolve na região da Guarita. Pena que este processo de expansão não aconteça a partir de um planejamento urbano abrangente e sistemático de toda Várzea Grande, planejamento que inexiste até o momento, mas que - como sou sempre otimista - talvez possa até ser induzido no contexto da administração municipal por este novo viés de crescimento da cidade. É o legado da Copa que começa a aparecer. 
(Publicado em 03/12/2013 pelo Diário de Cuiabá)