"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



terça-feira, 10 de abril de 2012

CUIABÁ 300-7

José Antonio Lemos dos Santos


     Comemorando os 293 anos de Cuiabá retomo a contagem anual regressiva para o tricentenário da cidade, como faço desde 2009. Agora, só faltam 7 anos. Aniversário de Cuiabá é festejar uma cidade que brotou entre as pepitas de um corguinho com tanto ouro, que era chamado pelos nativos de Ikuiebo, córrego das estrelas. E o córrego das estrelas desaguava em um belo rio, num lugar de grandes pedras onde se pescava com flecha-arpão, e que se chamava Ikuiapá, lugar onde se pesca com flecha-arpão, em bororo. E a cidade floresceu bonita e se chamou Cuiabá, célula-mater do oeste brasileiro, mãe original de tudo o que veio a suceder na região, mãe de cidades e de estados.
     No breve tempo que durou o ouro, Cuiabá chegou a ser a mais populosa cidade do Brasil. Mas o metal acabou rápido e seu destino seria o das cidades-fantasmas garimpeiras não fosse a localização mágica, centro do continente, cuja expectativa de riqueza interessava a Portugal. Então, o papa decide que o limite entre as duas coroas ibéricas não seria mais dado por Tordesilhas, mas pela posse das terras. Aí Cuiabá vira um bastião português e sobrevive como apoio aos interesses lusos em terras então espanholas em seu primeiro salto de desenvolvimento, o da sobrevivência, que lhe permitiu continuar viva.
     Logo Portugal criou a Capitania de Mato Grosso com sua sede instalada em Cuiabá, enquanto era construída a futura capital Vila Bela. Por dois séculos sobreviveu a duras penas, mesmo tendo voltado a ser capital, período heroico em que forjou uma gente brava, sofrida, mas alegre e hospitaleira, capaz de produzir um dos mais ricos patrimônios culturais do Brasil, com vultos e proezas que merecem ser melhor tratados e destacados pela história oficial brasileira. Como um astronauta contemporâneo, vanguarda humana na imensidão do espaço, ligado à nave apenas por um cordão prateado, assim Cuiabá sobreviveu por séculos, solta na vastidão centro-continental, ligada à civilização apenas pelo cordão platino dos rios Cuiabá e Paraguai.
     Até que na década de 60 a cidade vibra novamente, transforma-se no “portal da Amazônia” e em pouco tempo sua população decuplica. Foi o salto da quantidade, a expansão necessária para ser a base de ocupação da Amazônia meridional, a qual se deu sem a menor preparação ou apoio da União, que lhe era devido pela função estratégica que desempenhava. Sozinha e sem recursos, apoiando uma região ainda vazia economicamente, Cuiabá explodiu em todos os sentidos, inclusive em sua estrutura urbana, despreparada para tão grande e súbita demanda.
     No alvorecer do novo milênio, Cuiabá está em seu terceiro salto de desenvolvimento, agora o salto da qualidade. Não é mais o centro de um vazio. Ao contrário, polariza uma das regiões mais dinâmicas do planeta, que ajudou a construir e que hoje não apenas lhe demanda o apoio, mas também a empurra para cima cobrando sempre mais, em um sadio e maduro processo de simbiose regional ascendente.
     A sete anos do tricentenário, sua data mais significativa no século, Cuiabá vive o melhor momento de sua história, impulsionada pelo desenvolvimento regional, linkada ao mundo e turbinada como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Nos seus 293 anos, mais do que reverenciar o passado e festejar o presente, é forçoso cuidar melhor do futuro. A Copa é um estratagema do Bom Jesus de Cuiabá para forçar nosso olhar para frente, para o positivo e o construtivo, um choque de adrenalina e capacitação, impelindo a nos colocar, cidadãos, políticos e dirigentes, à altura da cidade que temos. A cidade disparou; nós, ainda não. As eleições deste ano testarão como estamos para encarar toda esta dinâmica do presente e as enormes potencialidades do futuro.

domingo, 8 de abril de 2012

ANIVERSÁRIO DE CUIABÁ: 293 ANOS

                                                                      www.skyscrapercity.com

Aproveite para relembrar o Hino de Cuiabá em uma versão moderna, simpática e de grande qualidade:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=jMjDH9Y0WJU#t=40s
 













www.skyscrapercity.com
 
 
















                                                                     www. espacoturismo.com.br

sábado, 7 de abril de 2012

MANHÃ ENSOLARADA

Foto: José Lemos   
Quando o sol do início da manhã transforma o asfalto de preto em prata, com a Chapada ao fundo, é prenúncio de um dia tipicamente cuiabano. Aproveitem. Feliz Páscoa!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

CRYSTAL LAGOONS EM CUIABÁ

Crystal Lagoons desenvolve três projetos no Brasil de US$ 500 




     A empresa Crystal Lagoons anunciou investimentos de US$500 milhões em três projetos imobiliários no Brasil e que abrangem a construção de 3.200 moradias.
     A Crystal Lagoons, ligada ao que criou San Alfonso del Mar (complexo imobiliário localizado em um balneário turístico do centro do Chile), Fernando Fischmann, se associou para esses projetos no Brasil com o fundo de capitais chileno-brasileiro BC Genera, grupo criado para o desenvolvimento de produtos imobiliários no Brasil.
     O primeiro dos complexos residenciais estará localizado em Mato Grosso, na cidade de Cuiabá, sede do próximo Mundial de Futebol 2014. Abrange a construção de 1.250 unidades, entre casas e apartamentos, uma lagoa cristalina navegável de dois hectares, rodeada de areias brancas em um terreno de 36 hectares. Essa obra representa um investimento de US$200 milhões e, está previsto, que sua construção comece em abril de 2012.
     O segundo projeto, no Mato Grosso do Sul, terá 600 moradias e a terceira iniciativa será construída em Brasília, com 1.350 unidades (casas e apartamentos). Ambos possuirão uma lagoa cristalina navegável onde será possível praticar esportes náuticos, como caiaque e iatismo.
     A Crystal Lagoons tem 180 projetos em 45 países dos cinco continentes e que estão ligados a investimentos imobiliários de US$100 bilhões.
Fonte:http://www.khl.com/magazines/construcao-latino-americana/detail/item66947/Crystal-Lagoons-desenvolve-tres-projetos-no-Brasil-de-US$500-milhoes/
 
 
(Nota do Blog do José Lemos: Extraído de http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=803592&page=245    na seção Notícias de Mato Grosso do Sul)
                                      -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-..-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
 
 
     Para quem não se atinou à dimensão da coisa, é só lembrar que esse grupo é proprietário do San Afonso del Mar, no Chile, complexo residencial e turístico das fotos abaixo:




infosurhoy.com
 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A ARENA DE MINHA JANELA

Veja como estão as obras da Arena Pantanal vistas de minha varanda hoje dia 5 de abril de 2012.

                                                                Foto: José Lemos
Compare com a situação no início do ano:

                                                                   Foto: José Lemos

Para tirar dúvida se a obra está "andando", veja a situação em agosto do ano passado:

                                                                    Foto: José Lemos

quarta-feira, 4 de abril de 2012

ZAHA HADID


No link abaixo uma entrevista curtinha da AU mas vale para conhecer um pouco da grande arquiteta, vangaurdista na arquitetura mundial e com a qual temos muito a admirar, muito a discutir e, principalmente, muito a aprender:

http://www.piniweb.com.br//construcao/arquitetura/entrevista-zaha-hadid-diz-que-niemeyer-foi-seu-precursor-255084-1.asp

Vale a oportunidade também para dar um passeio no seu site:

http://www.zaha-hadid.com/

terça-feira, 3 de abril de 2012

LUZES DA COPA

José Antonio Lemos dos Santos

Foto Patrícia Parente

     Dias atrás, subindo a Avenida do CPA fui surpreendido com todas as janelas iluminadas no grande hotel da esquina com a Miguel Sutil, há muito tempo em construção. Como cuiabano e arquiteto fiquei emocionado, afinal, aquele grandioso edifício de belíssima arquitetura já parecia estar condenado a se tornar uma imensa ruína em um dos pontos visualmente mais importantes da cidade. Fascinado com a inesperada visão, pedi à minha filha, que me acompanhava no carro, que fizesse uma foto com seu celular. Pela rapidez da ação e o movimento de veículos na avenida naquela hora a foto ficou meio tremida, mas valeu como um registro daquele momento do dia 22 de março. Para mim, as primeiras luzes do brilho que será a Copa do Pantanal em 2014.
     Provavelmente os proprietários daquela obra tenham sempre se empenhado em retomar a construção, pois arriscavam-se a ser responsáveis por um mastodonte abandonado marcando negativamente a paisagem de um dos principais cartões postais de Cuiabá. Como cuiabanos, claro que não era o que pretendiam. Além de um audacioso empreendimento hoteleiro, aquela obra iniciada há tanto tempo destinava-se a ser um elemento embelezador da cidade, um ornato citadino, e não um monstrengo em ruínas. Veio então a Copa apontando para um salto nas demandas sobre a cidade, em especial, no ramo da hotelaria, um considerável estímulo adicional para a viabilização da retomada das obras, assim como para a reciclagem de outros antigos edifícios e a construção de novas torres no mesmo período. Até outro dia, fora o resort de Manso, eram 15 torres em construção e algumas já inauguradas. Outros empreendimentos são aguardados, uma vez que, além de sua consolidação como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, Cuiabá polariza hoje uma das regiões mais dinâmicas e produtivas do planeta, com negócios e interesses ligados em todo o mundo, por conseqüência com uma demanda hoteleira sempre aquecida.
     Mesmo que alguns empreendimentos do gênero impulsionados pela Copa já estejam em pleno funcionamento - gerando conforto aos visitantes, e emprego e renda aos habitantes da cidade - o velho edifício ainda inconcluso tem um significado especial pelo seu porte, qualidade arquitetônica, localização e forte presença na paisagem cuiabana por tanto tempo, mesmo quando com as obras paralisadas. Ainda que em testes, as luzes acessas de suas janelas simbolizam muito bem o início da colheita dos frutos da Copa. A grandiosa ruína, que parecia irreversível, está viva de novo e recupera seu destino de grande empreendimento hoteleiro e um dos mais belos edifícios de cidade. Em meio a tantos problemas, as luzes lembram que em breve todas as obras da Copa também estarão iluminadas e em funcionamento.
     Sou cada vez mais otimista com o legado da Copa para Cuiabá e Mato Grosso, ainda que com preocupações pontuais com as essenciais obras do aeroporto e dos eixos principais da mobilidade urbana. Mesmo que a cidade não aproveite todas as oportunidades trazidas pela Copa, receberá um volume de investimentos que jamais veria nas próximas décadas sem ela, investimentos públicos e privados, estes também significativos, que não podem ser desprezados. Aliás, a iniciativa privada saiu na frente e já temos as luzes de seus primeiros resultados. Por outro lado, nestas últimas semanas grandes e importantes obras públicas receberam suas ordens de serviço e começam a sair do papel, além da Arena e do sistema Mário Andreazza, iniciadas há mais tempo. O estímulo e a cobrança, os aplausos e as críticas da cidadania, às vezes necessariamente duras, tem grande importância no que já está acontecendo e no muito que ainda vai acontecer.
(Publicado em 03/04/2012 pelo Diário de Cuiabá, Turma do Êpa e Hipernotícias, e no dia 04/04/12 pelo Midianews)

sexta-feira, 30 de março de 2012

ESCLARECIMENTOS

Autorizado pelo Rafael Detoni (Secopa), posto seu atencioso e-mail enviado ontem com esclarecimentos sobre a questão da Rua XV:

"Zé Lemos, boa noite
De fato a Lays está correta. A implantação do VLT na Av. XV de Novembro vai gerar a redução de capacidade ao tráfego geral. As faixas de tráfego laterais à Via Permanente (VLT) deverão atender à necessidade de acesso ao solo. É possível até que se permaneça com algumas vagas de estacionamento nos trechos onde o passeio atualmente é mais largo (sem comprometer o disposto na legislação municipal, é claro).
O fluxo de passagem no sentido Cuiabá - Várzea Grande volta a ser pela Tenente Coronel Duarte onde hoje temos três faixas de rolamento por sentido, capazes de absorver a demanda com proibição de estacionamentos ao longo da via (pelo menos nos horários de pico).
o retorno da mão dupla na XV vai gerar uma nova ordem nas ruas transversais que interligam-na à Tenente Coronel Duarte, com exceção da Senador Metelo e Major Gama. No Volume 03 do Anteprojeto (que pode ser acessado direto do site da Secopa), há um conjunto de pranchas denominado "Plano de circulação viária atual" e "Plano de circulação viária futuro". Neles é possível ver as alterações do trânsito em função dos VLTs.
Espero ter contribuído para esta dúvida e coloco-me a disposição para demais esclarecimentos.
Abraços
Rafael Detoni"

quinta-feira, 29 de março de 2012

RUA XV COM MÃO DUPLA?

Alguém saberia explicar ou ouviu alguma explicação oficial sobre como funcionaria o principal acesso da cidade com a volta da mão dupla na XV de Novembro, no Porto, com as canaletas para o VLT e uma pista de rolamento em cada sentido para os veiculos de pneus? A prancha a seguir foi extraída do site da Secopa.

terça-feira, 27 de março de 2012

O JOGO DO EMPURRA

José Antonio Lemos dos Santos

     Ao cidadão comum soa muito estranha essa história do governo federal querer barrar o financiamento do VLT recorrendo a casos antiqüíssimos, do tempo da extinção da Sanemat. Também a falta de informações claras sobre o assunto por parte do governo do estado ajuda a aumentar a estranheza, a ponto do cidadão pensar coisas incríveis em se tratando de assunto de tão elevada responsabilidade pública. Ao leigo nos costumes políticos atuais, este caso lembra o antigo jogo infantil do “empurra-empurra”, não por acaso semelhante ao que acontece ultimamente no país quando se trata da identificação de responsabilidades no mau trato das coisas públicas. Como eu disse em algum artigo, fizeram o governador montar em um porco do qual não tem jeito de descer. Pintaram para o povo um VLT tão lindo que não dá para fazer e um BRT tão feio que não pode mais ser assumido. Não dá mais tempo para fazer nenhum, e ninguém quer ficar com a culpa.
     A saída imaginada pelos experts do Paiaguás seria empurrar a culpa para o governo federal levando uma proposta de 1,2 bilhão sem projeto, o que, é claro, não poderá ser tecnicamente aprovado. Quem em Brasília vai botar sua assinatura como responsável técnico autorizando a união a conceder um empréstimo dessa monta sem projeto? Já caiu um ministro por causa disso. Sendo assim, se o governo federal vetar o empréstimo ficará aos olhos do povo local com a culpa de não se fazer o VLT de Cuiabá. O estado lavaria as mãos com o discurso de que teria feito todo o necessário, mas Brasília foi que não quis fazer. “Por fatos que não são inerentes ao governo do estado de Mato Grosso, nós não podemos ser responsabilizados”, como já nos avisou o secretário da Secopa na última audiência sobre o VLT.
     Uma situação como esta não se restringe apenas a um projeto bem ou mal apresentado, mas envolve outros aspectos, dentre os quais a questão política, pois o governador de Mato Grosso é do PMDB, um dos principais sustentáculos da administração da presidenta Dilma. Como bobó é a única coisa que não tem nos altos escalões de Brasília, teriam bolado uma estratégia de devolver a culpa para o estado "descobrindo" essa tal pendência dos tempos da Sanemat. Assim, o governo federal evita entrar no mérito do projeto do estado e fica impossibilitado de liberar o empréstimo, não por uma decisão sua, mas por uma providencial inadimplência do estado de Mato Grosso. Como quem diz, se não fosse essa pendência do Estado o governo federal liberaria o empréstimo numa boa. Assim o PMDB não pode reclamar e o governo federal se livraria de uma situação constrangedora junto à população local, cujo imaginário foi totalmente encantado pelas vantagens reais ou fantasiosas do VLT. E a barra federal ficaria limpa. Vamos ver quem vai ganhar, pois quem vai perder, e já está perdendo, a gente já sabe.
     Triste viver situações que nos levam a pensar tão pequeno sobre as coisas da nossa República, sonhada para ser cada dia mais forte, honrada e respeitada. O renitente atraso da Infraero nos projetos do Aeroporto Marechal Rondon, do mesmo modo leva o cidadão a olhar meio enviesado, achando também ter algo errado. Preferia estar falando nas obras da Copa que o próprio governo estadual através da Secopa começa a tirar do papel com licitações e ordens de serviço, como as da Miguel Sutil, as obras viárias do entorno da Arena Pantanal e das pontes do Coxipó que receberam suas ordens de serviço na semana passada. Ou das outras que já estão em andamento há mais tempo como o recapeamento asfáltico da cidade, o sistema Mário Andreazza ou a própria Arena, cuja evolução acompanho da varanda aqui de casa. Mas não dá, os projetos do eixo principal da mobilidade e o aeroporto preocupam.
(Publicado em 27/03/20122 pelo Diário de Cuiabá)

sexta-feira, 23 de março de 2012

VISITA ÀS PIRÂMIDES

Clique no link abaixo e faça uma visita de 360 graus às pirâmides do Egito.

http://www.airpano.ru/files/Egypt-Cairo-Pyramids/start_r.html

Vale ver.

terça-feira, 20 de março de 2012

BRASÍLIA EM 1967

Clique no link abaixo e dê um passeio por Brasília no ano de 1967. Muito bom. Histórico. Eu já estava lá. Vivi isso. Hoje uma das coisas mais fantásticas que acho de Brasília é a evolução da arborização urbana, e esse filme é muito bom para comparar com a situação atual.

http://vodpod.com/watch/2897955-urban-planning-video-driving-around-braslia-in-1967-listening-to-kraftwerk

Quem não teve oportunidade de viver esse momento de Brasília, aproveite e compare com a Brasília de hoje. Quem viveu, relembre e aproveite também para comparar e ver como a cidade evoluiu.

domingo, 18 de março de 2012

MOBILIDADE HIGH TECH

Veja no link abaixo está bike da VolksWagen, dobrável e motorizada.

Veja também no outro link abaixo está novidade da Honda. Interessante.

quarta-feira, 14 de março de 2012

CATEDRAL DE COLONIA

Catedral de Colonia, Alemanha
rioresiste.blogspot.com

Visite no link abaixo a Catedral de Colonia, ao som de ótima música. Isso é Arquitetura.

terça-feira, 13 de março de 2012

ANIVERSÁRIO NA INFRAERO

José Antonio Lemos dos Santos


     Em artigos anteriores tenho repetido que dois dos mais importantes projetos para a cidade e para a Copa já ultrapassaram os limites do preocupante e atingem as raias do risco total em função dos prazos até 2014. Um é o da mobilidade urbana, especificamente nos projetos vinculados aos eixos do VLT, até hoje sem projeto; outro é o aeroporto, até hoje sem licitação das obras de sua estação de passageiros. Enquanto o caso da mobilidade tem sido bastante comentado, o do aeroporto não. Parece que a opinião pública e os meios informativos entenderam que o assunto está suficientemente bem acompanhado pela Infraero, apoiada nesse projeto pelo Estado desde o ano passado. Pois é, aconteceu mais um atraso no projeto do aeroporto, que todos já imaginavam pronto e que só faltava a licitação da obra. Qual o que. Semana passada a Infraero acatou pedido da empresa Globe Engenharia de adiar para dia 27 próximo a entrega do projeto executivo para as obras de ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, que era prevista para o começo deste mês. Cerca de 15 dias de atraso podem parecer nada, mas são críticos diante do prazo que se tem até a Copa.
     Olhado ao longo do histórico das ampliações do Marechal Rondon o temor aumenta. Aos iniciantes em Aeroporto Marechal Rondon, é bom lembrar que a Infraero tem sido madrasta com o nosso aeroporto e desde as três últimas décadas o aeroporto funciona subdimensionado. A situação seria corrigida quando um cuiabano de saudosa memória, Orlando Boni, assumiu em 2002 a direção da empresa e determinou a elaboração de um projeto de qualidade, bem como um Plano Diretor para o aeroporto, compatível com seu movimento, já acelerado naquela época. Foi projetada então uma estação para 1,0 milhão de passageiros por ano, e as obras foram tocadas até enquanto permaneceu aquela direção do órgão. Ainda bem que deixou quase concluído o módulo “A” (atual ala de embarque) e o setor administrativo, o módulo “C” (atual ala(?) de desembarque), pois as obras foram paralisadas e só concluídas nos módulos iniciados graças à intervenção na época do Conselho Deliberativo do Aglomerado Urbano através de uma Moção de Repúdio, assinada pelos então governador do estado e os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande. E é o que temos até hoje, uma estação para 1,0 milhão de passageiros/ano construída pela metade, acrescida pelo emergencial “puxadinho”, concluído também depois de muitos atrasos. Isso para mais de 2,5 milhões de passageiros usuários em 2011!
     A Copa trouxe a esperança de que a situação do Marechal Rondon fosse resolvida. Qual o que. A abertura da licitação para o projeto da ampliação do aeroporto só saiu a 3 de novembro de 2010, ano e meio após a escolha de Cuiabá como uma das sedes da Copa, dando até a impressão que a Infraero torcia contra a cidade. A Ordem de Serviço para o projeto só saiu 2 meses e meio depois, com prazo de execução de 6 meses para o projeto básico, que seria junho, passou para julho e depois para setembro quando foi publicada a maquete eletrônica. O projeto executivo que já fora adiado para o início de março, sofre agora mais uma prorrogação para final de março, 17 meses após sua licitação! Imagine se o aeroporto não fosse peça importante para a Copa do Mundo, um projeto nacional, compromisso internacional do país. A bem da verdade há que se ressaltar o novo elã dado à Infraero pelo presidente Gustavo Matos que no próximo dia 24 de março completa um ano de administração. Que o projeto completo do novo Aeroporto Marechal Rondon, que se arrastava por décadas, seja o marco simbólico dessa comemoração, sinal concreto de um novo tempo para a Infraero. Se possível já acompanhado pelo lançamento da licitação para as obras.
(Publicado em 13/03/2012 pelo Diário de Cuiabá, Midianews, HíperNotícias, Turma do Êpa)

segunda-feira, 12 de março de 2012

A CIDADE SE ESVANECE

Sérgio Magalhães

     A República brasileira herdou do Império uma capital quase colonial. Com cerca de quatrocentos mil habitantes, o Rio era uma cidade grande para a época, importante, a maior do país, com presença internacional. Mas sua estrutura urbanística era modesta, mesmo composta em associação com uma
geomorfologia monumental, e sua infraestrutura era incipiente.
     É nas primeiras décadas do século XX que o Rio se transforma urbanisticamente como metrópole. A cidade republicana constrói duas grandes estruturas espaciais, a do Centro e a da Orla, ambas extraordinariamente fortes –que se justapõem. A primeira tem o Centro histórico como núcleo, e se organiza a partir das grandes obras do prefeito Pereira Passos. Constituiu-se como a verdadeira estrutura espacial da cidade porque construiu o centro moderno e o porto, promoveu a interligação Centro-zona Sul, através da avenida Beira Mar, e a interligação Centro-zona Norte, expandindo o sistema de trens urbanos.
Emerge daí a “Cidade Maravilhosa”. No mesmo entendimento, implanta-se, depois, a área de negócios e de administração pública, no Castelo, e consolida-se a zona Norte como o principal lugar industrial do país. O
Aterro do Flamengo é o coroamento paisagístico dessa estrutura moderna focada no Centro e de interesse metropolitano.
     Quase simultaneamente, a cidade constrói outra estrutura urbanística complementar, ordenada pela descoberta do mar como lugar de prazer. Do Flamengo ao Leblon compõem-se quinze quilômetros do binômio orla-cidade, disponíveis para a interação social e a beleza. Concebeu-se em simbiose a arquitetura da cidade e a praia. Não é um balneário, é cidade; a praia é pública, de acesso republicano, bem diferente do que se apresentava nos países desenvolvidos à época. O espaço cidade-praia, em uso todo o ano, é
lugar denso, cosmopolita e metropolitano.
     Ambas as estruturas, a do Centro e a da Orla, sustentam uma cidade metropolitana de grande multiplicidade espacial (seus bairros tem identidade e morfologia próprias), com ambientes urbanos de grande vitalidade, que produz forte e original cultura, inserida no contexto mundial como uma de suas principais metrópoles.
     Todavia, desde as décadas finais do século XX, nota-se um enfraquecimento estrutural importante da metrópole. Desconstruído o sistema de transporte sobre trilhos, em benefício do automóvel e do ônibus, as relações intra-metropolitanas se esclerosam. Não há transporte de alto rendimento que atenda adequadamente aos deslocamentos casa-trabalho, majoritariamente vinculados ao Centro. Expande-se a ocupação em variadas direções, segundo conveniências quaisquer, sobretudo imobiliárias, com a baixa densidade típica do rodoviarismo. A expansão exagerada cria demanda insustentável por infraestrutura e por serviços públicos –mas não produz cidade. Constrói condomínios, shoppings, guetos, engarrafamentos, poluição –mas vida urbana, não.
     Assim, prevalecem as facilidades de ocasião. Com 12 milhões de habitantes, a cidade metropolitana não está institucionalizada; apesar de preocupantes indicadores sociais, não conta com políticas públicas de transporte, saneamento, habitação, saúde, educação, urbanismo, que articulem os esforços dos diversos municípios e agentes públicos; faltam-lhe instrumentos políticos e técnicos que possam ajustar interesses conflitantes, sem permitir hegemonias senão as democraticamente constituídas. E igualmente grave: não projeta o seu futuro.
     Mesmo tendo estruturas urbanísticas mais bem conformadas, o Rio  dispersou-se tanto que, em poucos anos, trocou de posição com São Paulo: de cidade 15% mais densa, está 15% menos densa. (Lembremos: densidade não é sinônimo de espigão, mas de bom aproveitamento do solo.) . Ocorre que São Paulo nas últimas décadas tem se reestruturado urbanisticamente e investido em transporte de alto rendimento. A capital paulista constrói não uma linha de metrô, mas uma rede, que tem o Centro como núcleo, com 12 linhas de metrô e trem, mais de 30 estações de integração, e investe em 4 anos R$ 22 bilhões.
     Curitiba, que se notabilizou como criadora do sistema de ônibus em corredor expresso, o BRT, optou por substituí-lo, implantando um sistema de metrô subterrâneo. Com 1,7 milhão de habitantes, a capital paranaense fortalece o seu Centro, quer ser uma cidade mais compacta, mais densa. Dispersa, a cidade escasseia, a mobilidade paradoxalmente diminui (e aumentam os engarrafamentos). Sem densidade adequada, a vida urbana se esvanece; o cobertor dos serviços públicos não cobre a cidade inteira.
     A metrópole do século XXI pede uma estrutura urbanística em acordo com a sustentabilidade ambiental, econômica e social. Ela tem precedentes: a cidade do convívio e da beleza, que a República herdou e soube estruturar maravilhosamente.
*Sérgio Magalhães* é arquiteto. Email: smc@centroin.com.br
(Artigo publicado por O Globo em 12/03/12 - enviado pelo autor)

domingo, 11 de março de 2012

ENTREVISTA

Veja a entrevista dada na TV Record Cuiabá (Canal 10) em 06/03/2012 tratando das obras da Copa:

http://www.grupogazeta.com.br/video/play/id/6546/programa/3

sábado, 10 de março de 2012

ISENÇÃO DE MULTAS NAS ANUIDADES

Informativo 013 - 9 de Março de 2012  - CAU/BR



O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR decidiu que, a partir de 13 de março, vai isentar de multa e juros sobre o pagamento das anuidades de 2012 os profissionais e empresas que não conseguiram emitir o boleto até 28 de fevereiro, por inconsistência ou inexistência cadastral no SICCAU.

Também definiu prazos e condições para o pagamento da primeira anuidade dos recém-formados. Os novos profissionais poderão pagar a anuidade em parcela única com desconto de 10% até o fim do mês que o registro for concedido ou poderão dividir o valor em três parcelas iguais e sucessivas, sem o desconto. Os recém-formados possuem, ainda, 50% de desconto no valor da anuidade, previsto na Resolução CAU/BR 04/2011, sendo que os dois abatimentos são cumulativos.

Assessoria de Comunicação CAU/BR

quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHERES QUE MARCARAM A ARQUITETURA

Jane Jacobs, uma das mulheres mais importantes na história do urbanismo mundial merece ser lembrada neste Dia da Mulher. Mesmo sem ser considerada na lista, vale a pena ver a bela matéria do link abaixo sobre as mulheres marcantes na arquitetura mundial.


Jane Jacobs (1916-2006) escreveu o demolidor Morte e Vida das Grandes Cidades Americanas (1961) que literalmente implodiu o Urbanismo Modernista em Pruitt-Igoe (1972). Através dela o Blog do José Lemos homenageia todas as arquitetas e urbanistas ou estudantes de Arquitetura e Urbanismo não lembradas na lista do link.
Implosão de Pruitt-Igoe, 1972.


VLT

Charge do professor arquiteto José Maria.

terça-feira, 6 de março de 2012

COPA: O LEGADO E A CEREJA

José Antonio Lemos dos Santos

     Em momentos de turbulência como o que vivemos em relação à Copa 2014 em geral, e à Copa do Pantanal em especial, o importante é não desfocar aquilo que realmente é mais importante, ou seja, extrair o máximo de melhorias para a cidade dessa chance ímpar de investimentos que é a Copa. E o máximo pode não ser tudo. Desde o começo ninguém pensou que a Copa resolveria todos os problemas de Cuiabá, e nem que Cuiabá conseguiria aproveitar todos os projetos oportunizados pela Copa. No caso, o máximo é tudo o que puder ser feito de fato, sempre supondo o máximo interesse e determinação públicos.
     Embora no setor público se encontrem os maiores projetos e a responsabilidade de conduzir todo o processo, as oportunidades da Copa não se limitam a ele. O setor privado não pode ser desprezado e tem respondido mais rápido aos desafios da Copa já com diversos empreendimentos em andamento. Muito mais lento, o setor público também já tem algumas importantes obras em andamento. Contudo dois de seus projetos precisam de tratamento intensivo para ser salvos: um é o aeroporto, que até hoje não teve as obras de sua estação de passageiros licitadas; o outro é o da mobilidade urbana, cujos eixos estruturais são os corredores das avenidas do CPA/FEB e Fernando Correia, que ficaram dependentes na discussão BRT/VLT e correm o sério risco de ficarem de fora das benfeitorias da Copa. Hoje, o maior desafio seria garantir a estas estruturais o up-grade adequado às suas funções na vida da cidade e no funcionamento da Copa do Pantanal. Contudo, continuo otimista, mesmo com estas preocupações a Copa já está trazendo bons resultados para Cuiabá, e trará muito mais. Mas a cidadania não pode ficar só esperando e tem que continuar cobrando.
     Na visão contemporânea da mobilidade urbana, o transporte público tem papel fundamental e é entendido como um sistema integrado de diversos modais, desde o pedestre (tão esquecido) e o cadeirante, passando pela bicicleta, moto, automóvel, micro-ônibus, ônibus simples ou articulados, até modos mais complexos, com maior capacidade de passageiros. A forma como se dá esta integração em cada caso depende de estudos técnicos altamente especializados que identificarão as soluções adequadas ao correto atendimento da demanda estudada. VLT, BRT, metrôs, aerotrens e outros, são modais de topo de sistemas e são usados ou não de acordo com as características das demandas, tal como o volume de passageiros. Um bom transporte público depende muito mais de gestão e geometria viária do que da tecnologia veicular.
     No preparação de Cuiabá para a Copa, o VLT seria o topo do sistema de transportes, como a cereja sobre o bolo. O problema é que o governo já admite riscos em sua viabilização, ameaçando todos os projetos viários ao longo de seus eixos. A sorte, ou o azar, é que a mobilidade urbana na Grande Cuiabá é tão precária que mesmo sem a tal cereja pode-se melhorar muito nesse setor só com a criação (e implantação) de um plano integrado para o transporte público, uma estrutura de gestão e a melhoria da trafegabilidade do sistema viário. A preocupação é assegurar a construção do viaduto do Cristo-Rei, da trincheira do KM Zero e os alargamentos da FEB, Prainha e Fernando Correia, estas talvez com canaletas exclusivas. Mesmo longe do ideal imaginado, estas iniciativas garantiriam um grande avanço na qualidade do transporte em nossa cidade, permitindo o funcionamento da Copa e deixando-a preparada para futuros saltos tecnicamente mais completos. Importante é o legado de melhorias para a cidade.
(Publicado em 06/03/2012 pelo Diário de Cuiabá, Midianews, Turma do Êpa, Blog João Bosquo)

domingo, 4 de março de 2012

A ARENA DE MINHA JANELA

Foto: José Lemos (04/03/12)

Compara a foto de hoje (acima) com a do início do ano (abaixo).

Foto: José Lemos (04/01/12)

Se achou que a obra não está andando, compare com a situação (abaixo) no início de agosto do ano passado.

Foto: José Lemos (04/08/11)

sexta-feira, 2 de março de 2012

ELADIO DIESTE

Imagem: Rafael Oliveira em flickr
 Veja no link abaixo um ótimo estudo sobre Eladio Dieste, aquele que "desbravou o material comum que é o tijolo" e "transformou radicalmente o método da alvenaria armada em um novo território."

http://www.vitorlotufo.com.br/imagens/2008/12/dieste2.pdf

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PLANO "C" PARA A MOBILIDADE

José Antonio Lemos dos Santos

     A implantação do VLT é o principal eixo do projeto de mobilidade para a Grande Cuiabá, que por sua vez é hoje o maior e o mais importante compromisso do estado em nível local, nacional e internacional em função da preparação da cidade para a Copa do Mundo. Pois bem, apesar de toda essa importância, dimensões e complexidade técnica, sua audiência pública se restringiu a uma manhã em Cuiabá e uma tarde em Várzea Grande, em audiências separadas, sem apresentação prévia do projeto a ser discutido. Francamente, nas minhas limitações pessoais não seria tempo sequer para compreender um projeto dessa envergadura, quanto mais para questioná-lo em suas implicações sobre a cidade e a vida dos cidadãos. Por isso não fui. Mas, pelo noticiário, vídeos mostrados pela mídia, declarações das autoridades e dos que estiveram presentes, deu para sentir que as audiências foram exitosas, com informações importantes, ainda que algumas não tenham sido boas.
     Serviu para confirmar que ainda não existe projeto técnico para o VLT, conforme já havia mostrado o edital de licitação publicado na segunda de carnaval que trouxe entre seus objetivos a contratação dos projetos necessários à execução das obras e a implantação do sistema. Portanto, não existe projeto e o que foi apresentado nas audiências seria mais uma ilustração de intenções oficiais de realização. Serviu também para mostrar pela primeira vez o governo se apresentando inseguro quanto a viabilização desse projeto no prazo da Copa do Pantanal. Nas palavras do secretário-extraordinário da Secopa o governo do estado está fazendo tudo de sua parte, “sobre-humanos esforços”, mas alerta sobre “alguns obstáculos nos corredores de Brasília” que escapam à gestão do estado. E adverte: “Então aquilo que sofrer atraso em cronograma por fator que não são inerentes ao governo do estado de Mato Grosso, nós não podemos ser responsabilizados.”
     Esta declaração do secretário é muito séria e aponta algumas questões. Uma é que a responsabilidade pelas obras da Copa em Mato Grosso é e continua sendo do governo do estado, em especial da Secopa criada só para isso. Intransferível. Responsabilidade tanto nas obras que estão indo bem, como a Arena, o sistema Mário Andreazza e outras, assim como nas problemáticas, como a do VLT. E neste projeto existe ainda a responsabilidade dobrada dos que tomaram a iniciativa de trocar o projeto do BRT, pronto, aprovado pela Assembléia e com financiamento acertado, assumindo o risco de começar um outro da estaca zero, no caso o do VLT, a três anos do início da Copa. Dentre os riscos assumidos era o de uma nova negociação com o governo federal. Se hoje encontram “obstáculos nos corredores de Brasília” é urgente que sejam denunciados quais ou quem são para que todos saibam, a presidenta Dilma possa tomar providências, e os projetos avancem, sem prejuízos para Cuiabá e a Copa que não podem sair perdendo em função de eventuais interesses menores.
     Entretanto, o que interessa aos cuiabanos são as obras, o legado de benefícios. O mais importante é que Cuiabá consiga extrair o máximo de proveito desta grande oportunidade de investimento que é a Copa do Mundo. O problema é que os eixos do VLT envolvem alguns dos projetos indispensáveis para a Copa e para a vida futura da cidade, como por exemplo o viaduto do Cristo Rei, a trincheira do Km Zero e os alargamentos em trechos da Prainha, Fernando Correia e FEB. Sendo que dificuldades começam a ameaçar o VLT, não seria o caso de já se pensar em um plano “C” assegurando que essas obras fundamentais para a cidade sejam implantadas, independente do futuro do modal?
(Publicado em 28/02/2012 pelo Diário de Cuiabá)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ESTATÍSTICAS VERDADEIRAS 2

ANUIDADE CAU

Pagamento da anuidade do CAU com desconto até 29/02/2012!

Acesse o link do CAU-MT e veja como fazer.

http://www.caumt.org.br/

Eles recomendam acessar pelo Firefox para usar todos os recurso do site.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

IMPROVISO E GAMBIARRA

SÉRGIO MAGALHÃES*

     Nos últimos 50 anos, nosso país viveu um tempo mágico. Triplicou a população, passou de subdesenvolvido a emergente, tornou-se potência em múltiplos aspectos. Incorporou dezenas de milhões à cidadania. Decuplicou a população das cidades — principal plataforma do crescimento nacional.
     Até aqui viemos. Para a frente, as responsabilidades, a democracia, a presença internacional, exigirão do Brasil outros compromissos. A estabilidade demográfica e a economia mundial sugerem que sejamos mais atentos ao que queremos e ao modo de conquistá-lo. O poeta Antonio Cícero propõe a desautomatização do pensamento para apreender. É uma boa expressão, que sugere a re-visão de mitos e modelos. Entre eles, por certo se encontra o mito de que o país só se faz com o improviso, com o jeitinho. Não há mais lugar para o desperdício e falta de transparência nas decisões.
     Os desejos demandam explicitação para que possam ser construídos coletivamente. É a explicitação que reduz a arbitrariedade e, não menos importante, a corrupção. O projeto é o instrumento civilizatório que responde a essa questão, que diz qual é a intenção de futuro e permite que antecipadamente a compartilhemos, que a dimensionemos, que a provisionemos, para que a construamos segundo o desejado. Mas o país desdenhou esse instrumento, quase desaprendeu a planejar.
     O que faremos para nossas cidades serem sustentáveis? Qual o projeto que temos para a ocupação urbana: mais expansão predatória? E para a mobilidade? Quais são as redes de transporte a implantar? A
que custo? Quais são os projetos para nossas águas urbanas e para o saneamento? Nas cidades, a falta de projeto (logo, de debate) encobre as assimetrias entre agentes urbanos e induz os governos a pressões unilaterais e desproporcionais de interlocutores mais bem posicionados. A falta de projeto também pode levar a obras ou programas superados em conceito ou oportunidade.
     Veja-se o programa Minha Casa, Minha Vida. Após décadas sem política de habitação e sem debate, quando o governo resolve contrapor-se à crise, para criar emprego e expansão industrial, adota o modelo do antigo BNH, superado desde os anos 1980. Foi um improviso, paradoxalmente déjà vu. O MC,MV merece um projeto contemporâneo, social e urbanisticamente relevante.
     E os aeroportos? Sabe-se que são anacrônicos, arquitetônica e funcionalmente. Desconhecem-se autorias e custos das gambiarras sucessivas que desqualificam essas portas do país. Agora, alguns serão privatizados. Há determinação quanto a projetos e sua qualidade?
     Elaborar projetos pressupõe definir conceitos, fazer escolhas, indicar procedimentos — e, em quase todos os casos, intervir no espaço da cidade, influir nos limites do público e do privado, criar novas relações sociais, econômicas e políticas.
     Em artigo publicado no GLOBO, a propósito da queda do edifício Liberdade, o professor J. M. Wisnik sugere que a causa da ruptura poderia ser o que chama de “gambiarra carioca”: “no Rio, a gambiarra parece ser o próprio fundamento para o funcionamento das coisas.”
     Receio que tal avaliação seja restrita: seria ótimo para o país que a gambiarra fosse apenas no âmbito carioca — seria mais fácil enfrentá-la. Mas há evidências para considerar que ela é mais ampla, e que é o país que clama por uma revisão de “cultura”, do improviso para a programação, para a prevenção, para o
projeto.
     A falta de projeto pode levar a danos irreversíveis, como ocorreu no Liberdade, de belo nome e triste destino, provavelmente vítima da gambiarra de que fala Wisnik. É o responsável pelo nono andar quem afirma que as decisões de obra foram tomadas pela contadora da empresa. Voltada à tecnologia moderna, a empresa estava desatenta aos seus limites profissionais. Infelizmente não é caso isolado. Como a imprensa publicou, passarela construída pelo Metrô do Rio, na Cidade Nova, teria sido, em parte, concebida pelo então presidente da companhia, um banqueiro. Muito próxima, foi construída uma ponte para os trens da mesma empresa, a qual leva o laurel de uma das obras mais feias da cidade. Quem a projetou? Como foi considerado o interesse público de preservar o ambiente paisagístico de um trecho importante da metrópole?
     É o projeto que permite antecipar o fato e levar à reflexão coletiva. Mas tais questões não se resolvem com o Estado monitorando cada passo. É uma tarefa do Estado, das instituições e dos cidadãos. Cada ação nossa tem responsabilidade coletiva. As sociedades que se democratizam compartilham valores para além do obrigatório.
     Talvez tenhamos nos acostumado com a ausência de projeto e do consequente debate. Mas será necessário retomá-los como prática em todas as escalas, do urbano ao edilício, seja no âmbito público, seja no privado. Lembremos: é da plataforma das cidades que se projeta o desenvolvimento do país.

*SÉRGIO MAGALHÃES é arquiteto.
(Artigo publicado em O Globprojeto, edilício, urbano,o, no dia 11/02/2012)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

CATEDRAL DE CÓRDOVA

Com um clique no link abaixo (enviado pelo professor Poppi)  faça uma agradável visita virtual à belíssima catedral espanhola.

http://www.catedraldecordoba.es/visita/index.html

ESTATÍSTICAS VERDADEIRAS 1

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

RISCOS DA IMOBILIDADE

José Antonio Lemos dos Santos


     Entendemos que dentre as grandes vantagens da Copa para Cuiabá, a maior de todas é a chance de uma inédita concentração de investimentos públicos e privados na cidade. Tão grande que mesmo que se realize bem menos do que o projetado já será muito mais do que se poderia prever para as próximas décadas, em especial da parte dos cofres públicos. A iniciativa privada vem respondendo bem com um número recorde de obras no ramo imobiliário, fábrica de cimento, ampliação de shopping, resort e diversos novos hotéis. E poderia ser muito mais se houvesse correspondência por parte dos governos, ao menos em termos de transmitir confiança no desenvolvimento dos projetos de suas responsabilidades, que afinal, são os maiores, os estruturantes e definidores da cidade para o grande evento. É triste, mas já saltamos da situação preocupante para a de grande preocupação e agora chegamos à situação de alarme quanto às intervenções públicas relativas a alguns dos projetos aguardados como os maiores legados da Copa.
     Pelo que foi noticiado, as audiências públicas sobre o VLT realizadas na semana passada em Cuiabá e Várzea Grande – uma de manhã, outra à tarde - pouco acrescentaram à realizada no início do mês de setembro passado. Na do ano passado não tinha projeto. Nas audiências de agora foi apresentado como sendo o anteprojeto do VLT para Cuiabá um conjunto de pranchas sobre imagens do Google, sem identificação de responsabilidade técnica, com antigas perspectivas do BRT alteradas para o VLT e nenhum indicativo das soluções para os principais problemas de sua inserção na malha urbana, como por exemplo, o problema do transbordo de passageiros na Prainha sem desapropriações. Em resumo, ainda não existe o projeto técnico para o nosso VLT, tão cobrado na reunião de setembro. Se houvesse, teria sido mostrado.
     Não há como deixar de temer o prazo que resta até a Copa. Pior é que no eixo do VLT encontram-se algumas das intervenções que considero fundamentais para o funcionamento da cidade e que sem o dinheiro desta Copa ficarão na dependência de outra para serem feitas. Ainda que não houvesse VLT, BRT, metrô ou o que fosse, essas obras terão que ser feitas. Por ordem de importância para mim a primeira é o viaduto do Cristo Rei. Outra são as estações da Prainha e a do Porto, esta no local do Atacadão e adjacente ao futuro Fifa Fan Park. A seguir colocaria o alargamento da Fernando Correia da ponte do Coxipó até a saída para Santo Antonio e o alargamento da Prainha próximo ao Morro da Luz, que só podem ser resolvidos com desapropriações. Por fim a trincheira do Quilômetro Zero, na interseção da FEB com a 31 de Março.
     O temor maior é que com uma eventual inviabilização do projeto do VLT, Cuiabá perca também essas obras essenciais que vêm juntas. O secretário da Secopa, já buscando preservar o governo do estado de futuras responsabilidades, insinua com “obstáculos nos corredores de Brasília”. De fato o governo vem tocando obras importantes, como o Verdão e a Mário Andreazza, já licitou as da Miguel Sutil e promete lançar logo os Centros de Treinamento, a Avenida do Barbado e o Fan Park. Mas, no frigir dos ovos, três projetos são essenciais para a Copa. Uma vez prometidos, o povo passa a ter direito a todos eles. Um, que está indo bem, é o estádio. Os outros dois me alarmam: o aeroporto, que nem foram licitadas as obras de sua estação de passageiros, e a mobilidade urbana cujo tronco principal são os dois eixos do VLT, que nem projeto têm até agora. Sem esses eixos, ou com eles em obras durante a Copa, pára tudo, a cidade se imobiliza. E a mobilidade urbana é uma das exigências básicas da FIFA desde o início.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá excepcionalmente em 23/02/2012)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

GREEN WALL

Caixa Forum, Madri
Ia colocar no título "Paredes Verdes" mas achei que não chamaria tanta atenção daqueles que ainda não conhecem essa técnica desenvolvida por Patrick Blanc, se é que alguém ainda não a conheça.

Veja no link

 http://www.youtube.com/watch?v=1yEgiQS1rRk&feature=related 

as ótimas possibilidades não só externas, mas internas também. Parece inventada para as empenas cegas do poente de Cuiabá. Além do resultado plástico apropriado para uma cidade que quer continuar sendo a CIDADE VERDE, haveria um ganho significativo em termos de conforto ambiental e na redução do consumo de energia. Sua difusão por aqui seria importante, como no exemplo do Hotel Odara, em Cuiabá. E aí poderia ser tratada como JARDIM-DE-PAREDE ou de PAREDE VERDE, por que não?

Por enquanto, melhor em inglês GREEN WALL ou VEGETATION WALL (prefiro a primeira). 
                                                    Musée du Quai Branly, Paris, em edifício de Jean Nouvel
                                                                                   BHVHOMME, Paris 

                                                                       Odara Hotel, Cuiabá

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

AS ÚLTIMAS AUDIÊNCIAS SOBRE O VLT


Veja na seção COPA DO PANTANAL (aqui na coluna do lado direito) dois vídeos referentes às audiências públicas sobre o VLT realizadas em Cuiabá e Várzea Grande no dia 16/02. A destacar a fragilidade dos estudos apresentados, sem identificação de responsabilidade técnica e sem indicaçao de soluções, ao menos em estudo preliminar, para os principais problemas de inserção na malha viária urbana, tal como o transbordo de passageiros na Prainha sem desapropriações. Segundo o Midianews, o edital de licitação do dia 17/02 e publicado na segunda feira (20/02) prevê que a empresa vencedora ficará responsável pelos projetos.  Ainda segundo o Midianews o objeto do edital é o seguinte:
                   “Contratação de empresa para a prestação de serviços técnicos especializados de engenharia, arquitetura e sistemas ferroviários para a elaboração dos projetos básicos, executivos e as built, realização das obras, obtenção das licenças ambientais e fornecimento de sistemas e material rodante para implantação dos corredores estruturais de transporte coletivo na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá – RMVRC, no modal Veículo Leve sobre Trilho – VLT”.

                  No vídeo da audiência de Cuiabá , destacam-se as palavras do secretário da Secopa:

                  "Eu tenho a missão dada pelo governador Silval Barbosa de entregarmos esta obra antes do evento Copa do Mundo, ou seja, antes de junho de 2014. Estamos fazendo acima de nossa capacidade, até sobre-humanos esforços. Agora, temos encontrado alguns obstáculos nos corredores de Brasília que fogem à governabilidade, fogem à vontade do estado, fogem à gestão do estado. Aquilo que sofrer atraso em cronograma por fator que não são inerentes ao governo do estado de Mato Grosso, nós não podemos ser responsabilizados." (transcrição minha)

                 Parece que o secretário prevê problemas e já defende o governo do estado de responsabilidades sobre eventuais atrasos ou problemas maiores na realização daquele que é esperado como o maior legado do grande evento internacional. Mais que preocupante.
(Os vídeos estão também no site do governo do estado de Mato Grosso http://www.mt.gov.br/
                .

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A REVOLUÇÃO DO GRAFENO

lixoeletronico.org/node?page=3

Para quem ainda não conhece, veja no link abaixo o fantástico novo material chamado GRAFENO recentemente descoberto (2004), 100 vezes mais resistente que o aço, muito mais leve, transparente, melhor condutor que o silício, e que está destinado a promover uma nova revolução tecnológica. Inclusive na arquitetura, por exemplo, em divisórias translúcidas, superesistentes que podem se transformar em opacas ou transformadas em telas com paisagens à escolha, ou mesmo utilizadas como telas de computadores.


Seus descobridores os jovens cientistas russos Andre Geim e Konstantin Novoselov receberam o Nobel de Física 2010. Teria sido o prêmio mais rápido dado pela Academia Sueca.

                                                        http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/grafeno.htm
Interessante ressaltar que um deles antes de ganhar o Nobel, havia ganho o IgNobel que é uma brincadeira com o Nobel, que premia as descobertas mais idiotas. No youtube e nos sites especializados existem inúmeras matérias sobre as possibilidades de aplicação desse material.  Fantástico. Recomendo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

MERCOSUL EM CUIABÁ

José Antonio Lemos dos Santos

     Quase não foi percebida a notícia da reunião do dia 8 passado no Ministério das Relações Exteriores, do governador Silval Barbosa e o senador Pedro Taques com o embaixador José Ferreira Simões tratando da viabilização da “Cúpula do Mercosul 2012” em Cuiabá. Ótima iniciativa, corajosa, de larga visão pública, compatível com aquilo que já é Mato Grosso no contexto nacional e em especial com a posição mágica centro-continental de Cuiabá que hoje pode e deve reivindicar eventos desse nível. Mesmo que não consiga o intento, importante é não fugir às boas lutas com medo de perdê-las. Assim foi na disputa por uma das sedes da Copa. Quase impossível, mas vitoriosa. Pena não ser sempre assim, disputando todas as chances. Lamentável, mas a cultura política tradicional não é de entrar em bolas divididas; espera que outros entrem, torce contra e, se tudo der certo, aí corre para sair na foto.
     Dentre as muitas potencialidades de Cuiabá, uma das mais ricas em oportunidades é sua localização central do continente sul-americano, identificada pelo Marechal Rondon com o marco do Centro Geodésico da América do Sul. Para aqueles que ainda não sabem, o Marechal Rondon foi um dos homens mais admirados do planeta. Só para dar uma idéia de sua dimensão, foi indicado ao Nobel da Paz por Einstein. Só. Não recebeu o prêmio, pois faleceu logo após a indicação, e o Nobel até então não podia ser póstumo. É indiscutível o privilégio das posições centrais, do futebol ao jogo de xadrez, assim como na geopolítica. Além do valor simbólico da posição central exata e das interferências místicas favoráveis que muita gente boa acredita acompanhar tais posições, existem também vantagens mais pragmáticas e objetivas. Todas elas devem ser aproveitadas ao máximo pelo governantes, pois significam emprego, renda e qualidade de vida.
     Iniciativas com este tipo de visão não podem passar despercebidas, merecem registro e elogios. Como seria diferente se esta posição central no continente fosse um atributo de Goiânia, Campo Grande, e o futuro. Mesmo sem o prestígio internacional de um Rondon Curitiba, ou de qualquer uma das poucas cidades do país com estruturas institucionais de inteligência urbana para pensar o presente sacramentando em tijolo e concreto sua posição estratégica, estariam explorando ao máximo essa extraordinária riqueza. Se fosse assim, muitos de nós daqui de Cuiabá já teríamos ido lá visitar um centro de cultura continental ou uma festa popular de integração dos povos do continente, deixado nosso dinheirinho com eles e voltado fazendo propaganda da cidade. Seus aeroportos seriam hubs continentais e promoveriam campanhas de atração de empresas em função das vantagens comparativas do lugar central. Se Curitiba fosse o centro da América do Sul, ela já teria encontrado um jeito de ser a capital do Mercosul.
     São sempre bem vindas as raras iniciativas que envolvam Cuiabá em suas dimensões plenas. Com o risco de esquecer algumas lembro de Dante com a 1ª. Festa Sulatina e a luta pela internacionalização do aeroporto; Vuolo e Iglésias com o projeto da Ferronorte como grande sistema ferroviário centro-continental; os irmãos Lacerda e a FIEMT com a saída para o Pacífico; Maggi e Bonilha com a Copa do Pantanal; Maggi com sua expedição ao Chile e a decisão de transformar a antiga sede da Assembléia Legislativa em um centro cultural sul-americano, abortada pela invasão do espaço pelos vereadores da época. Agora são Pedro Taques e Silval propondo a “Cúpula do Mercosul 2012” em Cuiabá. Isso é puxar a cidade para cima, é promoção para Mato Grosso, marketing urbano, emprego, renda e qualidade de vida para nossa gente.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá, Midianews, Hipernotícias, Turma do Êpa e Página do Enock em 14/02/2012)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

MAR DE XARAÉS DE VOLTA!

Veja que brincadeira inteligente encontrada no Blog do Copola (link abaixo). Diziam os antigos que até teve um mar e se chamava Xaraés. Mas Deus é justo na distribuição dos atributos às cidades e retirou o nosso mar. Cuiabá com mar, seria covardia. eh eh

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O AVANÇO DA ARENA PANTANAL

Veja no link abaixo a situação das obra da Arena Pantanal em 01/02/2012.

http://www.youtube.com/watch?v=FLTtNp-R01A&feature=related

Aqui no Blog, na coluna à esquerda dá para comparar com filmes da situação em datas anteriores.

DICIONÁRIO ILUSTRADO DE ARQUITETURA, E. Busden

Veja no link abaixo um precioso dicionário de Arquitetura, encontrado no GOOGLE BOOKS:

http://books.google.com.br/books?id=XKS9BwoQLbwC&pg=RA2-PT32&lpg=RA2-PT32&dq=paraline+desenho&source=bl&ots=ZKwg6tb4y4&sig=AJj2C2PWSpSU4Ado1DCddowOfaI&hl=pt-BR&sa=X&ei=50w2T9aPM9KWtwf-t7jMAg&sqi=2&ved=0CCEQ6AEwAA#v=onepage&q=paraline%20desenho&f=false

O link está disponível aqui no Blog do José Lemos também na nova seção (à direita do Blog) denominada DICIONÁRIOS DE ARQUITETURA.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A COPA EM CUIABÁ

José Antonio Lemos dos Santos

     Mês passado no artigo sobre as primeiras tragédias urbanas de verão deste ano passei a alguns leitores a falsa idéia de ser contra a Copa. Muito pelo contrário, sou a favor dela como venho repetindo em quase uma centena de artigos específicos, principalmente por Cuiabá ser uma de suas sedes. Torci e continuo torcendo pelo seu sucesso tanto durante os jogos quanto pelo seu legado positivo de qualidade de vida para Cuiabá e Mato Grosso. A Copa vai forçar o funcionamento civilizado de outros setores como a Saúde, Educação e Segurança e mostra que o país tem recursos para tudo, desde que exista decisão de fazer. Naquele artigo quis dizer que a Copa expôs ao mundo e a nós mesmos que o país está encalacrado em um modelo político-administrativo enrolado, perdulário, corrupto e incapaz. Mas o mal não está na Copa e sim no fato que ela denuncia, isto é, o país preso nesse modelo caro e paralisante que já sentíamos sofrendo na pele.
     Vivíamos, porém, a ilusão de que bastava escolher alguém capaz e bem intencionado que as coisas andariam. Mas a Copa mostra que a situação vai além das boas intenções, que é bem mais grave e mesmo o melhor dos governantes não se desvencilharia do emaranhado burocrático em que nos metemos ao longo dos anos a pretexto de combater a corrupção – que campeia mais solta do que nunca. Para atender projetos com datas inflexíveis, como a Copa ou a prevenção às tragédias anuais de cada verão, a única saída está em artifícios como o Regime Diferenciado de Contratações, um jeito legal de descumprir a lei. Para o resto do verão deste ano o jeito é rezar, pois de novo passou mais um ano e nada avançou de consistente em relação às nossas cidades e suas áreas de risco. Uma realidade absurda que a Copa nos mostra cruamente. Bons dirigentes continuam sendo condição básica da administração pública, mas para conseguirem governar terão primeiro que romper esse cipoal jurídico, político, burocrático, tributário, eleitoral, etc., que segura o país e paralisa os governos. A Copa apenas vem mostrando o grau de incapacidade institucional a que chegamos, da qual não é a causa. Este o primeiro benefício da Copa ao país e, mesmo que fosse só por isso, sua realização já valeria a pena.
     Ainda sobre a Copa, há algumas semanas desenvolveu-se uma discussão sobre os méritos de Cuiabá para sediar a Copa do Pantanal, uma discussão extemporânea, absurda e inconseqüente neste altura do campeonato. Ainda que doam muitos cotovelos, Cuiabá foi escolhida pela FIFA e é uma das sedes da Copa 2014, pronto e acabou. Merecia? Sim, como merecem todas as cidades brasileiras. Está preparada para ser? Não, assim como nenhuma cidade brasileira. É claro que existem cidades urbanisticamente mais avançadas, mas ainda assim muito distantes de estarem prontas para um evento desse porte. No caso da Copa do Pantanal a disputa teve como condição a existência do Pantanal limitando-se a Cuiabá e Campo Grande, ficando de fora outras belas cidades brasileiras que também mereciam, mas não tinham o Pantanal. É claro que nenhuma das duas está preparada. Campo Grande está na frente em termos de gestão urbana, o que nem meu renitente bairrismo cuiabano me impede de invejar. A grande diferença foi que Cuiabá sacou logo a importância da Copa, e se preparou melhor para a escolha, conseguindo mostrar suas vantagens como plataforma turística para as múltiplas belezas naturais deste rico centro continental. Hoje o importante é fazer, driblar as dificuldades e preparar a cidade para a Copa e para seu futuro, com qualidade e retidão. Mais que problema, um desafio.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 07/02/2012)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A ARENA DA MINHA JANELA

O estágio das obras da Arena Pantanal vista de minha janela no dia 03/02/2012.
Compare com a situação 1 mês antes, dia 04/01/2012.


Ou a 6 meses atrás, dia 04/08/2012.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

DOMÓTICA

     Especial para quem ainda não conhece a Domótica:

"O termo domótica, é uma fusão da palavra latina domus (casa) e do moderno robótica. A domótica, que também pode ser referenciada por expressões como "smart building", "intelligent building", "edifícios inteligentes", é um novo domínio de aplicação tecnológica, tendo como objetivo básico melhorar a qualidade de vida, reduzindo o trabalho doméstico, aumentando o bem estar e a segurança de seus habitantes e visa também uma utilização racional e planejada dos diversos meios de consumo. A domótica procura uma melhor integração através da automatização nas áreas de segurança, de comunicação e de controle, e gestão de fluídos."

     O texto acima foi extraído do link do Departamento de Informática da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que trata do assunto e que vale a pena ser visto na íntegra, pois a Domótica parece ser uma tendência irreversível, que cada vez mais deve ser e interesse dos arquitetos. Basta clicar o link abaixo:

http://www.din.uem.br/ia/intelige/domotica/index.htm

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

VOU-ME EMBORA P'RO PASSADO

AGORA COM IMAGENS DA ÉPOCA:

http://www.youtube.com/watch?v=k5DcQeeS-68

Jessier Quirino em versão especial para:
1- aqueles que não viveram aqueles tempos;
2 - aqueles que viveram e já esqueceram;
3 - aqueles que viveram, curtiram muito e agora insistem em dizer que são da geração pós-Xuxa eh eh.