"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



segunda-feira, 1 de outubro de 2018

FERROVIA PARA LEVAR E TRAZER

Imagem: TribunaMT

José Antonio Lemos dos Santos
     Ao discutir a ferrovia em Mato Grosso quase sempre, ou sempre, pensamos nela como uma esteira para exportação da produção estadual. Algo como aquelas imensas composições ferroviárias transportando minério dia e noite para ser processado em outras regiões do mundo ou do país. Porém, nada tão diferente. De certo modo o minério está quase pronto na natureza, e produzir é extraí-lo das minas, hoje com máquinas e pouca mão de obra, quase sem qualquer agregação de valor no local de origem. A tendência é esse trabalho seguir até o esgotamento das minas, só deixando cicatrizes como lembrança da riqueza levada com seus benefícios para outras terras.
     A história de Cuiabá do ciclo do ouro é exemplar com toda sua riqueza sendo rapidamente transferida para Portugal e de lá para a Inglaterra onde ajudou a financiar a Revolução Industrial. Exaurido o ouro, a cidade quase virou uma cidade fantasma, o que só não aconteceu por razões estratégicas da coroa portuguesa envolvendo a rediscussão do Tratado de Tordesilhas então definidor dos limites entre as terras da Espanha e Portugal no continente.
     A riqueza agropecuária de Mato Grosso não é extraída de minas, não está pronta. Ela tem que ser produzida com o trabalho exaustivo e cada vez mais competente de muita gente que transforma a terra, a água e o sol em alimentos que ajudam a matar a fome do mundo. E essa gente vive na região produtora nas próprias fazendas ou em cidades, novas ou não, cada vez mais belas e sofisticadas. O grande diferencial é que essa gente que produz e mora em Mato Grosso tem o direito a ascender em qualidade de vida à medida que produzem, e este direito é a razão fundamental para que produzam tanto. Ninguém dá seu suor e de sua família, as vezes o próprio sangue, produzindo só para sustentar a balança comercial do Brasil. O objetivo primeiro é produzir um excedente econômico cada vez maior para ter uma qualidade de vida também cada vez maior. O resto é consequência.
     Asseguradas as condições básicas para a sobrevivência, a qualidade de vida passa a ser a casa nova ou ampliada equipada com as facilidades domésticas modernas, padrões urbanos mais elevados, materiais de construção, o automóvel novo, estradas seguras, alimentos, vestuário, etc. A produção do excedente acontece para ser dada em troca desses benefícios, na maioria das vezes produzidos ou dependentes de insumos produzidos em outras regiões com necessidade de transporte até seu legitimo consumidor. Mesmo para continuar produzindo, e produzir mais e melhor, é preciso importar insumos diversos, combustíveis, máquinas agrícolas, fábricas, etc., que também precisam ser transportados até seus locais de utilização.
     Mais produção, maior a renda per capita e, em consequência, maior o consumo em quantidade e sofisticação, em grande parte com origem fora da região ou do país. Daí que a ferrovia para Mato Grosso não pode ser uma esteira só para levar a produção, mas também, para trazer o desenvolvimento e qualidade de vida com segurança, menores fretes e menores preços. Essa carga que vem, converge para Cuiabá como o maior centro consumidor, produtor e distribuidor do estado e foi estimada pela Rumo, atual sucessora da Ferronorte, em 20 milhões de toneladas/ano, igual em peso a toda produção de grãos de Goiás e bem maior que a de Mato Grosso do Sul. A extensão da ferrovia até Cuiabá e dela aos portos amazônicos e do Pacífico é a mais viável e urgente das ferrovias. Não pode ser avaliada só como exportadora da riqueza de Mato Grosso, mas também como indispensável à promoção da qualidade de vida de quem a produz, sem o que não teria o menor sentido.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

ASCENSÃO DOURADA


José Antonio Lemos dos Santos
     Sou do tempo em que futebol era coisa de “malandro”, de quem não queria estudar, matador de aulas e coisas assim. Maldade, era apenas paixão pela bola, seja ela qual fosse, uma laranja, tampinha de garrafa, bolinha de meia ou de papel. Apesar de gostar muito de futebol era muito ruim de bola e só jogava com os vizinhos nas ruas próximas, descalços em piso de chão batido, as vezes em descida, com alguns afloramentos de cristal que de quando em quando arrancavam uma tampa de dedão do pé, dor e sangramento logo curados com um jato certeiro de urina no local. E seguia o jogo, até não ver mais a bola pois as ruas das redondezas não dispunham de iluminação. A não ser que as mães chamassem antes já com cinto na mão para tomar banho e jantar. Em época de provas, a intimação vinha ainda mais cedo para estudar.
     O esporte é uma das formas mais elevadas de manifestação da vida saudável. Todos os esportes, mas no caso do Brasil, em especial o futebol. Longe daquela equivocada ideia da malandragem, hoje o futebol envolve um dos mais ricos mercados de trabalho no mundo e sem dúvidas deve ser incentivado junto com outros esportes, como uma alternativa de vida à juventude brasileira, tão assediada e atraída pelas aparentes facilidades dos descaminhos. O esporte é a melhor e mais natural direção para o jovem. Basta soltar uma bola na frente de uma criança mal sabendo andar (menino ou menina) para ver o que acontece.
     A ascensão do Cuiabá Esporte Clube à série B do campeonato brasileiro, tendo como palco a ainda extraordinária Arena Pantanal (apesar dos esforços de seus responsáveis em contrário) é um alento nesse sentido. O público presente com civilidade e alegria em enorme quantidade nas partidas finais demonstra a paixão que pode despertar um trabalho bem organizado em torno do esporte, não só em Cuiabá, mas também em outras cidades, como já existe o belo exemplo do Luverdense. Junto com os pais vêm as crianças e adolescentes. Logo estão com a camiseta de seus clubes adotando seus ídolos locais, palpáveis, não aqueles feixes televisivos de elétrons inatingíveis, distantes, mas gente daqui, algumas vezes de seus bairros, ou que veio para trabalhar em clubes daqui, de carne, osso e sangue como cada um deles. Dá a ideia de que podem ser iguais a eles desde que dedicados, esforçados e zelosos com o próprio corpo. São modelos locais possíveis de serem seguidos e alcançados tais como o pioneiro Traçaia e os atuais Jael, Valdívia, ou David Moura no judô e Felipe Lima na natação, dentre outros. Mato Grosso pode ter muitos mais, basta apoio e estímulo que a meninada vai atrás, desguiando-se das trilhas do mal.
     A ascensão do Cuiabá e seu sucesso com o público subitamente apaixonado pelo Dourado aponta uma direção não desprezível. Investir no esporte é essencial para os tempos de hoje, é o caminho mais curto, barato e seguro para a salvação da juventude hoje exposta à atração dos belos portais sem retorno das drogas, tráfico, roubo, assassinatos e também do suicídio, a mais nova praga. Uma vez construída a Arena Pantanal com o dinheiro de todos os mato-grossenses, não pode mais ser considerada como um peso para os governantes, mas como alavanca para uma política esportiva estadual envolvendo a Educação e Saúde com importantes reflexos positivos nas áreas da Segurança Pública e Turismo. A Arena como um Palácio dos Esportes, privatizado ou não, com espaços para salas de aulas e treinamento das diversas modalidades esportivas, destinadas aos promissores atletas selecionados em todo o estado. Uma fábrica de medalhistas e cidadãos. Em plena eleição para o governo estadual, seria demais que algum dos candidatos, ou todos eles incorporassem um audacioso projeto nesse sentido?

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

HABEMUS CARGA!


José Antonio Lemos dos Santos
     No último dia 12 aconteceu no auditório do CDL uma reunião promovida pelo “Fórum pela Ferrovia em Cuiabá” para tratar, como não podia deixar de ser, da questão da chegada dos trilhos à capital. A atração principal seria um dos diretores da Rumo, empresa que substitui a ALL, antiga detentora da concessão da Ferronorte.  Confesso ter chegado lá desesperançoso, já participei de um monte e os trilhos continuam absurdamente parados há 5 anos em Rondonópolis.
     Começada a reunião, a expectativa inicial parecia se confirmar com políticos jurando “empenho” e “amor” à causa e o mesmo ramerrão de sempre, isto é, a ferrovia em Cuiabá como um favor político, um gesto de simpatia à capital do estado pois prevalece a falsa ideia de que Cuiabá “não produz nada” e, portanto, não teria carga. Aliás, o representante do governador afirmou que se fosse feito algum estudo técnico (conheço muitos desde a década de 70 indicando viabilidade) a ferrovia não passaria por Cuiabá, mas que esse objetivo seria alcançado pela determinação política do governador, candidato à reeleição. Por trás sempre o mesmo falso argumento da improvável falta de carga, reafirmado até por quem tinha a obrigação de rebatê-lo. Mas como Cuiabá é o maior reduto eleitoral do estado é mister não desagradá-la, daí essa postura da ferrovia como um gesto de simpatia, um favor político. Passada a eleição, os políticos abandonam o tema e vão defender outros trilhos enquanto o estado sangra nas rodovias.
     Até que veio a explanação do diretor da Rumo, Guilherme Penin. Aí mudou tudo. Disse que a ferrovia em Cuiabá tem um componente político sim e precisa muito desse suporte, mas que a Rumo quer chegar a Cuiabá por ser de grande interesse econômico para a empresa e fundamental para a continuidade do desenvolvimento econômico do estado. E aí ele brinda Mato Grosso e, em especial Cuiabá, com um dado jamais mostrado ao menos nas muitas reuniões públicas que participei. A carga conteinerizada atual destinada a Cuiabá é de 20 milhões de toneladas por ano! Isso! Só as cargas fracionadas hoje são 30 a 40 mil toneladas/mês, sendo, por exemplo, 70 conteineres/mês de trigo. Estes números não contam as milhões de toneladas que ainda passam por Cuiabá nos caminhões para pegar a ferrovia em Rondonópolis.
     Sempre foi evidente para quem quisesse ver que para toda a produção saída de Mato Grosso sempre houve uma carga de retorno tendo Cuiabá como ponto de convergência e redistribuição envolvendo não só insumos e máquinas para a produção, mas mercadorias diversas industrializadas essenciais à promoção da qualidade de vida da população. A ferrovia jamais poderia ser apenas uma esteira para levar a produção de Mato Grosso, mas também para trazer o desenvolvimento expresso antes de tudo na qualidade de vida dos mato-grossenses.
     Enfim vem à tona a supercarga de retorno. Sempre foi escondida para tirar Cuiabá de sua histórica posição estratégica de encontro natural dos caminhos do continente, de Mato Grosso e do Oeste brasileiro. A farsa enfim desmontada. Cuiabá tem carga e é o principal polo centralizador, consumidor, e distribuidor delas para Mato Grosso, estados vizinhos e nordeste boliviano. São 20 milhões de toneladas/ano, um terço de toda a produção de grãos de Mato Grosso, igual a de Goiás e bem maior que a de Mato Grosso do Sul, verdade trazida à luz pela Rumo, empresa ferroviária que dá mostras de querer crescer de fato com a expansão de seus trilhos e de seus serviços. Aposto que trará os trilhos a Cuiabá rumando logo com eles pela BR-163, a espinha dorsal do estado, aos portos amazônicos e do Pacífico pondo Mato Grosso em um novo patamar de integração e desenvolvimento.



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

CANDIDATOS A DEPUTADO ESTADUAL MATO GROSSO 2018

Charge prof. José Maria

José Antonio Lemos dos Santos

     ANTES DE DEFINIR SEU VOTO A DEPUTADO ESTADUAL VERIFIQUE EM QUAL DAS LISTAS ABAIXO ESTÁ SEU CANDIDATO.
     COMO SABEMOS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS (VEREADORES E DEPUTADOS) PODEMOS VOTAR EM UM CANDIDATO E ELEGER OU REELEGER OUTRO, ÀS VEZES ATÉ UM QUE NÃO QUERÍAMOS VER (RE)ELEITO(A).  SERÃO ELEITOS APENAS OS MAIS VOTADOS DE CADA LISTA, CONTANDO COM OS VOTOS DOS MENOS VOTADOS, ENTRE OS QUAIS PODERÁ ESTAR O SEU VOTO. NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS OS VOTOS SEMPRE ELEGEM ALGUÉM E NUNCA SÃO PERDIDOS.
     MUITO CUIDADO ENTÃO, ANTES DE DEFINIR SEU CANDIDATO CONFIRA EM QUE LISTA ELE ESTÁ E QUE OUTROS CANDIDATOS ESTÃO COM ELE.  CASO ENCONTRE JUNTO ALGUÉM QUE NÃO QUEIRA VER (RE)ELEITO(A), VOCÊ TEM A OPÇÃO DE ESCOLHER OUTRO BOM CANDIDATO EM OUTRA LISTA QUE ESTEJA "LIMPA" DE INDESEJÁVEIS OU MENOS "SUJA".
     ESTA LISTA FOI ORGANIZADA A PARTIR DA LISTA ALFABÉTICA DE CANDIDATOS DISPONÍVEL NO SITE DO TRE-MT, PARA MINHA ORIENTAÇÃO E DE FAMILIARES, E COMPARTILHO NO BLOG COM OS AMIGOS(AS) COM A ÚNICA INTENÇÃO DE AJUDAR NA DEFINIÇÃO DE NOSSO MAIOR DEVER CÍVICO, QUE É O VOTO.

“A FORÇA DA UNIÃO I” (PR, PRB, PCdoB, PT)

BRANQUINHO           PR
CESAR MORAES           PRB
CHICO DALTRO           PRB
CLAUDETE SIQUEIRA           PRB
DR. EDVALDO           PCdoB
EDINHO PAIVA           PR
EDUARDO MAGALHÃES           PRB
GILMAR DO ESPORTE           PR
GOMERALDO DE BARROS PR
HENRIQUE CORREA DA COSTA PRB
HENRIQUE LOPES DO SINTEP/MT PT
JOÃO SULZBACHER PR
JOÃO VIEIRA PRB
KACO DO CPA PT
KALYNKA MEIRELLES PRB
KOTA CORTEZ PT
LOURENÇO JORGE PRB
LÚDIO CABRAL PT
LUIS BRAZ         PT
LUIS COSTA         PR
MARTHA DRANSKI PR
PROFESSORA BRANCA PR
PROFESSORA NIETA PCdoB
PROFESSORA RITA BEZERRA PCdoB
PROFESSOR HEDEVALDO PR
ROBSON ARRUDA PRB
SIRLENE MORAES PR
TANIA MOURA PR
VALDIR BARRANCO PT
VALMIR MORETTO PRB
VALTEMIR CASTANHEIRA PRB
VILMA FERNANDES PR

“A FORÇA DA UNIÃO II” (PP,PODEMOS,PROS,PMN)

ARIMATEIA PP
AUDIMAR ROCHA PODE
CAPITÃO MAGALHÃES PODE
CARLOS RAFAEL PROS           
CIDA PODE
CIDÃO DO ACAMPAMENTO PMN        INDEFERIDO
CLAUDEMIR ADVINCULA(AUDITOR) PROS
CLEBER SOARES PP
DIANY DIAS PROS
DILEMÁRIO ALENCAR PROS
DR. DAÚDE PP
DR. LICINIO PP
ELZA MOURA PP
EVANDRO NAVARRO PODE
FELIPE MORBECK PODE
GUARDA MUNICIPAL STEFANY ANJOS PROS
INSPETOR PELIZER PODE
INSTRUTORA FÁTIMA CAMPOS PMN
JANAINA JANE NASCIMENTO PODE       INDEFERIDO
JEAN SILVA PP
JOÃO BATISTA DO SINDSPEN PROS
JOSI SAMPAIO PP
JOTA DE SÁ PROS      INDEFERIDO COM RECURSO
KALL MARÇAL PROS
MAJOR CÍCERO PROS
MARTHA MAIA PP
NAIUSA DUARTE PP
OSCARLINO DA SAÚDE PROS
PAULO ARAUJO PP
PEDRO PATOCINO PMN
PROF. ALDO AMORIM PODE
PROFESSORA CIDA PMN      REELEIÇÃO
PROFESSOR GENTIL PMN
RADAMES ALVES PODE
REV. WILSON JOSÉ PODE
ROSANGELA ALMEIDA PODE
SANDRA RAQUEL PODE
SANDRA VIGILANTE PP
SARGENTO GENESIO PMN
SARGENTO VIDAL PMN
SEBASTIÃO MORAES MORAEZINHO PP
SOLIVAN FONSECA PP
T. CORONEL HECTOR BOMBEIRO PROS
VALDEMIR MM PODE
VALQUIRIA DO TRANSPORTE PP
WENER SANTOS PP
ZÉ MELO PP
ZÉ PANTANEIRO SANGUE AZUL PMN

“A FORÇA DA UNIÃO III” (PTB,PV)

ALAN ZANATTA PTB
ALBERTO NEGÃO PV
ARDONIL PV
BENY GODOY PV
CHICO PESCADOR PV
DELEGADP GARCIA PV
DRA. ELZA QUEIROZ PV
DR. GIMENEZ PV
FAISSAL PV
GISLENE CABRAL PV
HIRAN MELO PTB
IVONETH ANTUNES PV
JACOB PV
JOSÉ CARLOS PV
JOYCE LOMBARDI PTB
LIDIO SILVA PV
LINO ROSSI PV
MÁRIO NADAF PV
MILEY ALVES PV
MOTOZINHO TOLEDO PV
NILZA AMARAL PV
NILZA BARTNISKI PV
OSCAR BEZERRA PV REELEIÇÃO
PROFESSORA RAQUEL PV
RICARDO ARRUDA PTB
RICARDO BERTOLINI PV
ROBERTO BEZERRA PTB
RONISE TIMOTEO PV
ROSELI SANTOS PV
ROSILEY RODRIGUES PTB
SANTINA FELICIA PTB
SIDNEY DE SOUZA PV
SOL RAMOS PV
TAMPINHA JOSÉ AUGUSTO CURVO PV
TONINHO DO GLÓRIA PV
TÚLIO FONTES PV
VALTER ZACARKIM PTB
WELSON DO CICLISMO PV
WILSON DO PV PV
ZULU VIEIRA PTB

“FÉ E TRABALHO” (SOLIDARIEDADE,PATRIOTAS,AVANTE,PRP,PRTB,DC)

ALCIR OLIVEIRA SOLIDARIEDADE
AUBECI DAVI SOLIDARIEDADE
CABO FARIA PATRI
DALTINHO PATRI REELEIÇÃO
DARCI DO CAROLINA SOLIDARIEDADE
DENIS MACIEL AVANTE
DIONARDO MENDES SOLIDARIEDADE
DR. WAGNER GODOY SOLIDARIEDADE     RENÚNCIA
EDNA LÚCIA PRP
ELISANGELA DC
ELIZEU NASCIMENTO DC
ENFERMEIRAPROFESSORA ANA MARIA PATRI
FRANK SABIÁ PATRI
FRANK SILVA SOLIDARIEDADE
GISELE LOPES SOLIDARIEDADE
HERMES BERGAMIM SOLIDARIEDADE
ISAC MARQUES PRTB
JAJAH NEVES SOLIDARIEDADE            INDEFERIDO COM RECURSO
JANAÍNA LIMA SOLIDARIEDADE
JOÃO JORDÂNIA PRP
JOSÉ BOLONHEIS-LIBRAS DC              INDEFERIDO
JUCA DO GUARANÁ FILHO AVANTE
LAURINDO DA GUARDA DC
LEANDRO FÉLIX DC
LILO PINHEIRO PRP
MARAÍ CARVALHO SOLIDARIEDADE
MARIA HELENA-MARIELLY DC
MILTON RODRIGUES PATRI
NADIA RAFAELA SOLIDARIEDADE
NADIESE CARDOSO DC
PASTORELLO SOLIDARIEDADE
PASTOR ERLAN SOLIDARIEDADE
PASTOR OSVANDIR SOLIDARIEDADE
PLAUTO VIEIRA SOLIDARIEDADE
PROFESSORA IVETE BARROS PRP
PROFESSORA MAZÉ PATRI
RAQUEL DO QUILOMBO SOLIDARIEDADE
ROBERTO BARRA DC
SARGENTO FLÁVIA DC
TIM SOM PATRI
TONINHO NOGUEIRA SOLIDARIEDADE
TONINHO ZANIN SOLIDARIEDADE
ULYSSES MORAES DC
VALDIR CORREIA SOLIDARIEDADE
VIRGÍNIA FERREIRA DE SOUZA AVANTE
WALDEMIR ALVES-PI DC

“PCO”  (SEM COLIGAÇÃO)

VIVIANI PCO       RENÚNCIA

“PRA MUDAR MATO GROSSO IV” (DEM,MDB,PSD,PDT,PSC)

ACÁCIO FALCÃO DEM
ALEX RABELO MDB
ALINE STEINKE MDB
ANA VIRGÍNIA MACEDO MDB       INDEFERIDO
BEBE DA SAÚDE DEM
BETO PITA MDB
CARECA DA VAN MDB
CARLA RONDON PSD
DILMAR DAL BOSCO DEM REELEIÇÃO
DIRCEU ZANATTA MDB
DR. ALEX MANHAGUANHA PSD
DR. DIVINO HENRIQUE PDT
DR. EDUARDO MARQUES PSD
DR. TÚLIO CASADO DEM
EDUARDO BOTELHO DEM REELEIÇÃO
ENGENHEIRO CELSO COSTA MDB
ENGO.SEBASTIÃO MACHADO REZENDE PSC REELEIÇÃO
ESTER FERREIRA DEM
GILMAR FABRIS PSD REELEIÇÃO      INDEFERIDO COM RECURSO
HENRIQUE BERTO PDT
ILDO DO PÃO PDT
JANAÍNA RIVA MDB REELEIÇÃO
JEREMIAS DEM    RENÚNCIA
JOÃO JOSÉ DE MATOS MDB
KALIL BARACAT MDB
LAYR MOTA PSD
LEONICE LOTUFO PDT
LUIZ SALGUEIRO DEM
MICHELLE ABREU MDB
NEGUINHA MDB
NININHO PSD REELEIÇÃO
PATRÍCIA SENA DEM
PAULO NUNES PDT
PEDRO SATÉLITE PSD REELEIÇÃO
PROF. ALLAN PDT REELEIÇÃO
PROFESSORA MAVIANE PDT
ROMOALDO JÚNIOR MDB REELEIÇÃO      PENDENTE DE JULGAMENTO
ROSA MALENA       PSC     PENDENTE DE JULGAMENTO
ROSANGELA DODA MDB
SAMARA FRANCO PSC
SARGENTO JOELSON PSC
SILVANO AMARAL MDB REELEIÇÃO
TEREZINHA BISPO    DEM         PENDENTE DE JULGAMENTO
THALITA MORAIS PSC    RENÚNCIA
THIAGO SILVA MDB
TONINHO DE SOUZA PSD
VEREADORA ELIANA PSD
WAGNER RAMOS PSD REELEIÇÃO
XUXU DAL MOLIN PSC
ZECA VIANA PDT REELEIÇÃO

“PSDB” (SEM COLIGAÇÃO)

ADEMAR MACHADO DA SILVA PSDB
ADENILSON ROCHA PSDB
ALEX FRAGA PSDB
BAIANO FILHO PSDB REELEIÇÃO    RENÚNCIA
BENEDITA ARRUDA PSDB
CARLOS AVALONE PSDB
CIDA DO CAMELO PSDB
CLÁUDIO HENRIQUE PSDB
CORONEL PAULO SELVA PSDB
DAIRINHO FILHO PSDB
DAMARES PSDB
EDIANA FERREIRA PSDB
ELIANE MENACHO PSDB
ELINEI-MACIEL PSDB
GIOVANI NOBILINO PSDB
GUILHERME MALUF PSDB REELEIÇÃO
ÍCARO FRANCIO SEVERO PSDB
IZAIAS PSDB
JAMIS SILVA PSDB     RENÚNCIA
LEIVA LELE PSDB
PASTORA ERIANA PSDB
PROFESSOR ANTONIO PSDB
RODRIGO DA ZAELI PSDB
ROMARIO FILHO PSDB
ROSICLER SILVA PSDB
SATURNINO MASSON PSDB REELEIÇÃO
VALCIR JUSTINO(JURUBEBE) PSDB
VALDENIRIA DUTRA FERREIRA PSDB
WILSON SANTOS PSDB REELEIÇÃO
ZÉ MARIA PSDB

“PSL”   (SEM COLIGAÇÃO)

CARLOS LONGO PSL
CHIQUINHA PAIXÃO PSL
DELEGADO CLAUDINEI PSL
DENIS DA SAÚDE PSL
DÉRICA FLASH BACK PSL
DITO LIBERDADE PSL
DONIZETE SANTOS PSL
DR. EMILIO POPULO VIAÇÃO JUÍNA PSL
DR. LIDIONEY SIQUEIRA PSL
EDIENES HADASSA PSL
ELIANE RIBEIRO PSL
ELIAS FIGUEIREDO PSL
ELIAS GALLI PSL
EMIDIO DE SOUZA PSL
ENGENHEIRO RODRIGO GOMES PSL
GILBERTO CATTANI PSL
IRACEMA PSL
JUCELMA OLIVEIRA PSL
MÁRCIA MAGAN PSL
MARIA RODRIGUES PSL
PASTOR PAULO CEZAR VITÓRIO PSL
PASTOR SAMUEL FERREIRA PSL
PATRYCIA COSTA PSL
PEDRO ROSA PSL
PROFESSORA ADRIANA PSL
PROFESSOR JOAQUIM XAVIER PSL
RAFAEL YONEKUBO PSL
RONIE PETERSON PSL
ROSE RAMPAZIO-ROSE TRADIÇÃO PSL
SANDRA MARTINS PSL
SARGENTO EDSON NOVO PSL
SÉRGIO LADER PSL
SILVIO FAVERO PSL
SIRDINEZ PSL
WALDIR PSL

“PSOL”  (SEM COLIGAÇÃO)

CANTORA JANAINA LIMA PSOL
ISMAEL MAZINHO PSOL
MATUDJO METUKTIRE PSOL      RENÚNCIA

“PTC”   (SEM COLIGAÇÃO)

CIDA ENFERMEIRA PTC       INDEFERIDO
CLEYTON DUARTE PTC

“REDEFININDO MATO GROSSO”  (PPL,REDE)

ALEXANDRE SANTOS PPL
ANDRE LUIZ REDE
CÁSSIO MELO REDE
CRISTINA DOMINGUES PPL
DÉBORA BORGES REDE
EVANGELISTA TONINHO REDE
GHERDEONE NETO PPL
IVAN GONÇALVES REDE
JARBAS CARVALHO REDE
JEFFERSON COSTA REDE
JOÁS NALINI REDE
JORNALISTA MARCOS LOPES PPL
LAILA DUTRA REDE
LEANDRO MOMENTE PPL
LUCILENE MARTINS PPL
LUIZ DO JORNAL PPL
MÁRCIA MORENA PPL
NILDÃO DA TOYOTA AMARELA REDE
PÉ NO CHÃO PPL          INDEFERIDO
PROFESSORA JANE CRISTINA REDE
PROFESSOR GIULIANO PPL
PROF. MÁRCIA BEATRIZ REDE
SIDNEI VARANIS REDE
VANDERLEI FLORENCIO REDE
WÂNIA AMORIM REDE
ZÉ VALTER PPL

“SEGUE EM FRENTE MATO GROSSO III”  (PSB,PPS)

ALAN TOP GÁS PSB
BETO CORRÊA PPS
CARLOS BRITO PSB
CLARILCE CAMPOS PSB
DR. EUGÊNIO PSB
DR SERGIO DELEGADO PPS
FÁBIO GAVASSO PSB
GILSON BAITACA PSB
JOÃO PAULO PINTO PPS
JORGE JORGITO EVANGELISTA PPS
JUCI PPS
JULIANA FORTES PPS
LEONARDO DE OLIVEIRA PPS
LUCIANO VACARI PPS
MADONA ARRUDA PPS
MARCIA SANTO PPS
MARIA IZAURA PPS
MARQUINHOS PSB
MAURICIO GOMES PSB
MAX RUSSI PSB   REELEIÇÃO
MIGUELÃO PSB        INDEFERIDO COM RECURSO
PATRICIA BUENO PPS
PROFESSORA LYSSA PSB
RAPOSÃO DA CARVALIMA PPS
ROMES PPS             INDEFERIDO
ROSE PSB
SAMIR JAPONES PPS
SIRLEY SILVA PPS
SUELME FERNANDES PPS
VALDINEI TEODORO PSB
VANDERLEI MARQUES PSB
WELLINGTON BERE PPS
XINXARRA PPS



ANTES 

domingo, 9 de setembro de 2018

CANDIDATOS A DEPUTADO FEDERAL MT 2018

Charge prof. José Maria

José Antonio Lemos dos Santos

ANTES DE DEFINIR SEU VOTO A DEPUTADO FEDERAL VERIFIQUE EM QUAL DAS LISTAS ABAIXO ESTÁ SEU CANDIDATO.

COMO SABEMOS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS (VEREADORES E DEPUTADOS) PODEMOS VOTAR EM UM CANDIDATO E ELEGER OU REELEGER OUTRO, ÀS VEZES ATÉ UM QUE NÃO QUERÍAMOS VER ELEITO(A) OU REELEITO(A).  SERÃO ELEITOS APENAS OS MAIS VOTADOS DE CADA LISTA, CONTANDO COM OS VOTOS DOS MENOS VOTADOS, ENTRE OS QUAIS PODERÁ ESTAR O SEU VOTO. NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS OS VOTOS SEMPRE ELEGEM ALGUÉM E NUNCA SÃO PERDIDOS.

MUITO CUIDADO ENTÃO, ANTES DE DEFINIR SEU CANDIDATO CONFIRA EM QUE LISTA ELE ESTÁ E QUE OUTROS CANDIDATOS ESTÃO COM ELE.  CASO ENCONTRE JUNTO ALGUÉM QUE NÃO QUEIRA VER ELEITO(A) OU REELEITO(A),  VOCÊ TEM A OPÇÃO DE ESCOLHER OUTRO BOM CANDIDATO EM OUTRA LISTA QUE ESTEJA "LIMPA" DE INDESEJÁVEIS OU MENOS "SUJA".

ESTA LISTA FOI ORGANIZADA A PARTIR DA LISTA ALFABÉTICA DE CANDIDATOS DISPONÍVEL NO SITE DO TRE-MT, PARA MINHA ORIENTAÇÃO E  DE FAMILIARES, E COMPARTILHO NO BLOG COM OS AMIGOS  COM A ÚNICA INTENÇÃO DE AJUDAR NA DEFINIÇÃO DE NOSSO MAIOR DEVER CÍVICO, QUE É O VOTO.

“A FORÇA DA UNIÃO IV”

ADAUTON TUIM                    PROS
CABO JULIANO RABELO  PMN
EDNA SAMPAIO          PT
ELIENE LIMA          PR     
EMANUELZINHO          PTB
EZEQUIEL FONSECA  PP        REELEIÇÃO
GISELA SIMONA          PROS
IDILENE RODRIGUES  PTB
JOQUEBEDY MOURÃO  PROS
JOSE MEDEIROS          PODE
NERI GELLER          PP
POLICIALFEDERAL RAFAEL RANALLI PROS
PROFESSORA ROSA NEIDE  PT
PROFESSOR BISPO          PR
SERYS SLHESSARENKO  PRB

“FÉ E TRABALHO  II”

ANTONIO CARLOS                  PATRI
CRISTIANE MILANI  AVANTE          INDEFERIDO COM RECURSO
CLÉRIA FABIANA                             PENDENTE DE JULGAMENTO
DRA ANA EMILIA          PRP
GILDO CHAPÉU PRETO  AVANTE   INDEFERIDO COM RECURSO
GINA DEFANTI          PSL
IVONE PORTUGAL          AVANTE   RENÚNCIA
JACK JUÍNA                      AVANTE   INDEFERIDO COM RECURSO
JOSÉ ADEILDO          PATRI
JULIO DA POWER          AVANTE    INDEFERIDO COM RECURSO
LEDEVINO                      AVANTE     INDEFERIDO COM RECURSO         
MARIA DIVINA          PSL
NELSON BARBUDO          PSL
NILSON MAGALHÃES  AVANTE    INDEFERIDO COM RECURSO
PAULO MELO          PRP
PIROZZI                  PATRI
PROF. ELAINE          PSL
VICTÓRIO GALLI          PSL        REELEIÇÃO
ZE RODRIGUES          PRP      RENÚNCIA

“FÉ E TRABALHO III”

ANDRESSA MARINHO                PRTB INDEFERIDO COM RECURSO
CABO DR LAUDICÉRIO  DC                 INDEFERIDO COM RECURSO
DEVAIR RODRIGUES  PRTB                  INDEFERIDO COM RECURSO
EDITE ROCHA          DC                          INDEFERIDO COM RECURSO
EDNA SANTUCA          PRTB                 INDEFERIDO COM RECURSO
EUDES GOMES          PRTB                    INDEFERIDO COM RECURSO
HELIO SILVA FONSECA  DC                 INDEFERIDO COM RECURSO
MANDIOCA          PRTB                          INDEFERIDO COM RECURSO
MANOEL BRITO          PRTB                  INDEFERIDO COM RECURSO
MEREWILTON LAGES  PRTB               INDEFERIDO COM RECURSO
NAYARA ROSA          PRTB                    INDEFERIDO COM RECURSO
PATRICIA BOTELHO  PRTB                  INDEFERIDO COM RECURSO
PEDRO IGOR          DC                            INDEFERIDO COM RECURSO
PELÚZIA OLIVEIRA  PRTB                    INDEFERIDO COM RECURSO
PROF CARLINHOS          PRTB              INDEFERIDO COM RECURSO
TIRIRICA DO PANTANAL  DC              INDEFERIDO COM RECURSO

“MATO GROSSO ÉTICO E SUSTENTÁVEL”
 
CABO IBAN GUIMARAES             PV
CARLOS NAVES          PV
ELIETE COSTA          PC DO B
GREGÓRIO MARINATSE  PV         INDEFERIDO COM RECURSO
LUCELIA NEVES          PV
MIRIAN DE OLIVEIRA  PV
NEDILSON MACIEL          PV
RENATA BARROS          PV
TCORONEL WANDERSON  PV
VINICIUS BRASILINO  PC DO B
YVA PAES DE BARROS  PV

SEM COLIGAÇÃO “NOVO”

ANDREA ADORNO                   NOVO
ANTONIO CARLOS REZENDE  NOVO
DR. EMERSON RIBEIRO  NOVO
EDUARDO DOSSA          NOVO
FELICIANO AZUAGA  NOVO
FLAVIO MULLER          NOVO
HEITOR SANTANA          NOVO
JULIANA LOBO          NOVO
MARCOS FERNANDES  NOVO
PAULO HENRIQUE GRANDO  NOVO
ROBERTA LANGE          NOVO
ROGÉRIO PIMENTA          NOVO
VANESSA TOMIZAWA  NOVO

SEM COLIGAÇÃO “PCO”

ANDRÉ ELIAS                     PCO    RENÚNCIA


“PRA MUDAR MATO GROSSO II”

ADRIANO SILVA                   DEM    INDEFERIDO
ANA CLAUDIA          DEM
ANA RITA          DEM            INDEFERIDO
CARLOS BEZERRA          MDB        REELEIÇÃO
CORONEL JORGE LUIZ  PSD
ELENILZA PEREIRA  MDB
FÁBIO CARDOZO          PDT
GASPAR                  PSD
GILBERTO          PMB
GIL                       MDB                  PENDENTE DE JULGAMENTO
GORDINTUR          PDT
JUAREZ COSTA          MDB
MYLENE LUSTOSA          MDB
NILSON SANTOS          PDT     RENÚNCIA
PASTOR NATANIEL DE JESUS PDT
RENATA VIANA          PDT
ROGÉRIO SILVA          MDB
VALTENIR PEREIRA  MDB        REELEIÇÃO


“PRA MUDAR MATO GROSSO III”

ADEVALDO TAXISTA                PHS
ANE BORGES          PSC
CARMEM BETTI          PSC     RENÚNCIA
CORONEL SANDRO          PHS
DR. MARCOS HARTER  PSC
JAIR CEGATI          PHS
MANOEL OLEGARIO          PTC
MARGARETH CARDOSO  PSC
MAZETT                  PSC
NILZA RODRIGUES          PSC     RENÚNCIA
SIMONE SOUZA          PTC
VANA PAULA              PSC               PENDENTE DE JULGAMENTO
ZÉ EDUARDO TORRES  PSC    RENÚNCIA


SEM COLIGAÇÃO “PSOL”

ADRIANA LIÁRIO                  PSOL
CACIQUE RONDON          PSOL
EDSON CABEÇÃO          PSOL
ELISÂNGELA RENASCER  PSOL
GONÇA DE MELO          PSOL
MILTÃO                  PSOL
PROFESSOR CESAR RASEC  PSOL
ROZANIL GUIMARÃES  PSOL                FALECIDO
RUBENS CANTUÁRIO  PSOL
TÓ                  PSOL                     RENÚNCIA


“REDIFININDO MATO GROSSO”

AGUINALDO                       PPL
ANDREA VIEIRA          REDE                  AGUARDANDO JULGAMENTO
BISPO MARCELLO MOURA  REDE       INDEFERIDO
DR. WELLINGTON          REDE
FELLIPE CORREA          REDE
GOMES DO PÃO          REDE
JOÃO DA BOA VIAGEM  REDE
MAURÍCIO SANTINO  REDE
PROFESSORA JOSIANY SIMAS PPL
RENATA NARCIZO          PPL


“SEGUE EM FRENTE MATO GROSSO II”

ADRIENNE FONTES                 PSDB              INDEFERIDO
DILMAIR CALLEGARO               PSDB
DR LEONARDO                     SOLIDARIEDADE
DR PERES                        PPS
GAUCHINHO          PPS
ICARO REVELES          PSB
JOSAIR LOPES          PSB
JULIO CESAR          PSDB
JUNIOR MACAGNAM VITAMINA PPS
LEILA ALMEIDA          PPS
MARILDES FERREIRA  PSB
MARRAFON          PPS
MAX CAMPOS          PSB
NICINHA                  PSDB
PAULA HARTMANN          SOLIDARIEDADE    RENÚNCIA
RUTE CRISTINA               PPS      PENDENTE DE JULGAMENTO
VANDER MASSON          PSDB
WALTER REGENALD          PSB          INDEFERIDO

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O TRAÇADO DO RODOANEL

Imagem:Divulgação Governo
José Antonio Lemos dos Santos
     Em meados de agosto a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) do estado anunciou em matéria jornalística a retomada do processo de licitação para o rodoanel de Cuiabá/Várzea Grande prevendo para 2019 a retomada das obras paralisadas a 9 anos. Informa que o primeiro passo para a licitação será uma audiência pública já marcada para o próximo dia 12 de setembro. Trata-se de um projeto da maior importância para a Região Metropolitana de Cuiabá com previsão de 52 Km em pista dupla, dos quais 41 em Cuiabá e 11 em Várzea Grande, estimado em R$ 498,0 milhões do governo federal a fundo perdido.
     Mas essa história vem de muito tempo, desde quando ainda me encontrava à frente do antigo IPDU e por dever de ofício buscava sem êxito alguma informação sobre os boatos que corriam sobre o desenvolvimento em algum lugar desse projeto. Enfim veio à luz na primeira administração de Wilson Santos já apresentado ao prefeito como projeto pronto e recursos federais assegurados. A obra foi iniciada, mas logo paralisada por razões que não interessam aqui.
     Em 2007, durante a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), o projeto foi questionado em especial pelo seu potencial ampliador da Macro Zona Urbana de Cuiabá, quando a principal diretriz do PDDU era fazer a cidade “crescer para dentro” evitando seu maior espraiamento, que já era grande e com elevados custos operacionais urbanos. A preocupação se agravava em relação ao trecho conhecido como Contorno Norte pela ameaça às águas à montante da cidade e à pressão que exerceria sobre o Parque Nacional da Chapada. O então prefeito propôs na revisão do PDDU a proibição da expansão da Macro Zona Urbana por um período de 10 anos, vencida ano passado.
     Paralisadas as obras, o assunto reapareceu com a Copa do Mundo, repaginado com pistas duplas, viadutos nas interseções, licitado no valor de R$ 850,0 milhões conforme a matéria jornalística, chegando a receber Ordem de Serviço em 2014 para seu primeiro trecho, logo bloqueado de novo pelo TCU. O governo Pedro Taques refez o projeto “que estava defasado” chegando a “uma solução mais barata e eficiente”, segundo o secretário da Sinfra, e que apresenta agora.
     Evidente que um rodoanel não é apenas uma obra rodoviária, mas  uma intervenção também de caráter urbanístico tendo em vista o grande impacto que traz para as cidades, para o bem ou para o mal. Também é claro o grande interesse que desperta entre as empresas construtoras tanto por seus desafios técnicos quanto pelos valores envolvidos, bem como aos donos das terras do entorno urbano pela enorme valorização agregada pelo empreendimento às propriedades por onde passar. Seus traçados envolvem muitos interesses nem sempre republicanos, e mesmo nesse ambiente os interesses da população devem ser assegurados.
     Um bom projeto é aquele em que todos ganham, e todos podem ganhar, direta ou indiretamente. Mas o resultado republicano neste caso só é alcançável com transparência na formulação das propostas técnicas tendo como pano de fundo a interação entre os diversos níveis de governo envolvidos e os setores representativos da sociedade em questão. Até hoje não se tem notícia de consultas ou informações às prefeituras e Região Metropolitana ou a seus conselhos especializados. Afinal, como vem sendo traçado e retraçado a cada governo o trajeto do rodoanel cuiabano? Só uma dúvida por exemplo: ouvi na rádio que o novo trajeto abandona a Rodovia dos Imigrantes e percorre outras terras. Qual a justificativa técnica? Qual o impacto para o Distrito Industrial, Zona de Alto Impacto e a conexão ferroviária? Quais os riscos para a densidade urbana? Quem pagará a conta do futuro?

terça-feira, 21 de agosto de 2018

PROPORCIONAIS, A CILADA


José Antonio Lemos dos Santos
     Muito provavelmente você ainda se lembra em quem votou para vereador nas eleições de 2016 e se teve o privilégio de elegê-lo diretamente com seu voto, sorte (ou azar) que não tiveram cerca de 80% dos eleitores aqui de Cuiabá. Privilegiado, você pode acompanhar o parlamentar e avaliar se ele fez jus ao seu voto. Pior fica a situação daqueles cujo candidato não foi eleito, pois seu voto elegeu um outro candidato que nem sabe quem foi e muitas vezes queria até vê-lo banido da vida pública. Sem saber quem elegeu fica achando que não tem qualquer compromisso de acompanhar o desempenho do mandato conquistado com seu voto. Nas últimas eleições para vereador em Cuiabá dos 415.098 eleitores apenas 86.885 (21%) votaram diretamente nos eleitos. Hoje com alguns suplentes empossados, essa proporção diminui ainda mais. Já 196.236 eleitores (47%) votaram nos outros candidatos não eleitos.
     Nas eleições proporcionais o voto nunca é “perdido”. Sempre é bom lembrar que as eleições proporcionais são importantes e existem nas principais democracias do mundo, tendo por objetivo identificar a proporção em que se distribuem no eleitorado as ideologias políticas representadas pelos partidos. Esta proporção será reproduzida na distribuição das cadeiras dos parlamentos de acordo com o número de total de votos obtidos por cada partido ou coligação através de todos os seus candidatos colocados à apreciação do eleitor em uma lista, sendo então eleitos para ocupá-las apenas os mais votados de cada lista até completar as cadeiras conquistadas com os votos de todos, repito. A mais bela das eleições, mas que no Brasil virou uma arapuca.
     Além de mais belas são as mais importantes, embora as majoritárias sejam mais destacadas, como agora com as eleições para presidente e governadores. As proporcionais elegem a massa de políticos em que se baseia a oligarquia política que, mesmo execrada, domina o país, seus presidentes, governadores e prefeitos. E qual a mágica para se perpetuarem no poder? É simples, as listas dos candidatos nas proporcionais por partido ou coligação não são publicadas, isto é, não são dadas ao conhecimento do eleitor. Assim, o eleitor vota como se votasse em um candidato avulso numa eleição majoritária escolhendo aquele que acha o melhor sem se preocupar que seu voto pode eleger um outro, um preposto, filho, esposa ou amigo dos mandarins da nossa política, ou o próprio mandarim constante da lista na qual o eleitor ingenuamente votou sem saber. Desse jeito, o eleitor é enganado, chamado de burro, vendilhão de voto, sofre com as más gestões públicas e ainda paga a conta desse maquiavélico festim. 
     A cada eleição espero que os Tribunais Eleitorais publiquem em seus sites também as listas dos candidatos nas proporcionais por partido ou coligação, ao invés de só por ordem alfabética como tem acontecido, o que força o eleitor a malabarismos mentais para bem exercer o seu voto. Uso o Excel, mas nem todos tem essa facilidade. Seria fácil aos próprios Tribunais fazerem essa publicação. E que os partidos bem-intencionados não tivessem medo de publicar a lista de seus candidatos em seu material de campanha. Mesmo os candidatos poderiam fazê-lo no verso de seus santinhos, mostrando ao eleitor que não existem “vírus” eleitorais entre seus companheiros de chapa.
     Ao eleitor, paciência. Nas eleições ele é a majestade e pode decidir seu voto até na boca da urna. Não se comprometa precipitadamente com parentes, amigos, colegas antes de saber quem são aqueles outros que podem estar escondidos por trás deles e que poderão ser eleitos com seu precioso voto. Nas proporcionais não basta escolher um bom candidato. Calma, converse, informe-se antes de votar.

domingo, 12 de agosto de 2018

20 ANOS ATRÁS, 20 NA FRENTE

                                                            Foto arquiteto Ademar Poppi
José Antonio Lemos dos Santos
     No último dia 30 de julho o jornal O Globo trouxe matéria sobre o Plano Diretor Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio (PDUI) abordando algumas de suas principais propostas para mudanças no padrão de ocupação do solo visando melhorias na mobilidade urbana. A matéria “O caminho passa por novos centros” destaca entre as proposições que é preciso ocupar os vazios existentes na metrópole, conter a expansão de novas áreas, revitalizar as degradadas e que a cidade deve deixar o padrão 3D (dispersa, distante e desconectada) e adotar o padrão 3C (compacta, conectada e coordenada) incentivando o desenvolvimento de múltiplas centralidades para reduzir a atual demanda do “hipercentro”.
     A “nova lógica proposta” é que as pessoas prescindam de dirigir-se ao centro principal sendo-lhes oferecidas alternativas de trabalho, estudo, lazer e serviços diversos, próximas às suas moradias, ganhando em conforto pessoal, reduzindo custos e evitando viagens desnecessárias ao centro. A descompressão do centro é reforçada por interligações transversais superpostas ao sistema viário radial original conectando diretamente os sub-centros.
     Neste artigo homenageio os colegas de então da prefeitura de Cuiabá, em especial os do antigo IPDU e os conselheiros do finado Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) que juntos desenvolveram a Lei de Uso e Ocupação do Solo de Cuiabá (LUOS) aprovada em 1997, há pouco mais de vinte anos, na qual constam estas propostas do PDUI do Rio. A opção foi pela cidade compacta, densa e diversificada e sua elaboração passou por algumas administrações saindo quase do zero, desde o levantamento e sistematização de dados e mapas ainda sem a tecnologia do geoprocessamento, diagnóstico, prognóstico e o uso de metodologia participativa com um conselho, o CMDU, onde representantes dos principais agentes formadores da cidade tinham voz ativa. Nele as propostas técnicas do IPDU, autorizadas pelo prefeito, eram discutidas, aperfeiçoadas e aprovadas ou não.
     A LUOS de Cuiabá trouxe muitos conceitos inovadores à época e talvez tenha sido a primeira concebida tendo como diretriz maior a ideia da “cidade crescer para dentro” ocupando seus muitos espaços vazios, as áreas degradadas, promovendo o adensamento e a otimização da infra-estrutura existente. Tal qual o PDUI do Rio, a LUOS de Cuiabá fomenta o desenvolvimento de sub-centros para redução substancial da pressão sobre o antigo centro do século XVIII. A legislação anterior não permitia a consolidação dos sub-centros que naturalmente se esboçavam como o da Morada da Serra e do Coxipó. Complementando essa estratégia foi elaborado um plano de hierarquização viária, onde, dentre outras, foram propostas a Avenida das Torres, e as vias de contorno complementares à Miguel Sutil, dentre as quais a Avenida Parque do Barbado ligando o Cristo Rei pela Ponte Sérgio Mota ao CPA, e a VECO-L, saindo da Archimedes Lima em paralelo aos córregos do Moinho e Três Barras chegando à Avenida Rubens de Mendonça, a qual pelas notícias encontra-se em fase de projeto na prefeitura.
     Um dos entraves ao urbanismo no Brasil é a discrepância entre seu horizonte de planejamento de 20 a 30 anos e a gestão política atual que não consegue enxergar além das eleições, a cada 2 anos. Em Cuiabá o processo de planejamento foi interrompido e a aplicação do que foi planejado não aconteceu como devia, mas vai deixando efeitos positivos. De qualquer forma é gratificante ao técnico ver soluções que ajudou a formular a 20 anos atrás serem repetidas 20 anos depois em âmbito tecnicamente tão qualificado como o Rio de Janeiro.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

VERTICALIZAÇÃO OU CELEIRO?

Fábrica de Calçados (Imagem TV Maná)
José Antonio Lemos dos Santos 

     O atual êxito da economia mato-grossense não é uma resultante da divisão do estado como insistem alguns e nem uma obra do acaso. Ao contrário, foi planejado nos anos 70 com os Programas Especiais de Desenvolvimento Regional, como o Prodepan, Polocentro, Polamazônia, Polonoroeste e Promat. Na verdade, vem de antes, da década de 50 com a Marcha para o Oeste, depois Brasília e depois o Programa de Integração Nacional (PIN) com os tais programas de desenvolvimento.
     Olhando de trás para frente as coisas ficam mais claras. Jovem recém-saído dos bancos teóricos da academia, com uma rápida, mas importante experiência no projeto do CPA em Cuiabá, o entusiasmo diante das possibilidades de intervenção real no processo de desenvolvimento da terra natal de certa forma empanava uma visão mais abrangente. A medida que o processo foi se distanciando no tempo, ficou cada vez mais nítido a coerência, a intencionalidade e, principalmente o sucesso daquele conjunto de medidas planejadas e implantadas de forma articulada com o estado e municípios.     
     Ocupar, estruturar, produzir, exportar e verticalizar, este é o roteiro claro de uma história bem-sucedida de desenvolvimento regional, aplicado com competência no Centro-Oeste, mas ainda não concluída em Mato Grosso. Em Mato Grosso do Sul e Goiás é bastante nítido o avanço da verticalização de suas economias dando sinais de que em breve alcançarão a primazia da economia regional. Em Mato Grosso a história parece ter se estancado na etapa da produção primária, do slogan “Estado Celeiro do Brasil”, na qual se firmou como o principal produtor agropecuário nacional e um dos maiores do mundo, e ainda tem muito a produzir. O sucesso produtivo foi tão grandioso que o estado, ainda refém do modal rodoviário, se encalacrou no escoamento de sua produção fazendo com que a etapa da economia exportadora não tenha se concluído e continue sendo o único e principal foco de preocupação das lideranças produtoras, políticas e das autoridades governamentais. Comprometendo o futuro, a verticalização ficou à margem, quando devia ser o coroamento inicial de todo o processo. A verticalização é agregação de valor à produção, garantia de renda e empregos de qualidade, padrões mais elevados de vida, promoção urbana e o vestibular para novos voos civilizatórios.
     Mato Grosso chegou a ser pioneiro no assunto quando ainda em 70 implantou seus primeiros Distritos Industriais pensando já nos frutos da nova agropecuária que começava a ser implantada. Depois com Dante, que arrancou a ferrovia das barrancas do Paraná e a trouxe a Mato Grosso, trouxe o gás e a Termelétrica, destravou a construção de Manso, viabilizou o Porto Seco, internacionalizou o aeroporto, tentou a ZPE de Cáceres e sua hidrovia, tudo isso pensando nas condições para a verticalização da explosão da economia primária já prevista. Mas tudo ficou travado. Enquanto isso Mato Grosso do Sul e Goiás agradecem e voam rumo à verticalização de suas economias e, se bobear, da nossa.
      Seguir o mesmo bom caminho, concluir as etapas e verticalizar antes que seja tarde. Aceitar ser celeiro nesta altura do campeonato é atraso. A logística, tão fundamental e urgente à economia exportadora, é também fundamental à verticalização. Fundamental para levar a produção, trazer insumos e mercadorias, e distribuir a produção pelos diversos polos urbanos estaduais onde pode ser consumida e beneficiada. É básico para verticalizar e para exportar. Mato Grosso não pode mais ver a logística só como uma esteira exportadora, mas como a ferramenta chave para culminar um processo de desenvolvimento que não pode ficar pelo caminho em prejuízo de seu povo.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

O ROUBO DO FUTURO II

Charge do professor arquiteto e urbanista José Maria de Andrade. Referente ao artigo de ontem (O ROUBO DO FUTURO), uma charge vale mais que mil palavras. Acho que ajuda a entender a mensagem do artigo.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

O ROUBO DO FUTURO

Foto ATribuna
José Antonio Lemos dos Santos
     Foi noticiado no começo deste mês de julho que a União passará para a Vale do Rio Doce a construção de 383 quilômetros da Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico), ligando Água Boa (MT) a Campinorte (GO), onde se unirá a Ferrovia Norte-Sul, que nem funciona ainda. A notícia em si não surpreende pois tenho certeza que essa saída ferroviária vem sendo trabalhada por Goiás intensa e continuamente em Brasília. O que me impressionou foi a passividade com que foi acolhida por nossas autoridades e lideranças como se a logística de transportes não fosse uma questão vital e até mesmo dramática para o estado.
     Antes que alguns desvirtuem a conversa, adianto que não sou contra a Fico; sou contra terem amputado a Ferronorte em Rondonópolis para fazê-la. Não sou contra a ferrovia chegar à Água Boa, muito pelo contrário, entendo que a redenção de Mato Grosso é abrir caminhos com rodovias, aerovias, hidrovias, ferrovias, dutovias, infovias,  servindo todas suas regiões. Como mato-grossense desejo que isso aconteça o mais rápido possível para levar nossa produção aos mercados do mundo de forma sustentável e competitiva, trazer o desenvolvimento com mercadorias, insumos, máquinas, etc. a menores custos em favor da qualidade de vida em Mato Grosso, bem como proporcionar a circulação interna da produção local, irrigando a economia, gerando empregos e renda aqui e não fora. Aliás, por isso mesmo protesto desde 2009 contra a paralisação do traçado da Ferronorte em Rondonópolis, o maior terminal ferroviário da América Latina operante a apenas 460 Km de Nova Mutum, polo de uma das áreas mais produtivas do agronegócio nacional, passando pela Região Metropolitana de Cuiabá, o maior centro consumidor e distribuidor de mercadorias e de bens e serviços diversos do estado, e seu maior contingente de mão-de-obra.
     Será que ninguém está vendo que fazer primeiro essa saída para Goiás é desviar nossa principal riqueza para o estado vizinho, para “abastecer com carga a Ferrovia Norte-Sul no trecho entre Porto Nacional e Estrêla d’Oeste em São Paulo”, como diz a notícia? Admiro Goiás e Mato Grosso do Sul, planejando o futuro buscando a verticalização de suas economias em seus territórios gerando emprego e renda para seus cidadãos. E repara bem, do jeito que vai, a produção de Mato Grosso logo será beneficiada por seus vizinhos.  O gasoduto abandonado, a Termelétrica parada, a internacionalização do aeroporto, a hidrovia do Paraguai e a ZPE de Cáceres enroladas, o trem parado em Rondonópolis desde 2013, tudo isso forma um emaranhado que condena o futuro de Mato Grosso e das gerações vindouras a papeis de produtores de matéria-prima e exportadores de empregos de qualidade.
     A propósito, no final do ano passado aconteceu em Nova Mutum, por iniciativa de seu prefeito, um fórum sobre a ligação ferroviária daquela cidade a Rondonópolis passando por Cuiabá, com a presença do governador de Mato Grosso, do presidente do BNDES e do presidente da Rumo, empresa que detém a concessão do trecho, e todos foram enfáticos em defender a obra como a melhor das alternativas para Mato Grosso, e prometendo inclusive providências.  Mas pelo que foi noticiado este mês parece que o pessoal responsável pela logística ferroviária em Brasília tem outros planos para Mato Grosso. Ou para Goiás?
     Depois do grande esforço que vem dos anos 70 em planejar e implantar a ocupação produtiva do território mato-grossense, veio a vez de colher as safras com fartura e qualidade crescentes. Mas esse tempo passou e agora é a vez não só de colher, mas também de transformar a rica matéria prima gerada com tanto sacrifício e sucesso pelo produtor de Mato Grosso em renda e empregos de qualidade. Aqui!



segunda-feira, 16 de julho de 2018

VIVE LA RÉPUBLIQUE!


Foto Divulgação
José Antonio Lemos dos Santos
     A Copa do Mundo deste ano não havia me entusiasmado. Até gostei da seleção brasileira, torci, mas quase burocraticamente. Talvez a Copa do Pantanal, com seu sucesso, seus problemas e suas polêmicas nos tenha supitado com o assunto. No entanto a importante vitória do Cuiabá diante do Joinville sábado passado na Arena Pantanal, renovou o interesse e novas luzes iluminaram a Copa destacando alguns aspectos que valem refletir aqui na nossa pátria mãe gentil.
     A conquista da França agora na Rússia não se deu por acaso como um “dom natural” dos franceses para o futebol, ainda mais sendo o futebol,  chamado “esporte bretão” na locução dos antigos “speakers” brasileiros, um esporte inventado pela gente do outro lado da Mancha, pelos quais o francês não nutre grande simpatia. A conquista de 2018 é resultante de uma política de estado, deflagrada em fins dos anos 70 após três eliminações sucessivas do “scratch” gaulês. O governo francês criou um instituto para o desenvolvimento específico do futebol, com centros de treinamento nas periferias das maiores cidades. Política séria, de longo prazo, sem pensar nas próximas eleições, mas no bem do povo francês. De lá saíram para a seleção  Pavard, Varane, Umtiti, Matuidi, Pogba, Giraud e Mbappé. Que tal?
Foto: Daniel P. Lemos dos Santos
     Uma política assim parte da visão do esporte como uma das formas mais sublimes de expressão da vida, todos os esportes, mas em especial o futebol, pela paixão que desperta não só entre brasileiros, mas, quer queiram quer não, no mundo inteiro, mesmo nas nações mais desenvolvidas. Nunca vi a Champs-Élyssés cheia daquele jeito como vi no domingo. O esporte tratado como política séria, catalisadora da juventude agregando-lhe ao mesmo tempo educação, saúde, inclusão social e racial, e uma alternativa digna de futuro em um dos maiores e mais promissores mercados de trabalho no mundo, neutralizando as alternativas das drogas, da violência e da exclusão. Em troca a sociedade recebe benefícios imediatos em segurança e saúde públicas, e, mais importante, garante futuras gerações de cidadãos com melhores níveis de vida e preparadas para conduzir seus próprios destinos.
     Mesmo sem muitas informações de lá, na Croácia também teve algo semelhante quando nos idos de 90 seu primeiro presidente disse que o esporte seria a primeira coisa capaz de levantar um país depois de uma guerra. Terceiro lugar na Copa de 98 e agora vice-campeão mundial. Um país quase com a mesma população de Mato Grosso e recém destruído pelas guerras. O Brasil e Mato Grosso deveriam seguir o mesmo caminho. Um dos objetivos do Brasil ter investido na Copa de 2014 era esse, ao menos nos discursos. Mas ficou nos discursos. O atual governador de Mato Grosso chegou a prometer em campanha a construção de quatro centros de formação de atletas, com registro em cartório. Também ficou na promessa, mesmo com a Copa tendo deixado a Arena Pantanal, que poderia ter se transformado na cabeça de um sistema estadual de formação de atletas, complementado pelos COT’s inacabados e as diversas iniciativas existentes pelo interior do estado. David Moura, Felipe Lima, Ana Sátila puxariam como exemplos um programa desses.
     Mas o melhor desta Copa da Rússia foi o atacante campeão Griezmann concluir sua entrevista após o jogo final bradando “Vive la République!” O técnico fez o mesmo. Entendi que para eles a República, a res-publica, o bem comum de todos os franceses é mais importante que a própria França. Ou melhor, a França é a República.  Esta é a grande diferença para um país onde o que vale são interesses pessoais ou de grupos em detrimento do bem comum, de uma República que não significa nada e que precisa ser reproclamada com urgência. Viva os campeões!

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A ARENA E SEUS TRÊS POR CENTO


José Antonio Lemos dos Santos
     Como cuiabano, arquiteto e urbanista de formação, a Copa do Pantanal sempre me interessou como oportunidade jamais vista de grandes investimentos públicos e privados na Grande Cuiabá e assim acompanho o desenrolar das chamadas “obras da Copa” desde suas definições até hoje na expectativa de serem concluídas. Em um país onde é quase inviável a realização de obras públicas era previsível que num pacote de obras com cerca de 50 a 60 projetos de porte, muitas delas fossem concluídas após a Copa, ainda assim benéficas à cidade. O importante são as obras, a Copa foi um belo e extraordinário pretexto.
     O maior perigo era a tradição política brasileira de um governo não concluir as obras do antecessor, seguindo a máxima idiota de “não colocar azeitona na empadinha do outro”, mesmo com prejuízos para a população. No caso esse perigo deu logo a impressão de ter se dissipado com a eleição de um novo governo e as expectativas de inovação que prometia. Aguardava-se que as obras seriam retomadas e entregues ao povo com probidade administrativa e qualidade técnica.
     Posse tomada, o novo governo paralisou as obras para as devidas auditorias. Só que passados 3 anos e meio poucas delas foram retomadas, concluídas ou consertadas, com demandas jurídicas intermináveis, inexplicáveis sendo o governador reconhecido como um dos maiores juristas do Brasil, com passagem marcante no Ministério Público Federal e no Senado da República. Cito como exemplo o caso da “ilha da banana”, cuja demolição foi iniciada para dar lugar ao “Largo do Rosário”, mas não concluída porque uma das desapropriações não foi resolvida. Uma, minúscula. Outro exemplo é a Arena Pantanal, destacada à época na imprensa internacional como o sétimo melhor projeto de estádios em construção no mundo e pela crônica esportiva internacional presente na Copa 2014 como a mais funcional das Arenas. Ficaram faltando 3% da obra. E faltam até hoje. Ou até mais, após quase 4 anos de um abandono disfarçado, sob alegação da obra não ter sido recebida por causa dos 3%. É tratada pelo governo como um “elefante branco”, quando a obrigação seria fazê-la render, atraindo turistas e eventos, e até abrigando funções como a Escola José Fragelli, a única manifestação correta de simpatia do governo para com a Arena Pantanal.
     Em um ou mais artigos cheguei a crer não se tratar esta situação pós-Copa de um caso de incompetência administrativa, mas de um plano intencional de desconstrução política das obras da Copa, destruindo e demonizando no imaginário popular aquilo que foi o maior evento esportivo-cultural em Mato Grosso e o maior pacote de obras públicas e privadas na história da capital do estado, apesar dos seus muitos problemas. Seria por medo da sombra política de um governo anterior confessadamente corrupto, morto e enterrado politicamente? Ou vaidade?   
     Semana passada foi noticiado que o juiz Roberto Teixeira Seror “mandou o Governo anular a suspensão do contrato” com a empreiteira que tocava a obra do COT de Várzea Grande alegando que “como já dito alhures e demonstrado por farta documentação carreada aos autos, a morosidade, ao que consta do conjunto probatório, se deu por parte do contratante, o Estado, que criou entraves burocráticos, paralisou a obra de forma sucessiva sem justificativa, deixou de efetuar o pagamento das medições em dia, e, portanto, deu causa ao atraso na conclusão da obra”. Decepcionado, o despacho do juiz é um reforço para minha triste leitura do pós-Copa Pantanal. A impressão é que os muitos problemas nas importantes obras da Copa não são tratados para serem resolvidos, mas como pretextos para a desconstruí-las. E os 3% que faltam na Arena são, de fato, apenas uma desculpa para abandoná-la.
JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é conselheiro do CAU/MT e professor universitário aposentado.

terça-feira, 12 de junho de 2018

COPA DO PANTANAL, 4 ANOS

Foto EsportesTerra
José Antonio Lemos dos Santos
     O cuiabano sempre foi amante do futebol. Na minha infância jogava-se bola em qualquer lugar com qualquer objeto de aparência esférica que aparecesse, um papel amassado, uma laranja e às vezes até uma tampinha de garrafa abandonada no pátio da escola, com dois “bambolês” de traves. Porém nem mesmo o mais apaixonado cuiabano amante do futebol havia sequer pensado que um dia Cuiabá pudesse sediar uma Copa do Mundo, o olimpo mundial de tão querido esporte. E não é que aconteceu? No próximo dia 13 de junho já se completam 4 anos do primeiro jogo da Copa do Pantanal, evento que foi até o dia 24 do mesmo mês, abrindo com Santo Antônio e fechando com São João. Contudo, um triste processo de desconstrução política a faz parecer bem mais distante, já quase esquecida. Mas não dá para esquecê-la fácil.
     Junho de 2014 chegou com os primeiros turistas. O primeiro, Cristian Guerra, chileno, chegou depois de 4 meses de viagem de bicicleta. E logo chegaram aos milhares, alegres, dando aula de como torcer aos brasileiros. Os chilenos uníssonos com seus “chi-chi-lê-lê”, os australianos de cangurus e coalas. E também vieram os russos, nigerianos, coreanos, os bósnio-herzegovinos, colombianos e os japoneses ensinando civilidade ao limpar a Arena após o jogo, lição usada pela torcida do Cuiabá no primeiro jogo de seu time após a Copa, mas ficou só nesse primeiro e depois esqueceram. Podiam relembrar.
FotoJoséLemos
     Os colombianos trouxeram sua rainha, a bela Shakira e deixaram a lembrança do gol de James Rodriguez, escolhido por ele como o seu mais bonito, ele que depois foi eleito o Craque das Américas e que chegara como mero substituto do então astro maior colombiano machucado. Veio Bachelet, a presidente do Chile, Wolverine, o príncipe da Austrália e outras personalidades globais que nem foram percebidas em meio a turba alegre e festiva que lotou a Arena, o Fan Park, a Arena Cultural e a Praça Popular ponto de encontro de todas as torcidas. Fora dos jogos e das festas, o Centro Geodésico foi lugar de visitação constante, com os turistas sul-americanos procurando suas capitais no piso do marco.
     Ao final as pesquisas noticiadas constataram que 91,6% dos visitantes aprovaram Cuiabá e recomendariam Mato Grosso como destino turístico. Em pesquisa do Ministério do Turismo 99% dos visitantes escolheram Cuiabá como a sede mais hospitaleira e a Arena Pantanal foi a preferida entre os jornalistas estrangeiros pelo site UOL, logo a UOL, sempre tão dura com Cuiabá. Até o New York Times se rendeu àquela que chamou de “a menor das cidades-sede”. Quer mais?  Mais importante, cerca de três quartos da população local aprovaram as transformações trazidas pela Copa e acham que a cidade não passou vergonha, isso a 4 anos atrás, quando bem menos obras estavam concluídas ou em uso.
Foto José Lemos
     Mas para Cuiabá a Copa vai além dessa festa tão bonita. Ela elevou sua autoestima e ensinou o cuiabano a cobrar pelas obras e serviços públicos a que tem direito pressionando-o a continuar cobrando a conclusão de todo o legado prometido de obras públicas e que ainda estão a exigir muita atenção e cobrança pela população. Mas, uma vez aprendido, no rastro da cobrança das obras da Copa, que sejam cobradas também as demais obras públicas, muitas das quais vêm de bem antes da Copa e ainda se arrastam sem perspectivas de conclusão.
    O importante é que a Copa do Pantanal, o evento em si, aconteceu com enorme sucesso em todos os sentidos, superando as expectativas dos maiores otimistas. Para aqueles que apostavam que a cidade seria o “patinho feio” da Copa no Brasil, Cuiabá acabou se mostrando como um belo tuiuiú serenando bonito no alto, para depois se assentar vitorioso no chão, como na letra do siriri tão conhecido.

terça-feira, 5 de junho de 2018

LIÇÃO DO ESGOTO

Esgoto sendo concretado Imagem Portal Tratamento de Água
José Antonio Lemos dos Santos
     O arquiteto é um profissional que tem no otimismo e na esperança, com pés no chão, suas principais condições de trabalho. Principalmente o urbanista. Trabalhando com aquilo que ainda não existe, mas visando sua futura existência ele tem que acreditar na possibilidade concreta daquilo que projeta. Assim, está sempre entre aqueles que acreditam que os problemas trazem em si o germe de sua própria solução e que quanto maiores as dificuldades, maiores as chances de grandes resultados, grandes não necessariamente no tamanho ou complexidade, mas também no seu inusitado ou simplicidade. Na maioria das vezes é preciso de coragem para expor a cara à tapa propondo algo singular, jamais visto, não por desejo de aparecer, mas apenas por ser aquela a solução cabível para aquele problema específico, também singular.
     No último artigo tratei da paralisação nacional dos caminhoneiros e da possibilidade dessa grande crise forçar a solução para a grande questão da logística nacional dos transportes em especial para Mato Grosso, com o avanço da ferrovia e o desenvolvimento de outros modais de imensos potenciais no estado como o hidroviário, o dutoviário, o aeroviário e mesmo o rodoviário que sempre será necessário, mas sem ser o único como é agora. Possibilidades também para o uso da energia solar abundante e dos biocombustíveis como o biodiesel e o etanol com amplas vantagens ambientais e logísticas, com farta produção no estado, geradores locais de emprego e renda. Um grande problema visto como perspectiva para grandes soluções. Não desespero, mas esperança.
     Este artigo é dedicado ao esgoto da lagoa do Parque das Águas em Cuiabá, problema antigo agravado com a criação do Parque, espaço urbano que cativou de pronto o coração dos cuiabanos. Antes já caía na lagoa e já era um grande problema, mas com o Parque a situação se expôs aos olhos do público também como agressão a um dos equipamentos mais queridos pela cidade. A propósito do Parque das Águas idealizado e implantado pelo prefeito Mauro Mendes, lembro lá por 1974 o engenheiro Sátyro Castilho projetando quatro lagoas para o futuro CPA buscando elevar a umidade do ar e proporcionar áreas públicas de qualidade para o lazer social urbano. Castilho, um bom nome a ser homenageado no local como um dos criadores do CPA. Das quatro lagoas só uma vingou, ainda que tenha precisado de mais de quatro décadas para vir enfim cumprir seu destino. O saudoso ex-prefeito coronel Meirelles, dizia que a boa arquitetura e o bom urbanismo precisam ter alma para se realizarem. E a alma do Parque das Águas se fortalece com a felicidade diária de seus usuários e, assim, não será fácil ser desleixado pelos gestores públicos. Tem muita gente zelando por ele.
     Voltando ao esgoto, este era intocável pois tinha origem nos órgãos máximos da administração estadual. Com receio de afrontar excrementos de tão altos escalões, o problema foi enrolado por várias administrações. Até que depois de muitas notificações, autuações e TACs malsucedidos, e com os usuários reclamando, o atual secretário municipal de Serviços Urbanos José Roberto Stopa no fim do mês de abril concretou os tubos que despejavam o esgoto na lagoa, fazendo retornar os efluentes aos palácios de onde originavam. No mesmo dia as providências fluíram e hoje o tão querido Parque das Águas está livre da poluição para felicidade de seu jacaré, seus peixes, capivaras e outros usuários bípedes ou não que compõem sua alma. Simples assim. Basta um gestor republicano decidido a resolver. Que a corajosa decisão sirva de inspiração para outros graves problemas que se arrastam circulando pelas repartições do Brasil afora.