José Antonio Lemos dos Santos
Como se repete a cada dois anos, domingo passado tivemos a grande festa da democracia no Brasil, agora com a eleição dos novos prefeitos nas 50 cidades brasileiras que ficaram dependentes do segundo turno nestas eleições municipais de 2012. As eleições democráticas são antes de tudo um amplo processo de reflexão da sociedade sobre seu presente e seu futuro, reafirmando ou corrigindo rumos e concluindo com a escolha daqueles que serão responsáveis por sua condução nos próximos anos. Trata-se de momento especial em que a sociedade debruça sobre seus problemas e potencialidades, avalia os caminhos a seguir e, sobretudo, amadurece seus conceitos sobre a democracia, ajudando a aperfeiçoá-la. Não há derrotados ou perdedores, só vencedores.
Nas minhas não poucas eleições já vividas arrisco-me a dizer ter sido esta a mais madura de todas, naturalmente com muitos detalhes a corrigir e até alguns erros grosseiros como aquela falha de comunicação da própria Justiça Eleitoral no primeiro turno que forçou a suspensão da apuração dos votos em Cuiabá por algumas horas. No mais tivemos de um modo geral um show de civismo por parte da população, seja ao longo dos comícios e debates, seja na tranquilidade do pleito, das apurações e das comemorações pós-eleitorais. Tive a impressão de que mesmo a escolha dos candidatos se deu de forma mais amadurecida no Brasil inteiro, por exemplo, com a significativa redução de sensibilidade aos apelos de figuras midiáticas como ex-jogadores, artistas, radialistas e apresentadores de TV que tradicionalmente disparavam como os mais votados em todas as eleições. Parece que enfim começamos a perceber a diferença de atribuições entre as funções. Mesmo na eleição majoritária pode ser notada uma maior cautela, uma espera maior para definição, sem aquele oba-oba imediato semelhante a torcidas de futebol, muito característico das eleições do passado.
Cuiabá teve talvez, em seu conjunto, o melhor grupo de candidatos a prefeito de sua história. Chegaram ao segundo turno um político e um empresário de grandes qualidades e inovadores em suas áreas. Foi eleito Mauro Mendes, já temperado pelo fogo de duas eleições, e agora com o mérito de suplantar na escolha popular a Lúdio Cabral uma nova figura na política local, carismático e dono de uma performance exemplar na Câmara de Vereadores. O novo prefeito assume Cuiabá no melhor momento de sua história, com a responsabilidade de ajudar a prepará-la e conduzi-la sob o foco dos holofotes de uma Copa do Mundo, bem como de encaminhar os preparativos para o Tricentenário, seu mais significativo evento no século. Caberá a ele o papel de maior autoridade municipal, líder condutor de Cuiabá na solução de seus problemas e, principalmente, no desenvolvimento de todas as imensas potencialidades que o futuro lhe oferece como lugar central de uma das regiões mais dinâmicas e produtivas do planeta. Não só consertar os problemas da cidade do passado, mas corrigi-los à luz da construção da cidade do futuro. Não só cuidar das responsabilidades do âmbito municipal, mas cobrar os direitos de Cuiabá nas instâncias em que estiverem. O aeroporto, o gás, a ferrovia, o Porto-Seco, a duplicação rodoviária até Rondonópolis e Posto Gil, projetos fundamentais ao futuro de Cuiabá, não podem continuar abandonados politicamente.
a escolha do prefeito é a ponta do iceberg eleitoral. O mais importante é o amadurecimento cívico que os processos eleitorais trazem com a reflexão da sociedade sobre seu destino. Mais que um novo prefeito, parece surgir enfim uma nova cidadania, menos passiva, que aplaude, propõe e ajuda as autoridades, mas que também critica, cobra e fiscaliza. Boa sorte Cuiabá, e que venha o futuro!
José Antonio Lemos dos Santos, arquiteto e urbanista, é professor universitário aposentado . Troféu "João Thimóteo"-1991-IAB/MT/ "Diploma do Mérito IAB 80 Anos"/ Troféu "O Construtor" - Sinduscon MT Ano 2000 / Arquiteto do Ano 2010 pelo CREA-MT/ Comenda do Legislativo Cuiabano 2018/ Ordem do Mérito Cuiabá 300 Anos da Câmara Municipal de Cuiabá 2019.
"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)
terça-feira, 30 de outubro de 2012
NOVO PREFEITO, NOVA CIDADANIA
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012
ENTREVISTA
Ver em:
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
VITÓRIA COMPLETA?
Parece que, depois da Policlínica, estamos próximos de salvar de serem vendidos os terrenos objeto da Lei 5574/12. Conforme matéria do GD abaixo o Ministério Público Estadual pediu a indisponibilidade dos referidos imóveis. Veja:
Quinta, 25 de outubro de 2012, 18h34
MP pede indisponibilidade de imóveis em Cuiabá
Flávia Borges, repórter do GD
Em ação cautelar com pedido de liminar, o Ministério Público Estadual (MPE) pede para que seja decretada a indisponibilidade dos 4 imóveis indicados na Lei Municipal 5.574 de 3 de agosto de 2012, que autorizou a alienação dos mesmos em Cuiabá. Os lotes estão localizados nos bairros Cidade Alta, Alvorada, Jardim Vitória e Jardim Cuiabá. Para o MP, há consistentes indícios de ilegalidade na autorização de alienação destes imóveis.
O promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva explica que após a polêmica que envolveu a concessão de autorização legal para a alienação da área onde se situa a Policlínica do Verdão, verificou-se que a mensagem na qual se solicitou a desafetação e a autorização para a venda dos lotes não foi acompanhada de levantamentos técnicos e informações que justificassem a alienação. "É necessário um levantamento mais apurado para verificar se os mencionados bens desempenham ou podem desempenhar alguma função relevante nos bairros atingidos, no que se refere a aspectos viários, ao lazer ou à instalação de equipamentos públicos", ressalta.
Segundo ele, em algumas hipóteses, é possível admitir a desafetação das áreas e sua alienação, permitindo que o poder púbico organize melhor o uso do solo da cidade e atenda aos interesses públicos. "Porém, entre alienar o bem a terceiro e implantar uma área verde, propícia ao lazer da comunidade, o poder púbico deve optar pela segunda alternativa a qual se amolda melhor aos objetivos da política urbana instituídos pela Constituição Federal de 1988, que são o de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o de garantir o bem estar de seus habitantes".
O promotor garante que parte do imóvel situado no bairro Cidade Alta, onde está localizada a Policlínica, provavelmente será destinado para estacionamento da Arena Pantanal, "com acesso facilitado por meio de modernas avenidas e viadutos que serão construídos, agregando valorização ao bem e, consequentemente, interesse imobiliário". O membro do Ministério Público destaca a importância de se resguardar áreas públicas nas imediações dos bairros Cidade Alta e Verdão.
"Além da notória falta de lazer dos locais, o poder público tem se utilizado da locação de imóveis para a instalação de alguns equipamentos públicos, como é o caso do imóvel alugado para o CAPS II Verdão, cujas péssimas condições de infraestrutura levaram o Ministério Público a ingressar com ação civil pública contra o município de Cuiabá", afirmou.
Ele citou, ainda, que o MP possui alguns procedimentos que analisam justamente reclamações de falta de infraestrutura urbana nas regiões dos bairros Alvorada e Jardim Vitória, os quais são desprovidos de espaços públicos para praças e equipamentos esportivos e de lazer. "Até mesmo o bairro Jardim Cuiabá, embora melhor estruturado que os demais, também não pode prescindir de uma área de um hectare situada em um dos locais mais valorizados do município e que pode abrigar importantes equipamentos públicos".
Na ação, o MP requer que, caso a Justiça acate o pedido liminar, que a decisão seja mantida até a conclusão do procedimento preparatório, que está em curso na 29ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística de Cuiabá. Além disso, o MP também requer que o município de Cuiabá repasse informações sobre o procedimento de alienação dos imóveis indicados, com cópias de avaliação dos bens e de eventual processo licitatório, já que tais informações foram sonegadas quando solicitadas. (Ascom)
O promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva explica que após a polêmica que envolveu a concessão de autorização legal para a alienação da área onde se situa a Policlínica do Verdão, verificou-se que a mensagem na qual se solicitou a desafetação e a autorização para a venda dos lotes não foi acompanhada de levantamentos técnicos e informações que justificassem a alienação. "É necessário um levantamento mais apurado para verificar se os mencionados bens desempenham ou podem desempenhar alguma função relevante nos bairros atingidos, no que se refere a aspectos viários, ao lazer ou à instalação de equipamentos públicos", ressalta.
Segundo ele, em algumas hipóteses, é possível admitir a desafetação das áreas e sua alienação, permitindo que o poder púbico organize melhor o uso do solo da cidade e atenda aos interesses públicos. "Porém, entre alienar o bem a terceiro e implantar uma área verde, propícia ao lazer da comunidade, o poder púbico deve optar pela segunda alternativa a qual se amolda melhor aos objetivos da política urbana instituídos pela Constituição Federal de 1988, que são o de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o de garantir o bem estar de seus habitantes".
O promotor garante que parte do imóvel situado no bairro Cidade Alta, onde está localizada a Policlínica, provavelmente será destinado para estacionamento da Arena Pantanal, "com acesso facilitado por meio de modernas avenidas e viadutos que serão construídos, agregando valorização ao bem e, consequentemente, interesse imobiliário". O membro do Ministério Público destaca a importância de se resguardar áreas públicas nas imediações dos bairros Cidade Alta e Verdão.
"Além da notória falta de lazer dos locais, o poder público tem se utilizado da locação de imóveis para a instalação de alguns equipamentos públicos, como é o caso do imóvel alugado para o CAPS II Verdão, cujas péssimas condições de infraestrutura levaram o Ministério Público a ingressar com ação civil pública contra o município de Cuiabá", afirmou.
Ele citou, ainda, que o MP possui alguns procedimentos que analisam justamente reclamações de falta de infraestrutura urbana nas regiões dos bairros Alvorada e Jardim Vitória, os quais são desprovidos de espaços públicos para praças e equipamentos esportivos e de lazer. "Até mesmo o bairro Jardim Cuiabá, embora melhor estruturado que os demais, também não pode prescindir de uma área de um hectare situada em um dos locais mais valorizados do município e que pode abrigar importantes equipamentos públicos".
Na ação, o MP requer que, caso a Justiça acate o pedido liminar, que a decisão seja mantida até a conclusão do procedimento preparatório, que está em curso na 29ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística de Cuiabá. Além disso, o MP também requer que o município de Cuiabá repasse informações sobre o procedimento de alienação dos imóveis indicados, com cópias de avaliação dos bens e de eventual processo licitatório, já que tais informações foram sonegadas quando solicitadas. (Ascom)
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terça-feira, 23 de outubro de 2012
O LUGAR MÁGICO DE CUIABÁ
José Antonio Lemos dos Santos
Toda cidade tem uma dimensão regional que lhe dá origem e sentido. As cidades surgem na história quando uma região passa a produzir o excedente econômico necessário ao surgimento da divisão de trabalho urbano/rural e, por conseguinte capaz de sustentar e promover a própria vida urbana. A Carta de Atenas, documento fundamental do urbanismo, diz que o limite de uma cidade é função dos limites de sua ação econômica. Assim, a maioria dos fatores que determinam o desenvolvimento de uma cidade encontra-se fora de seus traçados urbanísticos, muitas vezes muito distantes, fora de seus limites municipais, estaduais ou até mesmo nacionais como é caso dos centros regionais, nacionais ou das atuais metrópoles globais.
Para Cuiabá a dimensão regional sempre foi determinante. Com a exaustão do seu rápido ciclo da extração do ouro no século XVIII, à cidade não restava outro destino a não ser o declínio e o desaparecimento, como o de muitas cidades garimpeiras ou mineradoras ao fim de suas atividades extrativistas. Salvou-a, porém sua localização estratégica a oeste da Linha de Tordesilhas. A Coroa Portuguesa sempre manteve a expectativa de que o território de sua colônia ainda viesse render muitas riquezas minerais, a exemplo das vizinhas colônias espanholas. Com o aparecimento do ouro em Cuiabá, Minas e Goiás essa expectativa aumentou e então Portugal resolveu manter a Vila do Senhor Bom Jesus de Cuiabá como um bastião português em pleno território espanhol, uma vilazinha no centro do continente sul-americano. E Cuiabá solitária desempenhou esse papel de defensora e apoiadora do território brasileiro ocidental, do atual Mato Grosso do Sul aos limites do Acre, mesmo depois da independência, até hoje.
Como todas as cidades, Cuiabá também está intimamente ligada à sua região. Cuiabá sempre viveu de sua importante função regional, e sua vasta região sempre encontrou nela o apoio urbano necessário ao seu desenvolvimento, em pacífica simbiose. Durante séculos essa região configurou um quase vazio econômico, mais de interesse estratégico para o país do que produtivo. O povo mato-grossense e cuiabano comeu o pão que o diabo amassou, porém durante esse período forjou-se uma população valorosa, destemida, alegre e hospitaleira capaz de produzir um vasto acervo cultural com sua gastronomia, sua forma de falar, de cantar, de dançar e de viver. Com o passar do tempo, contudo, o trabalho dessa gente foi transformando a região que, ao invés do antigo imenso vazio econômico, hoje impressiona o mundo como uma das regiões mais dinâmicas e produtivas do planeta, cujo principal centro regional continua sendo a velha e querida Cuiabá.
Conquistado a base de muito sofrimento e trabalho, este lugar mágico de Cuiabá com todas as suas perspectivas de futuro é o maior legado de nossos antepassados aos mato-grossenses e cuiabanos de hoje. Cabe à atual geração a responsabilidade de repassá-lo às gerações que virão. Que o debate eleitoral que se encerra nesta semana produza, mais que um administrador local, um prefeito estadista com a compreensão de toda a grandeza regional cuiabana, que extrapola os limites físicos do município e aos limites administrativos da prefeitura. Um líder que corra atrás dos interesses da cidade onde quer que estejam e que entenda que a tricentenária Cuiabá hoje vive o choque da transformação regional e espontaneamente se revitaliza adequando-se às novas funções urbanas e aos novos e sofisticados patamares de demanda de seu hinterland. Um prefeito que a ajude nesse grande salto qualitativo, realizando todas as potencialidades de sua centralidade mágica em favor da qualidade de vida de sua gente.
(Publicado em 23/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
Toda cidade tem uma dimensão regional que lhe dá origem e sentido. As cidades surgem na história quando uma região passa a produzir o excedente econômico necessário ao surgimento da divisão de trabalho urbano/rural e, por conseguinte capaz de sustentar e promover a própria vida urbana. A Carta de Atenas, documento fundamental do urbanismo, diz que o limite de uma cidade é função dos limites de sua ação econômica. Assim, a maioria dos fatores que determinam o desenvolvimento de uma cidade encontra-se fora de seus traçados urbanísticos, muitas vezes muito distantes, fora de seus limites municipais, estaduais ou até mesmo nacionais como é caso dos centros regionais, nacionais ou das atuais metrópoles globais.
Para Cuiabá a dimensão regional sempre foi determinante. Com a exaustão do seu rápido ciclo da extração do ouro no século XVIII, à cidade não restava outro destino a não ser o declínio e o desaparecimento, como o de muitas cidades garimpeiras ou mineradoras ao fim de suas atividades extrativistas. Salvou-a, porém sua localização estratégica a oeste da Linha de Tordesilhas. A Coroa Portuguesa sempre manteve a expectativa de que o território de sua colônia ainda viesse render muitas riquezas minerais, a exemplo das vizinhas colônias espanholas. Com o aparecimento do ouro em Cuiabá, Minas e Goiás essa expectativa aumentou e então Portugal resolveu manter a Vila do Senhor Bom Jesus de Cuiabá como um bastião português em pleno território espanhol, uma vilazinha no centro do continente sul-americano. E Cuiabá solitária desempenhou esse papel de defensora e apoiadora do território brasileiro ocidental, do atual Mato Grosso do Sul aos limites do Acre, mesmo depois da independência, até hoje.
Como todas as cidades, Cuiabá também está intimamente ligada à sua região. Cuiabá sempre viveu de sua importante função regional, e sua vasta região sempre encontrou nela o apoio urbano necessário ao seu desenvolvimento, em pacífica simbiose. Durante séculos essa região configurou um quase vazio econômico, mais de interesse estratégico para o país do que produtivo. O povo mato-grossense e cuiabano comeu o pão que o diabo amassou, porém durante esse período forjou-se uma população valorosa, destemida, alegre e hospitaleira capaz de produzir um vasto acervo cultural com sua gastronomia, sua forma de falar, de cantar, de dançar e de viver. Com o passar do tempo, contudo, o trabalho dessa gente foi transformando a região que, ao invés do antigo imenso vazio econômico, hoje impressiona o mundo como uma das regiões mais dinâmicas e produtivas do planeta, cujo principal centro regional continua sendo a velha e querida Cuiabá.
Conquistado a base de muito sofrimento e trabalho, este lugar mágico de Cuiabá com todas as suas perspectivas de futuro é o maior legado de nossos antepassados aos mato-grossenses e cuiabanos de hoje. Cabe à atual geração a responsabilidade de repassá-lo às gerações que virão. Que o debate eleitoral que se encerra nesta semana produza, mais que um administrador local, um prefeito estadista com a compreensão de toda a grandeza regional cuiabana, que extrapola os limites físicos do município e aos limites administrativos da prefeitura. Um líder que corra atrás dos interesses da cidade onde quer que estejam e que entenda que a tricentenária Cuiabá hoje vive o choque da transformação regional e espontaneamente se revitaliza adequando-se às novas funções urbanas e aos novos e sofisticados patamares de demanda de seu hinterland. Um prefeito que a ajude nesse grande salto qualitativo, realizando todas as potencialidades de sua centralidade mágica em favor da qualidade de vida de sua gente.
(Publicado em 23/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012
JAURU
terça-feira, 16 de outubro de 2012
CUIABÁ, O LÍDER NECESSÁRIO
José Antonio Lemos dos Santos
(Publicado em 16/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
C
Ainda deveria tratar a questão da Policlínica do Verdão saudando o prefeito Francisco Galindo por sua mensagem à Câmara de Vereadores revogando a Lei autorizativa para a venda daquele equipamento, mas ao mesmo tempo criticá-lo por fazê-lo de uma forma “casada” com outra autorização, agora para venda da área do Terminal Atacadista. Ou vende uma, ou vende outra. Por que essa pressa na venda de uma das áreas de maior valorização em Mato Grosso, ao lado da Arena Pantanal, um dos palcos da Copa? Porém, mesmo importante, o assunto não supera o caráter decisivo do segundo turno na escolha do prefeito da cidade.
Ainda que o quadro tributário privilegie as esferas estadual e federal, desequilibrando assim o poder político, apesar disso pode-se dizer que o nível municipal é o mais importante para o cidadão, pois é nele que acontecem as coisas que lhe dizem respeito diretamente. A união e os estados não existem concretamente, os municípios sim. É na porta dos prefeitos que os cidadãos batem na hora das dificuldades. Assim, se houvesse uma escala de importância entre as eleições dava para concluir que as municipais são as mais importantes, ademais por influenciarem as eleições estaduais e federais subsequentes.
Preocupa-me o processo reducionista da importância do prefeito, em especial no caso de Cuiabá, talvez em decorrência de que por algum tempo tenham sido nomeados. O prefeito foi reduzido a uma espécie de gerente de obras e serviços públicos, salvo em raríssimas exceções de um ou dois prefeitos. Para muitos trata-se de uma posição confortável já que permite-lhes o jogo de empurra-empurra entre os poderes, deixando o coitado do cidadão sem saber a quem recorrer: ao prefeito, governador ou ao presidente? ou agora à presidenta? Ao vereador, deputados estaduais, federais ou senadores? Sem dúvida, uma situação confortável para aquelas autoridades com menor espírito republicano.
Na estrutura institucional dos poderes nacionais, todos os poderes devem ser exercidos em nome e proveito do cidadão, logo, todos são responsáveis pelos interesses do povo. Assim, o prefeito municipal é uma autoridade, um poder político, não só um gerente para tapar buracos ou fazer funcionar os serviços de saúde, saneamento ou de trânsito. É muito mais que isso. Ele é legalmente o maior líder do município para conduzir seus destinos, um estadista, e dessa obrigação não pode escapar. Todos os assuntos que interessem diretamente à vida do munícipe são da incumbência política dos prefeitos. Se estiver dentro da alçada administrativa do município, é nela que deverá agir. Se estiver na alçada do governo estadual ou federal, deve arregaçar as mangas e o gogó e correr atrás, brigar, lutar por aquilo que seu município tem direito. Até mesmo na esfera privada, como no caso de políticas de atração de empresas para geração de empregos.
Cuiabá vive o melhor momento de sua história, centralizando uma das regiões mais dinâmicas no mundo, um papel regional que é decisivo em sua formação e desenvolvimento. Muitos assuntos de seu interesse estão na escala regional, fora do território municipal e da alçada administrativa da prefeitura, mas não fora da responsabilidade política do prefeito, líder condutor dos destinos do município. Entre outros, é o caso da ferrovia, da ampliação do aeroporto, da duplicação rodoviária até Rondonópolis e Posto Gil, do aproveitamento do gás e da Copa do Pantanal. Os futuros prefeitos de Cuiabá e os atuais candidatos não podem continuar fingindo não ver assuntos tão determinantes para o futuro da cidade e para a qualidade de vida de sua gente. No segundo turno teremos afinal um debate entre estadistas? ou entre gerentões, inferiores à cidade que querem governar?(Publicado em 16/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
POLICLÍNICA E ELEIÇÕES
José Antonio Lemos dos Santos
Na quarta-feira passada recebi honroso telefonema do prefeito municipal de Cuiabá, Francisco Galindo, agradecendo-me pelo artigo do dia anterior “Policlínica à venda”. Com a simpatia que é peculiar à sua pessoa, disse-me que na tarde do dia anterior havia se reunido com seus assessores quando entenderam que o artigo tinha razão e que revogaria a lei autorizativa da venda da Policlínica do Verdão evitando que sua administração prosseguisse em um grave erro. Além da gentileza do agradecimento pessoal, o telefonema me alegrou como cuiabano, pois reconheci no gesto a perspectiva de que temos no Alencastro um prefeito com a grandeza de reconhecer um erro e corrigi-lo, condição indispensável ao cargo.
Naturalmente, agradeci o telefonema e informei que iria comentá-lo no artigo desta terça-feira, acreditando que a importante notícia da revogação partiria da prefeitura nesse ínterim. Até porque a prefeitura havia emitido nota oficial de esclarecimento informando que não tinha intenção de vender a Policlínica, mas de ampliá-la, mesmo que essa afirmação não combinasse com a Lei 5574/12, que autoriza a venda área na qual está instalada. Além de que, na noite anterior ao artigo da semana passada, o secretário de Desenvolvimento Urbano havia reafirmado no programa Resumo do Dia a nota de esclarecimento da prefeitura. Tendo aulas todas as noites, não assisti ao programa que foi, contudo comentado por amigos que assistiram. Então, seria natural esperar alguma notícia da prefeitura informando a nova decisão.
A notícia oficial da revogação não veio até ontem, talvez até evitando os últimos dias decisivos das eleições municipais de domingo. Não tenho motivos para não confiar no elegante telefonema do prefeito, mas confesso que preferia neste artigo estar saudando sua nobre decisão já com uma manifestação oficial publicada salvando a policlínica. Enquanto isso a Lei autorizativa continua em vigor como uma espada de Dâmocles sobre a Policlínica do Verdão. Entretanto estou confiante em que ela está salva já que o atual prefeito afirmou que irá revogar a lei que autoriza sua venda - portanto, não irá vendê-la - e nem muito menos o futuro prefeito a ser definido no próximo dia 28 iria dar prosseguimento a um erro da administração anterior.
Convém lembrar que a Lei 5574/12 além de autorizar a venda da área em que está a Policlínica do Verdão, autoriza ainda a venda de outras 3 áreas que reputo serem da maior importância para seus respectivos bairros. Duas delas no Alvorada e no Jardim Vitória, áreas grandes em bairros totalmente desprovidos de espaços públicos para praças, equipamentos esportivos e de lazer, ou mesmo equipamentos públicos. Qual o sentido de vender agora? O mesmo em relação à área do Jardim Cuiabá que embora melhor estruturado também não pode prescindir de uma área de mais de 1 ha de frente para a Avenida 8 de Abril, que poderia abrigar importantes equipamentos públicos dada a facilidade de acesso pela importante avenida. Ou mesmo poderia ser uma bela praça, que sempre será bem vinda em Cuiabá. Aliás, tratando-se de um loteamento, nem sei se sua venda seria legalmente possível.
O importante é que entramos no segundo turno das eleições para prefeito de Cuiabá com o povo demonstrando neste domingo grande civilidade e amadurecimento político. Que os vereadores já eleitos correspondam à confiança com que foram ungidos pelo eleitor para serem seus funcionários na honrosa e difícil tarefa de dirigir e zelar pela coisa pública e pelo destino de nossa cidade. Além disso, que o novo prefeito a ser escolhido no próximo dia 28 tenha também, como o atual, a grandeza de reconhecer seus eventuais erros, e corrigi-los.
(Publicado em 09/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
Na quarta-feira passada recebi honroso telefonema do prefeito municipal de Cuiabá, Francisco Galindo, agradecendo-me pelo artigo do dia anterior “Policlínica à venda”. Com a simpatia que é peculiar à sua pessoa, disse-me que na tarde do dia anterior havia se reunido com seus assessores quando entenderam que o artigo tinha razão e que revogaria a lei autorizativa da venda da Policlínica do Verdão evitando que sua administração prosseguisse em um grave erro. Além da gentileza do agradecimento pessoal, o telefonema me alegrou como cuiabano, pois reconheci no gesto a perspectiva de que temos no Alencastro um prefeito com a grandeza de reconhecer um erro e corrigi-lo, condição indispensável ao cargo.
Naturalmente, agradeci o telefonema e informei que iria comentá-lo no artigo desta terça-feira, acreditando que a importante notícia da revogação partiria da prefeitura nesse ínterim. Até porque a prefeitura havia emitido nota oficial de esclarecimento informando que não tinha intenção de vender a Policlínica, mas de ampliá-la, mesmo que essa afirmação não combinasse com a Lei 5574/12, que autoriza a venda área na qual está instalada. Além de que, na noite anterior ao artigo da semana passada, o secretário de Desenvolvimento Urbano havia reafirmado no programa Resumo do Dia a nota de esclarecimento da prefeitura. Tendo aulas todas as noites, não assisti ao programa que foi, contudo comentado por amigos que assistiram. Então, seria natural esperar alguma notícia da prefeitura informando a nova decisão.
A notícia oficial da revogação não veio até ontem, talvez até evitando os últimos dias decisivos das eleições municipais de domingo. Não tenho motivos para não confiar no elegante telefonema do prefeito, mas confesso que preferia neste artigo estar saudando sua nobre decisão já com uma manifestação oficial publicada salvando a policlínica. Enquanto isso a Lei autorizativa continua em vigor como uma espada de Dâmocles sobre a Policlínica do Verdão. Entretanto estou confiante em que ela está salva já que o atual prefeito afirmou que irá revogar a lei que autoriza sua venda - portanto, não irá vendê-la - e nem muito menos o futuro prefeito a ser definido no próximo dia 28 iria dar prosseguimento a um erro da administração anterior.
Convém lembrar que a Lei 5574/12 além de autorizar a venda da área em que está a Policlínica do Verdão, autoriza ainda a venda de outras 3 áreas que reputo serem da maior importância para seus respectivos bairros. Duas delas no Alvorada e no Jardim Vitória, áreas grandes em bairros totalmente desprovidos de espaços públicos para praças, equipamentos esportivos e de lazer, ou mesmo equipamentos públicos. Qual o sentido de vender agora? O mesmo em relação à área do Jardim Cuiabá que embora melhor estruturado também não pode prescindir de uma área de mais de 1 ha de frente para a Avenida 8 de Abril, que poderia abrigar importantes equipamentos públicos dada a facilidade de acesso pela importante avenida. Ou mesmo poderia ser uma bela praça, que sempre será bem vinda em Cuiabá. Aliás, tratando-se de um loteamento, nem sei se sua venda seria legalmente possível.
O importante é que entramos no segundo turno das eleições para prefeito de Cuiabá com o povo demonstrando neste domingo grande civilidade e amadurecimento político. Que os vereadores já eleitos correspondam à confiança com que foram ungidos pelo eleitor para serem seus funcionários na honrosa e difícil tarefa de dirigir e zelar pela coisa pública e pelo destino de nossa cidade. Além disso, que o novo prefeito a ser escolhido no próximo dia 28 tenha também, como o atual, a grandeza de reconhecer seus eventuais erros, e corrigi-los.
(Publicado em 09/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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domingo, 7 de outubro de 2012
QUAL A MAIS BELA?
Veja os projetos e como estão as obras dos estádios para a Copa. Embora as obras da Arena de Cuiabá tenha a foto mais atrasada este infográfico é muito bom porque é comparativo. Ao final você escolhe qual q Arena mais bonita. Veja no site:
sábado, 6 de outubro de 2012
ARENA DE BRASÍLIA
Veja que matéria bem explicativa sobre a Arena de Brasília no site:
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
A ARENA DE MINHA JANELA
Foto: José Antonio
Dá para comparar como estava no mês passado:
Foto: José Antonio
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
POLICLÍNICA À VENDA
José Antonio Lemos dos Santos
A forma rápida, sem conhecimento público ou discussões como foi aprovada a nova lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano de Cuiabá em maio do ano passado – considerada válida pela Justiça –, virou modelo para a tramitação de outras leis subsequentes em Cuiabá. A partir de então o cidadão tem que ficar atento em relação às novas aprovações de leis tratando da cidade. No início de agosto deste ano o promotor Carlos Eduardo Silva noticiou que o Ministério Público Estadual (MPE) havia instaurado procedimento para apurar a alienação de quatro imóveis do município de Cuiabá, autorizada pela Câmara Municipal de Cuiabá no dia primeiro daquele mês. Passados quase 2 meses da lei autorizativa, sem notícias sobre o assunto, busquei por conta própria saber a quantas andava a alienação dos referidos imóveis. Encontrei então na Gazeta Municipal a Lei n° 5574 de 03/08/2012 com as autorizações para "alienar sob a forma de venda" aqueles lotes, com os respectivos caminhamentos topográficos e, surpresa, dentro de uma dessas áreas encontrava-se nada mais nada menos que a Policlínica do Verdão!
O evidente absurdo virou notícia e de imediato a prefeitura divulgou uma Nota de Esclarecimento sobre o assunto. A Nota, no mínimo esquisita, não fala na Lei 5574 que trata das autorizações para as vendas, mas focaliza a Lei 5575, sancionada no mesmo dia, mas que não tem nada a ver com o caso. Aliás, a Lei 5575 usada na Nota trata da criação de uma também surpreendente verba indenizatória mensal a ser paga ao prefeito e vereadores, no valor de R$ 15 mil, cuja discussão não vem ao caso. Voltando à Nota, a prefeitura informa que através da Lei 5575 (que, repito, não fala sobre o assunto) estaria vendendo a área do Terminal Atacadista do Verdão para ampliar a Policlínica, e não fechá-la. Na Nota o prefeito afirma que “jamais seria irresponsável a ponto de vender o terreno de uma policlínica.” Por certo, não, pois a Lei n° 5574 foi sancionada por seu interino.
Dada a situação inusitada, peço aos leitores que em caso de dúvidas recorram ao Google Mapas e à Gazeta Municipal, disponível no site da prefeitura, pesquisando a edição n. 1138, lá na primeira folha estão as Leis 5574/12 e 5575/12. No site da prefeitura encontra-se também a Nota de Esclarecimento. Pelo menos até ontem estavam lá. A leitura da Gazeta Municipal confirma que é a Lei 5574/12 que trata da autorização para “alienar sob forma de venda” as 4 áreas, e não a 5575/12. A primeira dessas áreas descritas na Lei é a da Policlínica com 6.744,31 m², cujo perímetro começa no M-1, ”situado na esquina da Rua da Saudade com a Avenida Dr. Agrícola Paes de Barros, daí segue pela Rua da Saudade ...” faz o caminhamento e volta ao M-1 para fechar o polígono, dentro do qual encontra-se a Policlínica. Para confirmar se a Policlínica ficava nessa esquina fui lá pessoalmente. Quem continuar em dúvida e não quiser ir até o local, basta olhar no Google Mapas que hoje desfruta de alta confiabilidade internacional. Sinto muito, senhor prefeito, mas, pelo menos de acordo com a edição n° 1138 da Gazeta Municipal disponível na internet, a Câmara de Vereadores, através da Lei 5574/12, autorizou, sim, a venda da área onde se encontra hoje a Policlínica do Verdão, separada da área do Terminal Atacadista. A Nota de Esclarecimento traz ainda informações sobre o interesse da prefeitura em vender antes da Copa também a área do Terminal Atacadista do Verdão, uma área de cerca de 20 mil m², na interseção da Avenida Miguel Sutil com a Avenida Agrícola Paes da Barros, a avenida da Arena Pantanal. Por que tanta pressa? Importante que venha logo o parecer do MPE sobre o assunto ou melhores esclarecimentos da prefeitura. Bons votos a todos neste domingo eleitoral!
(Publicado em 02/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
A forma rápida, sem conhecimento público ou discussões como foi aprovada a nova lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano de Cuiabá em maio do ano passado – considerada válida pela Justiça –, virou modelo para a tramitação de outras leis subsequentes em Cuiabá. A partir de então o cidadão tem que ficar atento em relação às novas aprovações de leis tratando da cidade. No início de agosto deste ano o promotor Carlos Eduardo Silva noticiou que o Ministério Público Estadual (MPE) havia instaurado procedimento para apurar a alienação de quatro imóveis do município de Cuiabá, autorizada pela Câmara Municipal de Cuiabá no dia primeiro daquele mês. Passados quase 2 meses da lei autorizativa, sem notícias sobre o assunto, busquei por conta própria saber a quantas andava a alienação dos referidos imóveis. Encontrei então na Gazeta Municipal a Lei n° 5574 de 03/08/2012 com as autorizações para "alienar sob a forma de venda" aqueles lotes, com os respectivos caminhamentos topográficos e, surpresa, dentro de uma dessas áreas encontrava-se nada mais nada menos que a Policlínica do Verdão!
O evidente absurdo virou notícia e de imediato a prefeitura divulgou uma Nota de Esclarecimento sobre o assunto. A Nota, no mínimo esquisita, não fala na Lei 5574 que trata das autorizações para as vendas, mas focaliza a Lei 5575, sancionada no mesmo dia, mas que não tem nada a ver com o caso. Aliás, a Lei 5575 usada na Nota trata da criação de uma também surpreendente verba indenizatória mensal a ser paga ao prefeito e vereadores, no valor de R$ 15 mil, cuja discussão não vem ao caso. Voltando à Nota, a prefeitura informa que através da Lei 5575 (que, repito, não fala sobre o assunto) estaria vendendo a área do Terminal Atacadista do Verdão para ampliar a Policlínica, e não fechá-la. Na Nota o prefeito afirma que “jamais seria irresponsável a ponto de vender o terreno de uma policlínica.” Por certo, não, pois a Lei n° 5574 foi sancionada por seu interino.
Dada a situação inusitada, peço aos leitores que em caso de dúvidas recorram ao Google Mapas e à Gazeta Municipal, disponível no site da prefeitura, pesquisando a edição n. 1138, lá na primeira folha estão as Leis 5574/12 e 5575/12. No site da prefeitura encontra-se também a Nota de Esclarecimento. Pelo menos até ontem estavam lá. A leitura da Gazeta Municipal confirma que é a Lei 5574/12 que trata da autorização para “alienar sob forma de venda” as 4 áreas, e não a 5575/12. A primeira dessas áreas descritas na Lei é a da Policlínica com 6.744,31 m², cujo perímetro começa no M-1, ”situado na esquina da Rua da Saudade com a Avenida Dr. Agrícola Paes de Barros, daí segue pela Rua da Saudade ...” faz o caminhamento e volta ao M-1 para fechar o polígono, dentro do qual encontra-se a Policlínica. Para confirmar se a Policlínica ficava nessa esquina fui lá pessoalmente. Quem continuar em dúvida e não quiser ir até o local, basta olhar no Google Mapas que hoje desfruta de alta confiabilidade internacional. Sinto muito, senhor prefeito, mas, pelo menos de acordo com a edição n° 1138 da Gazeta Municipal disponível na internet, a Câmara de Vereadores, através da Lei 5574/12, autorizou, sim, a venda da área onde se encontra hoje a Policlínica do Verdão, separada da área do Terminal Atacadista. A Nota de Esclarecimento traz ainda informações sobre o interesse da prefeitura em vender antes da Copa também a área do Terminal Atacadista do Verdão, uma área de cerca de 20 mil m², na interseção da Avenida Miguel Sutil com a Avenida Agrícola Paes da Barros, a avenida da Arena Pantanal. Por que tanta pressa? Importante que venha logo o parecer do MPE sobre o assunto ou melhores esclarecimentos da prefeitura. Bons votos a todos neste domingo eleitoral!
(Publicado em 02/10/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012
POLICLÍNICA À VENDA?
A partir da forma rápida e sem discussões como foi aprovada pela Câmara Municipal a nova lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano de Cuiabá em maio do ano passado, todo cuidado seria pouco em relação à novas aprovações de leis tratando da cidade. No início de agosto deste ano o promotor Carlos Eduardo Silva informou publicamente - notícia reproduzida aqui no BLOG DO JOSÉ LEMOS no dia 04/08 - que o Ministério Público Estadual (MPE) havia instaurado procedimento para apurar a alienação de quatro imóveis do município de Cuiabá, autorizadas pela Câmara Municipal de Cuiabá no dia primeiro do mês. Passado quase 2 meses da lei autorizativa, sem nenhuma nova notícia sobre o assunto, resolvi buscar por conta própria informações sobre a quantas andava a alienação dos imóveis. Encontrei então na Gazeta Municipal a Lei n. 5574 de 03/08/2012 com as autorizações para "alienar sob a forma de venda" aqueles lotes de terras urbanas a que se referiu o promotor, com seus respectivos caminhamentos topográficos.
Incrédulo, li e reli a Lei, busquei o Google, fui ao local para ter certeza se o que estava escrito correspondia de fato com a realidade. E corresponde. O que justificaria a prefeitura solicitar autorização e os vereadores aprovarem a alienação de um equipamento tão importante como esse? Na visita ao local ainda vi que edifício está sendo reformado com placa de obra. Não bastasse a importância de um equipamento de saúde pública de grande utilização, a Policlínica encontra-se em uma quadra onde está o MERCADO ATACADISTA que está sendo transferido para dar lugar a parte do estacionamento da Arena Pantanal, por que então a prefeitura vender? Inclusive, a Policlínica estaria nos planos da Copa do Pantanal sendo aguardada sua ampliação e modernização para apoio aos jogos da Copa na Arena. Será que a população da Cidade Alta sabe dessa decisão? Será que concorda? Fora o grande interesse especulativo de uma área contígua à Arena Pantanal, qual seria outra motivação? A prefeitura está precisando de tanto dinheiro assim a ponto de sacrificar um equipamento tão valioso para a população? Resta à prefeitura e aos vereadores darem as explicações urgentes, antes das eleições.
2 - As outras áreas também são importantes. A do JARDIM CUIABÁ tem mais de 1 ha, praticamente colada à Avenida 8 de Abril. Será que estão sabendo dessa intenção de venda os moradores do Jardim Cuiabá, os vizinhos da área, que compraram seus lotes constando que ali seria uma praça ou um equipamento público, conforme exige a Lei Federal 6766/79? Veja abaixo. Área maravilhosa para uma praça ou um equipamento urbano público.
3 - A área do BAIRRO ALVORADA, é a que motivou meu interesse inicialmente por se tratar de um bairro praticamente sem praças ou áreas verdes ou outras áreas de uso público. Fica a 3 quadras da Av. do CPA. Será que a população sabe do interesse de vender da prefeitura?
4 - A área do JARDIM VITÓRIA é a maior de todas a 4, com mais de 1,2 ha. Trata-se também de um bairro carente de áreas verdes públicas, praças, entretanto não consegui identificar por ser contígua à ruas sem denominações e áreas não identificáveis sem informações adicionais. Mas a prefeitura certamente poderá explicar.
Aí aconteceu uma grande surpresa para quem estava interessado apenas em saber se nas alienações aprovadas constavam algumas áreas de maior utilidade às populações dos bairros: UMA DESSAS ÁREAS ABRIGA NADA MAIS NADA MENOS QUE A POLICLÍNICA DO VERDÃO!
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Incrédulo, li e reli a Lei, busquei o Google, fui ao local para ter certeza se o que estava escrito correspondia de fato com a realidade. E corresponde. O que justificaria a prefeitura solicitar autorização e os vereadores aprovarem a alienação de um equipamento tão importante como esse? Na visita ao local ainda vi que edifício está sendo reformado com placa de obra. Não bastasse a importância de um equipamento de saúde pública de grande utilização, a Policlínica encontra-se em uma quadra onde está o MERCADO ATACADISTA que está sendo transferido para dar lugar a parte do estacionamento da Arena Pantanal, por que então a prefeitura vender? Inclusive, a Policlínica estaria nos planos da Copa do Pantanal sendo aguardada sua ampliação e modernização para apoio aos jogos da Copa na Arena. Será que a população da Cidade Alta sabe dessa decisão? Será que concorda? Fora o grande interesse especulativo de uma área contígua à Arena Pantanal, qual seria outra motivação? A prefeitura está precisando de tanto dinheiro assim a ponto de sacrificar um equipamento tão valioso para a população? Resta à prefeitura e aos vereadores darem as explicações urgentes, antes das eleições.
2 - As outras áreas também são importantes. A do JARDIM CUIABÁ tem mais de 1 ha, praticamente colada à Avenida 8 de Abril. Será que estão sabendo dessa intenção de venda os moradores do Jardim Cuiabá, os vizinhos da área, que compraram seus lotes constando que ali seria uma praça ou um equipamento público, conforme exige a Lei Federal 6766/79? Veja abaixo. Área maravilhosa para uma praça ou um equipamento urbano público.
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3 - A área do BAIRRO ALVORADA, é a que motivou meu interesse inicialmente por se tratar de um bairro praticamente sem praças ou áreas verdes ou outras áreas de uso público. Fica a 3 quadras da Av. do CPA. Será que a população sabe do interesse de vender da prefeitura?
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4 - A área do JARDIM VITÓRIA é a maior de todas a 4, com mais de 1,2 ha. Trata-se também de um bairro carente de áreas verdes públicas, praças, entretanto não consegui identificar por ser contígua à ruas sem denominações e áreas não identificáveis sem informações adicionais. Mas a prefeitura certamente poderá explicar.
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
FERROVIA PARA LEVAR E TRAZER
José Antonio Lemos dos Santos
Sempre que falamos em ferrovia em Mato Grosso sempre pensamos na ferrovia para levar, quase nunca na ferrovia para trazer, talvez pela nossa história de país colonizado, de cidade colonizada, onde tudo produzido era sugado pelos colonizadores. Cuiabá produziu muito ouro e todo ele foi sugado para fora do Brasil sem deixar nada de consolidado aqui. Esse ouro, junto com o de Minas e de Goiás acabou indo para a Inglaterra, ajudando a financiar a Revolução Industrial. Cuiabá só sobreviveu ao fim do ouro pelo fato de ser o último bastião português além de Tordesilhas, em pleno território então espanhol. Cuiabá resistiu e aqui permaneceu solitária como zelosa guardiã, célula-mater da ocupação de todo o imenso oeste brasileiro, e hoje é o polo de apoio de uma das regiões mais dinâmicas do planeta.
Todos os caminhos têm ida e volta, os de ferro também. E Cuiabá por estar no exato centro continental consolidou-se com um grande encontro de caminhos e sua vocação natural é o de transformar-se em breve no grande entroncamento intermodal central do continente. Mato Grosso é o maior produtor agropecuário do Brasil, sua produção ajuda a alimentar o país e o mundo. Tem carga e muita carga para o consumo interno nacional e para exportação. É claro que essa produção tem que deixar o estado e ir aos centros consumidores no país ou fora dele. Aliás, este constitui o principal gargalo do desenvolvimento ainda maior da agropecuária mato-grossense: a sua logística de transportes. Por ser um estado centro-continental fica distante dos portos para a exportação e dos principais centros consumidores do país e suas condições atuais de monomodalidade no transporte rodoviário reduz a competitividade de seus produtos com fretes e perdas elevadas, além da degradação ambiental e destruição de vidas humanas nas incríveis “roletas-russas” que viraram nossas rodovias. A questão dos transportes em Mato Grosso tem que ser resolvida urgente.
Cabe, porém, perguntar: por que produzimos? Por que o mato-grossense produz tanto e cada vez? Certamente pelo desejo de elevar sua qualidade de vida. É claro que todos nós produzimos para ter mais acesso às comodidades, aos bens e serviços que o mundo moderno disponibiliza, produzidos na sua grande maioria em outras regiões do Brasil e do mundo. Infelizmente eles ainda não são transportados pela internet e ainda chegam até nós pelos mesmos caminhões que levam nossa produção. Também sai caro, poluí e mata. Daí a importância da ferrovia de trazer, muito embora esta não se viabilize sem a de levar. Arrisco-me a dizer, entretanto, que a ferrovia de trazer seja a mais importante, pois é ela quem traz a qualidade de vida para o povo, objetivo final da produção e principal viés de qualquer tipo desenvolvimento.
Por isso a ferrovia em Mato Grosso deve ser pensada tanto para levar a produção como para trazer o desenvolvimento a todos os mato-grossenses. Jamais apenas uma esteira transportadora de grãos. E para que a ferrovia distribua o desenvolvimento por todo o estado ela tem que passar por Cuiabá e Várzea Grande, o maior polo consumidor e distribuidor do estado, subindo a seguir o eixo da BR-163 até Santarém, espinha dorsal do estado, com derivações a leste e oeste, como a FICO, ou variantes para Tangará, Diamantino e para Cáceres. A ferrovia vai baixar o custo dos fretes para a saída dos produtos mato-grossenses, mas também baixará os custos dos insumos para a indústria e a própria agropecuária, e, principalmente, aumentará a oferta com preços reduzidos dos diversos bens e mercadorias a serem consumidos pela população mato-grossense, melhorando em muito sua condição de vida, o verdadeiro desenvolvimento. Esta é a ferrovia que interessa.
(Publicado em 25/09/2012 pelo Diário de Cuiabá)
Sempre que falamos em ferrovia em Mato Grosso sempre pensamos na ferrovia para levar, quase nunca na ferrovia para trazer, talvez pela nossa história de país colonizado, de cidade colonizada, onde tudo produzido era sugado pelos colonizadores. Cuiabá produziu muito ouro e todo ele foi sugado para fora do Brasil sem deixar nada de consolidado aqui. Esse ouro, junto com o de Minas e de Goiás acabou indo para a Inglaterra, ajudando a financiar a Revolução Industrial. Cuiabá só sobreviveu ao fim do ouro pelo fato de ser o último bastião português além de Tordesilhas, em pleno território então espanhol. Cuiabá resistiu e aqui permaneceu solitária como zelosa guardiã, célula-mater da ocupação de todo o imenso oeste brasileiro, e hoje é o polo de apoio de uma das regiões mais dinâmicas do planeta.
Todos os caminhos têm ida e volta, os de ferro também. E Cuiabá por estar no exato centro continental consolidou-se com um grande encontro de caminhos e sua vocação natural é o de transformar-se em breve no grande entroncamento intermodal central do continente. Mato Grosso é o maior produtor agropecuário do Brasil, sua produção ajuda a alimentar o país e o mundo. Tem carga e muita carga para o consumo interno nacional e para exportação. É claro que essa produção tem que deixar o estado e ir aos centros consumidores no país ou fora dele. Aliás, este constitui o principal gargalo do desenvolvimento ainda maior da agropecuária mato-grossense: a sua logística de transportes. Por ser um estado centro-continental fica distante dos portos para a exportação e dos principais centros consumidores do país e suas condições atuais de monomodalidade no transporte rodoviário reduz a competitividade de seus produtos com fretes e perdas elevadas, além da degradação ambiental e destruição de vidas humanas nas incríveis “roletas-russas” que viraram nossas rodovias. A questão dos transportes em Mato Grosso tem que ser resolvida urgente.
Cabe, porém, perguntar: por que produzimos? Por que o mato-grossense produz tanto e cada vez? Certamente pelo desejo de elevar sua qualidade de vida. É claro que todos nós produzimos para ter mais acesso às comodidades, aos bens e serviços que o mundo moderno disponibiliza, produzidos na sua grande maioria em outras regiões do Brasil e do mundo. Infelizmente eles ainda não são transportados pela internet e ainda chegam até nós pelos mesmos caminhões que levam nossa produção. Também sai caro, poluí e mata. Daí a importância da ferrovia de trazer, muito embora esta não se viabilize sem a de levar. Arrisco-me a dizer, entretanto, que a ferrovia de trazer seja a mais importante, pois é ela quem traz a qualidade de vida para o povo, objetivo final da produção e principal viés de qualquer tipo desenvolvimento.
Por isso a ferrovia em Mato Grosso deve ser pensada tanto para levar a produção como para trazer o desenvolvimento a todos os mato-grossenses. Jamais apenas uma esteira transportadora de grãos. E para que a ferrovia distribua o desenvolvimento por todo o estado ela tem que passar por Cuiabá e Várzea Grande, o maior polo consumidor e distribuidor do estado, subindo a seguir o eixo da BR-163 até Santarém, espinha dorsal do estado, com derivações a leste e oeste, como a FICO, ou variantes para Tangará, Diamantino e para Cáceres. A ferrovia vai baixar o custo dos fretes para a saída dos produtos mato-grossenses, mas também baixará os custos dos insumos para a indústria e a própria agropecuária, e, principalmente, aumentará a oferta com preços reduzidos dos diversos bens e mercadorias a serem consumidos pela população mato-grossense, melhorando em muito sua condição de vida, o verdadeiro desenvolvimento. Esta é a ferrovia que interessa.
(Publicado em 25/09/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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sábado, 22 de setembro de 2012
COT UFMT
21.09.2012 | 15h56 - Atualizado em 21.09.2012 | Midianews
COT da UFMT passa por avaliação do Crea;
licitação será em outubro
Projeto foi elogiado como o melhor já visto até o momento
LISLAINE DOS ANJOS-DA REDAÇÃO Midianews
Previsto para ser licitado até o final do mês de outubro, o COT (Centro Oficial de Treinamento) da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) teve seu projeto de implantação analisado, nessa semana, por membros do Crea-MT (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso).
O projeto foi apresentado pelo arquiteto e professor da UFMT, José Afonso Portocarrero, que esclareceu detalhes do projeto e recebeu contribuições sobre acessibilidade às pessoas com deficiência.
O projeto foi apresentado pelo arquiteto e professor da UFMT, José Afonso Portocarrero, que esclareceu detalhes do projeto e recebeu contribuições sobre acessibilidade às pessoas com deficiência.
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quarta-feira, 19 de setembro de 2012
SEMINÁRIO NO SEMINÁRIO
Um importante evento a ser prestigiado principalmente pelos arquitetos e alunos de Arquitetura. Para quem não conhece, uma ótima oportunidade de conhecer o edifício do antigo Seminário da Conceição, aula de Arquitetura. De lambuja dá para visitar a igreja do Bom Despacho, outra aula de Arquitetura, e o Museu de Arte Sacra.
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terça-feira, 18 de setembro de 2012
ELEIÇÕES, AEROPORTO E FERROVIA
José Antonio lemos dos Santos
Pela terceira vez este ano lembro o artigo de fevereiro do ano passado intitulado “Molecagem”, que já expressava naquela época toda a minha preocupação com o atraso na ampliação do Aeroporto Marechal Rondon para a Copa do Mundo de 2014 e a Copa das Confederações que ainda era pretendida por Cuiabá. Na ocasião criticava o adiamento da entrega do projeto, então previsto para setembro de 2011, para março de 2012. Achava excessivo o prazo de mais de ano para a elaboração de projeto de ampliação de uma estação de passageiros que afinal nem é tão grande assim. Nesse artigo do ano passado já aventava a possibilidade de sabotagem contra Cuiabá como sede da Copa e até contra a própria presidenta Dilma, líder maior do grande evento.
Cerca de 1 ano depois fiz outro artigo criticando um novo adiamento da entrega do projeto, agora de março para meados de junho, sob alegação de necessidade de correções. E na ocasião da entrega, que só aconteceu com novo atraso em julho, fiz novo artigo saudando a tão esperada entrega e a expectativa da imediata licitação em ritmo de RDC para início das obras. Só que até fins da semana passada o processo licitatório não havia sido concluído e no último domingo, ao invés de sair seu resultado veio a notícia da revogação da licitação do aeroporto. Segundo o secretário da Secopa seria pela necessidade de “revisões” no orçamento entregue pela Infraero, isso após quase 2 anos elaborando o projeto. O que dizer? Depois do “Molecagem” usado no artigo do ano passado, a vontade foi usar agora como título um palavrão bem expressivo para toda a indignação pelo desrespeito com que a Infraero vem tratando Mato Grosso e Cuiabá, uma das sedes da Copa do Mundo. Em consideração aos caros leitores e leitoras usei um título elegante, deixando o palavrão a critério de cada um.
Resumo da ópera: após quase 3 anos e meio de Cuiabá ter sido escolhida como uma das sedes da Copa, até hoje a Infraero não conseguiu licitar a obra de ampliação do aeroporto da cidade. E faltam 600 dias! Não se trata de problema técnico, incompatível com a qualidade dos corpos técnicos da Infraero e da empresa que elaborou o projeto. Isso é sabotagem mesmo. Só pode ser coisa de gente graúda na Infraero, que já está lá há mais tempo e que até hoje não aceitou o fato de Cuiabá ter sido escolhida como uma das sedes da Copa 2014. Sempre é bom lembrar que o aeroporto, junto com a Arena e a avenida ligando os dois, é um dos projetos sem o qual a Copa se inviabiliza, mesmo que a cidade esteja toda pintada em ouro. Isso é sério, faz tempo que acompanho o assunto independente de eleições, mas as eleições existem justamente para o povo avaliar como os governos tratam as coisas públicas.
Sem dúvida o aeroporto e a ferrovia devem ser cobrados pelos eleitores nestas eleições. São projetos fundamentais para o futuro do estado e para a cidade. Não se trata de oportunismo político, não sou candidato. E foi o governo federal que cortou o trecho ferroviário até Cuiabá e agora revoga com o estado a licitação de seu aeroporto em pleno processo eleitoral. Não dá para passar sem protesto, não somos amebas. O aeroporto e a ferrovia têm sim que ser bandeiras de todos os cidadãos, entidades representativas, setores produtivos e principalmente dos políticos com mandatos ou candidatos, mesmo os da situação, no caso destes para ir a Brasília cobrar de seus parceiros as providências corretivas, ou então defender sem tergiversar o absurdo corte da ferrovia ou a brincadeira da Infraero com o aeroporto. A única arma do cidadão é o voto, que só pode ser usado em períodos eleitorais. Sem ferrovia, sem voto. Sem aeroporto, também.
(Publicado em 18/09/2012 pelo Diário de Cuiabá, PáginaÚnica, Midianews, BlogdoJoãoBosquo, PáginadoEnock)
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
EXPANSÃO URBANÍSTICA DE MOSCOU
PiniWeb 12/Setembro/2012
Rússia apresenta projeto vencedor para expansão de Moscou
Planejado em volta de lagos, novo distrito de 155 km² abrigará 1,7 milhões de pessoas
Aline Rocha
O grupo Capital Cities Planning Group (CCPG), formado pelas empresas de arquitetura e engenharia Gillespies, John Thompson & Partners e Buro Happold, venceu a competição do melhor projeto de expansão da cidade de Moscou, na Rússia.
No início deste ano, o governo da Rússia havia anunciado que iria dobrar o território da cidade para torná-la uma capital competitiva. Para isso, foi lançada uma competição internacional entre 10 times com diversos escritórios de arquitetura do mundo. Os grupos deveriam elaborar planos para a expansão da cidade de Moscou e para a construção de uma nova capital federal.
Leia mais em http://www.piniweb.com.br//construcao/urbanismo/russia-apresenta-projeto-vencedor-para-expansao-de-moscou-267664-1.asp
Rússia apresenta projeto vencedor para expansão de Moscou
Planejado em volta de lagos, novo distrito de 155 km² abrigará 1,7 milhões de pessoas
Aline Rocha
PINIWEB
No início deste ano, o governo da Rússia havia anunciado que iria dobrar o território da cidade para torná-la uma capital competitiva. Para isso, foi lançada uma competição internacional entre 10 times com diversos escritórios de arquitetura do mundo. Os grupos deveriam elaborar planos para a expansão da cidade de Moscou e para a construção de uma nova capital federal.
Leia mais em http://www.piniweb.com.br//construcao/urbanismo/russia-apresenta-projeto-vencedor-para-expansao-de-moscou-267664-1.asp
sábado, 15 de setembro de 2012
VISITAS À ARENA
O projeto TÔ NA ARENA, desenvolvido pelo governo do Estado
por meio da Secopa, abre a oportunidade para alunos de escolas de ensinos Médio
e Fundamental, estudantes do ensino técnico, universitários e grupos
comunitários conhecerem o andamento da principal obra em Cuiabá para a Copa do
Mundo da FIFA Brasil 2014™.
PROCEDIMENTOS PARA A VISITA
As visitas às obras
da Arena Pantanal poderão ser feitas por quaisquer grupos: comunidade,
associações, estudantes de ensino fundamental e médio, estudantes do ensino
técnico e do ensino superior, etc.
O atendimento será
planejado de acordo com faixa etária do grupo agendado, sendo que apenas os
maiores de 18 anos poderão percorrer pontos estratégicos do canteiro de obras
devido às normas de segurança.
AGENDAMENTO DE VISITAS
O agendamento de
visitas deve feito por mensagem ao e-mailtonarena@secopa.mt.gov.br.
Informações necessárias para agendamento:
* Instituição
* Turma
* Nível de ensino
* Faixa etária dos participantes
* Quantidade de participantes
* Objetivo da visita
* Dados do responsável pela visita (nome, telefones e e-mail)
* Turma
* Nível de ensino
* Faixa etária dos participantes
* Quantidade de participantes
* Objetivo da visita
* Dados do responsável pela visita (nome, telefones e e-mail)
O cadastro pode ser
individual também. Nesse caso, a pessoa deve deixar seus dados para ser inclusa
em grupos a serem formados a partir das inscrições individuais.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
A ARENA MAIS SUSTENTÁVEL
Midianews
- 12.09.2012 | 11h20 - Atualizado em 12.09.2012 | 17h15
Estudo aponta Arena Pantanal como o estádio mais sustentável
EdsonRodrigues/Secopa
Cuiabá receberá oito
seleções e sediará quatros jogos do Mundial
DA REDAÇÃO
A Arena Pantanal foi escolhida, dentre as 12
cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, como o estádio mais sustentável do
Mundial, por concentrar o menor volume de emissão de dióxido de carbono
equivalente, totalizando apenas 37,70 t CO2, durante os quatro jogos que serão
disputados na capital mato-grossense.
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