"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sábado, 24 de setembro de 2011

AS OBRAS DE BH PARA 2014

As obras de BH para 2014
TRANSPORTE RÁPIDO POR ÔNIBUS - BRT

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O que é BRT ?

O Bus Rapid Transit (BRT) ou Transporte Rápido por ônibus é o sistema de
transporte por ônibus, eficiente, de alta capacidade e alta qualidade, operado de
forma semelhante ao metrô, capaz de atender os usuários com rapidez e conforto.
É uma combinação de infraestrutura viária, veículos, operação, sistemas de controle
e informação ao usuário, para oferecer ao cidadão um serviço de transporte público
de qualidade.

Atualmente um sistema de transporte público que vem sendo implantado, com sucesso, em
todo o mundo: Bogotá (Transmilênio), Santiago (Transantiago), México (Metrobus),
Johanesburgo (Reya Vaia), em várias cidades da China, inclusive Pequim, Europa,
Estados Unidos e Canadá.

Onde será implantado ?

Em corredores que apresentam uma grande demanda pelo transporte público na cidade:
* Corredor Antônio Carlos - Pedro I, com cerca de 16 km;
* Corredor Cristiano Machado, com cerca de 5 km;
* Corredor Pedro II – Av. Carlos Luz ,,com cerca de 12 km;
* Em vias de Área Central, com cerca de 5km.

Quando serão implantados?

Até meados de 2012 esses corredores deverão estar operando:
Corredor Cristiano Machado – janeiro de 2012;
Corredor Pedro II – Carlos Luz – junho 2012;
Corredor Antônio Carlos – Pedro I – agosto 2012.

Qual o investimento do poder público?

Corredor Antônio Carlos – Pedro I – 688 milhões de reais;
Corredor Pedro II – Carlos Luz - 231 milhões de reais;
Corredor Cristiano Machado – 51 milhões de reais;
Tratamento da Área Central – 56 milhões de reais.

Embarque/Desembarque

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28/06/2011


CENTRO DE CONVENÇÕES DA PRAÇA DA ESTAÇÃO

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A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, apresentou o projeto para
um novo local de eventos na capital. O espaço de 6,9 mil metros quadrados está
localizado entre a Praça da Estação e o Viaduto da Floresta e será o primeiro
equipamento público, dessa natureza, com capacidade para
receber até 20 mil pessoas, 10 mil em área coberta e 10 mil em área externa.

“A Prefeitura de Belo Horizonte trabalha para a solução da carência de infraestrutura
de espaço para eventos de grande porte, preservando a identidade da cidade. Hoje
nós temos poucos espaços privados ou alguns do governo do estado”, afirma o
presidente da Belotur, Júlio Pires.

A intervenção contempla a construção de um espaço que valoriza a paisagem urbana
da Praça da Estação, dentro da proposta de tratamento urbanístico do Boulevard
Arrudas. O investimento previsto é de R$10 milhões e o prazo de execução da obra
pode variar de 12 a 18 meses a partir do processo licitatório.

“O projeto que estamos trabalhando é um conjunto de ações que envolvem arquitetura,
financiamento e gestão. Essas três partes do projeto serão trabalhadas simultaneamente
para que, após a conclusão do projeto executivo, essas questões estejam todas
equacionadas”, analisa Júlio Pires.

HOTEL 5 ESTRELAS NO CENTRO DA CIDADE
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Maior elefante branco de Belo Horizonte, enfim o inacabado arranha-céu de 32 andares
que começou a ser erguido, no início da década de 1980, na esquina da Rua Rio de Janeiro
com Avenida do Contorno, no Centro, será transformado num luxuoso hotel. O imponente
prédio, com 44 mil metros quadrados de área construída, receberá aporte de R$ 220
milhões para ser repaginado e inaugurado, em julho de 2012, com o batismo de Ramada
Plaza Boulevard. O empreendimento terá 336 apartamentos e vai gerar 370 empregos
diretos. Este é o maior investimento, no Brasil, previsto, para os próximos três anos, pelo
grupo norte-americano Wyndham, dono da marca Ramada e líder mundial do setor em
número de hotéis, com mais de 7 mil endereços nos cinco continentes.

A famosa bandeira do grupo internacional estreou no Brasil, terça-feira, com a inauguração
do Ramada Airport Lagoa Santa, na cidade homônima da Região Metropolitana de BH.
O prédio, de 140 quartos, recebeu investimento de R$ 38,5 milhões e será administrado
pela Vert Hotéis, especialista em reforma, decoração e administração de empresas deste
mercado. De olho na Copa do Mundo de 2014
e no bom desempenho da economia doméstica, o Wyndham e a Vert fecharam parceria
para investir, em conjunto, de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão nos próximos três anos. A
cifra será usada para erguer outros 13 hotéis no país, sendo sete em Belo Horizonte.

O empreendimento mais caro será o do espigão inacabado da Rio de Janeiro com a
Contorno. Apesar de carregar o rótulo de maior elefante branco da capital, o arranha-céu,
que conta com um imponente
heliponto e foi erguido para abrigar um hotel, o Beira Rio Palace, sempre foi cobiçado
por grandes investidores, pois, além de boa parte da estrutura ter sido concluída ainda na
década de 1980, sua localização é considerada privilegiada. Mas o edifício tem outro
atrativo de peso para o setor hoteleiro: uma área de 5 mil metros quadrados que pode ser
usada para eventos. “Não há outro hotel em BH com este espaço. Atende uma demanda
que já existe”, justificou Amilcar Mielmiczuk, diretor de Desenvolvimento da Vert.
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Outro interesse do Wyndham e da Vert no antigo prédio do Beira Rio é a missão de
transformar a reforma numa espécie de cartão de visita para a expansão dos negócios
das duas empresas em outras capitais do Brasil. “Será uma grande vitrine. O edifício,
marco da feiura, vai ser o símbolo da renovação da região”, profetiza Mielmiczuk,
acrescentando que, além dos 336 apartamentos e da área de 5 mil metros quadrados, o
Ramada Plaza Boulevard contará com três restaurantes e igual número de andares para
escritórios.
Por enquanto, o inacabado espigão abriga apenas um estacionamento particular, que deverá
ser desativado. Os R$ 220 milhões que serão investidos pelo grupo americano incluem a
compra do imóvel, segundo informou, Mielmiczuk, que participou do almoço de
inauguração do Ramada Airport Lagoa Santa.

O projeto originário do edifício previa a construção de um hotel, que seria batizado de
Beira Rio em alusão ao Ribeirão Arrudas – parte do leito foi coberto, em 2008, pelo
famoso bulevar da capital. O hotel que jamais foi inaugurado tinha um projeto arrojado
para a época, cujo destaque era a fama de ser o único da capital com heliponto. Até
então, o Othon Palace, inaugurado, no fim da década de 1970, na Avenida Afonso Pena,
era visto como o único concorrente de peso na capital.
Mas, poucos anos depois de começar o Beira Rio começar a ser erguido, o recurso secou.
O espigão entrou no ostracismo: a fachada começou a ser sujada por pichadores e o interior,
invadido pela poeira.
Em 2006, o poder público ventilou a possibilidade de transformá-lo, em parceria com a
iniciativa privada, num prédio residencial, mas os herdeiros do empresário que começou
a construí-lo declinaram da proposta por avaliarem que teriam baixa margem de lucro.

CENTRO DE CONVENÇÕES AO LADO DO MINAS SHOPPING
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A infraestrutura que será montada para o Mundial de 2014 ajudará Belo Horizonte a
se consolidar no cenário do turismo internacional de negócios.
Até o início do campeonato, a capital de Minas Gerais deve ganhar um novo centro de
convenções – o Centro de Convenções de Belo Horizonte –
e um hotel padrão cinco estrelas, que serão construídos no bairro União, em um terreno
público naav. Cristiano Machado, ao lado do Minas Shopping, na região Nordeste
da cidade.

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Atualmente, Minas Gerais conta com um dos mais modernos centros de eventos do país
– o Expominas –, que possui 72 mil metros quadrados de área construída e um projeto de
arquitetura futurista, assinado pelo arquiteto Gustavo Penna.
O Centro de Convenções de Belo Horizonte será construído juntamente com um hotel
padrão cinco estrelas, em um terreno de 31 mil metros quadrados. O projeto prevê o
seguinte conjunto de edificações:

Centro de convenções

Composto de dois setores/edificações: O setor de convenções, destinado à realização de
congressos e eventos com área em torno de 8 mil metros quadrados, com previsão de
configuração flexível que permita eventos simultâneos; e o setor multiuso, com espaço
estimado em 7,9 mil metros quadrados, de funcionamento independente, mas
com possibilidade de integração com o setor de convenções.

Hotel

Composto por 300 unidades habitacionais, que deverá incluir em seu programa lobby,
restaurantes, businness center e espaços funcionais compatíveis com os padrões
internacionais de hotelaria. Com relação à acessibilidade, o projeto deve obedecer à
Legislação Local e às normas do “The Americans with Disabilities”. O Hotel deverá
possuir acesso de público independente, mas fornecer acesso confortável ao
Centro de Convenções.

Áreas Comuns

Estacionamento para 1.817 vagas; sistema viário e urbanização dos acessos de pedestres,
veículos leves, ônibus e veículos de carga; e áreas verdes.

HOTEL DE LUXO NA PRAÇA DA LIBERDADE
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Mais do que simplesmente um hotel de luxo um marco na hotelaria de Belo Horizonte
e a inauguração de um novo padrão de serviços na capital mineira, que se prepara para
receber a Copa do Mundo em 2014. Cinco estrelas, com serviços e atrativos
diferenciados, o empreendimento se destaca pela localização privilegiada: a praça da
Liberdade, no antigo prédio do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de
Minas Gerais (Ipsemg). Diferenciadas também serão as características do hotel,
que irão preservar a arquitetura do prédio e se integrarão ao circuito turístico e cultural
da praça da Liberdade.
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O prédio do Ipsemg foi desocupado no início deste ano, com a mudança para a Cidade
Administrativa.
O edifício ocupa área de 12 mil m2 e tem 11 pavimentos. O subsecretário salienta que o
valor comercial do empreendimento será acentuado pela possibilidade de construção de
uma torre de onze andares atrás do prédio principal, também aprovada pela área de
patrimônio. Esse diferencial, ressalta, já se beneficia das alterações na Lei de Uso e
Ocupação do Solo, recentemente aprovada pelaprefeitura de Belo Horizonte, que
estimula a viabilização de empreendimentos hoteleiros na cidade.
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O empreendimento contará com design de alto nível e variados serviços. Galeria de
arte, auditórios, uma grande terraza no sexto andar com uso para evento, dois cafés
e um restaurante abertos à população, estão entre os atrativos, que combinam com
outro fator de peso na elaboração do edital: a interação com a sociedade. A iniciativa
tem como objetivo, ainda, contribuir para   revitalização da área central de Belo Horizonte.
27/06/2011


A NOVA CATEDRAL DE BH

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Duas colunas simbolizando os mistérios de Deus. Ou um barco com velas içadas pronto
para ancorar na Região Norte da capital e, apartir desse porto, navegar em águas de
paz, esperança e promoção social. O projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, de 103 anos,
para a nova catedral da Arquidiocese de Belo Horizonte, já batizada de Cristo Rei, e
publicado hoje com exclusividade pelo Estado de Minas,permite várias leituras, mas traz
de concreto um compromisso: pôr em prática um sonho dos católicos desde a época de
dom Antônio dos Santos Cabral, o dom Cabral (1884-1967), primeiro chefe da Cúria
de BH. No próximo sábado, às 14h30, durantemissa festiva no ginásio
do Mineirinho, na Pampulha, o arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de
Azevedo fará o lançamentooficial do projeto da construção, que terá capacidade para 5 mil
pessoas sentadas.

O arcebispo Dom Walmor está entusiasmado com a nova catedral metropolitana, que
substituirá a de Nossa Senhora da Boa Viagem,no Centro da cidade, e vai ocupar
22 mil metros quadrados no Bairro Juliana, em frente à Estação BHBus/Metrô
Vilarinho, naAvenida Cristiano Machado, sobre a referida estação está em construção
o Shopping Estação BH.
“A barca é a metáfora daIgreja na teologia antiga. Não queremos construir um elefante
branco, mas dar o sentido mais genuíno à palavra catedral, que é o lugar onde o bispo
exerce a missão de governar, ensinar e santificar. Além de um centro de espiritualidade,
da mística, das celebrações e confraternização,
pensamos na Catedral Cristo Rei como polo de educação e cultura.”
Num depoimento à arquidiocese,Niemeyer escreveu: “Estou certo de que esse templo
será o lugar mais visitado de Belo Horizonte e de Minas Gerais”.
O arcebispo enxerga ainda nas linhas criadas pelo arquiteto para a catedral metropolitana
o maior de todos os mistérios de Deus – a encarnação do verbo. “Deus, por amor, assume
a condição humana. São duas colunas arredondadas, uma delas gentil e generosamente se
inclina sobre o conjunto, sustentando-o, erguida com leveza sublime do chão.” Outra visão
seria de mãos postas, sinal reconhecido universalmente como gesto e atitude de prece.
Niemeyer concebeu para a construção de 40 mil metros quadrados duas colunascom
100 metros de altura sobre um espelho d’água, campanário de 40 metros de altura, com
sete sinos, e uma cruz de 20 metros, nacor branca. Na base de todos os monumentos,
haverá uma praça para receber de 15 mil a 20 mil pessoas.

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Contribuição Fundamental
GALERIA DA GRATIDÃO
Espaço especial para inscrever as contribuições para a construção da Catedral
Cristo Rei, Aqui estarão eternizados no tempo, iluminando os dias vindouros, os nomes
de grandes e corajosos apoiadores, inteligentes na compreensão do presente que Belo
Horizonte, a Região Metropolitana, Minas Gerais mereceu.
Seu nome! O nome da sua empresa! Sua família! Gratidão para sempre. Graças e
Bênção de Deus...
LIVRO DE OURO
Na entrada da Catedral Cristo Rei um equipamento digital , batizado de "Livro de Ouro",
trará o nome de cada um que se dispuser a entregar um pouco daquilo que tem para
edificar esta obra, que visa exclusivamente levar a Palavra de Deus cada vez mais a um
número maior de pessoas, consolidando-se como centro de irradiação da fé e serviços
à vida, à cultura e à educação.

Aquele que apoiar financeiramente esta obra poderá, com um simples toque, consultar
o livro, em qualquer tempo, e localizar o próprio nome relembrando assim os bons motivos
que o levaram a se tornar parceiro da Igreja neste projeto, bem como o retorno recebido
por meio da grande contribuição espiritual e social que a Catedral Cristo Rei dará a toda
população de Belo Horizonte, de Minas e de todo o Brasil.
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Faça parte desta obra! (31) 3209 3559

O GIGANTE DA PAMPULHA - MINEIRÃO
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Desde que Belo Horizonte foi anunciada como uma das doze cidades-sede brasileiras
para a Copa do Mundo de 2014, o poder público de Belo Horizonte, tem realizado
estudos para avaliar as características do evento, alinhando necessidades e demandas
da Federação Internacional de Futebol (Fifa) à disponibilidade de recursos e à
realidade locais.
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O palco principal do futebol mineiro é o Estádio Governador Magalhães Pinto, mais
conhecido como Mineirão. O estádio passa por modificações para atender à extensa
lista de requisitos e encargos exigidos pela Fifa. São necessárias obras para melhorar
o acesso ao estádio, que fica localizado na região da Pampulha, ampliar o sistema
de segurança e as condições de visibilidade do gramado, modernizar vestiários,
banheiros, assentos, estacionamentos e áreas comuns de circulação, aumentar a
qualidade de serviços e produtos, entre outras modificações.
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O projeto arquitetônico do novo estádio, que conta com uma esplanada com cerca
de 70 mil metros quadrados, é uma espécie de convite à prática esportiva, ao lazer
e às atividades culturais. O futuro Mineirão será um equipamento integrado ao acervo
da Pampulha, cartão postal e patrimônio histórico de Belo Horizonte.
O projeto de modernização do Mineirão também apresenta alternativas para assegurar
a utilização racional de recursos naturais. Um dos exemplosé a reutilização da água da
chuva. O projeto prevê a implantação de um sistema de captação de água de chuva
com a capacidade de armazenamento de 6.270 m³ (6.270.000 litros). Esse volume
seria suficiente, por exemplo, para suprir a necessidade de consumo de água do Mineirão,
antes do fechamento (o consumo médio mensal era de 4.400 m³ ao mês,
considerando-se sete jogos no período, o funcionamento administrativo e o atendimento
a visitantes).
Outro bom exemplo é a produção de energia por meio de células fotovoltaicas. Essas
células são dispositivos capazes de transformar a energia luminosa, proveniente do Sol sol
ou de outra fonte de luz, em energia elétrica. Estudo desenvolvido pela Cemig
aponta para a possibilidade de instalar no Mineirão um sistema com capacidade de
aproximadamente um megawatt.
A geração de energia, que depende da luz solar, equivalerá à alimentação de 700
residências de médio porte.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

METRÔ DA BARRA (Rio)

Veja aqui no Blog na coluna à direita, seção "ALTA TECNOLOGIA" o link "METRÔ DA BARRA"  em primorosa animação eletrônica.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

18 ARQUITETOS: COLEÇÃO DA FOLHA

Interessante a Coleção da Folha, são 18 livros dos principais arquitetos do mundo:

1.      Frank Lloyd Wright
2.      Renzo Piano
3.      Oscar Niemeyer
4.      Antoni Gaudí
5.      Le Corbusier
6.      Santiago Calatrava
7.      Norman Foster
8.      Jean Nouvel
9.      Tadao Ando
Cada livro tem um custo de R$ 16,90 e podemos comprar a coleção completa de uma só vez, segue o link:

http://arquitetos.folha.com.br/colecao.html

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A ARENA DO PANTANAL A 1000 DIAS DA COPA

Veja na seção "COPA DO PANTANAL", a primeira aqui do lado esquerdo do blog, um novo vídeo mostrando a situação das obras da Arena do Pantanal a 1000 dias do início da Copa (16/09/2011).

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O VÔLEI NO CORAÇÃO DA AMÉRICA

José Antonio Lemos dos Santos


     A partir do dia 16 passado entramos nos 1000 dias que faltam para a Copa do Mundo de 2014 e, em especial, para a nossa Copa do Pantanal. Mas nesta semana outros assuntos ofuscam a Copa. Para começar, as vitórias do Cuiabá e do Luverdense, classificados em suas respectivas séries no Brasileirão de futebol. Tem mais, o Cuiabá ficou em primeiro lugar no grupo com uma goleada no bicampeão amazonense. Vitória importante também foi a do nosso campeão brasileiro de futebol americano, o Cuiabá Arsenal, buscando o bi. Outro assunto extraordinário para Mato Grosso é o Campeonato Sul-Americano de Vôlei que teve início ontem, aqui em Cuiabá, no centro geodésico da América do Sul. Um evento com transmissão para diversos países e de grande interesse no mundo esportivo pois este é ano de mundial e aqui desfilarão seleções fortes como a da Argentina, Uruguai, Venezuela, além, é claro, da melhor seleção do mundo que é a brasileira.
      Mais que o caráter esportivo, um evento como esse tem outras dimensões. Vale como marketing para a cidade e para o estado, em especial para o turismo. Nesse sentido seria demais pensar que as seleções tenham sido convidadas a visitar o centro geodésico, deixando cada qual sua foto oficial naquele local mágico marcado por Rondon? Mas um evento esportivo desse porte tem também um caráter sócio-educativo ao expor a juventude ao salutar contato ao vivo com atletas de alto nível, também jovens e já celebridades mundiais, que têm no trabalho e na dedicação, na saúde e no preparo físico suas condições de sucesso. Os grandes eventos esportivos incendeiam o imaginário dos jovens passando a mensagem positiva de que a saúde e o trabalho também fazem sucesso e é um caminho possível. E muitos são “desviados” para o bom caminho. Que seria de milhões de nossos jovens sem os exemplos de sucesso de atletas brasileiros por este mundo afora?
     Que bom ter ido a um supermercado em Cuiabá e lá encontrar de bermuda e bambolê uma figura internacional como o Bernardinho, o maior técnico de vôlei no mundo, acessível a um aperto de mão. Ou o Rodrigão, que se não fosse pela altura passaria despercebido da maioria das pessoas, de tão simples e à vontade que se encontrava no meio das pessoas comuns. Ao jovem fica a idéia de que ele pode ser igual, pois são iguais, de carne e osso e que é só escolher o caminho.

      Disseminar o esporte entre a juventude é investir na saúde, na educação, na vida saudável e correta, na qualidade de vida. Cada centavo bem investido no esporte economiza milhares de reais na manutenção de presídios, centros de recuperação e remédios. Daí a importância de um ginásio como o Aecim Tocantins, que em seus 4 anos de existência já trouxe para Mato Grosso jogos da Liga Mundial e de Copas América de Vôlei masculino e feminino, Copa América de Basquete feminino, Campeonato Panamericano de Karatê e permitiu que Cuiabá ano passado tivesse um time na Superliga Nacional de Vôlei. De lambuja, ainda recebeu jogos avulsos das seleções nacionais de vôlei e futebol de salão, grandiosos shows e eventos diversos. O problema não é a dimensão do ginásio, como alguns alegam, assim como não será na futura Arena Pantanal. Ao contrário, suas dimensões é que atrairão outras competições como este Campeonato Sul-Americano de Vôlei. Resta entendê-los e posicioná-los adequadamente como parte superior de um sistema sócio-educativo estadual, envolvendo toda a estrutura educacional pública e privada, multiplicando escolinhas e competições em rede por todo o estado. Potencialmente o Aecim Tocantins e a futura Arena Pantanal são poderosos instrumentos na criação de novas gerações sadias de mato-grossenses. Bem-vindo o Sul-Americano de Vôlei! 
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 20/09/2011)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EFEITO COPA: SHOPPING DE CARA NOVA

GOIABEIRAS

Shopping de cara nova

Número de lojas praticamente dobrará com a modernização desse que é o mais antigo centro comercial de Cuiabá

Lourival Fernandes/DC
Shopping Goiabeiras investe R$ 85 mi em sua reforma e com a modernização ganhará o quarto piso
ALCIONE DOS ANJOS
Da Reportagem

Após 22 anos de funcionamento o Shopping Goiabeiras passa pela sua primeira grande expansão, saindo dos atuais 28.696 m2 de área construída para 77.318 m2, o que representa um crescimento físico de 170%. As obras estão sendo realizadas pela Inova TS Engenharia e administrada pela empresa Enginnering. “Todo o projeto prevê acessibilidade, conforme prevê norma ABNT”, adianta o engenheiro Rubenval Santos. “Trabalhamos com a revitalização de todo o espaço para que a parte nova seja harmoniosa com a reformada”, assegura.

Após essa fase de construção, o número de espaços comerciais aumentará das atuais 111 lojas para 200, abrindo 1.350 vagas para atuação nos espaços comerciais e na administração da nova ala. O empreendimento conta com aporte financeiro de R$ 85 milhões, valor que inclui investimentos próprios do Goiabeiras e de um fundo de investimento da instituição internacional Credit Suisse. Com esse investimento, os administradores esperam mais que dobrar o faturamento do shopping. “Hoje temos um fluxo de 5 mil por dia em dias normais, mas em datas festivas como Dia das Mães, dos pais e dos Namorados, esse fluxo chega a 10 mil por dia, gerando faturamento anual de cerca de R$ 12 milhões. Com a expansão prevemos um faturamento superior a R$ 30 milhões anualmente”, contabiliza o superintendente do Goiabeiras, Sérgio Chiarini.

No projeto de ampliação, de responsabilidade do escritório de arquitetura Insite, com planejamento da Lumine Soluções em Shopping Centers, está previsto cinco subsolos de estacionamento, comportando 1.099 vagas cobertas, ou seja, um incremento de 230% vagas para carros(hoje são 330), a instalação de 10 escadas rolantes novas e outros cinco elevadores.

A ampliação também prevê a construção do quarto piso do Shopping para abrigar uma Bomboniere e sete salas de cinema, com 1.700 lugares, com tecnologia XD (Extreme Digital Experience), para projeção digital em 3D, operadas pela Cinemark. Outra novidade é a loja Renner que terá dois andares interligados por escadas rolantes internas, no segundo e terceiro pisos.

A expansão do Goiabeiras resultará em 12 megalojas (lojas com mais de 250m2 e marca forte), três âncoras (mais de 1.000 m2 e que tem vida própria), 158 lojas satélites e 27 fast-foods e/ou restaurantes. “Com a chegada da Copa do Mundo Cuiabá ganhará um espaço para atender os turistas, já que pesquisas demonstram que a procura deles é por alimentação e lazer”, explica o consultor e diretor da Lumine, Marcelo Sallum.

Na segunda fase da expansão será entregue uma torre de cerca de 5 mil m2, com 12 andares com salas comerciais. Ainda está sendo analisado se para aluguel ou venda, mas voltadas para empresas, executivos e profissionais liberais.

De janeiro até hoje, a ampliação do Shopping Goiabeiras gerou cerca de 400 empregos no canteiro de obra. Até a conclusão da primeira fase do empreendimento, em abril de 2012, a previsão dos administradores é que cerca de 700 postos de trabalho diretos e outros 1.500 indiretos sejam abertos.

De acordo com Sallum o Goiabeiras investiu em 2011 cerca de R$ 300 mil a mais do que foi investido em 2010 em segurança. “Investimos forte em equipe e equipamentos de segurança, paralelo a isso nos aproximamos das autoridades responsáveis pela Segurança, afinal os shoppings não têm poder de polícia”, pondera.

A expansão contemplará também a construção de torres de escritórios em anexo, disponibilizando espaços para empresas de serviço. 

(Diário de Cuiabá em 16/09/2011)













domingo, 18 de setembro de 2011

EFEITO COPA: CONSTRUÇÃO SUPERAQUECIDA

Mercado de imóveis e construções permanece estável até 2014


KARINE MIRANDA

Mayke Toscano/Hipernotícias
Mercado imobiliário em Cuiabá está em ascensão, mas não deve haver novo "boom" até 2014
Setor da construção civil está superaquecido e o surgimento dos empreendimentos a todo vapor é realidade estável em Cuiabá até a Copa de 2014. Embora os prédios residenciais e comerciais estejam sendo construídos a todo o momento, a estimativa é que essa situação não se modifique muito até recepção dos jogos mundiais.

Apesar de não haver números exatos que confirmem esse crescimento, a pesquisa realizada pelo Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Cuiabá (Sinduscon) nos meses de outubro e novembro de 2010, intitulada “Mercado Imobiliário”, demonstra que a quantidade de empreendimentos em produção e os já lançados no mercado é de cerca 96 condomínios entre apartamentos e casas. Estes somam um total de 10.321 unidades distribuídas em 857.599,55 metros quadrados.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (Secovi), Marco Pessoaz, este crescimento visto mostra que o mercado imobiliário já viveu o momento de “boom” construtivo.
Todos os empreendimentos, especialmente, residências que tinham com o intuito seu crescimento aproveitando as oportunidades da Copa já o fizeram. “Grande parte das construções que vemos sendo realizadas são voltadas para Copa e serão entregues em 2013/2014. Isso significa que as expectativas de crescimento não irão muito além do que vemos hoje”, assegura.
Ele explica que não se deve crer em um crescimento maior, pois não haverá uma demanda por parte das construtoras acima do poder de consumo do mercado que mesmo em constantes ampliações não deve passar por modificações tão representativas. “Acreditar que haverá mais construções além das que já ocorrem é pensar que essas obras não serão tão lucrativas para suas construtoras, pois os consumidores não procuram produtos e serviços para pós-Copa”, pontua.
E pensando nessa oportunidade pré-Copa que as construtoras investem cada vez mais nos seus empreendimentos. Focados em condomínios que serão entregues antes da Copa, as construtoras possuem a localização como primeiro item de avaliação, não somente de quem constroem, mas especialmente de quem compra.
De acordo com o presidente do Secovi, regiões próximas a grandes estruturas que ofereçam conforto, lazer e serviço são a preferência. Sabendo disso, as construtoras não perdem tempo e avançam em áreas que se encaixam neste perfil, que sejam relativamente próximas as “zonas de conforto” e que possuam espaço.
As áreas mais procuradas tanto para a construção quanto para os futuros moradores são as regiões leste e oeste da Capital. Regiões estas que já possuem os espaços preenchidos pelas construtoras que buscam "um lugar ao sol" quando o assunto é compra/venda de empreendimentos para 2014, segundo Gilvane Iwankiw, gerente de Atendimento da Plaenge Empreendimentos. “Áreas que antes possuíam um vazio demográfico, agora estão crescendo e sendo habitadas pelos grandes empreendimentos”, finaliza. 

(Hipernoticias 14/09/2011)

sábado, 17 de setembro de 2011

EFEITO COPA: AMPLIAÇÃO DA REDE HOTELEIRA

Mais hotéis em 2012

Investimentos de R$ 42,25 milhões em Cuiabá visam atender à forte demanda prevista para os próximos anos


Hotel Paiaguás: ampliação com investimento de R$ 22,80 mi garante mais 152 novos apartamentos
MARCONDES MACIEL
Da Reportagem

Favorecidos pelo bom momento vivido pelo setor hoteleiro de Mato Grosso, os empresários não param de planejar e construir. Além das torres em construção e outras que já foram inauguradas este ano, o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso (SHRBS/MT) anuncia a conclusão de três novos projetos em março de 2012, totalizando investimentos de mais R$ 42,25 milhões e 282 apartamentos. O primeiro é o da nova torre do hotel DeLuca’s, com 77 apartamentos na Avenida Rubens de Mendonça (R$ 11,55 milhões), e os outros são projetos de ampliação que ficam concluídos também no primeiro trimestre do próximo ano: o do Hotel Paiaguás (Avenida Rubens de Mendonça), com 152 novos apartamentos (R$ 22,80 milhões), e o do Amazon Plaza Hotel (Avenida Getúlio Vargas), totalizando 7,9 milhões na construção de 53 novos apartamentos.

De acordo com o presidente do SHRBS/MT, Luís Carlos Nigro, para 2013 é projetada a conclusão do Hotel Global Golden, com 168 apartamentos, no Bosque da Saúde, e investimentos de R$ 30,24 milhões. “É apenas o começo deste novo ciclo de crescimento que já havíamos anunciado há mais de um ano”, lembra o empresário.

Desde que Cuiabá foi confirmada como uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, foram anunciadas 10 torres de hotéis, todas em construção ou já concluídas. Só este ano, três empreendimentos de grande porte entram em operação, sendo que o primeiro - o Hotel Gran Odara -, com 142 apartamentos na Avenida Miguel Sutil e investimentos da ordem de R$ 25 milhões, já está funcionando e, no próximo mês de novembro, outras duas torres começam a operar: o Serras, com 90 apartamentos na região do Jardim das Américas (investimentos de R$ 13,50 milhões), e o Asas Slavieiro, no Bosque da Saúde, com 84 apartamentos e investimentos de R$ 12,60 milhões. No total, são mais de R$ 50 milhões e cerca de 1,1 mil novos leitos.

Além de tudo o que já foi feito e o que está previsto até 2013, os empresários estão prevendo a chegada de mais 10 empreendimentos de grande porte, incluindo o Íbis e Atlântica, representando mais mil novos apartamentos e investimentos em torno de R$ 135 milhões.

Conforme explicou Luís Carlos Nigro, as novas acomodações que estão sendo construídas no Estado visam atender ao forte crescimento da demanda previsto para os próximos anos, fomentado principalmente pela expectativa da realização da Copa 2014. O problema, segundo ele, é se Cuiabá terá demanda suficiente para a ocupação dos hotéis no futuro.

“A nossa preocupação não é só atender a demanda projetada para a Copa, o que de imediato justificaria a grande avalanche de investimentos. Infelizmente, muitos enxergam desta forma e não se preocupam com o pós-Copa”, pondera. Empresários avaliam que a Copa é um evento de 45 dias, mas o investimento em um novo hotel se paga em dez anos.

(Diáio de Cuiabá 15/09/2011)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

VLT DE BRASÍLIA (6,4Km): R$ 700,0 milhões

Pela notícia abaixo os 6,4 km de VLT em Brasília custarão R$ 700,0 milhões. Os 23,6 km de Cuiabá ficarão entre R$ 700,0 milhões e R$ 1,1 bilhão. Quem estará certo?  
Brasília reduz trajeto do VLT para a Copa
8/9/2011
No momento em que a população de Brasília se mobiliza para que a cidade receba a abertura da Copa, o governo do Distrito Federal anuncia que a principal obra de transporte público planejada para o evento, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), não deve estar inteiramente pronta até 2014.
Um dos argumentos da campanha que pede o jogo inaugural em Brasília é justamente o trânsito da cidade, menos caótico que o de São Paulo e Belo Horizonte, outras cidades que disputam o evento.
No entanto, somente um trecho do VLT da capital federal deve estar concluído no momento em que a bola rolar para o Mundial de futebol.
O trajeto de 6,4 km ligará o aeroporto Juscelino Kubitschek ao Terminal Sul do Metrô. O projeto contempla cinco estações ao custo de R$ 700 milhões.
O secretário de Transportes José Walter Vazquez Filho descartou ontem (7) a construção do trajeto ao longo da avenida W3 Sul. O motivo: problemas de ordem urbanística e ambiental que dificilmente serão contornados até 2014. Caso o governo insista no projeto, há risco de embargo pela Justiça.
Fonte: Portal 2014

terça-feira, 13 de setembro de 2011

AUDIÊNCIA CONCLUSIVA

José Antonio Lemos dos Santos

      Não fui à Audiência Pública sobre o VLT promovida pela Assembléia Legislativa no início do mês, apesar de aguardá-la na esperança da apresentação do projeto técnico desse modal para Cuiabá, com as soluções urbanísticas para seu funcionamento na cidade. Em especial, pela sua alegada viabilidade sem desapropriações, uma das suas grandes vantagens segundo seus defensores. Aqui a principal indagação é sobre a solução para o transbordo na Prainha envolvendo mais de 40 mil passageiros/dia. Como seria? Mas o projeto não apareceu.
      Aliás, as audiências públicas sobre projetos só tem sentido se os projetos existirem e forem apresentados com antecedência ao público, em linguagem acessível e em tempo hábil à sua leitura e compreensão pelo cidadão. Uma audiência pública sem um projeto concreto a ser discutido trata-se de uma reunião sobre quimeras nas quais cabem quaisquer fantasias e a audiência perderia seu sentido público. Em tais situações prefiro não participar, ao menos de corpo presente. Bom é que nesta era da televisão e da Internet dá para gente acompanhar tudo. Assim, a Audiência me pareceu um sucesso por esclarecer a situação real em que se encontra a questão da mobilidade urbana para a Copa do Pantanal e, em especial, a situação da própria Agecopa. E o que se viu não foi nada alvissareiro, infelizmente.
      A Audiência se resumiu à duas indagações sobre projetos. Uma, feita pelo diretor de Infra-estrutura da Agecopa que perguntou sobre o projeto do VLT, objeto da Audiência. Outra, feita pelo Promotor de Justiça, Dr. Domingos Sávio, sobre o destino dos projetos básico e executivo do BRT, elaborados a um custo de cerca de R$ 2,0 milhões segundo o promotor, aprovado em Brasília, inclusive seu financiamento junto à Caixa, pronto para ser executado. Acrescento que a esse respeito o governador teria dito que se quisesse o BRT, as obras já teriam iniciado. Em resposta o presidente da Agecopa, dentre suas considerações pertinentes, disse em resumo que a agência está “conversando” com os maiores entendidos em VLT no Brasil e fora dele e que o projeto do VLT “muito provavelmente será feito pela Agecopa para a surpresa de muitos”. Em suma, continua não existindo projeto para o VLT e nem sequer se decidiu se vai ser licitado, isso a 27 meses do prazo exigido pelo governo federal para as obras estarem concluídas, obras complexas e de grande porte. Pior, a presidenta Dilma afirmou que não apoiará projetos que não estiverem licitados até dezembro.
      De qualquer forma, para mim a reunião foi importante e conclusiva, porém de forma negativa. Uma constatação difícil para um entusiasta da Copa e um dos que sempre confiou na realização de suas obras e no grande legado para Cuiabá. A Audiência mostrou que ficamos presos a um dilema insolúvel, entre um projeto impossível de ser realizado e um outro que as autoridades não querem realizar. Ambos baseados em tecnologias modernas e eficientes, usadas em todo o mundo. Mas, para conquistar o imaginário popular em favor do VLT, a nova direção da Agecopa passou a idéia de um sistema perfeito e sem problemas, porém impossível de ser colocado como prometido em projetos técnicos responsáveis. Por outro lado, pintaram o BRT de uma forma tão ruim que agora não podem politicamente executá-lo. Acabaram montando o governador em um porco destrambelhado do qual só ele poderá descer, uma tarefa hoje difícil e tão arriscada quanto permanecer na montaria. É triste que este venha a ser o fim desta oportunidade de ouro para a Grande Cuiabá e sua gente. Deus queira que eu esteja errado.

(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 13/09/2011)

JÚLIO DE LAMONICA FREIRE



                                                                                                              (10/11/1937 – 11/09/2011)

JÚLIO DE LAMONICA FREIRE, arquiteto e urbanista cuiabano, após formado pela UnB em 1970, retornou a Cuiabá onde participou e ajudou na criação do Grupo de Trabalho que projetou e coordenou a construção do Centro Político-Administrativo  (CPA). Vinculou-se também à recém criada Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) onde posteriormente veio a ser um dos fundadores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daquela instituição federal de ensino superior, tendo nela desempenhado diversas funções ao longo de sua carreira de professor.  Além de assessorar o governo do estado, Júlio De Lamonica Freire também foi assessor técnico da prefeitura de Cuiabá em períodos diversos. Jamais deixou de se preocupar com os destinos  da profissão e da responsabilidade social do arquiteto enquanto  categoria profissional e parcela importante da cidadania, tendo  participado ativamente de movimentos civis como o que no início da década de 80 reivindicava a instituição do planejamento urbano em Cuiabá (que veio a gerar o IPDU,  extinto este ano) assim como, desempenhou as funções de Conselheiro  do CREA-MT por longo período e participou da criação do Departamento de Mato Grosso do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB_MT)  e da Associação Profissional dos Arquitetos de Mato Grosso  (APA-MT),  entidade precursora do atual Sindicato dos Arquitetos de Mato Grosso – SARQ-MT.  Ultimamente acompanhava o processo de criação e instalação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), tanto em nível nacional, como em nível de estado. Além de graduado em Arquitetura e Urbanismo,  alcançou o grau de Mestre na ECA-USP.  Deixou os livros “Por uma Poética Popular na Arquitetura” e “Cuiabá , nosso bem coletivo”.  Para nós da UNIC o professor Júlio De Lamonica Freire tem uma importância especial  pois foi ele que, convidado pelo então Reitor Altamiro Belo Galindo, mesmo já aposentado na UFMT  aceitou o desafio  e começou a construção do nosso  curso de Arquitetura e Urbanismo, pedra a pedra, montando aos poucos sua equipe de trabalho e só deixando a coordenação do curso após consolidado.  O professor arquiteto Júlio De Lamonica Freire nos deixou na madrugada de domingo, aos pingos de uma das primeiras chuvas que preparam a próxima primavera.  Por isso os cursos de Arquitetura e Urbanismo da UNIC  prestam-lhe hoje e amanhã esta homenagem em sinal de respeito, admiração e gratidão ao grande homem, chefe de família, cidadão  e arquiteto, paradigma do profissional que buscamos formar nesta academia. Deixou viúva a professora Doutora Maria de Lourdes Bandeira De Lamonica Freire,  apoiadora e incentivadora, filhos e netos.

PROFESSOR  JÚLIO , OBRIGADO!
Cuiabá, 11 de setembrp de 2011.

sábado, 10 de setembro de 2011

PRESIDENTE DA AGECOPA CRITICA OBRA DO ARQUITETO JAIME LERNER

      O texto abaixo foi transcrito do vídeo do discurso de Éder de Moraes, presidente da AGECOPA, agencia responsável pelas obras da Copa do Mundo em Cuiabá, na Audiência Pública sobre o VLT realizada na Assembléia Legislativa de Mato Grosso no último dia 2 de setembro. Leigo, ele crítica publicamente e de forma contundente o trabalho do arquiteto Jaime Lerner, reconhecido nacional e internacionalmente como um dos maiores urbanistas do mundo. Se tratasse de qualquer outra profissão, certamente já teria havido alguma manifestação contra a crítica tecnicamente incompetente, em especial partindo dos órgãos representativos das respectivas categorias, ao menos em desagravo ao colega. O vídeo encontra-se disponível no Youtube, na “Página do Enock” e aqui no “Blog do José Lemos”, na coluna à esquerda, na seção referente à Copa do Pantanal:


“ Jaime Lerner não serve de referência no (sic) Mato Grosso prá nada. Não tenho nada contra ele, contra a pessoa dele, mas referência de projeto em Mato Grosso? Prá nada! Pelo contrário, ele acabou com um dos pontos de visitação em frente à Câmara Municipal que é o Centro Geodésico da América do Sul, metendo um ninho de guaxo, uma parafernália que ninguém sabe o que é aquilo. Um bando de ferro retorcido. Diz que é projeto de Jaime Lerner. Então, não serve como referência aqui no estado de Mato Grosso.”

terça-feira, 6 de setembro de 2011

BOM DEMAIS

José Antonio Lemos dos Santos



     A semana que passou foi pródiga em ótimas notícias. Sim, é verdade, também tivemos muitas más notícias, ao agrado dos que as apreciam. Mas, são as ótimas notícias que interessam. Por exemplo, Cuiabá sediará no fim deste mês o Campeonato Sul-Americano de Vôlei Masculino, valendo duas vagas para o Mundial no Japão. Empreendimento corajoso do estado que mostrará Mato Grosso e Cuiabá ao continente e a todo o Brasil, dando oportunidade aos jovens de assistirem de corpo presente aos melhores jogos e de conviverem com os ídolos do vôlei continental pelo menos por alguns dias. É de se esperar o engajamento das secretarias de educação e das faculdades de Educação-Física estimulando a participação dos alunos. Aliás, oportunidade de ouro também para fotos oficiais das seleções nacionais junto ao obelisco do Centro Geodésico da América do Sul, demarcado por Rondon.
      Ótima notícia também foi a da reativação da termelétrica de Cuiabá no próximo dia 12, pelas palavras do governador Silval. Tomara que funcione de fato na próxima segunda-feira. De qualquer forma é importante o empenho do governo do estado, agora com a parceria da Petrobrás, na reativação deste complexo de US$ 1,0 bilhão, um dos maiores empreendimentos no estado cuja paralisação há mais de 4 anos vem se constituindo em um verdadeiro acinte a Mato Grosso. Tarefa hercúlea esta reativação, em uma terra onde a maioria dos poderosos é dona de PCH’s. Nada contra as PCH’s. A termelétrica, mais que os veículos que move ou os 480 MW de energia que gera, envolve também a disponibilização do gás natural, energia limpa, barata e abundante para o funcionamento e ampliação do parque industrial do estado, em especial o da Grande Cuiabá, inestimável vantagem comparativa para o desenvolvimento e a geração de empregos e renda.
      Outra boa notícia foi o aparecimento de um projeto para a nova estação de passageiros do Aeroporto Marechal Rondon, ainda que extra-oficial, apenas em um site local de notícias, o RDnews. Como este projeto havia sido prometido pela Infraero para setembro em seu nível básico, é razoável acreditar pelas imagens que o projeto básico esteja pronto agora em setembro, como programado. Resta saber por que não foi divulgado de forma oficial pela Infraero. Palpite: estão aguardando o projeto do sistema viário adjacente ao aeroporto que por sua vez está na dependência da definição do modal de transportes, BRT ou VLT. É preocupante pois ainda será preciso desenvolver o projeto executivo para só então abrir a licitação para as obras da nova estação.
      Mas a melhor de todas é a chegada dos chineses dispostos a investir na ferrovia ligando Cuiabá a Santarém. Será que a ferrovia sairá antes da rodovia, iniciada há quase 40 anos? Seguiram com o governador Silval no resgate do importante projeto Estradeiro, indo por terra até Santarém. Este Estradeiro é uma espécie de retonificação da coluna vertebral de Mato Grosso, o eixo da BR-163, a ser reforçado com a ferrovia. Servirá à exportação da soja, mas também será a rota do Sudeste para a Zona Franca de Manaus e de entrada no Brasil para a miríade de produtos chineses. Silval Barbosa mostra sua dimensão de estadista. Mato Grosso sempre foi um estado vertical, um estado de pé, incompatível com a posição horizontal atrelada a Goiás que tentam lhe impor com a intempestiva ferrovia Leste-Oeste. Se Goiás quer fazer da BR-153 um eixo central nacional de transportes, a BR-163 com sua ferrovia paralela se imporá como um eixo longitudinal continental, passando pelo centro do continente. Aí sim, que venha a Leste-Oeste.


(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 06/09/2011)

domingo, 4 de setembro de 2011

ARQUITETURA DA FELICIDADE

Novidade aqui no http://www.blogdojoselemos.blogspot.com/ . Veja na coluna à DIREITA do blog, na 1a. Seção (nova), chamada "ARQUITETURA DA FELICIDADE - Alain de Botton" links com 3 séries de filmes (de 9 min.) do escritor suiço baseados no seu famoso livro ARQUITETURA DA FELICIDADE, com o próprio autor narrando (mas acho que é o arquiteto cuiabano, professor Chico de Mattos sem óculos eh eh). Espero que seja útil com muita coisa para a gente discutir. Comentários serão benvindos.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MARECHAL RONDON AMPLIADO

Novidade no www.blogdojoselemos.blogspot.com . Veja na coluna à ESQUERDA do blog, na 1a. Seção, chamada "Copa do Pantanal", o link "Novo Aeroporto". Enfim, ainda que tardio, apareceu um projeto para a ampliação do Marechal Rondon. Espero que goste. Comentários serão benvindos.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

ÁGUAS DE MANSO

José Antonio Lemos dos Santos


Nestes tempos em que as autoridades de Cuiabá mostram-se tão preocupadas em resolver o problema de abastecimento de água na cidade, uma pergunta mostra-se oportuna. Será que alguém ainda se lembra do que significam aquelas três letras A, P e M que antecedem a denominação da barragem de Manso? Seguramente alguns ainda se lembram, muitos já se esqueceram e a maioria jamais soube, em especial os mais jovens. Imperdoável é que algumas autoridades, que tinham a obrigação de saber, também não sabem. O tempo passa e a gente vai se esquecendo.
Manso surgiu da trágica cheia de 1974 do rio Cuiabá, que em 17 de março atingiu 10,87 m de altura e uma vazão de 3.250 m³/s, destruindo os bairros do Terceiro, Ana Poupino e Barcelos, os mais populosos da cidade na época. Foi o primeiro grande problema do governo Ernesto Geisel, empossado dois dias antes, que enviou de imediato seu ministro do Interior para conhecer a situação e tomar providências. O ministro determinou a demolição do que restou dos bairros atingidos e a construção de conjuntos habitacionais para a população flagelada. Mais importante, determinou a realização de estudos de soluções que impedissem novas inundações daquelas dimensões em Cuiabá. Daí surge Manso como um equipamento de proteção urbana para Cuiabá, com objetivo único na época de regularizar a vazão do rio, reduzindo as cotas máximas nas cheias e garantindo uma vazão mínima nas secas. Sei que em 15 de janeiro de 2002, logo após sua inauguração, Manso já protegeu a cidade de uma vazão de 3250 m³/s, superior a de 74. Manso é um dos mais importantes equipamentos da Grande Cuiabá, mesmo distante dela.
     Em 1978, por ocasião dos estudos para o Programa Especial de Desenvolvimento de Mato Grosso, criado pela lei da divisão estadual de 1977, as equipes técnicas de Cuiabá e de Brasília tinham que solucionar a questão energética, o principal problema de então. Havia o projeto da Usina do Funil, também no rio Cuiabá, mas não havia dinheiro. A Eletronorte estava empolgada com Tucuruí e não se interessava por outra coisa. Então a solução necessária exigia criatividade. Daí surgiu a proposta de se energizar Manso, cujas obras seriam iniciadas naquele ano. Uma solução brilhante, que suspendeu o início das obras da barragem e determinou a revisão geral do projeto, que passou a adotar a filosofia do uso múltiplo, então inédito no país. Não mais apenas um “açudão” controlador de cheias. Além de regularizadora de vazão do rio, Manso seria também geradora de energia, com previsão ainda de atender projetos de irrigação de 50 mil hectares no vale do Cuiabá e de abastecimento de água para Cuiabá, Várzea Grande e cidades próximas. E mais, no lago da barragem poderiam ser desenvolvidos projetos de piscicultura, turismo e lazer diversos.
     APM Manso significa “Aproveitamento Múltiplo de Manso”, uma filosofia otimizadora de barragens usada no mundo inteiro, mas que em Manso está com seu emprego restrito à geração de energia e à regulagem de vazão. A solução definitiva para o abastecimento de água não só em Cuiabá, mas em todas as cidades do vale do Cuiabá passa pela viabilidade das águas de Manso, uma imensa caixa d’água a 100 metros de altura de Cuiabá, com águas já decantadas e disponíveis por gravidade, sem os gastos enormes de energia para bombeamento. Mas isso exigiria o tratamento do problema como uma questão metropolitana, que de fato é, e não mais em níveis provincianos há muito ultrapassados por nossa realidade. Os problemas de uma metrópole têm que ser resolvidos com a visão macro da metrópole, ou não serão resolvidos.

(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 30/08/2011 - apenas na vesão impressa)


terça-feira, 23 de agosto de 2011

SENADOR AZEREDO, 150 ANOS



José Antonio Lemos dos Santos

      A cidade é um centro de produção, só que um centro produtor que vai além da economia. Sua produção extrapola a produção de bens e serviços e seu principal produto é a sua gente. A qualidade de seu povo é a melhor medida do sucesso de uma cidade. Pelo menos já foi assim e deveria continuar sendo. As cidades lembram seus vultos como modelos para continuar a produzi-los em todas as áreas do desenvolvimento humano. Nos meus tempos de grupo escolar, estudávamos suas vidas aprendendo a respeitá-los, e através deles, aprendemos a respeitar nossa gente, a boa cepa de onde surgiram.
     Triste como algumas grandes figuras mato-grossenses foram esquecidas pela história. Ontem, 22 de agosto, completaram-se 150 anos do nascimento de Antonio Francisco Azeredo, lembrado por nós como Senador Azeredo graças ao tradicional colégio do Porto, antigo “Peixe-Frito” da saudosa professora Delza Saliés e de tantas outras. Não fossem Rubens de Mendonça e a Internet, seria impossível falar alguma coisa sobre este cuiabano, nascido em 1861 e que chegou a ser Presidente do Senado Federal por mais de 15 anos, ocupando o cargo até ser deposto pela revolução de 30 e exilado na Europa. Hoje é o primeiro dos homenageados na Galeria de Bustos do Senado.
     Sobre o Senador Azeredo, porém, até na Internet as referências são mínimas, vestígios encontrados em sites que tratam de outras personalidades e outros assuntos. Contudo, nesse pouco dá para perceber uma personalidade que merecia maior atenção dos mato-grossenses. Abolicionista e republicano, segundo Rubens de Mendonça ele trabalhou no jornal “Gazeta da Tarde” de José do Patrocínio, antes de comprar um pequeno jornal carioca denominado “Diário de Notícias”, que logo transformou em um dos maiores e mais influentes jornais do país, no qual colocou como redator, nada mais nada menos do que Rui Barbosa. Foi eleito Deputado à Constituinte e à Primeira Legislatura por Mato Grosso, chegando a ser o Primeiro Secretário da Câmara, até que assumiu o Senado no lugar de Joaquim Murtinho, quando este, também cuiabano, saiu para ser Ministro da Viação e da Fazenda e entrar na História como o maior estadista do Brasil na Velha República. Senador por quase trinta anos, e presidindo a Casa por muitos anos, Antonio Francisco Azeredo deu posse a alguns Presidentes da República. Foi também escritor, não apenas de seus discursos, mas de algumas obras que hoje despertariam interesse. Foi também comendador da Legião de Honra da França, e condecorado em diversos outros países.
     Sua maior obra para os mato-grossenses e cuiabanos em especial, foi, como fizeram alguns outros, ter levado a figura de um conterrâneo a posições de tão grande destaque e influência na vida nacional. Sua vida deveria ser mostrada como exemplo aos jovens locais que resistem às tentações dos descaminhos, acreditam em si e nas perspectivas positivas da vida, e vão à luta apesar das dificuldades, como um dia fez o jovem Antonio Azeredo, do interior distante, de uma pequena cidade, capital de um remoto estado brasileiro, século e meio atrás.
     Como Rondon, Dutra, Filinto Müller, e outros, Antonio Azeredo também teve sua grande oportunidade ao cursar um colégio militar, na época talvez a única chance de subir na vida para os jovens mato-grossenses. A este propósito recordo que em 1957 a Prefeitura de Cuiabá doou o terreno do antigo “campo de aviação”, hoje ocupado pela Vila Militar, para que ali fosse construído o Colégio Militar de Cuiabá. Se tivesse virado realidade, quantos outros milhares de jovens mato-grossenses teriam sido beneficiados? Não seria o caso de Cuiabá voltar a pensar no assunto?
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 23/08/2011)



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ELEIÇÕES CAU/MT

Caros colegas,


As entidades de Arquitetos e Urbanistas do Estado de Mato Grosso convidam todos os profissionais, arquitetos e urbanistas, para participar de reunião para esclarecimentos e condução da eleição do CAU/MT - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Mato Grosso.

Contamos com a presença de todos no dia 20/08/2011 as 14:30hs, no auditório da TODIMO HOME CENTER CUIABÁ.
Endereço: Av. Miguel Sutil, 6274 - Bairro Alvorada - Cuiabá - MT.

Abs,

Eduardo Chiletto
Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU/UNIC
Tel.: (65) 3363.1037
E-mail: fac.arquitetura@unic.br
 
Telma Beatriz
Arquiteta e Urbanista
65-84122279
 
Nota do Blog do José Lemos: O mesmo convite foi enviado pelos dois signatários em e-mails próprios. O do professor Chiletto foi dirigido mais especialmente aos professores com um PS destacando a importância da presença.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

REPÚBLICA, SOLO URBANO E VLT

José Antonio Lemos dos Santos


     Primeiro quiseram vender uma rua sem o povo saber. O Ministério Público Estadual (MPE), atento, recorreu à Justiça que suspendeu a venda. Depois quiseram privatizar a Sanecap, também sem o povo saber, e a Justiça, também atenta, suspendeu a lei aprovada “a toque de caixa”. Entre uma coisa e outra, porém, a prefeitura havia aprovado, também sem o povo saber, uma nova lei para o uso e ocupação do solo urbano de Cuiabá. Na prática a lei urbanística mais importante, aquela que estabelece o que e o quanto pode ser construído em cada parte da cidade. Diz respeito diretamente a cada cidadão através da reapreciação do valor de uso e de troca de seu patrimônio. Acolhendo recurso do Instituto de Arquitetos do Brasil, o MPE analisou o assunto e também pediu à Justiça a suspensão dessa lei. Resta esperar.
     A propósito, na semana passada o presidente da Agecopa, confirmou aquilo que já se desconfiava. Disse que ainda não existe projeto para o VLT em Cuiabá, alegando custos da ordem de “R$ 22 a 25 milhões”, que não poderiam ser investidos “enquanto não houver uma sinalização positiva” que ele aguarda do Ministério das Cidades até o dia 15 de agosto (ontem). Em seguida diz que “mesmo que o governo federal não aceite incluir o projeto na Matriz de Responsabilidade, o estado de Mato Grosso assumirá o projeto, porque tem capacidade de financiamento e de investimento.” Ora, se vai fazer com ou sem apoio da União, já deveria estar desenvolvendo o projeto para tentar sua conclusão naqueles 70 dias prometidos logo que assumiu a Agecopa e a bandeira do VLT. Um projeto desses precisa de muito tempo para sua elaboração e é assustador para quem quer a Copa em Cuiabá saber que ainda não foi sequer iniciado. Justo o da obra mais importante como legado. As obras de mobilidade urbana necessariamente devem estar prontas antes da Copa, pela simples razão de que se executadas durante a Copa deixariam a cidade em estado de “imobilidade urbana” total, ao invés da mobilidade urbana exigida pela FIFA. Deixadas para depois, impossível, pois sem o pretexto da Copa, Cuiabá e Várzea Grande jamais voltarão a ter a possibilidade de investimentos nessa envergadura. E para conclusão a tempo da Copa, seu projeto executivo já deveria estar pronto hoje. Mas nem o básico foi iniciado!
     Sem projeto, como esperam convencer o governo federal a trocar um projeto já concluído, aprovado, inclusive com financiamento, por um outro que por enquanto é apenas uma quimera? Sem projeto, como afirmam que não haverá desapropriações com o VLT? Onde se acomodará o movimento de transbordo que no tempo da Estação Bispo girava em torno de 40 mil passageiros/dia? Nas atuais calçadas da Prainha? Evidente que teremos desapropriações semelhantes tanto no BRT como no VLT. A presidenta Dilma está certa em não apoiar projetos que não estiverem licitados até dezembro próximo. Após, não haverá tempo para execução.
     Em todos estes casos a atuação da Justiça, do MPE e a intervenção da presidenta Dilma nos alentam quanto ao maior e mais importante dos projetos nacionais, que é a construção de uma democracia republicana de fato, onde a “res-publica” seja um dia tratada como coisa pública realmente, obedecendo aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência exigidos pela Constituição Federal. Em suma, respeito com o bem comum e com a cidadania, a verdadeira dona da coisa pública. O Ministério Público, guardião da Lei, é uma das últimas trincheiras na defesa do grande projeto republicano, especialmente em nível estadual nas questões urbanas. Sem dúvida uma esperança contra esta infeliz tendência nacional do tratamento dos interesses públicos como se fossem coisas de ninguém.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 16/08/2011)

sábado, 13 de agosto de 2011

MPE PEDE ANULAÇÃO DA LEI 231/2011

MPE quer anular outra lei de Chico Galindo por manobra



Lei sobre uso e ocupação do solo não foi debatida como deveria, diz promotor Carlos Eduardo Silva


MidiaNews DA REDAÇÃO

O Ministério Público do Estado ingressou com ação civil pública, com pedido liminar, requerendo a suspensão dos efeitos da Lei Municipal 231/2011, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo de Cuiabá.
Recém sancionada, a lei reduz o número das áreas de preservação e conservação; aumenta o limite de adensamento das Zonas Predominantemente Residenciais, possibilitando a disseminação dos condomínios multifamiliares, denominados 'quitinetes', e promove modificações na Zona de Interesse Histórico.
Na ação, o MPE argumenta que o prefeito Chico Galindo (PTB) não possibilitou a participação dos vários segmentos da sociedade na elaboração e discussão do referido projeto de lei, como determina a Constituição Federal, Estatuto das Cidades (Lei 10.257/200) e no próprio Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá.
"A legislação de uso e ocupação do solo deve resultar de um processo amplamente participativo da população e de associações representativas dos vários segmentos econômicos e sociais, não apenas durante o processo de elaboração e votação, mas, sobretudo, na sua implementação e na gestão das atividades urbanísticas", ressaltou o autor da ação, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva.

"Informações inverídicas"

Segundo o representante do Ministério Público, para convencer a população e autoridades de que foram realizadas discussões sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano elaborou um folder com informações e ilustrações inverídicas.
"No material de divulgação foi utilizado uma foto em alusão a uma pseudo audiência pública sobre o tema. Na verdade, o registro fotográfico foi feito em outro evento. Trata-se de mero estratagema montado para distorcer o que realmente ocorreu", destacou.
O promotor de Justiça ressaltou ainda que, além de não envolver a população nas discussões, o projeto foi aprovado em regime de urgência na Câmara Municipal de Cuiabá. "Por óbvio, isto reduziu ainda mais as chances de maiores debates e questionamentos na Casa de Leis", disse.
Conforme parecer elaborado por técnicos ambientais nomeados pelo Ministério Público, algumas modificações implementadas na lei causarão sérios impactos ao meio ambiente. A redução das Zonas de Interesse Ambiental, por exemplo, ocasionará expressiva redução das áreas de preservação e conservação.
"Como consequências, teremos perda de flora e fauna silvestre, interferência no clima urbano e consequentemente diminuição da qualidade de vida da população", explicou.
O adensamento das Zonas Predominantemente Residenciais, segundo os técnicos, permitirá a disseminação de condomínios multifamiliares, comprometendo a qualidade da paisagem urbana e na captação de água. " A transformação da Zona Residencial, de Unifamiliar para Multifamiliar, não pode ser feita sem maiores critérios", afirmou.
Além da imediata suspensão dos efeitos da lei, o MPE requer, em julgamento de mérito, a sua anulação. A ação foi proposta nesta sexta-feira (12.08).