"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA

Veja como estava a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de outubro de 2013. Dá para ver que começam a aparecer um pouco mais dos pisos e gramados do entorno e as estruturas das coberturas norte e sul já lançadas e que apenas começavam a ser implantadas no mês passado.  Veja:


Foto: José Lemos

Dá para comparar com a do mês passado (04/09/10. Veja: 


Foto José Lemos

E em agosto (04/08/13):


Foto: José Lemos

Dá para comparar com a situação em  4 de julho de 2013:  
Foto: José Lemos

Ou no início do ano passado (14/01/12):
Foto: José Lemos


É para ficar pronta em outubro de 2013. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:


terça-feira, 1 de outubro de 2013

CADEIRAS E CARAPUÇA

José Antonio Lemos dos Santos
www.olharcopa.com.br

     O maior sentido da Copa para Cuiabá é a oportunidade de grandes investimentos públicos e privados deixando importante legado em favor da qualidade de vida de seus habitantes. Uma chance de ouro para investimentos que de outra forma a cidade não veria em décadas. E bota décadas nisso. Ainda com uma imensa vantagem adicional: por ser um compromisso internacional do país, tudo está sendo feito sob os olhos atentos da imprensa nacional e internacional de maior confiabilidade pública que os dos sistemas oficiais de controle, os quais também se esforçam para não ficar para trás. Nunca um pacote de investimentos foi tão fiscalizado publicamente, certamente que ainda não o suficiente para acabar de vez com as “tenebrosas transações” que alquebram o Brasil. Assim, meio que brincando tenho dito que a Copa foi uma sacudida do Senhor Bom Jesus em nós cuiabanos para que preparemos bem sua cidade para o Tricentenário em 2019. 
     Sem querer rediscutir o que já está decidido e em fase avançada de implantação, sou dos que entendem que Cuiabá está ganhando com a Arena não só um estádio de futebol, mas uma arena multifuncional, equipamento de ponta em tecnologia de eventos de âmbito nacional e global, permitindo à cidade entrar na disputa pelos megaeventos via satélite e internet, apoiada no charme do centro sul-americano, das belezas naturais do Pantanal e Chapada, do cerrado e Amazônia, e das maravilhas tecnológicas dos grandes campos produtivos da agropecuária mato-grossense. Um elefante dourado. Cabe sermos competentes para pilotar essa nave intergalática, poderosa arma na disputa pela agenda dos grandes eventos com as poucas similares brasileiras e, em especial, saber defendê-la dos ataques dos que querem abatê-la antes mesmo de concluída pelo simples fato de ainda não terem assimilado sua perda para a pequena, pacata e ainda desajeitada Cuiabá.
     A última pressão sobre a nossa Arena Pantanal veio por suas cadeiras serem melhores do que as cadeiras da Arena de Brasília. Segundo a Secopa, as cadeiras daqui obedecem às especificações técnicas do projeto e são diferentes das de Brasília, com preços também diferentes. Especificações de materiais e mobiliários em uma obra dessa envergadura são elementos técnicos integrantes dos projetos arquitetônicos, competência e responsabilidade do arquiteto, protegido por lei em suas decisões, inclusive quanto a direitos autorais. Questionamentos técnicos, só por técnicos legalmente competentes, observada a ética profissional. Seria como questionar as prescrições de um médico, embora muitos ainda achem que a arquitetura seja apenas uma questão de gosto. Cada projeto tem suas próprias especificações técnicas conforme seu partido arquitetônico e devem ser respeitadas. Ainda mais no caso de um projeto premiado dentro e fora do país. 
     Não sei qual será a decisão do estado sobre o assunto, mas seria uma pena a alteração da cadeira especificada. Nas novas arenas a cadeira é o trono do espectador e esta será uma das vantagens de nossa compacta e belíssima Arena Pantanal. Cuiabá já se orgulhou do antigo Cine Tropical com as poltronas mais confortáveis do país. Depois, do melhor gramado no saudoso Verdão. Por que não podemos ter a melhor cadeira de todas as arenas? Se coubesse questionar algum projeto, mais apropriado seria perguntar como a Arena Nacional de Brasília pode ter cadeiras inferiores, mesmo tendo custado mais de 3 vezes a arena cuiabana? A Arena de Brasília custou R$ 1,7 bilhão e a de Cuiabá R$ 0,56 bilhão. Não nos cabe essa carapuça. Por enquanto, melhor é lotar o Dutrinha amanhã e domingo apoiando Mixto e Cuiabá em suas partidas decisivas pela ascensão no futebol brasileiro. Força Mixto e Cuiabá! 
(Publicado em 01/10/2013 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

MATO GROSSO, FICO E FERRONORTE

José Antonio Lemos dos Santos

     Semana passada a presidenta Dilma e o governador Silval Barbosa inauguraram o terminal ferroviário de Rondonópolis avançando a ferrovia por mais um trecho em Mato Grosso. Mais que uma luta e sonho antigo dos mato-grossenses, a ferrovia em Mato Grosso é hoje uma necessidade imperiosa não só para o estado, mas para o Brasil e o mundo, pois trata-se da viabilização do estado de maior produção agropecuária do país e uma das regiões mais produtivas do planeta, que hoje encontra-se quase que asfixiado por uma logística de transporte com mais de 30 anos, ultrapassada em todos os seus limites de circulação gerando enormes perdas ao heroico produtor, ao estado e ao meio ambiente. Mais que isso, matando e mutilando nossa gente. 
     Agora em Rondonópolis a ferrovia encontra-se a apenas 450 Km de Nova Mutum e 560 Km de Lucas do Rio Verde, grandes polos produtores e centralizadores da produção mato-grossense. Mas para chegar lá da maneira mais rápida é preciso passar por Cuiabá. E aí reside o grande problema, pois por trás dessa questão da ferrovia estão em jogo dois projetos de futuro para Mato Grosso. Por um a ferrovia passa por Cuiabá e Várzea Grande, e pelo outro não, ou melhor, por este outro projeto a ferrovia não pode passar pela Grande Cuiabá. Como se trata do maior reduto eleitoral do Estado, esse jogo não é aberto por seus defensores, e tem sido habilmente dissimulado até agora. 
     O primeiro projeto é conhecido como Ferronorte tem quase 5 décadas e a cada ano se revela mais atual. Seu traçado segue a espinha dorsal do Estado, a BR-163, até aos portos de Santarém, com uma ou mais variantes para Porto Velho e ao Pacífico, possibilitando ainda extensões para Cáceres e mesmo para o traçado da Fico. Uma ferrovia para todo o estado, mantendo a integridade geopolítica que faz de Mato Grosso um estado otimizado e o de maior sucesso no país hoje. Uma ferrovia para levar e também trazer o desenvolvimento para todo o estado, não apenas uma esteira exportadora de soja. 
     O outro projeto secciona esse sistema em duas partes, com a Fico ao norte sequestrando a produção mato-grossense para Goiás, e a Ferronorte ao sul, amputada em Rondonópolis, onde foi inaugurado o maior terminal de cargas da América Latina. Este desenho logístico seccionado dividirá também a economia estadual, hoje unida, forte e respeitada. É evidente que este desenho propõe uma nova geopolítica para Mato Grosso, artificial, que quebra a unidade estadual cada vez mais forte e bem sucedida, centrada em Cuiabá. Daí a exclusão da capital, excluindo com ela também quase todo o Mato Grosso platino. 
     À luz deste risco seccionador ficam claras também as tantas demoras quanto à logística envolvendo Cuiabá. Enquanto se alongam intermináveis e redundantes estudos de viabilidade, nem o trem nem a duplicação rodoviária chegam a Cuiabá e nem a BR-163 chega aos portos de Santarém. O problema é que se chegarem antes da Fico, retardam sua viabilização. Que outra lógica sacrificaria uma ferrovia de 560 km por outra com mais de 1100 Km em uma situação de verdadeiro caos logístico? Por que não as duas? Em Rondonópolis a presidenta Dilma reafirmou seu compromisso com a Fico. A favor da Ferronorte só as referências do governador, um belo artigo do secretário Francisco Vuolo, o permanente grito das perdas econômicas, ambientais e de vidas pelas estradas, bem como o interesse dos chineses e italianos. É hora de comemorar a chegada da ferrovia a Rondonópolis, mas também de cobrar a continuidade da verdadeira solução para a questão logística em Mato Grosso, o estado campeão, unido e enxuto, sem risco de vê-lo de novo dividido, de volta à rabeira federativa, sem voz e sem vez. 
(Publicado em 24/09/2013 pelo Diário de Cuiabá, ...)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A MAIS VIÁVEL DAS FERROVIAS - VI

transporteelogistica.terra.com.br

José Antonio Lemos dos Santos

      Viva! A sonhada e tão necessária ferrovia avança mais um bom pedaço em território mato-grossense. Está prevista para a próxima sexta (20/09) em Rondonópolis a inauguração pela presidenta Dilma do maior terminal ferroviário da América Latina, com seus trilhos ligando o sul de Mato Grosso ao sul e sudeste brasileiro, aos seus mercados de consumo e a seus portos, ainda os maiores do Brasil. Agora é a vez de chegar a Cuiabá e daqui seguir para Nobres, Nova Mutum, Lucas, Sorriso, Sinop, até os portos amazônicos de Miritituba, Itaituba e Santarém. E também a Cáceres, com seu porto platino e suas sonhadas e também necessárias Zona de Processamento de Exportação e Base Aérea.
      Houve um tempo em que a ferrovia tinha por destino Cuiabá, que seria o fim da linha. A economia do oeste brasileiro ainda era insipiente. Hoje quando falamos na ferrovia chegar a Cuiabá falamos de continuidade no melhor e menor caminho, o de execução mais barata e rápida, sem Himalaias, Xingus ou Araguaias, para chegar ao centro de uma das regiões mais produtivas do planeta, responsável pela maior parte dos últimos superávits da balança comercial brasileira. Para quem viu por muitos anos a ferrovia parada lá nas barrancas paulistas, é uma alegria vê-la em Rondonópolis, “bem aí” a 200 Km de Cuiabá e a 560 km de Lucas do Rio Verde. E funcionando! Maiores distância e tempo de execução numa obra como esta são perdas econômicas e ambientais imensas, e, principalmente, perdas de vidas, ceifadas ou mutiladas diariamente nas rodovias mato-grossenses, as mesmas de 30 anos atrás e muito pioradas, desgastadas ao extremo pela utilização muito além daquela para a qual foram previstas, e pelo tradicional descaso federal para com nossas estradas, sem manutenção e acabamentos, sem sinalização, sem policiamento à altura. Não sou contra a FICO, mas, ante a urgência da solução logística para Mato Grosso não dá para entender sua priorização sobre a Ferronorte, mesmo com o dobro da distância, obstáculos geográficos, ambientais e antropológicos ainda a serem equacionados, para chegar a uma ferrovia (Norte-Sul) que ainda não funciona e a um porto (Ilhéus) que ainda não existe. 
     Só passando por Cuiabá e toda a BR-163, a espinha dorsal do estado, a ferrovia será de fato para Mato Grosso. O grande encontro natural dos caminhos nacionais e continentais por sua localização mágica no centro exato da América do Sul, Cuiabá sozinha viabilizou e puxou a ferrovia para Mato Grosso, mesmo quando o estado ainda não era o celeiro do mundo. Só de poucos anos para cá, estranhamente resolveu-se duvidar dessa viabilidade. Apesar de comitivas chinesas, italianas e de outros países manifestarem intenção e até pressa em investir na obra até Santarém, nossos governos insistem em estudos de viabilidade infindáveis, que parecem até buscar resultados contrários a esta ferrovia que na verdade é a mais viável do mundo, a mais urgente e necessária. Uma ferrovia não pode ser só uma esteira exportadora. Ela é também para trazer o desenvolvimento com o abastecimento das necessidades locais de insumos e mercadorias diversas, a custos menores pela redução dos fretes. E a Grande Cuiabá é o maior polo consumidor, concentrador e distribuidor de cargas do estado.
     Pergunto: teremos uma caravana de autoridades e lideranças políticas, empresariais e comunitárias de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, e todo Médio Norte, Norte e Oeste mato-grossense para festejar unidos em Rondonópolis a inauguração do grande terminal e ao mesmo tempo cobrar a continuidade imediata dos trilhos até Cuiabá e daqui para todo Mato Grosso ocidental? Em especial os políticos cuiabanos, sempre tão ocupados, terão tempo para um assunto como este? 

(Publicado em 17/09/13 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

LIÇÕES DO LUVERDENSE


José Antonio Lemos dos Santos

A formidável campanha do Luverdense nas competições nacionais deste ano, destacada pelo jogo com o Corinthians, o campeão mundial, traz uma série de importantes lições que não se limitam apenas ao campo do futebol. A primeira delas é a compreensão na prática da força midiática do esporte, em especial, do futebol. Seria possível mensurar o quanto valeu para a cidade de Lucas do Rio Verde e mesmo para Mato Grosso a divulgação positiva gerada pelo Luverdense? As cidades são antes de tudo centros produtores de bens e serviços, gerados em si mesmas ou em suas regiões de entorno. E Lucas e sua região, assim como todo Mato Grosso, têm muito a vender, e vende, para o Brasil e o mundo em todos os setores da agropecuária, assim como na mineração e no turismo. É bom que seja conhecida. Tão logo o Luverdense foi sorteado para pegar o Corinthians, um grande comunicador da TV brasileira perguntou de que planeta era aquele time. No dia seguinte ao primeiro jogo quando o time mato-grossense venceu o campeão mundial, um outro comentarista famoso afirmava em rede nacional que Lucas do Rio Verde havia entrado no mapa do mundo. Quanto bem o Luverdense fez para a cidade que representa e para o próprio estado. 
     Sempre imaginei que o poder midiático do futebol fosse importante para mostrar ao Brasil e ao mundo nossas riquezas. Os jogos do Luverdense confirmaram que aqui no Brasil muitos dos importantes formadores da opinião pública nacional ainda desconhecem que o Tratado de Tordesilhas deixou de existir em meados do Século XVIII e ainda não se voltaram para o ocidente do imenso Brasil. Podem saber tudo do mundo, mas alguns desfilaram despudoradamente ao vivo e à cores suas vastas ignorâncias sobre o nosso país. Ainda são do tempo de Anchieta, quando os brasileiros viviam arranhando as costas do Brasil. Serviu também para mostrar que aqui mesmo em Mato Grosso a maioria de nós não conhecia o Luverdense e, por conseguinte, não conhecia também o Cuiabá e o Mixto, para ficar apenas no vice-campeão e campeão estadual deste ano. E a maioria ficou orgulhosa do que viu, assim, talvez passe a frequentar os estádios apoiando nossos times e nossos jogadores. Vale a pena deixar de vez em quando nossos ídolos nacionais e internacionais de feixes eletrônicos televisivos e torcer um pouco pelos nossos atletas reais de carne osso, moradores dos nossos bairros, que buscam viver aqui honestamente do futebol. 
     Lucas do Rio Verde mostrou extrema competência para aproveitar a oportunidade que o futebol lhe ofereceu. Em 15 dias duplicou a capacidade de seu estádio, pequenino, mas sempre bem arrumado. Não aceitou o canto das sereias que prometia levar o jogo para Brasília ou Goiânia em troca da arrecadação. Ganhou muito mais e não fez feio. Enquanto isso aqui em Cuiabá, na sede da Copa do Pantanal, foi prometida mas não ampliada a capacidade do Dutrinha, nem melhoradas suas condições de conforto, desde a demolição do Verdão. Por falta de um estádio para 10 mil pessoas o Cuiabá em 2011 teve que decidir sua ascenção à série C em Rondonópolis contra o poderoso Santa Cruz. Este ano está prestes a acontecer o mesmo com o Mixto. Será que os responsáveis estão cientes que desta vez terão que se ver com a torcida do Mixto? Desde que exista interesse e compromisso, existe também solução emergencial rápida, de qualidade e segura, conforme nos ensinou Lucas. Mas a gente perde o entusiasmo quando fica sabendo que o apagão no Dutrinha, domingo passado, na hora do jogo decisivo do Mixto rumo à série C foi por que a Cemat programou a troca de um transformador nas proximidades do estádio e não sabia do jogo. Pode? Assim é difícil. Ainda bem que a greve do DNIT terminou ontem. Viva! 
(Publicado em 10/09/2013 pelo Diário de Cuiabá)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA

Veja como estava a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de setembro de 2013. Dá para ver que começam a ser implantadas as estruturas das coberturas apoiadas no pórtico norte (à direita) e a pavimentação da área externa.  Ao final desta postagem tem uma reportagem da TVCA de final de julho sobre o cronograma da obra, bem como um link do G1.com.br com um galeria de fotos internas da obra no mês trasado. Veja:

Foto José Lemos

Veja com estava no mês passado (04/08/13):


Foto: José Lemos

Dá para comparar com a situação em  4 de julho de 2013:  
Foto: José Lemos

E com a do mês de junho (04/06/13:


Foto: José Lemos

Ou no início do ano passado (14/01/12):
Foto: José Lemos


É para ficar pronta em outubro de 2013. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:

Veja no link  abaixo reportagem de final de julho/13 da TVCA sobre a obra:

Veja no link abaixo uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente postadas ontem (04/06/13):


No link abaixo tem também uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente no mês passado (02/05/13):


Reveja a reportagem do Bom Dia Mato Grosso do dia 4 de janeiro passado sobre as obras:

http://g1.globo.com/videos/mato-grosso/bom-dia-mt/t/edicoes/v/novo-turno-de-trabalho-e-implantado-na-construcao-da-arena-pantanal/2326756/

terça-feira, 3 de setembro de 2013

ORLA CUIABANA

g1.globo.com

José Antonio Lemos dos Santos

     No último dia 27 o prefeito de Cuiabá apresentou amplo projeto destinado a revitalizar urbanisticamente a região da Beira-Rio no antigo bairro do Porto. Sem entrar no mérito do projeto técnico que sempre envolve pontos sujeitos a questionamentos e ajustes, inclusive de ordem ambiental e de patrimônio histórico, no geral gostei da proposta, pois significa que a atual administração assumiu posição em direção ao futuro, propondo-se a projetos que desenvolvam as potencialidades da cidade. Cuiabá é uma jovem de 300 anos que tem um passado riquíssimo, um presente altamente dinâmico, mas que também tem um futuro extraordinário a ser desenvolvido. Centralizando uma das regiões mais dinâmicas do planeta e vivendo sob a alta pressão positiva das demandas regionais, Cuiabá tem no equacionamento de suas perspectivas e potencialidades de futuro a única alternativa de desenvolvimento sustentável e seguro, inclusive, de solução de suas carências atuais, entre estas o respeito e a valorização do passado. 
     Parece ser uma decisão fácil, mas não é. Projetar o futuro implica em escolhas, priorizações e decisões que de um modo geral implicam em polêmicas. Nunca agrada a todo

mundo. Fingir que está tapando buracos, apagando incêndios é muito mais fácil, pois passa a ideia de um governo trabalhador, que arregaça as mangas, quando na verdade está apenas enxugando gelo, jogando para a plateia, não resolvendo os problemas do presente e deixando escapar as potencialidades do futuro. E Cuiabá tem muitas potencialidades a ser desenvolvidas diretamente pela prefeitura ou cobradas por esta à outras instâncias de governo ou mesmo à iniciativa privada. Sua centralidade regional talvez seja a mais importante, o lugar mágico cujas enormes vantagens comparativas a impulsionam para cima. Potencializada renderia muito mais, sem risco de ser perdida para outros polos que trabalham nesse sentido. A Copa do Pantanal é a potencialidade mais urgente e a vontade do prefeito em concluir o Projeto Porto até a Copa é também um sinal de que a prefeitura finalmente assumiu o mega evento, até então meio desprezado pelo município. Temos ainda o Centro Geodésico da América do Sul, o gás natural abundante, o Porto Seco, o aeroporto internacional, a convergência de 3 BRs, a barragem de Manso com suas múltiplas finalidades, a ferrovia a 200 km e, em breve, uma das poucas arenas do país, viabilizadora de grandes eventos nacionais e internacionais. 
     O rio Cuiabá é uma das maiores potencialidades da cidade, neste caso oferecida de graça pela natureza, como o Coxipó e os 21 córregos que a cortavam irrigando o verde, distribuindo frescor e enriquecendo a paisagem. O rio Cuiabá é o maior equipamento urbano da Grande Cuiabá, bem ao centro da região metropolitana, de uma imensa potencialidade abrangendo história e cultura, o abastecimento alimentar, tanto de peixes como de água, saneamento, composição climática e paisagística, fauna, flora, turismo, bem como o lazer ativo e contemplativo para todos os gostos, do popular ao sofisticado.
     Incrível mas a cidade virou as costas para essa imensa riqueza. O rio precisa ser resgatado em sua integridade, não só por Cuiabá, mas também por Várzea Grande. Não se trata de tarefa fácil, mas é possível e não pode ser esquecido que algumas boas tentativas já foram feitas ao menos desde a década de 70 com a própria implantação da Beira-Rio, também corajosa e polêmica à época. A descontinuidade administrativa tem sido o principal obstáculo. A cada abandono o retrocesso é imenso. Como assegurar que este projeto uma vez implantado seja cuidado e respeitado com o mesmo carinho pelas administrações posteriores? 

(Publicado em 03/09/2013 pelo Diário de Cuiabá)

domingo, 1 de setembro de 2013

A TRINCHEIRA DO SANTA ROSA

Veja a situação das obras da Trincheira do Santa Rosa hoje, 01/09/13:
01/09/13                                                                                                 Foto FCLS

01/09/13                                                                                             Foto FCLS

01/09/13                                                                                                   Foto FCLS





Compare a situação  em 3 meses de obras, entre 31/05/13 e hoje:

31/05/13                                                                    Foto FCLS


sábado, 31 de agosto de 2013

PROJETO PORTO CUIABÁ


www.g1.com

A Prefeitura de Cuiabá apresentou no ultimo dia 27, projeto para revitalizar o Porto no valor de R$ 28,0 milhões e o prefeito quer pronto para a Copa. Veja no link abaixo a apresentação do projeto:

http://www.cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/apresentacaoporto.pdf

www.g1.com



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MANIFESTO - "GRITO DAS CIDADES"

      Arquitetos e Urbanistas apoiados por diversos segmentos da sociedade 
reunidos no Simpósio com o título em epígrafe, no Auditório das Procuradorias 
do Ministério Público Estadual, no dia 14 de agosto passado, vêm dispor em 
público, as conclusões, recomendações e encaminhamentos tirados nesse 
Encontro.
     As cidades do Estado de Mato Grosso, principalmente aquelas conviventes 
direta ou indiretamente com a dinâmica do agronegócio e com as 
oportunidades econômico financeiras de nossa região de fronteira, mas 
também, aquelas marginalizadas das oportunidades de um desenvolvimento 
regional equilibrado, necessitam da implementação de uma Política articulada 
de planejamento e gestão urbana, orientada pelas escalas locais e regionais de 
planejamento, de forma a garantir o cumprimento do "Direito à Cidade" para 
todos.
     O Planejamento a que se refere este Manifesto é o Planejamento Urbano em 
todas as suas dimensões. Esse Planejamento deverá englobar tanto a 
elaboração continuada de projetos estruturantes quanto à elaboração e a 
condução de todos os "Projetos Especiais" captados a partir de repasses e 
financiamentos do Governo Federal, de Bancos Federais e de organismos 
externos de crédito, bem como, aqueles oriundos de parcerias públicoprivadas.
     A metodologia de implantação desse processo de Planejamento terá que ser
construída a partir de estruturas públicas e da sociedade civil e coordenadas 
por técnicos dos diversos campos do conhecimento. Essas estruturas públicas 
deverão ter a sua natureza voltada para o planejamento a curto, médio e longo 
prazo, deverão estar desvinculadas do cotidiano das ações de natureza 
executiva e ter em sua coordenação, profissional com competência e 
atribuições comprovadas para o seu exercício e com contingente de 
profissionais, de vinculação permanente, em número compatível com aqueles 
dos quadros de planejamento das cidades que nos servem de exemplo nesse 
campo.
     Essas estruturas devem estar vinculadas diretamente aos gestores do mais 
alto escalão de suas unidades federativas e disporem de canais institucionais 
diretos com as estruturas de representação da sociedade como Conselhos e 
fóruns de desenvolvimento urbano e ambiental.
     O Governo Estadual, em sua responsabilidade estruturadora da Rede de cidades do Estado, deverá ter como missão, a assunção dessas diretrizes em sua escala estadual, no fomento à consolidação das estruturas de Consórcios Municipais, como também na recém-criada Agência Metropolitana.
     O Simpósio estabeleceu como princípios norteadores do Planejamento os seguintes eixos:
- Mobilidade: Inversão do paradigma da concentração dos investimentos públicos nos
transportes motorizados individual, para o transporte motorizado coletivo e para os sistemas de mobilidade não motorizados trazendo os pedestres, as pessoas com deficiências e o transporte cicloviário para o primeiro plano de atenção.
- Política Habitacional: Ampliação do debate sobre a política habitacional, invertendo o
paradigma único da construção dos "conjuntos habitacionais", pela urbanização dos
assentamentos precários e sua regularização fundiária com a implementação do acesso de 
todos a uma política de Assistência Técnica para o projeto de execução, reforma e ampliação de moradias.
- Paisagem Urbana: Valorização da importância da adoção da Paisagem como significante de todos os projetos urbanísticos das cidades, tendo como elemento direcionador os rios e 
córregos de nossas cidades e, como elemento estruturante, o seu patrimônio material e 
imaterial.

Cuiabá, 14 de Agosto de 2013
Organizadores do Simpósio – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso 



NOTA - A origem do Manifesto  “ Grito das Cidades” se inspirou  na realidade atual de nossas cidades mato-grossense , na maior parte, sem planejamento urbano e  com politicas urbanas inexistentes . Diante desse cenário, o documento anexado visa sugerir diretrizes politicas a serem implantadas em conjunto com o poder público, de todas as esferas, e por técnicos para proporcionar cidades melhores para todos.
A manifestação teve apoio de várias entidades e órgãos importantes, entre eles, o Ministério Público Estadual, a Associação Mato-grossense dos Municípios, a Prefeitura Municipal de Cuiabá, Controladoria Geral da União, Sebrae-MT, Sinduscon-MT, IAB Nacional, CAU Brasil, Caixa Econômica Federal e Câmara Municipal de Cuiabá.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

DNIT, MATO GROSSO E CUIABÁ

José Antonio Lemos dos Santos

     Nem a merecida vitória do Luverdense sobre o campeão do mundial na semana passada em Lucas do Rio Verde, nem a liderança do Mixto na série “D” do campeonato nacional foram suficientes para conter minha indignação como mato-grossense e cuiabano contra o DNIT que agora, às vésperas da Copa, resolveu entrar em greve não pagando as obras da travessia urbana na capital de Mato Grosso compromissadas de data marcada com o mega evento planetário e tão importantes para a vida da cidade. Uma greve parcial é claro, pois o pagamento dos salários dos funcionários do órgão deve estar seguindo normalmente. Semana passada, junto com a alegria que nos deu o Luverdense – e não importa o que acontecer amanhã no jogo de volta no Pacaembu - veio a notícia de que a Trincheira da Jurumirim está paralisada há 3 meses por falta dos repasses do DNIT, irresponsabilidade federal que vem sendo coberta com recursos do estado, o qual não tem condições de prestar este socorro em todas as obras do complexo da travessia durante tanto tempo.
     Sucedâneo do antigo DNER, o DNIT é o órgão responsável pela precária e caótica logística de transportes no Brasil, muito pior em Mato Grosso. Na verdade o DNIT representa a continuidade histórica de décadas de pouco caso e menosprezo para com Mato Grosso por parte do governo federal na área de transportes. Basta lembrar a situação da Cuiabá-Santarém, não concluída até hoje depois de mais de 4 décadas de seu lançamento. Aliás, grande parte do que existe hoje foi feita pelo governo estadual que assumiu a obrigação federal e pavimentou por conta própria a BR-163 de Cuiabá a Sinop, e a BR-070 de Barra do Garças a Cáceres, passando pela capital. Foi na época do então governador Júlio, usando recursos conseguidos pelo seu antecessor Frederico, viabilizados pelo então senador Roberto, todos Campos, embora sem parentesco entre eles como diz a história. Lembro que o então presidente João Figueiredo chorou ao discursar em Sinop ao inaugurar o asfalto até Cuiabá. Emocionado ficou de ressarcir o estado pela grande obra e até hoje nada, a não ser a dívida e seus juros. 
     Seguindo a tradição, o DNIT é o órgão que conseguiu gastar 8 anos para concluir 13 Km de duplicação na Serra de São Vicente. Quanto tempo demorará o mesmo serviço entre Rondonópolis e Posto Gil? Será que a greve também paralisa estas obras? Quantos terão ainda que morrer em nossas rodovias? Ao mesmo tempo a ferrovia não sai de Rondonópolis rumo a Lucas a apenas 560 km, o povo morre, o produtor sofre, o meio ambiente degrada e o estado campeão nacional em produção agropecuária perde na competitividade de seus produtos que se desperdiça pelos caminhos. É o DNIT que nos humilha cada vez que um usuário de qualquer das BRs comenta que é só sair de Goiás ou Mato Grosso do Sul e entrar em Mato Grosso que as estradas acabam. Lá fora um tapete, aqui o descaso. Só nos resta engolir seco a sem-graceira. 
     Agora com a Copa, apareceu a oportunidade do Dnit realizar alguma coisa também importante por Mato Grosso, nem que seja pela obrigação moral da fazer bonito perante os olhos globais. A travessia urbana com as obras de interseção na antiga Perimetral e o novo Rodoanel são projetos de imenso impacto para Cuiabá. Justamente agora o DNIT entra em greve. Estranha-me também não se ouvir de nenhum dos nossos representantes políticos locais, estaduais e federais, ou outras lideranças qualquer protesto. Deixaram chegar a 3 meses este absurdo que significa mais que atraso nas obras, mas prejuízos para empresários, desconforto e sofrimento para a população. A pequena, pacata e simplória Cuiabá ganhou com a Copa um grande premio lotérico e tem direito a recebê-lo. Parece que ainda tem gente contra isso.

(Publicado em 27/08/2013 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

ARMA MÁXIMA

José Antonio Lemos dos Santos

     Numa das mais belas cenas do cinema, em “2001, Uma Odisseia no Espaço” Stanley Kubrick mostra como teria sido a primeira invenção humana, que para ele foi uma arma adaptada do osso de uma anta. Desde então o homem não parou de aperfeiçoá-las. Do tacape do osso da anta chegamos aos mísseis nucleares e outras invenções fantásticas destinadas a dobrar o adversário através da violência e da morte. Mas o século XXI nos reservou certamente a mais poderosa e cruel de todas as armas. Uma arma inimaginável à mais delirante ficção científica. Age sem explodir fisicamente e sem destruir bens materiais, mas acaba com a vida humana de forma atroz, não sem antes espalhar seus malefícios causando o maior número possível de vítimas e ceifando com elas as bases éticas, morais e institucionais de qualquer sociedade. O país fica oco de valores, dignidade e cidadania, pronto a ser ocupado. 

cenariomt.com.br

     A droga é a mais poderosa arma de destruição inventada pelo homem e é a maior ameaça a um povo ou país. Ela penetra as estruturas sociais e atua de dentro para fora como um forno micro-ondas. E o Brasil vem sendo sistematicamente bombardeado por essa poderosa arma. Cerca de dois anos atrás o Fantástico mostrou com clareza que o território de Mato Grosso é a principal plataforma de disseminação pelo país dessa arma letal que vem sangrando o Brasil, fato que vem se confirmando com frequência pela imprensa. O tráfico internacional se utiliza da fronteira mato-grossense para o arremesso em propriedades rurais de fardos com drogas, lançados por pequenas aeronaves em voos que escapam aos radares que fazem a segurança do espaço aéreo nacional. Nestas últimas semanas tivemos mais notícias de apreensões deste tipo. E as que não são descobertas e apreendidas? Durante o 2° Encontro de Fronteiras realizado em Cáceres em 2010, o assunto chegou a ser tratado, inclusive com a ideia da criação de uma Base Aérea na cidade utilizando a pista de pouso asfaltada ali existente e ociosa. Aliás, com a ociosidade e o tempo, será que essa pista ainda existe? 
      Saliente-se que jamais será suficientemente enaltecido o trabalho realizado com todas as dificuldades e riscos pelas polícias militar e civil do estado, polícia federal, polícias rodoviárias Federal e Estadual, e pelo Exército, bem como o contínuo apoio dos governos a essas ações terrestres. Mas, na questão do controle de nossa fronteira é indispensável considerar a importância do espaço aéreo. Por mais zelosas que sejam as ações em terra, dificilmente alcançarão êxito sem um apoio ostensivo aéreo, com aviões de verdade, portadores do intimidador e vitorioso emblema da gloriosa Força Aérea Brasileira. Mato Grosso é um dos únicos estados brasileiros a não ter uma Base Aérea, apesar de uma complicada fronteira de 1100 quilômetros. Mato Grosso do Sul tem e Rondônia também tem. Fica uma brecha de vulnerabilidade na segurança aérea nacional, justamente na fronteira de Mato Grosso. Por que Mato Grosso não tem uma Base Aérea até hoje? 
rmtonline.globo

     Cáceres tem posição estratégica para uma Base Aérea, a montante do Pantanal, equidistante das bases do Mato Grosso do Sul e de Rondônia, e com uma pista ociosa capaz de receber Boeings. Ao leigo parecem bastar alguns helicópteros, os versáteis Tucanos ou outra aeronave leve, baseados na área para se mostrarem presentes e em constante vigilância, rápidas o suficiente para interceptar os teco-tecos que tanto mal vem fazendo ao país, em especial a Cáceres e à Grande Cuiabá. Não se pode pensar em qualidade de vida urbana para os cidadãos brasileiros, para a Copa, para o Tricentenário e para sempre, sem pensar na segurança que começa lá na fronteira. 
(Publicado em 20/08/2013 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ELEFANTE DOURADO

José Antonio Lemos dos Santos

opiniaoenoticia.com.br

     A importante questão da viabilização pós-Copa 2014 das magníficas arenas é levantada na mídia com frequência, infelizmente nem sempre com a seriedade que requer. Por exemplo, no caso da Arena Pantanal ainda tem gente por esse Brasil afora que não engoliu Cuiabá como uma das sedes da Copa e utiliza o assunto para descredenciar a escolha da capital mato-grossense pela FIFA. Suponho até que alguns cronistas de renome nacional tinham compromisso com outras cidades pretendentes à sede perdida para Cuiabá, logo Cuiabá tão pacata, tão distante, tão impossível. Contudo o assunto é importante para todas as sedes. 
     Só com o público das arquibancadas o futebol brasileiro não resolverá o problema das maravilhosas arenas, uma questão que a meu ver só será resolvida quando o conceito das arenas se livrar da ideia dos antigos estádios de futebol. As novas arenas multifuncionais que se instalam hoje pelo mundo vão além e não podem ser confundidas com os antigos estádios. Trata-se de um novo tipo de edifício, resultante de um programa de necessidades novo, gerado a partir de demandas e possibilidades técnicas do mundo moderno, da internet, da fibra ótica e da TV via satélite. A arena moderna é filha do tempo atual, irmã das lan houses e tablets, assim como o anfiteatro romano, os aeroportos e shoppings centers foram novidades cada qual em sua época. As atuais arenas são complexas plataformas midiáticas globais para eventos que extrapolam o interesse local, podendo chegar ao nível da audiência planetária, como os casos de uma Copa do Mundo ou Olimpíada, ou um show do Rolling Stones. Sua viabilidade está em plateias nacionais e até mundiais possibilitadas pela TV e internet através de direitos de transmissão e publicidade, não mais pela antiga bilheteria local. 
     Para administrar um equipamento tão complexo não bastará a nomeação de um gerente para acender e apagar as luzes antes e depois dos jogos. É evidente que será preciso uma estrutura especializada para sua gestão e no caso da Arena Pantanal talvez até em conjunto com o Ginásio Aecim Tocantins, um complexo de investimentos bilionário. Sua estrutura de gestão deve trabalhar tendo como pano de fundo as potencialidades atrativas diferenciadas do Pantanal, Amazônia e cerrado, da Chapada e do Araguaia, do centro da América do Sul e do celeiro mundial de alimentos que é Mato Grosso, correndo o Brasil e o mundo propondo projetos e disputando com as outras arenas a agenda internacional de eventos esportivos, culturais e de negócios, com um ano ou dois de antecedência. Justo por ser a menor delas, a Arena Pantanal terá custos vantajosos em relação às suas coirmãs do Brasil. 
     Já finalizando suas obras, Mato Grosso terá o privilégio de uma dessas estruturas fantásticas, a ser pensada como poderosa ferramenta de estado para promoção de desenvolvimento regional. O mundo hoje é midiático, globalizado e plano. Só é periferia quem quer. Quem não estiver na vitrine global, não existe, fica para trás, morre. As arenas estão sendo inventadas e construídas para colocar um país, uma cidade ou região aos olhos do mundo, fazendo seu marketing, mostrando aquilo que tem para oferecer ao planeta. Será preciso aprender a pilotar essa nave galáctica que pousou em Cuiabá aproveitando as experiências semelhantes já existentes pelo mundo e as que começam a acontecer no Brasil. Nada de elefantes brancos! Na verdade Mato Grosso terá à sua disposição a força de um elefante dourado para impulsioná-lo ainda mais em sua integração produtiva com o planeta, levando suas potencialidades, produtos e belezas naturais aos olhos globais, gerando emprego, renda e qualidade de vida para sua população. Grandeza de visão e competência gestora são os próximos desafios. 
(Publicado em 130813 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O PAPA E NOSSAS CIDADES

José Antonio Lemos dos Santos

noticias.uol.com.br

     A visita do papa Francisco ao Brasil ultrapassou em muito sua dimensão religiosa e sacudiu o país em todos os setores. No mínimo deixou farto material a ser estudado, inclusive no campo do planejamento de proteção de altas autoridades. A alteração de última hora em seu trajeto de chegada ao Rio, desconhecido até pelas autoridades locais, desarmaria qualquer tipo de atentado hipoteticamente planejado, permitindo à Sua Santidade a utilização de um carro simples, com vidro aberto. Nada aconteceu que desrespeitasse a figura do Santo Padre. Teria sido uma estratégia consciente ou uma irresponsabilidade dos serviços de segurança? Ou foi mais uma das bem vindas determinações inovadoras de Francisco? Não há como não lembrar o assassinato do presidente Kennedy a bordo do Lincoln presidencial conversível com hora e trajeto marcados. De outro lado, deixando a hipótese dos atentados hoje tão comuns, não seria muito mais arriscado expor o papa em um carro, mesmo que blindado no centro de uma aglomeração de 1 milhão de pessoas como a que havia se reunido dias antes no Rio e que aconteciam em todo país embaladas pela indignação política geral, pela disponibilização midiática global da Copa das Confederações e pela força de aglutinação das redes sociais? 
     Contudo, dentre as muitas lições do Papa Francisco pinço aquela que mais se aproximaria ao caso da gestão das cidades. Foi proferida no Teatro Municipal do Rio de Janeiro quando disse que o “futuro exige hoje a tarefa de reabilitar a Política, que é uma das formas mais altas da Caridade.” Interessante é que está frase que eu ouvira “ao vivo” pela TV não encontrei nas “transcrições na íntegra” a que recorri depois na internet. Na dúvida, consultei aos vídeos do Youtube e a frase está lá. Mas por que me atraiu esta frase em um discurso cheio de ensinamentos preciosos? Justamente a colocação da Política como uma das mais elevadas formas da Caridade, coisas que parecem tão opostas ao senso comum atual brasileiro. Nada mais “nada a ver” do que Política e Caridade. No entanto o papa Francisco colocou a Política como “uma das formas mais altas da Caridade”, e afirmou, com a ênfase da repetição, ser urgente reabilitá-la.
     O que a Política teria a ver com a Caridade? Reflito. Em uma República, a verdadeira Política, a com “P” maiúsculo é a arte da disputa pelo poder tendo em vista a realização do bem comum, da coisa pública, a “res-publica”. O verdadeiro político seria então aquele que se dedica a trabalhar pelo bem de todos. Sem dúvida, uma forma elevada da Caridade. Não pode jamais ser confundida com a política com “p” minúsculo, também conhecida como politicagem, que se dá em função de interesses pessoais, ou de grupos partidários, econômicos, corporativos etc. Contra esta situação é que o povo foi às ruas, repelindo a companhia de figuras ou bandeiras da nossa atual política.
     A cidade é o bem comum por excelência, a grande casa, a construção coletiva que envolve a todos. Deveria ser a coisa pública mais palpável. No entanto as cidades brasileiras de um modo geral foram transformadas em butins eleitorais, tomadas pela classe política como objetos de barganhas eleitoreiras que as conduzem de forma acelerada ao caos e à metástase urbana que assistimos e sofremos. Fica cada vez mais claro que as cidades brasileiras só terão a qualidade que a população exige e tem direito no dia em que forem retomadas pela cidadania. O resgate da cidade pelo cidadão, seu verdadeiro dono, passa pelo resgate do bem comum como objetivo máximo de uma nação, a reproclamação da República e, como me disse Francisco, a reabilitação da verdadeira Política como a principal ferramenta de sua realização. 
(Publicado em 06/08/13 pelo Diário de Cuiabá)

domingo, 4 de agosto de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA

Veja como estava a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de agosto de 2013. Todas as vigas dos monumentais  pórticos foram alçadas.  Ao final desta postagem tem uma reportagem da TVCA de final de julho sobre o cronograma da obra, bem como um link do G1.com.br com um galeria de fotos internas da obra no mês trasado. Veja:


Foto: José Lemos
Dá para comparar com a situação em  4 de julho de 2013:  
Foto: José Lemos

E com a do mês de junho (04/06/13:


Foto: José Lemos

Ou no início do ano passado (14/01/12):
Foto: José Lemos


É para ficar pronta em outubro de 2013. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:

Veja no link  abaixo reportagem de final de julho/13 da TVCA sobre a obra:

Veja no link abaixo uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente postadas ontem (04/06/13):


No link abaixo tem também uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente no mês passado (02/05/13):


Reveja a reportagem do Bom Dia Mato Grosso do dia 4 de janeiro passado sobre as obras:

http://g1.globo.com/videos/mato-grosso/bom-dia-mt/t/edicoes/v/novo-turno-de-trabalho-e-implantado-na-construcao-da-arena-pantanal/2326756/

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TRINCHEIRA DO SANTA ROSA


Veja a evolução da Trincheira do Santa Rosa em 2 meses de obras, entre 31/05/13, 01/07/13 e 01/08/13:

31/05/13                                                                    Foto FCLS

01/07/13                                                                    FotoFCLS
01/08/13                                                                    FotoFCLS