Foto José Lemos 10/10/15
José Antonio Lemos dos Santos
Como um milagre, de repente só boas notícias. Impressão minha ou os tempos estão dando sinais de mudanças positivas, para frente, ao menos em Mato Grosso? Claro que ajudou muito esta visão mais otimista do mundo a estada de meus quatro netos em minha casa neste fim de semana prolongado dedicado às crianças e à Nossa Senhora Aparecida. É importante o passado e as investigações oficiais sobre seus acertos e erros, mas sem prejuízo da construção positiva do futuro.
Pois bem, a sexta feira, dia 9, amanhece com a notícia do governo do estado ter assinado ordem de serviço para retomada das obras do Aeroporto Marechal Rondon, paradas há no mínimo 10 meses. Nestes tempos globalizados o privilégio de um aeroporto de porte internacional é uma vantagem comparativa excepcional que não pode ser desprezada, mas trabalhada como poderosa ferramenta de desenvolvimento local e regional dado seu poder atrativo de investimentos como diferencial gerencial e logístico. Ainda mais, Mato Grosso, hoje uma das regiões mais dinâmicas e produtivas do planeta, com interesses pelo mundo todo. Trata-se de sua principal porta de entrada que deve estar sempre bonita, confortável, segura, moderna e compatível com as projeções de desenvolvimento regional. No caso do Marechal Rondon, trata-se ainda de um hub aeroviário continental em potencial por sua localização estratégica única no centro do continente sul-americano. Aliás, jamais será demais lembrar a fantástica visão de futuro dos que na década de 40 tiveram a coragem de destinar na Cuiabá de então mais de 700 hectares à ainda incipiente aviação comercial. Era muita confiança no desenvolvimento do estado e da aviação. Tinham a visão correta do futuro. Hoje entre os 14 mais movimentados do país. Este ano passou os de Manaus e Goiânia. Profetas. Quantos deles teríamos hoje? Para chamar de “elefante branco” sim, aliás, muitos.
Outra ótima do fim de semana foi a proposta do governador Pedro Taques de criar um espaço cultural multiuso para a população na área do 44º BIM. Sensacional! Lembra Dante de Oliveira e a parceria similar com o Exército, que resultou no fantástico Parque Mãe Bonifácia. O 44º sempre me lembra o presidente Dutra, seu construtor ainda quando ministro. Cuiabaninho vendedor de bolos feitos por sua mãe no centro de Cuiabá, pobre, saiu daqui sem qualquer ajuda, negada reiteradas vezes, em busca dos estudos em um colégio militar a que tinha direito como órfão de veterano da Guerra do Paraguai. E foi lavando pratos nas lanchas e trens que alcançou seu destino como presidente da República eleito e conquistou seu lugar na História. Cuiabá, Mato Grosso e o Brasil têm uma imensa dívida com Dutra, um grande presidente que entre outras coisas convocou a Constituinte que produziu a Constituição mais democrática que o Brasil já teve, e ficou conhecido como “o homem do livrinho” por obedecê-la e pelo exemplar que levava sempre em seu bolso. Tudo a ver com nosso governador, também defensor incondicional da Constituição. A bela proposta do governo estadual comportaria um Memorial Dutra, nele incluso um Colégio Militar para ajudar nossas crianças a sonhar serem novos Dutra, novos Rondon? É bom lembrar que em 1957 a prefeitura doou a área hoje ocupada pelo Círculo Militar para ser o Colégio Militar de Cuiabá. Até hoje...
Ainda apareceu ouro em Pontes e Lacerda, mas é bom esperar mais notícias. Prefiro lembrar a alegria de rever a Arena Pantanal com sua espetacular fachada cênica iluminada como espero que permaneça sempre como um elemento a mais de atração turística em Mato Grosso. Levava uns amigos de Mato Grosso do Sul para conhecer a Arena e para minha surpresa estava iluminada. Também surpresos, ficaram maravilhados!
(Publicado em 14/10/15 pela Pàgina do Enock, em 15/10/15 pelo Diário de Cuiabá, Midianews, ...)
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