"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



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segunda-feira, 27 de julho de 2020

PARA ONDE FOI SEU VOTO?


José Antonio Lemos dos Santos
     Na eleição de 2016 que definiu a atual composição da Câmara Municipal de Cuiabá, dos 283.121 votos válidos dados aos candidatos apenas 86.885 foram diretamente nos eleitos, menos de 1 (31%) em cada 3 votos! Ou seja, 86.885 eleitores votaram nos eleitos e 196.236 eleitores votaram em outros candidatos. Considerado todo o eleitorado de Cuiabá na época com 415.098 eleitores a situação foi pior pois de cada 5 eleitores cuiabanos apenas 1 (21%) votou nos eleitos, ou seja, um total de 328.213 (79%) escolheu faltar as eleições, anular seu voto, votar em branco ou em outros candidatos, não nos eleitos. Se fosse futebol, os eleitos na verdade teriam sido goleados por 5 x 1!
     É injusto dizer que o brasileiro não sabe votar, ao menos nas condições atuais em que se realizam as eleições proporcionais, e neste ano de novo temos eleições para vereadores. Importantes, elas definem a base do quadro político nacional, a sustentação dos caciques que os apadrinham. Nos resultados das últimas eleições é nítido que o eleitor tem evitado os maus políticos. Falta-lhe, entretanto, conhecer o cerne das eleições proporcionais: as listas dos candidatos por partido.
     Por querer ou não, estas listas no Brasil não são facilitadas ao conhecimento do eleitor e nas eleições proporcionais o voto nunca é perdido. Ao escolher um candidato, seu voto é contado primeiro para a lista ou “chapa” do partido do candidato escolhido, definindo o número de cadeiras que este partido terá com base no quociente eleitoral, que é o quanto “custa” em número de votos cada cadeira nos legislativos. Os mais votados de cada lista são os eleitos para ocupá-las. Só aqui é contado o voto no candidato. Ao escolher um candidato, sem saber escolhe uma lista cuja composição ignora, e assim em sua maioria elege outro. Trágico, o quociente eleitoral da eleição passada foi 11.939 votos e o candidato mais votado teve 5.620 votos, o menos, 1.938. Em suma, todos usaram de votos dados a outros candidatos para se elegerem, o que, quase certo foi o caso do seu. Quem seu voto elegeu?
     Nestas eleições não teremos as famigeradas “coligações”, o que facilitará o voto. Mesmo assim, caro eleitor, antes de nos comprometer com o candidato parente, amigo, colega ou compadre é importante aguardar a oficialização das candidaturas pela Justiça Eleitoral e torcer para que ela te facilite as listas dos candidatos por partido, ao menos em seu site. Ou que algum partido aceite o desafio de orgulhosamente publicar sua lista de candidatos, por exemplo no verso dos “santinhos” de propaganda dos candidatos. O voto é a mais poderosa arma da cidadania, não vamos continuar a usá-lo contra nós mesmos.
     Sabemos que a regra para os candidatos é começar cedo, isto é, chegar nos eleitores antes de outros para “beber água limpa”. Em geral o assédio começa pelos familiares, amigos, colegas de trabalho ou dos bancos escolares, em resumo, aquele conjunto de pessoas supostamente formador de seu capital político pessoal. Com base nesses laços pessoais arrancam compromissos de difícil escapatória futura, vários amarrados em respostas ditas para não desagradar. Aí mora o perigo.     
     Sem duvidar da qualidade dos eleitos e nem colocar alguma culpa neles pela situação, tem algo muito errado em nossas eleições proporcionais, e não é o eleitor. Certo que nas democracias mais avançadas não há mal no eleitor votar em um e eleger outro, a diferença é que nelas o eleitor sabe quem pode ser eleito com seu voto. Aqui não, o eleitor às cegas tenta acertar seu voto em uma lista oculta, habilmente montada pelos caciques para se perpetuarem no poder. Além de enganado, o eleitor paga a conta e nem pode cobrar do eleito pois a maioria não sabe quem elegeu. E ainda leva a culpa.


segunda-feira, 9 de março de 2020

A MAIS IMPORTANTE DAS ELEIÇÕES

Câmara Municipal de Cuiabá (Foto: José Lemos)

José Antonio Lemos dos Santos
     A injusta e polêmica cassação do vereador Abílio Júnior, arquiteto e urbanista de formação, destacou a importância das Câmaras Municipais para o destino dos municípios, para o bem ou para o mal. Ademais, reforçou o cuidado que devemos ter com nosso voto nas eleições municipais, em especial nas proporcionais se avizinham. Tida erroneamente por alguns como uma eleição menor face às eleições para os cargos estaduais e federais, muitos desprezam seu voto comprometendo-se com o primeiro candidato parente, amigo ou colega que lhes dá um tapinha às costas, ou deixam para última hora votando em qualquer um, ou em branco. Ou nem comparecem à votação.
     Que me perdoem os especialistas em política, mas, o urbanismo é dependente dos poderes públicos e, assim, o urbanista tem quase por dever de ofício se preocupar com a escolha dos dirigentes dos destinos de nossa terra. Atenção maior merecem as eleições proporcionais, ou melhor, a forma como são praticadas no Brasil distorcendo as intenções de voto do eleitor que paga a conta e fica com a culpa. Sabemos que no Brasil temos dois tipos de eleições, as majoritárias e as proporcionais, e é importante que existam as duas como nas democracias mais avançadas do mundo, uma privilegiando o candidato individual e a outra a proporção das várias correntes ideológico-partidárias no eleitorado. Nas majoritárias vence o candidato com mais votos. Todos sabem em quem vota e elege. As proporcionais já não são tão simples. Nestas o objetivo é eleger a proporção das correntes partidárias na sociedade, proporção expressa no número de cadeiras que cada corrente conquistar, somando os votos de todos os seus candidatos. Estas cadeiras, conquistadas com o voto de todos, repito, de todos os candidatos serão ocupadas apenas pelos mais votados, os quais, em geral não são os escolhidos diretamente pelo eleitor. Então, o voto proporcional nunca é perdido, sempre elege alguém.  Esta é a beleza das eleições proporcionais, mas também seu mal entre nós.
     Em suma, o eleitor pode escolher um bom candidato e eleger sem querer outro, até mesmo um que ele quisesse banido da vida pública. Isto acontece porque não lhe é suficientemente informado que nas eleições proporcionais ao escolher isoladamente um candidato ele antes estará votando na lista de candidatos do partido do candidato escolhido e da qual só serão eleitos os mais votados. Assim, pode votar em um, mas eleger outro. E pior, estas listas são montadas habilmente pelos chefes partidários de forma a garantir sua própria permanência no poder ou a eleição de seus escolhidos ou prepostos.
     Usando os dados de Cuiabá para ilustrar um quadro que parece ser nacional, nas eleições de 2016, que nos legou a atual composição da Câmara de Cuiabá, dos 283.121 votos válidos dados aos candidatos (votos nominais) apenas 82.545 (29%) foram dados diretamente aqueles que comporão a Câmara de Cuiabá após o episódio da cassação, bem menos de 1 em cada 3 votos. Os demais 200.576 em grande maioria sequer sabem que seu voto ajudou a eleger alguém. E nem sabe quem. Considerando todo o eleitorado de Cuiabá com seus 415.098 eleitores em 2016, fica pior ainda pois de cada 5 eleitores cuiabanos apenas 1 (20%) votou nos eleitos, ou seja, um total de 332.553 (80%) escolheu faltar as eleições, anular seu voto, votar em branco ou em outros candidatos.
     Enfim, é fundamental que todos votem e votem bem, aguardando as listas partidárias para só então escolher seu candidato, não comprando gato por lebre. Ao contrário do que pensam alguns, as eleições para vereador são as eleições mais importantes no Brasil pois elas são o ninho criatório dos políticos e a base da pirâmide política nacional.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

PROPORCIONAIS, NÚMEROS E REPRESENTATIVIDADE

Charge prof. José Maria de Andrade

José Antonio Lemos dos Santos
     Nestas eleições Mato Grosso contou com 2.329.374 eleitores aptos a votar. Destes, 571.047 e 555.860 votaram diretamente nos candidatos eleitos a deputado federal e estadual respectivamente. Ou seja, nas eleições proporcionais deste ano menos de 1 em cada 4 do total de eleitores de Mato Grosso (menos de 25%) elegeu diretamente o candidato em quem votou. Se você se encontra entre estes que viram seu candidato eleito diretamente com seu voto, parabéns, você se encontra naquele menos de um quarto dos eleitores mato-grossenses que conseguiu esse privilégio e agora, após o voto, pode continuar a cumprir seu dever cívico de acompanhar, colaborar ou cobrar, aplaudir ou criticar o desempenho de seu escolhido nos respectivos parlamentos.
     Ocorre que do total dos 2.329.374 eleitores mato-grossenses nem todos foram tão felizes já que 800.033 e 841.164 votaram nos candidatos não eleitos a deputado federal e estadual respectivamente. Ou seja, nas proporcionais os que não foram eleitos em seu conjunto tiveram diretamente neles muito mais votos que os eleitos. Mas se você estiver entre estes não deve estar aborrecido pois sabe que os votos nas proporcionais nunca são perdidos e o seu também não foi ajudando na definição daqueles que foram eleitos ao completar os votos necessários à conquista de cada uma de suas cadeiras, número estabelecido pelo Quociente Eleitoral, que no caso foi de 185.158 e 63.138 eleitores respectivamente para federal e estadual.
      Até aqui nenhum demérito aos eleitos, afinal assim são as proporcionais nos países de democracia mais avançada. O grande problema fica com esta maioria de eleitores que indiretamente elegeu candidatos sem saber quem são, e foram decisivos nela. Por exemplo, mesmo o candidato mais votado para deputado federal que teve 126.249 votos, precisou de mais 58.909 votos dados a outros candidatos companheiros de chapa para completar o Quociente Eleitoral, sem o que não seria eleito. Para se ter uma ideia, para esta complementação o mais votado precisou de mais votos de seus correligionários derrotados do que os 49.912 votos obtidos pelo eleito a federal menos votado, o qual, por sua vez precisou de 135.246 votos dados a seus companheiros de chapa derrotados para se eleger. Por essa característica a Justiça Eleitoral decidiu que nas proporcionais as cadeiras pertencem aos partidos e não aos candidatos. Mas, incrível, mesmo assim podem mudar de partido, levando com eles os votos dados a outros que foram companheiros de chapa na eleição. Sinceramente não dá para entender.
     Já o estadual mais votado alcançou 51.546 votos e mesmo sendo o mais votado precisou de 11.592 votos dados a seus companheiros derrotados, mais que os 11.374 votos obtidos pelo estadual eleito menos votado, que por sua vez precisou de recorrer a 51.764 votos dados a seus companheiros de chapa derrotados, quase 5 vezes os votos dirigidos diretamente a ele. E mesmo assim pode mudar de partido.
     Sem demérito aos eleitos, assim são as proporcionais. O grande problema, repito, é que no Brasil as listas dos candidatos por partido ou coligação não são dadas ao conhecimento do eleitor, que vota em um time de candidatos sem saber quais são seus componentes. Assim, essa maioria de eleitores que não elegeu diretamente seus escolhidos acaba indiretamente elegendo outros sem saber quais poderiam ser, muitas vezes um que até queria fora da vida pública, e a representatividade das proporcionais cai a zero pois ao fim não expressa nem a escolha por candidatos individuais, nem a proporcionalidade política que deveria expressar. Pior, o eleitor fica com a pecha de não saber votar, paga a conta, o pato e ainda sofre as consequências.

sábado, 8 de outubro de 2016

LIÇÕES DA PROPORCIONAL


José Antonio Lemos dos Santos

Esta eleição para vereador em Cuiabá permitiu a realização de uma experiência cívica que há muito esperava. Já que não foi oficial com a Justiça Eleitoral tomando a iniciativa, eu mesmo peguei a lista alfabética dos candidatos disponibilizada pelo TRE-MT, a única, e fui organizando um por um dos candidatos em listas por partido ou coligação, num trabalho de relojoeiro, demorado para evitar erros. Era para ser limitada a parentes, amigos e seguidores do meu blog.
     Como sabemos o Brasil tem dois tipos de eleições, as majoritárias e as proporcionais. Nas majoritárias vota-se direto no candidato e o eleitor sabe quem (re)elegeu ou não. Nas proporcionais não, o voto do eleitor é contado duas vezes. Primeiro para o partido ou coligação do candidato escolhido definindo o número de cadeiras para cada corrente política de acordo com o quociente partidário que expressa a proporção de sua preferência no total do eleitorado. Só depois o voto é contado para o candidato e aqueles mais votados ocuparão as cadeiras conquistados por todos os votos do grupo partidário. Assim, na maioria das vezes o cidadão vota em um e elege outro, que muitas vezes queria até vê-lo banido da política, pois seu voto ajudou a dar o número de cadeiras que serão ocupadas. Por isso a cadeira é do partido e não do candidato. Nas proporcionais o voto nunca é perdido.
     Tudo bem que seja assim, as eleições proporcionais são importantes e existem nas democracias mais avançadas. Só que no Brasil temos ao menos dois problemas, elas não são bem explicadas ao povo, nem mal, e, segundo, as listas dos candidatos que o eleitor pode eleger com seu voto não são divulgadas. Jamais entendi porque não.  Assim, é muito cômodo culpar os eleitores pela qualidade de nossos representantes políticos se a ele não é dado conhecer aqueles que ele pode eleger com seu voto. Paga a conta e ainda leva a culpa.
     A experiência superou a expectativa. Entre os muitos comentários recebidos a lista ajudou a definir o candidato, outros confessaram não entender o sistema e, talvez por isso, alguns preferiam que só houvessem as majoritárias. Houve um caso específico que valeu a trabalheira. Um eleitor ou eleitora, chegou a mim afirmando que já sabia em quem ia votar, que era um compadre ou comadre e que havia prometido seu voto. Pediu que lhe mostrasse a lista e deu um salto de surpresa ao ver um dos nomes, dizendo que conhecia aquela pessoa, para ele desqualificada para o cargo e não sabia como podia ter sido aceito(a) por um partido, e disse que ia repensar o voto. Depois da eleição reencontro o eleitor contando que tinha mantido o voto pois havia dado sua palavra que tinha que ser mantida, mas que, aí o mais importante, ele havia telefonado ao candidato ou candidata dizendo que havia votado nele(a) mas que nas próximas eleições não teria mais seu voto caso estivesse em uma lista ao lado de pessoas tão desqualificadas como aquela que acabou eleita com o seu voto. O(a) candidato(a) civilizadamente agradeceu o voto e o comentário. Aprendi que a divulgação das listas terá um forte poder depurativo na escolha pelos partidos de seus candidatos nas eleições proporcionais.
     Depois postei os candidatos eleitos por partido ou coligação possibilitando ao eleitor saber quem seu voto de fato elegeu, para aplaudi-lo ou cobrá-lo com a mesma intensidade como se fosse aquele em quem votou diretamente. Outro dia os presidentes do Senado e da Câmara Federal se comprometeram a aprovar até novembro a reforma política, a mãe de todas as reformas. Independente de como ela seja, que seja incluída uma obrigatoriedade da publicação massiva das listas dos candidatos por partido ou coligação.
(Publicado em 08/10/16 pelo MidiaNews, em 09/10/16 pela FolhaMax e MuvucaPopular, em 10/10/16 pela PáginadoEnock, em 11/10/16 pelo HíperNotícias, em 12/10/16 pelo Diário de Cuiabá e ArquiteturaEscrita, ...)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

MATO GROSSO E A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

Cena do filme Swing Vote (americanprogress.org)

José Antonio Lemos dos Santos

     A equilibradíssima final desta eleição presidencial me fez lembrar do filme em que a escolha do presidente dos EUA ficou na dependência do voto de apenas um eleitor. Interpretado por Kevin Costner, um daqueles cidadãos formatados pela mídia (poderia ser chamado “midiota”?) sempre de boné, só ligado em cerveja, TV e música country, acabou virando o foco das atenções do maior país do mundo e objeto de disputa entre os 2 presidenciáveis, dispostos a mudar de última hora discursos, promessas e programas de governo para agradá-lo. Passou-me pela cabeça que este momento de nossa eleição pudesse enfim ser a vez de Mato Grosso, sempre tão desprezado nas campanhas presidenciais por seu contingente eleitoral considerado insignificante pelos marqueteiros. Mas nesta eleição o quadro mudou e em sua reta final a disputa é voto a voto. A vitória será por pequena margem e até os pequenos serão importantes. A diferença de votos em Mato Grosso poderá ser a diferença de votos no Brasil. Será?
     Pelo sim ou pelo não, como se pudesse fazer qualquer diferença nestas horas finais de campanha, dou asas a um surto de imaginação política e fantasio sobre o que Mato Grosso teria de mais importante a reivindicar junto aos candidatos em suas desesperadas retas finais de campanha, tipo topa tudo por um voto. Colocaria a questão da logística como o pedido mais prioritário. O estado líder disparado na produção nacional de alimentos e um dos maiores do mundo extrapolou faz tempo os limites de sua capacidade de transportar pessoas e cargas, não só para levar para fora sua produção física, mas também para permitir a circulação de inteligência e serviços, e para trazer o desenvolvimento. Esta situação insustentável coloca em risco a própria viabilidade produtiva do estado, agride o meio ambiente e, pior, provoca mortes e dolorosas sequelas em nossa gente, disseminando a insegurança e o medo ao se enfrentar qualquer uma de nossas estradas.
     A logística em Mato Grosso domina por décadas as conversas e reivindicações no estado, inclusive nas próprias correntes que disputam hoje a presidência, mas pouco avançou na prática. Todos compreendem que o modal rodoviário esgotou seu limite e que, além de ser melhorado, precisa ser complementado por ferrovias, aerovias e hidrovias. O PSDB trouxe a ferrovia dos barrancos paulistas até Alto Araguaia, seguindo o projeto da Ferronorte pelo qual os trilhos integrarão Mato Grosso e o Oeste brasileiro através de Cuiabá. Já o PT, após delongas, estendeu os trilhos até Rondonópolis, onde já se encontra em funcionamento o maior terminal ferroviário da América Latina. Só que seu governo resolveu parar a Ferronorte em Rondonópolis e optar por uma outra ferrovia, a FICO, de 1.200 Km ligando Lucas do Rio Verde à ferrovia Norte-Sul em Goiás, ainda sem funcionar. Um absurdo, já que Nova Mutum, um dos maiores produtores do agronegócio, está a apenas 460 Km de Rondonópolis, passando por Cuiabá, em ambiente antropizado, sem araguaias e himalaias a transpor. No primeiro turno o PSDB manteve o compromisso com o prosseguimento do projeto Ferronorte e o PT através de seu senador eleito promete rever suas prioridades no assunto, de acordo com seu novo mote de campanha: novo governo, novas ideias. Nestes poucos dias até a eleição definitiva, qual dos candidatos se comprometeria de própria boca com a passagem da ferrovia por Cuiabá e sua chegada urgente a Nova Mutum? Nenhum é claro, afinal estas elocubrações não passam de simples devaneio. Mato Grosso para a política nacional seguirá desprezível, só servindo para bater recordes de produção e enriquecer os saldos comerciais brasileiros. Seu ambiente que degrade, seu produtor que perca, seu povo que morra! 
(Publicado em 21/10/2014 pelo Diário de Cuiabá, ...)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ELEIÇÕES CAU/MT

Caros colegas,


As entidades de Arquitetos e Urbanistas do Estado de Mato Grosso convidam todos os profissionais, arquitetos e urbanistas, para participar de reunião para esclarecimentos e condução da eleição do CAU/MT - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Mato Grosso.

Contamos com a presença de todos no dia 20/08/2011 as 14:30hs, no auditório da TODIMO HOME CENTER CUIABÁ.
Endereço: Av. Miguel Sutil, 6274 - Bairro Alvorada - Cuiabá - MT.

Abs,

Eduardo Chiletto
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU/UNIC
Tel.: (65) 3363.1037
E-mail: fac.arquitetura@unic.br
 
Telma Beatriz
Arquiteta e Urbanista
65-84122279
 
Nota do Blog do José Lemos: O mesmo convite foi enviado pelos dois signatários em e-mails próprios. O do professor Chiletto foi dirigido mais especialmente aos professores com um PS destacando a importância da presença.

sábado, 9 de abril de 2011

SOBRE O CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO - CAU

COMUNICADO Nº 1  - ABEA - (Enviado em 08/04/2011)

Este documento da ABEA destina-se a informar aos cursos de Arquitetura e Urbanismo do Brasil o andamento das atividades que estão sendo desenvolvidas com a finalidade de implantar o CAU/BR

Antiga aspiração dos arquitetos e urbanistas brasileiros, a Lei Federal nº 12.378/2010, que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos Estaduais, em regime federativo, foi sancionada pelo Presidente Lula no dia 30 de dezembro e publicada no Diário oficial da União no último dia do ano de 2010.

A lei definiu o período de um ano como transição para a implantação desta nova autarquia federal e as bases para a desvinculação dos arquitetos e urbanistas junto ao sistema Confea/Creas.

Dentro desta nova autarquia profissional, os artigos 56 e 57 da Lei estabelecem que a Coordenadoria das Câmaras de Arquitetura dos Creas, trabalhando em participação com as entidades nacionais dos arquitetos e urbanistas, deve organizar a primeira eleição para o CAU/BR e os CAUs Estaduais, fixando prazos para a eleição e fixando também que 90% dos valores arrecadados pelos Creas neste ano de 2011 dos profissionais arquitetos e urbanistas sejam depositados em conta especial para fazer frente às despesas com a eleição e com a transição.

Desde início do ano, nossas entidades, que haviam se organizado constituindo o Colégio Brasileiro de Arquitetos – CBA passaram a intensificar suas atividades. São cinco as entidades, por ordem alfabética de suas siglas: a ABAP - Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagistas; a ABEA – Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo; a AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura; a Federação Nacional dos Arquitetos – FNA e o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB.

Simultaneamente, no âmbito do Confea, os Conselhos Regionais elegeram os coordenadores das Câmaras de Arquitetura que, em reunião realizada em Brasília, elegeram seu Coordenador Nacional.Com este evento, ocorrido entre os dias 23 e 25 de fevereiro de 2011, iniciou-se formalmente o período de transição previsto na lei do CAU.

Para agilizar os trabalhos, a Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Arquitetura, em reunião conjunta com o CBA, organizou cinco Grupos de Trabalho que, compostos pelos coordenadores das câmaras estaduais e por representantes das entidades nacionais. Os grupos, assim formados, são: GT1 –Regimento do Processo Eleitoral; GT2 – Recursos Financeiros; GT3 – Regulamentação, Normatização e estrutura administrativa; GT4 – Comunicação e GT5 – Tecnologia da Informação.

Nova reunião foi efetivada, em Brasília, nos dias 17 e 18 de março, quando efetivamente os GTs iniciaram seus trabalhos. A atividade dos GTs segue em andamento, e está convocada nova reunião geral, em Brasília, para a discussão e aprovação dos resultados, nos dias 14 e 15 de abril.

Paralelamente a estas atividades dos Grupos, reuniões tem sido efetuadas entre as entidades, com a Presidência do Confea, com a consultoria jurídica do CBA, visando sempre agilizar os trabalhos de modo a que o CAU/BR e os CAUs estaduais possam estar instalados e iniciar o atendimento aos profissionais no início do próximo ano.

Problemas diversos surgem, com a apresentação de questões de diferentes naturezas e, muito deles infelizmente, com visível propósito de atrasar ou até buscar inviabilizar o funcionamento de nosso conselho. Por esta razão, a ABEA decidiu enviar este comunicado ao conhecimento das escolas e cursos de arquitetura e urbanismo, para que possam acompanhar o esforço que vem sendo desenvolvido no sentido de cumprirmos com nossa missão.

A ABEA tem representantes nos cinco GTs e trabalha junto ao CBA, intensamente, para podermos, todos juntos, iniciar o ano de 2012 com os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo funcionando.

Solicita, portanto aos dirigentes dos cursos que levem estas informações a seus professores e estudantes e recomenda que não se deixem influenciar por eventuais notícias ou informações que podem surgir, tumultuando o trabalho em andamento.

A ABEA compromete-se também a continuar informando aos colegas das instituições de ensino a evolução dos trabalhos, agendas e demais informações pertinentes ao CAU para que estejam bem informados e aptos, no devido momento, a participar do processo eleitoral e a se integrar em nosso novo Conselho.


Atenciosamente,

ABEA - Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo.

www.abea-arq.org.br

abea.arq.urb@gmail.com