"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sexta-feira, 27 de junho de 2014

ART DECO EM CUIABÁ





Fotos José Lemos

Belo e esquecido exemplar da Arquitetura Art Deco no centro de Cuiabá, infelizmente em estado de manutenção precário. Existem outros que merecem uma atenção maior de nós arquitetos e arquitetas.
Foto José Lemos

terça-feira, 24 de junho de 2014

PARA SEMPRE

esportes.terra

José Antonio Lemos dos Santos

     Está marcado para hoje, no começinho desta noite de São João, o último jogo da Copa do Pantanal entre Colômbia e Japão, assinalando o fim da participação direta de Cuiabá nesta Copa do Mundo de 2014, que até agora tem sido magnífica, surpreendendo de modo favorável a opinião pública nacional e mundial. Em especial, calando aquela parte da grande mídia que, por motivos que serão descobertos um dia, jamais aceitou Cuiabá como uma das sedes da Copa e que continua armada para destacar qualquer deslize, por mínimo que seja e mesmo que falso. Por isso, enquanto o jogo não acabar, não dá para cantar uma vitória completa de Cuiabá na Copa mesmo na certeza de que tudo correrá bem, como vem acontecendo pela graça e proteção do Bom Jesus de Cuiabá, que, como estou cada vez mais convencido, foi quem de fato trouxe a Copa para nós como pretexto para sacudir sua gente e iniciar a preparação digna de sua cidade para o Tricentenário, em 2019.
     Mas Cuiabá e Mato Grosso já podem cantar muitas vitórias. E quero cantar a fundamental. Não vou me referir à fábrica de cimento, shoppings, torres hoteleiras ou às sempre tão focalizadas, esperadas e agouradas obras públicas que vão sendo incorporadas vorazmente pela cidade à medida em que são liberadas total ou parcialmente, confirmando suas urgências. Com rapidez, facilidade e conforto, outro dia fui do trevo da Rodoviária em Cuiabá até a rótula da Ponte Sérgio Mota em Várzea Grande, passando pelos viadutos do Despraiado e Orlando Chaves, e pelas trincheiras do Santa Isabel e Santa Rosa, esta ainda inconclusa. Sobre a maravilha da Arena Pantanal daria e dará muito para se falar. Como aquele luminoso espaço high-tech conseguiu traduzir tão bem o encantamento da tríade vitruviana, a ponto de transportar cerca de 40 mil pessoas confortavelmente a cada jogo para um mundo de alegria, vibração positiva, flashs, whatsapps, como se fosse de fato aquela nave intergaláctica mágica a que me referi em artigos anteriores? E o espaço do Fan Fest, no qual eu não fazia a menor fé, mas que numa noite recebeu mais pessoas que a própria arena? E a Arena Cultural dando um show diário de cultura local e regional? 
     Mas não é esse tipo de vitória que quero saudar como a fundamental. Essas coisas qualquer cidade pode ter, basta arranjar dinheiro. O que quero saudar é meu povo, minha gente em princípio tão simplória, desconfiada e arredia, mas que é capaz de dar show de alegria, calor humano e receptividade, condição primeira para a realização de um evento de tão grande porte como uma Copa do Mundo. Isso não se compra. O principal Cuiabá já tinha pronto naturalmente e não percebemos. E não podia ser melhor Cuiabá ter recebido primeiro as torcidas do Chile e da Austrália. Juntas com o cuiabano a empatia foi imediata. Jamais imaginei povos tão distantes no espaço e tão afins na simpatia, na alegria e na cordialidade. E depois vieram os russos e coreanos, bósnios e nigerianos e, logo os colombianos e japoneses, todos sem timidez no uso das cores, cantos, gritos pacíficos, mascotes e fantasias referentes aos seus países. Muitos trouxeram a família. 
     Às centenas ou milhares vieram também torcedores de outros países, e brasileiros de muitas cidades de Mato Grosso e do Brasil, todos integrados num grande momento de alegria espontânea e genuína. E o patinho feio na verdade era um belíssimo tuiuiú que serena bonito no alto e assenta mais lindo no chão. E a menor e menos preparada das sedes, com seus rios e o calor sadio, seu sotaque e modo de viver, do tereré e do guaraná, do Siriri e do Cururu, Cuiabá inteira virou uma grande festa internacional de paz e harmonia que ficará para sempre marcada no exato coração sul-americano e na memória do povo cuiabano. 
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 24/06/2014)

domingo, 22 de junho de 2014

PONTO DE TAXI


Foto José Lemos

Para mim um dos melhores exemplos do que classificamos na disciplina de História e Teoria da Arquitetura e do Urbanismo -III com Pós-modernismo Regionalista.Trata-se de um abrigo para motoristas de taxi. Mais um dos grandes projetos do arquiteto professor Ademar Poppi. Registro em foto aqui no blog um exemplar ainda em condições razoáveis de manutenção, antes que desapareça junto com tantas das coisas boas de nossa cidade. 


quinta-feira, 19 de junho de 2014

ARENA PANTANAI

MatoGrossoNotícias

Imagem da FIFA em 360º da Arena Pantanal na execução dos hinos do Chile e da Austrália no primeiro jogo da Copa do Mundo 2014 em Cuiabá. Foto histórica emocionante, não só pela Arquitetura. Para guardar para sempre. Veja no link abaixo. Vale a pena:

http://360photos.fifa.com/#!startscene=chi_aus

terça-feira, 17 de junho de 2014

COPA DO PANTANAL, SHOW!


Fotos: José Lemos
José Antonio Lemos dos Santos

     Enfim a bola está rolando na Copa 2014 e a Copa do Pantanal começou muito bem para tristeza daqueles que ainda não aceitam Cuiabá como uma das sedes do grandioso evento mundial. O primeiro jogo transformou a capital mato-grossense em uma grande festa que se estendeu desde uns três dias antes do jogo até dois ou três dias depois. Ontem estive no aeroporto ampliado (sem lonas) e ainda pude ver australianos e chilenos embarcando, estes com seus eletrizantes gritos de “chi-chi-lê-lê”, naquela simpática coreografia das mãos levantadas que marcará para sempre a memória do povo cuiabano.
     A festa do primeiro jogo me reforçou a impressão que tenho desde 2009 de que a Copa em Cuiabá foi uma estratégia do Bom Jesus para sacudir seu povo visando preparar sua cidade para o Tricentenário. Não podia ter sido escolhida gente melhor para vir a Cuiabá torcer por suas seleções na abertura da Copa do Pantanal. Chilenos e australianos deram um show de simpatia e se entrosaram com os cuiabanos de maneira perfeita, numa relação de constante alegria, civilidade e, mais importante, sempre em paz. Cuiabanos, australianos e chilenos juntos quem poderia imaginar que uma mistura como essa pudesse dar tão certa? Os australianos mais comedidos em gestos e expressões, mas muito expressivos com seus grandes e vistosos cangurus infláveis e suas vestimentas quase carnavalescas. Já os chilenos com uma alegria e contagiante, de caráter mais patriótico, com rostos pintados nas cores nacionais, vestidos com a camisa da seleção e enrolados na bandeira de seu país. De vez em quando nas ruas, praças, shoppings ouvia-se um grito forte e solitário “chi-chi” que imediatamente era seguido por dezenas ou centenas de outras vozes “lê-lê, chi-chi, lê-lê”. Impressionante. Para mim, a mais genuinamente alegre festa de massa que já presenciei em meus mais de sessenta anos.
     A Arena Pantanal foi o palco maior de toda essa festa recebendo mais de 40 mil pessoas para assistir a partida entre o Chile e a Austrália, sem problemas consideráveis para um evento de tamanha envergadura. Grosso modo arriscaria dizer que conviviam naquele espaço espetacular cerca de 20 mil chilenos, uns 10 mil australianos e outros tantos cuiabanos, mato-grossense e brasileiros de outros lugares. À minha frente uma família de Nova Canaã, ao meu lado esquerdo uma família de Campo Verde, na fila de trás um grupo de chilenos e mais atrás uma impressionante família de australianos, que devia estar em pai, mãe, avó e 3 filhos, um deles de colo, constantemente abanado pelo pai, e todos uniformizados. Jamais pude imaginar algo que para mim chegaria aos limites da loucura, tal como atravessar continentes e oceanos para torcer por um time sem chances de vencer numa competição no outro lado do mundo. E mesmo com o time derrotado, aplaudi-lo, sair festejando, sem esboçar qualquer xingamento ou provocações à torcida adversária. Ainda teve o Fan Fest, no qual eu não fazia a menor fé. Sucesso pleno também, com cerca de 20 mil chilenos, australianos e brasileiros lotando o local com muita festa e sem brigas. 
Foto José Afonso Portocarrero
     Por coincidência ou não mais um 13 de junho marcando a história de Cuiabá. Em 1867 os cuiabanos retomaram Corumbá para o Brasil, numa missão considerada impossível. Agora os mato-grossenses construíram a Copa do Pantanal, embora desacreditados. A abertura da Copa do Pantanal foi um momento em que povos diferentes e distantes se encontraram em um lugar mágico para compartilhar alegria, civilidade, e simpatia, resgatando ao menos um pouco da esperança na possibilidade de convivência da espécie humana. Ainda caberiam muitos registros positivos desse extraordinário momento, mas fica para depois. 
(Publicado em 17/06/2014 pelo Diário de Cuiabá, ...)

sábado, 14 de junho de 2014

ESPERAVA VER UM DIA



Fotos José Lemos (14/06/2014)

Que beleza! Passei hoje pela manhã pela Barão de Melgaço e presenciei estas cenas que há muito esperava assistir em Cuiabá: turistas visitando e reverenciando o Centro Geodésico da América do Sul. Uns tirando votos, outros examinando o que está escrito no marco, outros procurando no nome da capital de seu país no piso. Valeu o dia.

terça-feira, 10 de junho de 2014

A COPA DOS IPÊS

Os primeiros do ano em foto de Ademar Poppi.


 José Antonio Lemos dos Santos

     Que todas as coisas neste ano da Copa pudessem atrasar, mas eles não se atrasariam nunca. De novo, no tempo certo, eles estão aí com suas copas coloridas, embelezando a cidade e o estado. Chegam primeiro em rosa, depois no roxo, branco e amarelo. Algum de nós fica indiferente ante um ipê florido? Imagine os turistas estrangeiros. Até os japoneses que têm nas suas cerejeiras em flor uma das maravilhas do mundo, com certeza também se encantarão com nossos ipês, a flor oficial do Brasil desde o presidente mato-grossense Jânio Quadros. 
     Os ipês floridos, que poderão ser a maior atração da Copa do Pantanal, passou distante dos planejamentos, das verbas e das preocupações de todos. E talvez tenha sido até bom, pois de outra forma haveria o risco de algum luminar projetar substituí-los por novas mudas, que certamente seriam bem caras e não estariam florindo a tempo da Copa. Absurdo? Não nestes tempos pós-modernos que nos surpreendem a toda hora para o bem ou para o mal. Ora, não fecharam com tapumes a paisagem da Chapada a pretexto de salvá-la, privando o povo mato-grossense e brasileiro do orgulho de exibir aos visitantes da Copa um de seus mais preciosos patrimônios naturais? Faz lembrar a história do gênio que matou o cachorro para acabar com as pulgas.
     Mas os ipês estão aí, chegando aos poucos, exibidos, cientes de sua própria beleza, chamando nossa atenção desde longe nas paisagens e ensinando que a graça e a beleza de uma cidade está no carinho e respeito que dedicamos a seus valores naturais, culturais e à vida de sua gente. Que venham os novos edifícios, arenas, fábricas, shoppings avenidas, viadutos, pontes e trincheiras, se necessários, mas não dá para esquecer os ipês, que por isso estão aí a cada ano protestando com sua beleza forte e delicada de cores e formas. Nada mais belo e digno a oferecer aos nossos visitantes. Na Copa do Pantanal cuja principal atração deveria ser a natureza, justamente ela foi deixada em segundo plano. Talvez este tenha sido seu principal equívoco, entre os tantos acertos e erros cometidos. Mas os erros também são absorvidos como legado positivo por aqueles que os aceitam como lição. 
     E a bola da Copa vai rolar nesta quinta próxima. Que bonito ver a cidade também se enfeitar com bandeiras e cores, com operários e máquinas em grande esforço para concluir tudo aquilo que ainda puder ser concluído. Obras em andamento são motivos de orgulho e os visitantes ficarão admirados com uma cidade literalmente em obras públicas e privadas, refletindo uma região que se transforma em uma das mais dinâmicas e produtivas do planeta e todo seu esforço na preparação para recepcionar um dos maiores eventos do mundo. Que alegria acompanhar pela internet uma das caravanas de chilenos com cerca de 800 carros enfeitados atravessando os Andes rumo a Cuiabá, onde apoiarão sua seleção ao lado de outros milhares de conterrâneos e de sua presidente da República. Bom ver que a cidade e o estado começam a receber também os primeiros australianos, russos, coreanos, nigerianos, colombianos, bósnios e japoneses, e que nosso aeroporto já liberou – sem lona e tão pouco noticiado - seus novos saguão principal, estacionamento e área de desembarque para recebê-los. 
     Não dá para errar o foco de novo. Vamos receber os visitantes com aquilo que temos de mais autêntico e original, razão da Copa do Pantanal, que são nossas belezas naturais e nosso modo de viver, em especial a alegria e hospitalidade. E, daí sim - por que não? – receber também com a beleza de nossa cidade e estado, construída por nossas mãos ao longo de quase três séculos e sintetizada na maravilha high-tech da Arena Pantanal. A beleza dos ipês nos apoiará. 
(Publicado em 10/06/2014 pelo Diário de Cuiabá, ...)

domingo, 8 de junho de 2014

A ARENA DE MINHA JANELA

A série de postagens com fotos da evolução das obras da ARENA PANTANAL a cada início de mês até sua conclusão inspirou a arquiteta Juliana Demartini ao fotografar a arena da janela do avião. E mandou para o Blog do José Lemos. Destaco o novo equipamento dentro da malha urbana em um bairro que já contava com um equipamento semelhante, o saudoso Verdão. Conforme já argumentei em alguns artigos quando da escolha do local, as vantagens a meu ver são pelo menos duas: a região já estava acostumada com os impactos e os melhoramentos na infraestrutura beneficiam uma região já habitada. O principal problema são os transtornos enquanto acontecem as obras. Vejam:


Fotos Juliana Demartini

quinta-feira, 5 de junho de 2014

DESAFOGO

 - Atualizado em 

Governo inaugura terminal de 




desembarque no aeroporto de 




Cuiabá

Nova ala melhora fluxo de passageiros, que vinham sofrendo com local improvisado. Obras no local seguem até agosto, segundo a Infraero




Fotos Edson Rodrigues - Secopa MT

Ainda inacabado e prestes a receber a Copa do Mundo, o saguão de desembarque do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande (ao lado de Cuiabá), foi liberado nesta segunda-feira. Com isso, o local que vinha sendo usado para o desembarque fica livre para receber somente o embarque (antes estava dividido para as duas funções). Agora, a capacidade dobrou em relação ao aeroporto antigo e pode chegar a 5,7 milhões de passageiros por ano. A área passou de 5.460 metros quadrados para 13.200 m². A média de passageiros do aeroporto é de 2,5 milhões. 
O novo espaço tem duas esteiras novas, banheiros, um número maior de assentos, e um balcão de informação sobre a Copa do Mundo que está em funcionamento. O estacionamento também teve a área ampliada. O único entrave do que foi prometido para a Copa do Mundo são as duas pontes de embarque/desembarque (fingers), que ainda estão em teste. 

A Infraero promete entregar o aeroporto completo até agosto, quando tudo deve estar finalizado. O investimento total das obras foi de R$ 98 milhões. 
(Por GloboEsporte.com Cuiabá)

http://globoesporte.globo.com/mt/copa-do-mundo/noticia/2014/06/governo-inaugura-terminal-de-desembarque-no-aeroporto-de-cuiaba.html

terça-feira, 3 de junho de 2014

BEM-VINDO

Foto Christian Guimarães em globoesporte.globo.com

José Antonio Lemos dos Santos

     Com a alma 'lavada e enxaguada' nas águas da goleada do Cuiabá Esporte Clube em João Pessoa contra o até então invicto Botafogo local, registro a chegada à Copa do Pantanal na semana passada do primeiro torcedor estrangeiro. Trata-se de um chileno chamado Cristian Guerra que veio de bicicleta de sua terra até Cuiabá em 4 meses de viagem, após um consumo de 5 jogos de pneus, tudo para assistir e dar força à sua “La Roja”, a seleção de seu país cuja formação atual é considerada a melhor de todas já formada no Chile, tanto que conquistou uma das 8 cabeças de chave da Copa 2014, superando poderosas seleções como as da Itália, Inglaterra, Holanda e França.
     Cuiabano de 'tchapa e cruz', dou minhas boas-vindas a todos os torcedores que começam a chegar a Cuiabá em nome do destemido Cristian. Peço, entretanto, que releve a situação em que se encontra a cidade com muitas obras não-concluídas, grande parte delas envolvendo suas principais avenidas e o próprio aeroporto, do qual foi poupado, pois veio de bicicleta e voltará de carro. Acontece que Cuiabá é a menor das sedes da Copa no Brasil e aquela que mais precisava se esforçar para sediar um evento dessa envergadura. Mesmo assim, de forma corajosa, entrou na disputa por uma das sedes e ganhou, comprometendo-se a preparar-se para receber dignamente os torcedores que viessem acompanhar suas seleções. Para tanto, arriscou-se a desenvolver o maior pacote de obras públicas e privadas de sua história e, como você já deve ter percebido, nem tudo foi concluído.
     Aliás, foi uma artimanha do destino escolher um chileno como o primeiro torcedor a chegar a Cuiabá, permitindo que se juntassem duas histórias bastante parecidas em relação às dificuldades em sediar uma Copa. Preparando-se para a Copa do Mundo de 1962, o Chile sofreu em 1960 um dos maiores terremotos da história recente deixando mais de 5 mil mortos e 25% de sua população desabrigada. Para muitos o Chile devia desistir, pois não daria conta de realizar tão grandioso evento ao mesmo tempo em que deveria socorrer tantos de seus filhos vítimas da grande tragédia. “Porque nada tenemos, lo haremos todo”, foi a frase que levantou o moral do Chile. Os chilenos enfrentaram o flagelo, se prepararam para o grande evento e ainda fizeram sua melhor campanha nas Copas. Não foi mais longe, pois teve pela frente o Brasil com Garrincha fazendo mágicas. O Brasil não tem terremotos, em compensação seu sistema político-administrativo vale mil cataclismas.
     Entretanto, para quem se dispôs a vir de tão longe, nada será bastante para ofuscar as belezas da cidade e as maravilhas deste grande estado de Mato Grosso que pelo seu tamanho é impossível conhecê-las em tão pouco tempo. A começar pelo “calor sadio, às vezes melhor, muito melhor que o frio” do poeta Carmindo, que em princípio assusta, mas que logo nos leva aos barzinhos da cerveja estupidamente gelada, em especial aquelas feitas com águas platinas mato-grossenses. Nada impedirá uma foto junto ao obelisco do Centro da América do Sul, de conhecer o sabor do guaraná, do pacu e do matrinxã, o som forte e alegre do Siriri e do Rasqueado ou o gemido cantado e dançado do Cururu. É fácil chegar a Chapada e ao Pantanal. Se quiser, pode ainda ver as fazendas de gado ou plantações high-tech de soja, algodão, milho e girassol, como seus balés de colheitadeiras e plantadeiras, que ajudam Mato Grosso a matar a fome do mundo. O importante é que todos os visitantes sejam felizes em Mato Grosso, levem boas recordações e sintam vontade de voltar aqui de novo. E que cada uma das seleções que pisarem o gramado da Arena Pantanal consiga sempre seu melhor desempenho e avance o máximo na Copa. 
(Publicado em 03/06/2014 pelo Diário de Cuiabá, ...)

Link com matéria sobre o assunto:
http://globoesporte.globo.com/mt/copa-do-mundo/noticia/2014/05/chileno-pedala-3800-km-para-ver-estreia-de-la-roja-em-cuiaba.html