"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



terça-feira, 18 de junho de 2013

A UM ANO DA COPA

José Antonio Lemos dos Santos

     A iniciativa do Tribunal de Contas de Mato Grosso de acompanhar dia a dia tecnicamente as obras da Copa do Pantanal publicando a cada mês os resultados vem servindo como uma das referências da população quanto ao progresso na preparação da cidade para a Copa do Pantanal. Em um conjunto de obras com data marcada para inauguração não teria o menor sentido uma avaliação a posteriori do Tribunal, pois em caso de problemas o leite já estaria derramado. Nem teria igual credibilidade o mesmo tipo de trabalho apresentado pelo próprio órgão responsável pela execução das obras, a Secopa, que também foi sábio suspendendo a publicação de seus relatórios, evitando as divergências tão comuns em relatórios paralelos, que só confundiriam a opinião pública. O bom é que numa situação tão especial como a Copa, Cuiabá disponha de um relatório técnico mensal dos mais insuspeitos e confiáveis para o acompanhamento das obras. Nada pelo qual se possa por a mão no fogo, mas que em conjunto com o trabalho da imprensa serve como um bom referencial, cuja existência desconheço em outras sedes da Copa. 
     A leitura e divulgação desses relatórios exigem, entretanto, um cuidado especial, pois se referem a dados de um determinado mês que são analisados e processados no mês seguinte, e divulgados no início do segundo mês subsequente. Existirá sempre um espaço de tempo de no mínimo 1 mês entre o que está no relatório e a realidade vista pelo cidadão na obra, defasagem que pode chegar a 2 meses na véspera da apresentação do relatório seguinte. Agora, por exemplo, em meado de junho, o último relatório está defasado em 1 mês e meio em relação ao tempo real da obra e isso faz muita diferença em obras aceleradas. Esta observação em nada diminui a confiança nos relatórios mensais do TCE, visa apenas a ajudar a esclarecer o cidadão da razão das obras estarem geralmente à frente dos relatórios. 
     Pelos relatórios e o senso comum as obras avançam, ainda que em velocidades diferentes, com algumas poucas ainda nem iniciadas. O importante é que as obras fundamentais para o funcionamento da Copa do Pantanal estejam em condições de conclusão em tempo hábil. Segundo o último relatório referente a abril, a Arena Pantanal encontrava-se com um mês de atraso no cronograma e teve seu ritmo de obras acelerado com mais um turno de trabalho. Como a conclusão está prevista para outubro próximo, pode ser considerada uma obra sem problemas para a Copa e até mesmo para seu primeiro evento com a seleção brasileira na primeira quinzena de janeiro conforme anunciou domingo passado o secretário da Secopa. As obras do aeroporto estão aceleradas e já podem ser vistas em rápida evolução. A trincheira do Zero Km e o viaduto do Cristo Rei também avançam bem ainda que atrasadas. Atenção especial merecem os COTs, o Fan Park, obras de compromisso com a Fifa, e a ligação da Rua Antonio Dorileo com a Beira-Rio, essencial para aliviar o fluxo da Fernando Correia, cuja ponte sobre o Coxipó foi iniciada agora. 
     Importante é que a um ano da Copa as coisas parecem caminhar bem no sentido do grande legado de benfeitorias públicas e privadas para a cidade, ainda que demandando muito trabalho duro em turnos extras na maioria das obras. Parece inclusive que a população começa a acreditar nas estruturas que despontam, apesar dos transtornos, como bem mostrou neste domingo a Caminhada pela Copa organizada pela Secopa com mais de 14 mil pessoas, 11.500 inscritas quando a expectativa inicial era de 5 mil. Não é qualquer lero-lero que reúne o povo assim numa manhã de domingo com o sol cuiabano tinindo de bonito. Agora, temos a reta final de 1 ano exigindo muito mais sacrifícios, cobrança e trabalho. 
(Publicado em 18/06/2013 pelo Diário de Cuiabá)

Midianews





sábado, 15 de junho de 2013

HISTÓRIA DOS ARRANHA-CÉUS

skyscrapercity.com


VALE A PENA CONHECER. 
Veja no link abaixo a história dos arranha-céus, indicada pelo aluno Fernando Geronimo:

quinta-feira, 13 de junho de 2013

13 DE JUNHO, A COPA E A PAZ



José Antonio Lemos dos Santos

     Reescrevo este artigo na última tentativa antes da Copa de sensibilizar as autoridades para a importância do dia 13 de junho na história de Mato Grosso, não para celebrar a guerra, mas para reverenciar mártires, vítimas do absurdo que é a guerra, nem mocinhos, nem bandidos, nem vencedores ou perdedores. 13 de Junho lembra o maior dos sacrifícios impostos aos cuiabanos e paraguaios. Já foi matéria escolar, mas hoje poucos sabem que o maior conflito das Américas ocorreu aqui na América do Sul, e que Cuiabá pagou caríssimo por ele. A Guerra do Paraguai reuniu Brasil, Argentina, Uruguai e interesses ingleses contra o Paraguai, na época o país mais poderoso na América Latina. E Mato Grosso foi o principal palco dessa tragédia. 
     Na Guerra do Paraguai, um dos momentos épicos protagonizados pelos cuiabanos foi o da Retomada de Corumbá, a 13 de Junho de 1867, cidade então mato-grossense e que havia sido apoderada pelos paraguaios. Organizados pelo presidente do estado Couto Magalhães e comandados pelo então capitão Antônio Maria Coelho os cuiabanos foram lá, desafiaram o maior poder bélico do continente e retomaram para o Brasil a importante cidade, num “fato heroico exclusivamente cuiabano”, conforme nos ensina Pedro Rocha Jucá. Só com forças militares locais, acrescidas de voluntários, sem ajuda de fora. 
     Infelizmente a história não parou na Retomada. As tropas retornaram à Cuiabá contaminadas com varíola. A epidemia tomou conta de Cuiabá, matando mais da metade de sua população. Segundo Francisco Ferreira Mendes, em cada casa havia ao menos um doente, e “a cidade ficou juncada de corpos insepultos, atirados às ruas, cuja putrefação impestava mais a cidade com a exalação produzida pela decomposição. Determinou o governo a abertura de valas e a cremação de cadáveres no campo do Cae-Cae, medida que se tornou ineficaz. Não raro eram vistos cães famintos arrastando membros e vísceras humanas pelas ruas”. 
     13 de Junho deve lembrar sempre a epopeia de bravura e dor de um povo humilde, mas determinado. A história de gente de carne e osso, cujos descendentes andam aí pela cidade em seu dia-a-dia, sem nem lembrarem que nas veias levam o valoroso sangue de seus bisavós, o mesmo que vem bravamente construindo e defendendo Mato Grosso e o país por quase três séculos. Hoje, no Cae-Cae nenhuma homenagem. A cidade cresceu e abraçou o campo santo. Dizem que queimada pelas velas desapareceu a cruz que ainda existia anos atrás. Resta a igrejinha onde as missas dominicais são “pela intenção dos bexiguentos”, embora a maioria dos fiéis desconheça do que se trata.
     Com a Copa do Pantanal ano que vem Cuiabá e Mato Grosso mais uma vez serão palco de um megaevento internacional, agora de paz. A Avenida 8 de Abril é um dos principais acessos à nova Arena e sua interseção com a Ramiro de Noronha e Thogo Pereira é um ponto crítico a ser solucionado. Esse projeto urbanístico poderia abranger a contígua Praça do Cae-Cae, compondo uma nova capela em uma nova praça, e nesta um significativo monumento à paz - à paz platina e à paz mundial - homenageando os heróis e mártires de todas as guerras, de todos os lados, em nome de nossos irmãos e hermanos, da polca e do rasqueado, do guaraná e do tereré, vítimas de uma mesma tragédia que precisa ser lembrada para jamais ser repetida. O assunto já contou com simpatias na Agecopa, do deputado historiador João Malheiros, e da paróquia local. No dia do primeiro jogo da Copa do Pantanal, 13 de junho de 2014, em pleno coração sul-americano, cairia muito bem uma cerimônia internacional pela paz no mundo a ser repetida a cada ano em um belo monumento dedicado a harmonia entre todos os homens. 
(Publicado em 11/06/2013 pelo Diário de Cuiabá, Midianews ...)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA

     Veja como estava a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de junho de 2013.  O dia amanheceu nublado e esta foto é de 12:30 hs. As colunas dos pórticos (estruturas brancas entre as arquibancadas) já estão quase todas erguidas. Ao final desta postagem tem um link do G1.com.br com um galeria de fotos internas da obra.

Dá para comparar com a situação do mês passado (04/06/13:


Foto: José Lemos


Dá para comparar com a situação no mês passado (04/05/2013):


Foto: José Lemos

E com o mês de março (04/03/13):


Foto: José Lemos


Ou no início do ano passado (14/01/12):
Foto: José Lemos


É para ficar pronta em outubro de 2013. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:

Veja no link abaixo uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente postadas ontem (04/06/13):


No link abaixo tem também uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente no mês passado (02/05/13):


Veja também abaixo reportagem de 04/03/2013 do OlharDireto sobre o andamento da obra (atualizada):


MONTAGEM DA ARQUIBANCADA TERMINA; EM MAIO COMEÇA O PLANTIO DA GRAMA

Da Redação - Darwin Júnior 04/03/2013 - 18:12 

Foto: Darwin Júnior

 O consórcio construtor da Arena Pantanal, estádio de Cuiabá que receberá quatro jogos do Mundial 2014, acaba de encerrar mais uma etapa da obra: a montagem das arquibancadas. Os trabalhos foram concluidos no final de semana com a instalação das últimas filas do Setor Sul. De acordo com a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), os trabalhos agora irão se concentrar na cobertura e partes hidráulicas e elétricas. A obra já está 62% concluída.

Daqui a 60 dias, um novo estágio terá início: o plantio da grama. Em maio terá início a instalação do sistema de drenagem para o escoamento da água. O Comitê Organizador Local da Copa (COL) recomendou o planio da grama do tipo Bermuda, da variedade 'celebration', que é a mais indicada para estádios localizados em cidades de clima quente. Mais quatro sedes irão utilizar o mesmo tipo de grama: Manaus, Salvador, Fortaleza e Brasília.

Confira esta matéria na íntegra no Olhar Copa


Reveja a reportagem do Bom Dia Mato Grosso do dia 4 de janeiro passado sobre as obras:

http://g1.globo.com/videos/mato-grosso/bom-dia-mt/t/edicoes/v/novo-turno-de-trabalho-e-implantado-na-construcao-da-arena-pantanal/2326756/

terça-feira, 4 de junho de 2013

AEROPORTO E O REDENTOR ILUMINADO

Imagem: culturacuiaba.wordpress.com


José Antonio Lemos dos Santos

Aeroporto e o Redentor iluminado

      Numa das últimas noites da semana passada tive a surpresa de ver iluminado o globo terrestre do campanário da igreja do São Gonçalo, com seu magnífico Cristo Redentor abençoando o bairro do Porto e toda a cidade de Cuiabá. Trata-se de um dos mais belos edifícios da cidade, construído a pouco mais de um século com uma precisão técnica e estilística de impressionar leigos e especialistas pela sua riqueza de detalhes e finíssimo acabamento. Sempre recomendo meus alunos a apreciarem e a aprenderem com aquela obra de arte arquitetônica, não sem antes orientá-los a pararem o carro, pois os detalhes prendem a atenção e é sempre alto o risco de acidente para aqueles que subestimam tanta beleza e se arriscam a apreciá-la sem antes estacionar. Pelas informações colhidas aqui e ali, a imagem do Cristo tem 3,6 metros de altura, colocada em equilíbrio sobre um globo a 36 metros do chão há cem anos, sem guindaste. Fora o espetáculo técnico, a beleza artística. Além do topo do campanário, chamam especial atenção os 4 gigantes da ordem atlante que o sustentam lá em cima, a precisão dos arcos e as figuras dos 4 evangelistas na fachada.
     Ver iluminados o globo e o Redentor do São Gonçalo me despertou especial emoção, pois já há algum tempo estou para escrever sobre este assunto, que se amplia na questão do tratamento que a cidade deveria dispensar aos seus monumentos significativos. Na verdade não são muitos e não seria difícil preparar um pacote de revitalização externa com iluminação especial para cada um deles, num trabalho de parceria entre a Secopa e as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, com a iniciativa privada. Aproveitando a oportunidade da Copa, após uma seleção técnica, tais monumentos seriam tratados como verdadeiros ornatos citadinos que são, ajudando a embelezar a cidade e encantando seus habitantes e turistas. Além das igrejas históricas, incluiria a de Guadalupe, mas também edifícios como o Museu do Rio, o já bem tratado Sesc Arsenal, o conjunto dos edifícios da Praça da República, com destaque para um bom tratamento externo na Basílica do Bom Jesus de Cuiabá, incluindo o conserto do relógio. Não poderiam ficar de fora os obeliscos do Centro Geodésico e o do Cinquentenário da Retomada de Corumbá, na Praça Luis de Albuquerque no Porto, o Coreto, o chafariz e o “Gogó de Ema” da Praça Ipiranga, a estátua ao Bandeirante, ao Negro e ao Índio da Coronel Escolástico e a Fonte Luminosa da Praça Alencastro funcionando. A lista pode ser extensa, mas o começo poderia ser com uns poucos mais significativos, e a cidade já ganharia um desejável ar de festa e de carinho consigo mesma.
     Este artigo deveria ser especial sobre o aeroporto Marechal Rondon, suas obras em ritmo acelerado e seu movimento crescente. A emoção em ver de novo o Redentor iluminado roubou a primazia. Porém é importante destacar também o contentamento em ver sendo erguidas as estruturas da tão esperada expansão do aeroporto, em especial para quem dedicou nos últimos anos uma série de artigos cobrando a Infraero pela entrega dos projetos, licitações e início das obras. Agora cabe parabenizar à Infraero e à Secopa pelo avanço nas obras, crente que os cronogramas serão cumpridos e que jamais acontecerá uma demanda reprimida tão grande como a das últimas décadas que trouxeram graves desgastes para Cuiabá e Mato Grosso aos olhos de seus visitantes. Aliás, cabe também registrar nas estatísticas oficiais de abril de 2013 que o Aeroporto Marechal Rondon ultrapassou em movimento de passageiros aos aeroportos de Goiânia e de Natal, passando a ser agora o 14° dentre os aeroportos administrados pela Infraero, aproximando-se do milionésimo passageiro anual já nos 4 primeiros meses do ano.


(Publicado em 04/06/2013 pelo Diário de Cuiabá)

sábado, 1 de junho de 2013

TRINCHEIRA SANTA ROSA

Veja situação das obras da trincheira do Santa Rosa, ontem 31/05/2013, às 7h da manhã:

Foto FCLS

Foto FCLS

Dá para verificar a grande extensão da obra preparatória para a Copa, que segue ainda para a esquerda no rumo do antigo Híper Modelo. A informação de moradores de perto é que depois de retomada, as obras estão em 3 turnos, inclusive feriados e fins de semana.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

PREFEITURA NOMEIA 232 ARQUITETOS

Veja uma das 10 notícias mais lidas da PiniWeb da semana passada: 

20-05-2913
Foto: Rodrigo Luzas, em PiniWeb

Prefeito de São Paulo nomeia 232 arquitetos para desemperrar a aprovação de obras

Medida aumenta em 39% o quadro de arquitetos no órgão municipal, que conta hoje com 591 profissionais


       O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, autorizou na última sexta-feira (17) a nomeação de 232 arquitetos, aprovados em concurso público de abril de 2012, para desemperrar a concessão de milhares de pedidos de licenças de obras paralisados nas secretarias e subprefeituras.
Lançado em setembro de 2012, o novo sistema de aprovação de obras pela internet tem o objetivo de desburocratizar, tornar transparente e diminuir em 40% o tempo de espera pela autorização. Como o processo é eletrônico, o projeto entra no sistema e todas as análises são feitas em paralelo, e não em série como anteriormente.
A nomeação aumenta em 39% o quadro de arquitetos na Prefeitura, que conta hoje com 591 desses profissionais. Ao todo, 155 arquitetos serão enviados para a Secretaria de Coordenação de Subprefeituras, com o objetivo de descentralizar para as 31 subprefeituras a aprovação de pequenos e médios projetos, hoje concentrados na Secretaria Municipal de Habitação. Os arquitetos vão receber salário inicial de R$ 2.983 mensais.

Confira em:
http://www.piniweb.com.br//construcao/mercado-imobiliario/prefeito-de-sao-paulo-nomeia-232-arquitetos-para-desemperrar-a-289442-1.asp

terça-feira, 28 de maio de 2013

DE OLHO NAS OBRAS

Viaduto do Despraiado - Secom


José Antonio Lemos dos Santos

     No próximo 31 de maio completam 4 anos da escolha de Cuiabá como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Aliás, mesmo antes da escolha o assunto já se desenvolvia, ao menos desde 2006 quando de uma visita do então presidente da CBF a Cuiabá, momento em que o então governador Blairo Maggi percebeu que a capital mato-grossense poderia disputar nacionalmente uma das sedes, ainda só 10 naquele momento em que nem o Brasil havia sido escolhido para a Copa. Nem sequer se pensava que uma das sedes seria no Pantanal. De lá para cá muita coisa aconteceu. Acho que dá até para identificar os anos de 2006 até 2012 como uma fase heroica neste monumental processo da Copa em Cuiabá. Primeiro um momento de grandeza de visão e coragem para decidir entrar numa arriscadíssima disputa que nem o maior dos otimistas poderia sequer imaginar, quanto mais vencer. Depois uma etapa da competência técnica e política na preparação de informações e planos para convencimento da FIFA de que Cuiabá deveria ser a escolhida, superando outras belas e até melhor preparadas cidades brasileiras concorrentes. 
     Cuiabá venceu e imediatamente teve que cair na realidade de que aquele momento que vivia não era um sonho. Ou por outra, era sim um sonho, mas um sonho real que trazia junto a obrigação de se preparar adequadamente para um dos maiores eventos do planeta, uma imensa responsabilidade não só perante si própria, mas perante o Brasil e o mundo. A menor das sedes e para muitos, a menos preparada. O patinho feio com a obrigação de mostrar-se em pouco tempo como um belo cisne capaz de agradar ao mundo. Uma tarefa hercúlea por si só e que contava ainda com o agravante de poderosa oposição de algumas das cidades preteridas, que vez por outra ainda vocifera incrustada em alguns setores da imprensa nacional, bem como de compreensíveis vozes discordantes locais, desde aquelas questionando investir na Copa, ao invés de na saúde ou na educação, até aqueles crentes de que a Copa seria apenas um pretexto para uma enorme roubalheira pública, ou aqueles outros para os quais sempre nada dará certo, posição que vai desaparecendo à medida em que as obras avançam. 
     Acontece que Cuiabá, aos trancos e barrancos vem superando todas estas etapas e hoje desapareceram aqueles riscos da cidade perder a Copa e dos investimentos públicos e privado não acontecerem. Muito ao contrário, a cidade é um grande canteiro de obras e vive um momento de superofertas de vagas de trabalho em todas as áreas da economia. Carros de som percorrem os bairros oferecendo vagas. Alguém já tinha visto isso? Os principais investimentos sacrificam a mobilidade urbana cotidiana, mas tomam forma aos nossos olhos, tais como a Arena, o aeroporto, viadutos, trincheiras, pontes, novas avenidas, a fábrica de cimento, shoppings, torres hoteleiras e de apartamentos, grandes lojas, etc., tudo em um ambiente de euforia e grandes perspectivas. Se outro dia o ambiente era de incredulidade quanto às obras, hoje é de crescente encantamento com o desenvolver delas. 
     O risco é passar da fase heroica para uma de deslumbramento, esquecendo que quase tudo ainda está por fazer em menos de 1 ano. Mesmo que a maior parte das obras já tenha sido iniciada, se encontre em ritmo acelerado e em estágios de irreversibilidade, é preciso continuar cobrando, criticando e aplaudindo quando necessário. Cadê o Fan Park? Como o VLT se integrará aos demais modais de transporte? Que modelo de gestão será adotado para o transporte público metropolitano, hoje ainda tocado pelas mãos de Cuiabá, de Várzea Grande e do governo do estado, nem sempre concordantes? Assim como o olho do dono é que engorda o gado, o bom olho do cidadão é que deve cuidar da cidade. 
(Publicado em 28/05/2013 pelo Diário de Cuiabá)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

MOÇÃO DE APLAUSO

O deputado estadual João Malheiros através de sua assessoria de imprensa informou que no último dia 8 de maio foi aprovada pelo plenário da Assembléia Legislativa de Mato Grosso MOÇÃO DE APLAUSO  pela publicação do livro CUIABÁ E A COPA - A PREPARAÇÃO, em proposta de sua autoria, como maneira de homenagear o autor "pela sensibilidade de lutar por nossa cidade e nosso estado." 

terça-feira, 21 de maio de 2013

LUVERDENSE, CÂMARA E AMÉRICA DO SUL

Foto José Lemos

José Antonio Lemos dos Santos

     Viva o Luverdense que na semana passada em Salvador eliminou da Copa do Brasil o poderoso Bahia, time da série “A” do Campeonato Brasileiro, jogando com o regulamento de forma amadurecida em uma exibição de gala reconhecida pelos narradores da TV soteropolitana digna da beleza da nova Arena Fonte Nova. Um feito memorável para um time de um estado que é criticado por acolher uma das sedes da Copa do Mundo sem ter um time entre os da elite do futebol brasileiro. O Mixto também já havia vencido no Dutrinha o Vitória, também classe “A” e campeão baiano. E olha que o Luverdense foi o terceiro colocado no campeonato de Mato Grosso, mostrando que o mato-grossense gosta mesmo do futebol e está a altura da fantástica Arena Pantanal. Aliás, quando os cotovelos doloridos criticam os 42 mil lugares da nova Arena, sempre esquecem que o antigo Verdão tinha 55 mil lugares, e lotava. 
     Mas neste artigo quero tratar da proposta do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá de construção de uma nova sede para o legislativo cuiabano que, embora sem esta intenção, caminha no mesmo rumo da antiga ideia de um centro de cultura sul-americana a ser criado no exato centro geodésico da América do Sul, como uma alternativa de ocupação digna daquele espaço e de aproveitamento de um dos mais ricos potenciais geradores de emprego e renda para Cuiabá. Recorda diversos artigos em que tratei do tema, desde o publicado em 1986 no saudoso “O Estado de Mato Grosso”, capeando caderno especial sobre o assunto. 
     A ideia era, e ainda é, criar naquele espaço um centro referencial para a cultura sul-americana. Um lugar onde se desenvolvessem estudos, exposições, congressos, festivais e outras atividades sobre as manifestações populares autênticas do continente como, por exemplo, cursos das diversas línguas pré-colombianas (quíchua, aimará, guarani e outras), a gastronomia, danças, oficinas de ensino e fabricação de instrumentos musicais como a belíssima harpa paraguaia, o charango, as flautas andinas, a nossa viola de cocho, etc. Talvez até um local para encontros comerciais e cúpulas políticas continentais. No mínimo poderia ser feita uma festa anual simples comemorando, em um grande abraço sul-americano, a cultura popular do continente com barracas de cada país, musica, dança, comidas típicas, lembrando Simon Bolívar, pioneiro da integração continental. 
     Estivesse o centro geodésico em qualquer outra cidade, há muito seria atração turística importante, gerando renda e cultura em favor de sua gente, ainda mais nesta época em que a integração do continente é tão propalada e a qual o governo federal parece dedicar especial carinho. Cuiabá tem a exclusividade de ter o marco geodésico continental instalado pelo Marechal Rondon, reconhecido mundialmente como um dos maiores personagens da humanidade, e um espaço físico praticamente pronto para ser ocupado. 
Foto José Lemos

     Mas é preciso pensar grande, isto é, pensar à altura do significado mágico daquele pedaço de terra do antigo Campo D’Ourique. Nesse sentido, seria preciso buscar o apoio do Itamaraty na criação de uma fundação de caráter internacional, com apoio das embaixadas dos países do continente. Junto às belezas do Pantanal, da Chapada, das termas de São Vicente, da Amazônia, da fantástica agropecuária e a visibilidade da Copa, a criação de um centro cultural sul-americano no centro da América do Sul transformará Cuiabá em um pacote múltiplo de atrações extremamente vantajoso ao investimento do turista nacional e internacional. Empregos, renda e desenvolvimento, principalmente cultural, é o que Cuiabá e Mato Grosso ganharão com o aproveitamento dessa extraordinária riqueza. Um dia acontecerá. E pode ser agora. 

(Publicado em 21/05/2013 pelo Diário de Cuiabá)

terça-feira, 14 de maio de 2013

PARA ONDE VAI A FICO?

Mato invade a Norte-Sul em Goiás em matéria do Valor Economico, link  ao final do artigo.
 (Foto:Ruy Baron/Valor)

José Antonio Lemos dos Santos

     De novo, antes que alguns levem a conversa para esse lado, repito que não sou contra a Ferrovia da Integração do Centro-Oeste – FICO, desde que explicada de forma inequívoca sua viabilidade neste momento de emergência, em lugar da continuidade do traçado da Ferronorte a partir de Rondonópolis. Nem sou contrário à chegada da ferrovia a Lucas do Rio Verde, muito pelo contrário, como brasileiro e mato-grossense, quero que os trilhos cheguem lá o mais rápido possível, aliás, essa foi a razão de meu protesto quando foi anunciada a paralisação da Ferronorte em Rondonópolis, a 560 Km de Lucas, trocados pelos 1200 Km da FICO. Também não sou contra o agronegócio e poucos têm escrito mais do que eu festejando seu sucesso. E nem adianta me intrigar contra os conterrâneos e amigos do norte e médio-norte mato-grossense, junto aos quais torcerei nesta quarta pelo Luverdense, jogando em Salvador, confiante em novo avanço na Copa do Brasil. 
     Reitero meu respeito pessoal a Francisco Vuolo, atual secretário de Logística do estado pelo seu histórico de luta, de seu saudoso pai e de sua família pela chegada da ferrovia em Mato Grosso e em especial a Cuiabá. Mas o andamento da questão ferroviária nos âmbitos federal e estadual exige explicações oficiais convincentes sobre o que de fato está ocorrendo nessa área vital para Cuiabá, para o estado e para o país. No atual estágio de desenvolvimento de Mato Grosso a questão mais urgente é a incorporação do modal ferroviário à sua logística de transporte não só para levar a produção do estado, mas também para trazer qualidade de vida à sua população em forma de fretes menores para seus suprimentos, mercadorias e insumos diversos. Esse assunto já extrapolou a economia e envolve hoje o meio ambiente e em especial a segurança nas rodovias, cujos limites de suporte foram superados de forma irreversível como mostram as crescentes estatísticas de acidentes com as quais o povo mato-grossense convive dolorosamente. 
     Neste quadro de gravidade e urgência logísticas, já era incompreensível a ideia de se trocar a ligação férrea de 560 km em ambiente antropizado de Lucas a Rondonópolis, onde a ferrovia encontra-se pronta, por uma outra de 1200 km, desviando a produção mato-grossense para Campinorte em Goiás em trajetos pouco conhecidos ambientalmente e indefinidos, ainda com 3 alternativas segundo o próprio secretário Vuolo. Agora ficou ainda mais difícil de entender essa troca diante da recente matéria do Fantástico (link abaixo) expondo ao Brasil que a Ferrovia Norte-Sul não existe e nem sequer há previsão de operação diante de inúmeros problemas envolvendo sua construção. E é para a Norte-Sul que querem levar a FICO. Seria essa a solução?
     Enquanto isso, temos a ferrovia prontinha em Rondonópolis, a 560 Km de Lucas, em condições imediatas de chegar aos mercados internos do país e ao portos do sudeste, só aguardando (outro absurdo!) uma licença do Ibama para funcionar. Pior, há mais de 2 anos grupos chineses oficializaram interesse em investir de imediato nos trilhos ligando Rondonópolis não só à Lucas, mas a Santarém, passando pela Grande Cuiabá, Nobres, Nova Mutum, Sorriso, Sinop, Matupá, derramando suas potencialidades de progresso e qualidade de vida por todo Mato Grosso, ao longo do eixo da BR-163, coluna vertebral do estado. Depois de cobrado pelos chineses por uma posição oficial, só agora, mais de 2 anos após, o governo federal anunciou a licença para início dos estudos de viabilidade econômica, com previsão de duração de 1 ano. Depois mais 5 para construção, se tudo der certo. Enquanto isso, os produtores perdem muito, o ambiente degrada e as pessoas sofrem a dor das mortes e mutilações de pessoas queridas. Não dá para entender. 

(Publicado em 14/05/2013 pelo Diário de Cuiabá)

Link da matéria do Valor Economico de 15/04/2013:
http://www.valor.com.br/brasil/3086122/erros-e-abandono-marcam-tracado-da-ferrovia-norte-sul

Link da reportagem do Fantástico de 21/04/2013:
http://g1.globo.com/fantastico/quadros/brasil-quem-paga-e-voce/noticia/2013/04/deficiencia-estrutural-nos-portos-e-ferrovias-faz-brasil-desperdicar-bilhoes.html

quinta-feira, 9 de maio de 2013

VÁRZEA GRANDE SHOPPING


Divulgação

Grande Cuiabá ganhará shopping de 

R$ 200 mi em 2015

Várzea Grande Shopping tem inauguração prevista para o 1º trimestre; 

complexo será de multiuso, incluindo hotel e centro de convenções

terça-feira, 7 de maio de 2013

MATO GROSSO, 265 ANOS

www.cuiabaesporteclube.com.br


José Antonio Lemos dos Santos

     Depois de amanhã, 9 de maio, deveríamos comemorar com muita festa e orgulho o 265° aniversário de Mato Grosso, data que lembra o ano de 1748, quando o rei de Portugal, dom João V, através de Carta Régia determina a criação de duas Capitanias, “uma nas Minas de Goiás e outra nas de Cuiabá”. A Capitania das Minas de Cuiabá virou a Capitania de Mato Grosso e para governá-la foi designado Dom Antonio Rolim de Moura, que tomou posse e permaneceu em Cuiabá por cerca de um ano, até que Vila Bela fosse construída. Morou no centro histórico de Cuiabá, próximo à praça que tem o seu nome e que é popularmente conhecida como Largo da Mandioca. Depois chegou a ser o Vice-Rei do Brasil, o governante maior do país na época, já que El-Rey ficava em Portugal. Seria possível pensar na reconstrução da casa de Rolim de Moura, criando uma nova atração no centro histórico? 
     Sei que existem aqueles que acham que não temos nada a comemorar, pois em Mato Grosso faltam escolas, faltam hospitais, não tem esgoto, não tem estradas, não tem ferrovias, não tem, não tem... São os que só enxergam o que falta. E é importante que existam pessoas assim, em especial aqueles que nessa visão produzem uma critica positiva. Eu já sou da turma que prefere enxergar aquilo que existe, em especial, aquilo que foi produzido pelo trabalho do povo, patrões e empregados, apesar de todas as dificuldades, apesar de tudo aquilo que nos falta. Mato Grosso é hoje o maior produtor agropecuário do país, liderando o país em algodão, milho, girassol, soja e também é um dos maiores produtores de ouro, diamante, madeira, álcool, biodiesel, carnes de frango, suíno, peixe, gado, com um rebanho bovino de quase 30 milhões de cabeças. Mato Grosso não produz armas, bombas atômicas, mísseis, aviões de guerra, como muitos daqueles que nos criticam. Mato Grosso é um dos maiores produtores de alimentos do mundo e com muito orgulho ajuda a matar a fome de um planeta cada vez mais carente de alimentos.
     Para chegar a esta posição Mato Grosso contou com a extensão e diversidade produtiva de seu território e, principalmente, com o trabalho determinado e sofrido de sua gente em todos os seus cantos e recantos. Comemorar os 265 anos de Mato Grosso é festejar a grande obra do mato-grossense que ano passado produziu um superávit comercial de US$ 13,0 bilhões para o Brasil que daria para construir vários hospitais, escolas, ferrovias, duplicações rodoviárias e melhorar em muito a qualidade dos serviços públicos. Mato Grosso mês passado entupiu literalmente o Brasil de grãos, mostrando ao mundo que o país não se preparou em termos de infraestrutura para tudo o que o estado produz, num descompasso que já custa muito caro aos brasileiros em termos econômicos, ambientais e de sacrifício de vidas humanas.
     Comemorar os 265 anos de Mato Grosso, não é ufanismo idiota nem deitar em berço esplêndido, é festejar a riqueza construída e, antes de tudo cobrar, em especial da União, tudo aquilo que o povo que a produz tem direito. É ter vibrado domingo passado com Cuiabá e Mixto na final do campeonato mato-grossense de futebol, com o Dutrinha lotado, e ainda torcer unidos pelo Luverdense depois de amanhã na Taça do Brasil. A pobreza sempre foi o álibi dos maus governantes e agora Mato Grosso é rico sim. Essa desculpa não vale mais. O mato-grossense tem que festejar com alegria, orgulho e muitas cobranças. O sucesso de Mato Grosso é a força do trabalho de seu povo unido na grandeza e diversidade de seu território, nas dimensões exatas exigidas pelo século XXI, o século da internet, da TV a cabo, do asfalto, do avião a jato. Ainda que tenha muito a consertar, Mato Grosso é para ser festejado, imitado e, principalmente, aplaudido. Viva Mato Grosso! 
(Publicado em 07/05/2013 pelo Diário de Cuiabá)

domingo, 5 de maio de 2013

JACQUES TATI


Casa do filme MEU TIO   -  criterion.com

Veja no link abaixo uma bela discussão sobre Jacques Tati, uma ótima oportunidade para saber mais sobre esse diretor francês, um ácido crítico do modernismo. Quem sabe até um estímulo para ver ou rever seus filmes:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_Bydo23lMD8

www3.eca.usp.br

sábado, 4 de maio de 2013

A ARENA DE MINHA JANELA


Veja como está a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje, 4 de maio de 2013. Os pórticos começam (estruturas brancas entre as arquibancadas) voltam a ser erguidos.

Foto: José Lemos

Dá para comparar com a situação no mês passado (04/04/13):

Foto: José Lemos

Ou com o mês de março (04/03/13):

Foto: José Lemos





Ou no início do ano passado (14/01/12):
Foto: José Lemos


É para ficar pronta em outubro de 2013. Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:

Veja no link abaixo uma seleção de fotos do G1 das obras vistas internamente postadas anteontem (02/05/13):


Veja também abaixo reportagem de 04/03/2013 do OlharDireto sobre o andamento da obra (atualizada):


MONTAGEM DA ARQUIBANCADA TERMINA; EM MAIO COMEÇA O PLANTIO DA GRAMA

Da Redação - Darwin Júnior 04/03/2013 - 18:12 

Foto: Darwin Júnior

 O consórcio construtor da Arena Pantanal, estádio de Cuiabá que receberá quatro jogos do Mundial 2014, acaba de encerrar mais uma etapa da obra: a montagem das arquibancadas. Os trabalhos foram concluidos no final de semana com a instalação das últimas filas do Setor Sul. De acordo com a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), os trabalhos agora irão se concentrar na cobertura e partes hidráulicas e elétricas. A obra já está 62% concluída.

Daqui a 60 dias, um novo estágio terá início: o plantio da grama. Em maio terá início a instalação do sistema de drenagem para o escoamento da água. O Comitê Organizador Local da Copa (COL) recomendou o planio da grama do tipo Bermuda, da variedade 'celebration', que é a mais indicada para estádios localizados em cidades de clima quente. Mais quatro sedes irão utilizar o mesmo tipo de grama: Manaus, Salvador, Fortaleza e Brasília.

Confira esta matéria na íntegra no Olhar Copa


Reveja a reportagem do Bom Dia Mato Grosso do dia 4 de janeiro passado sobre as obras:

http://g1.globo.com/videos/mato-grosso/bom-dia-mt/t/edicoes/v/novo-turno-de-trabalho-e-implantado-na-construcao-da-arena-pantanal/2326756/

quinta-feira, 2 de maio de 2013

terça-feira, 30 de abril de 2013

CUIABÁ E A COPA



José Antonio Lemos dos Santos

     Às 20h de hoje, 30 de abril, será lançado no Sesc-Arsenal o livro “Cuiabá e a Copa - A preparação”, reunindo meus artigos sobre os primeiros 40 meses da Copa em Cuiabá, publicados desde fevereiro de 2009 quando da primeira visita oficial da comissão da Fifa para escolha das sedes do Mundial de 2014, até junho de 2012 quando passam a faltar 2 anos para o primeiro jogo da Copa do Pantanal. Contente com o Dutrinha revivendo no domingo passado seus dias gloriosos com o clássico Mixto x Cuiabá, trago aos leitores uma coletânea de 93 textos abrangendo esse momento especial da cidade motivado pelo megaevento do futebol, momento muito dinâmico, denso em ações e omissões, aplausos e críticas, proposições e discussões sobre o futuro de Cuiabá. Na verdade, um assunto que ultrapassa o futebol e a própria Copa, forçando uma revisão, meio que na marra, de nossos conceitos, métodos e estruturas públicas, em especial da gestão urbana em todas as suas áreas e escalões, bem como obrigando a própria cidadania a uma autocrítica sobre sua participação na condução do destino da cidade. 
     O lançamento do livro neste momento tem a pretensão de ainda poder ajudar como um subsídio crítico no grande e difícil esforço de preparação da cidade para ser palco de uma Copa do Mundo em que toda a cidadania está empenhada tentando fazer com que essa oportunidade seja aproveitada como uma etapa na construção da cidade do futuro, que desejamos com melhores padrões de qualidade de vida, bela, justa, sustentável e plena em perspectivas de desenvolvimento para sua gente. É de fato pretensioso, mas não há como escapar desta responsabilidade de todos em ao menos tentar ajudar a cidade neste momento, responsabilidade hoje assumida pela maioria da população. A descrença inicial parece ter sido superada por um desejo de colaboração na grande obra, ao menos ao suportar os desvios, engarrafamentos e buracos com uma especial compreensão, sofrida, mas acompanhada de uma pontinha de orgulho diante da evolução das obras públicas e privadas.
     Ótimo se a pretensão do livro for alcançada, um pouco que seja. Se não, que fique então como um registro desse momento ímpar na vida de Cuiabá, um álbum de artigos, como o velho álbum de fotografias que de vez em quando a gente folheia revendo momentos queridos ou apenas importantes de nossas vidas. Colocados um ao lado do outro em uma coletânea, os artigos ganham movimento e sentido, permitindo a reconstrução de uma história contínua conforme vista pelo autor, antes contada em textos tratando de momentos aparentemente isolados. Juntos os artigos além de relembrar cada momento descrito, permitem sua concatenação, avaliar a evolução, comparar situações, rever os casos esquecidos, as idas e vindas, os acertos e erros, aferir rumos. A leitura do livro lembrará Dutra, o cuiabano que trouxe a Copa de 50 para o Brasil e, com as emoções de cada ocasião, episódios como os da expectativa pela escolha da sede e a alegria de ganhá-la, o último jogo do Verdão e sua demolição, a escolha do local da nova Arena, a mudança do VLT, a batalha pelo aeroporto, o fim da AGECOPA, e outros. 
     Mesmo sem a Copa, Cuiabá estaria vivendo agora seu momento histórico de desenvolvimento mais importante. A Copa veio turbinar ainda mais este dinamismo que precisa ser muito bem compreendido e acompanhado por suas autoridades, líderes e cidadãos em geral. Certa vez disse meio brincando que a Copa teria sido um artifício do Bom Jesus de Cuiabá para dar uma sacudidela em sua gente elevando-a à altura da cidade que estão construindo e de seu maior desafio que será a preparação para o Tricentenário daqui a 6 anos. Estou cada vez mais acreditando nisso. E aí a experiência da Copa valerá muito. 
(Publicado em 30/04/2013 pelo Diário de Cuiabá)

sábado, 27 de abril de 2013

HOMENAGEM AO MARACANÃ

globoesporte,globo.com



No link abaixo, conheça tudo sobre o velho e o novo Maracanã, que reabre hoje:

http://globoesporte.globo.com/futebol/especial-maracana/2-construcao-do-estadio.html#/1

quarta-feira, 24 de abril de 2013

ESTAÇÃO ANTÁRTICA

PINIweb.com.br


16/Abril/2013

Projeto do Estúdio 41, de Curitiba, vence concurso para reconstrução de estação científica do Brasil na Antártica


Grupo coordenado por Fábio Henrique Faria propôs a criação de blocos para a distribuição dos usos da edificação


Rodrigo Louzas

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e a Marinha do Brasil anunciaram o resultado do Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz, que seleciona o melhor projeto de arquitetura para as novas instalações da base brasileira. Em primeiro lugar, ficou o projeto dos profissionais do Estúdio 41, de Curitiba, coordenado pelo arquiteto Fábio Henrique Faria e tendo como coautores Emerson Jose Vidigal, Eron Costin e João Gabriel de Moura Rosa Cordeiro. Os vencedores ganham, além do projeto contratado, um prêmio de R$ 100 mil.

Leia mais em : http://www.piniweb.com.br//construcao/arquitetura/projeto-do-estudio-41-de-curitiba-vence-concurso-para-reconstrucao-281019-1.asp

terça-feira, 23 de abril de 2013

COPA, O LEGADO AVANÇA

Foto Midianews


José Antonio Lemos dos Santos

     Feliz com o Luverdense subindo na Copa do Brasil e com Cuiabá e Mixto decidindo o Campeonato Mato-grossense, repito que sou um entusiasta da Copa em Cuiabá desde quando esta era só uma remota possibilidade. A expectativa da Copa do Pantanal deixar em Cuiabá um forte legado é entusiasmante, ainda que jamais tenha pensado que ela fosse resolver todos os problemas cuiabanos, ou que fossem viabilizados todos os projetos que oportunizaria, e muito menos que todos os viabilizados fossem concluídos a tempo para a Copa. Contudo, sendo Cuiabá a menor das sedes no país, é nela que um evento global como esse ocasionará proporcionalmente maiores impactos positivos. 
     Nessa perspectiva, após quase 4 anos da escolha de Cuiabá como sede da Copa do Pantanal, como cidadão transeunte e baseado nos noticiários já dá para estimar a quantas anda o esperado legado, um legado não só de investimentos públicos, mas também privados. Aliás, foi do setor privado que vieram as primeiras respostas ao desafio da Copa. Muito mais ágil e desembaraçado que o setor público, de imediato o segmento hoteleiro tomou a iniciativa desencadeando uma série de novos empreendimentos, ampliações, e mesmo resgate de antigos projetos, alguns já inaugurados, outros com obras em andamento. Como exemplo cito a revitalização das obras do Hotel Global, paradas há décadas, e o magnífico resort em Manso em construção. Da iniciativa privada vieram ainda a instalação de novas redes comerciais com grandes lojas, a ampliação já concluída do mais antigo shopping comercial de Cuiabá e o lançamento de outros dois grandes shoppings, um destes o primeiro em Várzea Grande. Grande destaque são os R$ 400 milhões da fábrica de cimento inaugurada este mês no Aguaçu. Só estes investimentos privados já validariam a Copa do Pantanal em Cuiabá. 
Foto Midianews

     Já o setor público custou a deslanchar por motivos que não cabem neste artigo, mas dentre estes a ausência de um sistema de planejamento urbano em Várzea Grande e a desestruturação do insipiente que existia em Cuiabá, justo quando mais seria útil. De fato nem tudo aquilo que a Copa oportunizou foi viabilizado, como um teleférico na Chapada, e muito do que chegou a ser planejado foi depois abandonado, como o trecho final da Avenida Parque do Barbado. Mas a cidade virou um canteiro de obras públicas e privadas, muitas em ritmo de três turnos, infernizando a vida de muita gente, como já se previa, drama amenizado pelo encantamento das obras tomando forma dia a dia diante dos olhos, muitos ainda incrédulos. A Copa está viabilizando obras que continuariam a ser enroladas no tempo como o aeroporto, ou que jamais sairiam como as magníficas interseções em trincheiras e viadutos da Miguel Sutil, Fernando Correa, CPA e FEB, a implantação do VLT, os Centros Oficiais de Treinamento na UFMT e em Várzea Grande, a duplicação da Mário Andreazza, o recém- assumido Contorno Oeste do Rodoanel ligando o Trevo do Lagarto à estrada da Guia, dentre muitas outras obras e serviços em implantação. O legado positivo avança. 
     Será importante que todas as obras fiquem prontas e funcionando bem para o grande evento global, com a cidade sendo exibida para o mundo. Esse esforço tem que ser perseguido e cobrado sempre. Porém, caso algumas não fiquem prontas a tempo, é fundamental que atinjam um patamar de irreversibilidade a partir do qual terão que ser concluídas, mesmo após a Copa. Contudo, o maior benefício da Copa para Cuiabá não está nas obras, mas na chacoalhada que está dando em seus habitantes, cidadãos, líderes e autoridades, elevando-os à altura dos desafios e oportunidades do momento histórico de desenvolvimento que a cidade vive, discutindo projetos, pensando e construindo o futuro.
(Publicado em 23/04/2013 pelo Diário de Cuiabá)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A FERROVIA NORTE- SUL NO FANTÁSTICO

Veja no link abaixo para onde querem levar a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), um projeto de ferrovia com 1200 Km ligando Lucas do Rio Verde a Goiás (Campinorte). Enquanto isso, abandonam a alternativa da Ferronorte ligando Lucas aos trilhos que já estão prontos e em condições de funcionamento em Rondonópolis, com 560 Km, ligados ao sistema ferroviário do sul/sudeste brasileiro:

http://g1.globo.com/fantastico/quadros/brasil-quem-paga-e-voce/noticia/2013/04/deficiencia-estrutural-nos-portos-e-ferrovias-faz-brasil-desperdicar-bilhoes.html

sábado, 20 de abril de 2013

ALUNOS DE ARQUITETURA E URBANISMO NA TV

Veja  no link abaixo matéria do JORNAL DA MANHÃ da TV Record com alunos da Arquitetura e Urbanismo da UNIC pesquisando habitações de interesse social em Várzea Grande:

http://gazetadigital.com.br/video/play/id/14730/programa/1

quinta-feira, 18 de abril de 2013