Comentários na Página do Enock
Adriano Moraes - 23/02/2011 21:10 - Ip: 200.140.107.249
Cuiabá e Mato Grosso precisam acordar e deixar de votar em políticos corruptos. Todas os recursos que chegam aqui só chegam pela metade, tudo é desviado.
GMARIA - 23/02/2011 16:20 - Ip: 189.59.59.247
ATE QUE ENFIM APARECEU ALGUEM PARA DEFENDER CUIABA.ISSO E MUITO BOM,POIS OS CUIBANOS NAO MERECEM ESSA MOLECAGEM. OBRIGADO POR DEFENDER NOSSA TERRA.
graccia maria - 23/02/2011 16:11 - Ip: 189.59.59.247
AINDA BEM QUE TEMOS UMA PESSOA EM DEFESA DA NOSSA CAPITAL. UFA... ATE QUE ENFIM. OBRIGADO EM NOME DE TODOS OS CUIABANOS.
luciano - 23/02/2011 15:13 - Ip: 189.59.48.141
PUXA SACO DA DILMA E DO LULA. PROFESSOR AI PISA EM OVOS PARA NÃO ATINGIR A PETISTA QUE TANTO AMAM ESSES FALSOS IDEÓLOGOS.
Comentários em Cartas do Leitor ao Diário de Cuiabá
Data: 22/02/2011 08:56
Nome: JOÃO GALDINO DE MEDEIROS
Email: jgaldinomedeiros@hotmail.com
Profissão: Tributólogo - Economista
Localidade: Cuiabá/MT
Caro articulista. Longe de ser filósofo - de fato e de direito, já que "desisti" do curso na UFMT - mas, entre outros "Pensamentos", escreví: "Se quizerem me elogiar-me, chamem-me de Professor", isto para mostrar do apreço que tenho - sempre tive - aos professores, quando mestres de verdade. Quanto ao seu artigo, não vejo nenhuma surpresa: Em se tratando de obras públicas nada melhor do que o atrazo, pois, sempre necessárias, acabam por tornarem-se de execuções "urgentes". Percebeu? A "urgência" leva às famosas "Dispensas de Licitações" e é aí onde a bandidagem "nada de braçadas", algo semelhante à "bandidagem" que vem praticando a Sanecap, pelo descaso e abandono, buscando nada mais, nada menos, que "justificar" sua privatização. No mais, um viva aos nossos "dígnos" administradores, de todas as Esferas, eleitos, nomeados e/ou concursados. Ah! o "viva" citado é do verbo "viver", no caso, nas "prefundas". Seríamos extraordinariamente felizes se, milagrosamente, fosse "nas alturas". Vai que a culpa é nossa! E é, quem mandou elegê-los?
Data: 22/02/2011 11:52
Nome: Neide Maria Rodrigues da Silva
Email: neidemariarsilva@hotmail.com
Profissão: Func Pública
Localidade: Cuiabá/MT
Gostei muito do artigo:Molecagem. O autor fala com conhecimento de causa e muita seriedade.
Data: 22/02/2011 14:14
Nome: Jean M. Van Den Haute
Email: aguasemagia@yahoo.com.br
Profissão: Consultor Internacional de Transítica
Localidade: Cuiabá Metrópole/MT
Caro Amigo José Antônio Lemos, nos estamos apenas asistindo á catástrofa anunciada desde a não aplicação da Lei do Aglomerado Urbano de 2001. Ou seja, o resultado de 10 anos de banditismo político. Jean M. Van Den Haute - SNDU, Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano.
Data: 22/02/2011 14:42
Nome: loureiro
Email: loureiro@terra.com.br
Profissão: Engenheiro
Localidade: Cuiabá/MT
O estado de Mato Grosso é o maior produtor de graos do pais (20% do total) possui o maior rebanho bovino do Brasil ,entre outros "mais".
Apesar dessa imensa capacidade de gerar riquezas para o paia recebe um tratamento de indigente por parte dos governos centrais.
Muito oportuno o artigo do Jose Antonio alertando sobre essa situação.wquem sabe com a critica o povo acorda da pasmaceira que permite esse acinte conta MT.
Parbens.Seu texto e daqueles que deixam a alama da gente lavada,no tanque de Bau.
José Antonio Lemos dos Santos, arquiteto e urbanista, é professor universitário aposentado . Troféu "João Thimóteo"-1991-IAB/MT/ "Diploma do Mérito IAB 80 Anos"/ Troféu "O Construtor" - Sinduscon MT Ano 2000 / Arquiteto do Ano 2010 pelo CREA-MT/ Comenda do Legislativo Cuiabano 2018/ Ordem do Mérito Cuiabá 300 Anos da Câmara Municipal de Cuiabá 2019.
"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
MOLECAGEM
José Antonio Lemos dos Santos
O título deste artigo não é dirigido à presidenta Dilma cuja biografia e posse recente não permitem tal injustiça. A ela, todo o respeito e confiança. O título é dedicado a setores de seu governo, ainda em fase de montagem, com muitas peças remanescentes do antigo governo que sempre mostraram má-vontade com Cuiabá e despreparados para o imenso compromisso internacional assumido pelo Brasil que é a Copa do Mundo. Vai também para aqueles que devem representar os interesses de Cuiabá e Mato Grosso em todos os níveis políticos, em especial no federal, que deixaram a situação chegar onde chegou.
Antes minhas críticas viam o assunto apenas – só? - como sérios casos de negligência pública ou de incompetência técnica, ou os dois juntos. O entendimento segue válido para o projeto nacional da Copa 2014, que exige correções urgentes e radicais, as quais já estariam sendo providenciadas pela presidenta, como na Infraero. As últimas declarações de Pelé e Zico reforçam esta certeza. Entretanto, no caso específico de Cuiabá, uma renitente sucessão de fatos negativos mostra que a coisa extrapola o nível da incompetência ou negligência, e vai até as raias da sabotagem contra a cidade, com intenções regionais e nacionais diversas, cuja discussão não cabe aqui.
Os fatos da última semana, porém, foram ao máximo e empurram para nível ainda mais baixo o tratamento que o governo federal vem dando a Cuiabá. No caso do aeroporto, a visita do secretário Vuolo à Infraero encontra um presidente interino louquinho para repassar a construção do aeroporto para o estado, isto é, repassar o abacaxi que eles criaram. E tem mais, o projeto prometido para setembro (já muito atrasado) agora tem previsão para março de 2012, ano em que o aeroporto deveria estar pronto. Mais de ano para um projeto de ampliação em um terreno conhecido, sem necessidade de levantamentos demorados! Só depois a licitação da obra. Com o repasse da obra, além dos prejuízos, Mato Grosso arcaria com a culpa da obra não ter sido concluída a tempo. O aeroporto é de responsabilidade federal, e sempre me pareceu no mínimo inábil ou deselegante com a presidenta o estado propor assumir a obra alegando incompetência da Infraero, afinal, é uma empresa federal, dela. Não me surpreendeu o cancelamento da audiência presidencial com o governador. Cabe sim ao estado cobrar e ajudar na obra, agora só viável em um ritmo de guerra, com turno dobrado de trabalho, sábado e domingo, como aventou o ex-presidente Lula, e a redução dos prazos de contratações dentro do autorizado em lei para casos especiais como este mundial, transformado numa guerra nacional pela Copa, com os prazos se exaurindo cada vez mais rápido.
O lançamento do PAC da Mobilidade foi palco de outra grosseria federal para com os brasileiros de Cuiabá. Será que o Ministério das Cidades não sabe, e sabe, que a cidade de Cuiabá integra uma conurbação com Várzea Grande, com uma população próxima de 1 milhão de habitantes? Como excluí-la de seu maior programa de investimentos urbanos, justo no momento em que os investidores do Brasil e do exterior concluem suas decisões para a Copa? A explicação estadual - que deveria ser federal - é que Cuiabá teria ficado fora da lista por ter se antecipado e contemplada antes. E por que Fortaleza e Salvador que estariam na mesma situação entraram na lista? Mais um desgaste a engolir. Somado ao tratamento dado ao gasoduto, termelétrica, ferrovia, ao “puxadinho urgente” do aeroporto, à duplicação Cuiabá-Rondonópolis e outros, resulta um quadro deplorável, indigno de um país moderno. Triste de constatar, pior de escrever, mas isso é molecagem. Molecagem com Cuiabá, com a presidenta Dilma e com o país. (Publicado pelo Diário de Cuiabá em 22/02/11).
O título deste artigo não é dirigido à presidenta Dilma cuja biografia e posse recente não permitem tal injustiça. A ela, todo o respeito e confiança. O título é dedicado a setores de seu governo, ainda em fase de montagem, com muitas peças remanescentes do antigo governo que sempre mostraram má-vontade com Cuiabá e despreparados para o imenso compromisso internacional assumido pelo Brasil que é a Copa do Mundo. Vai também para aqueles que devem representar os interesses de Cuiabá e Mato Grosso em todos os níveis políticos, em especial no federal, que deixaram a situação chegar onde chegou.
Antes minhas críticas viam o assunto apenas – só? - como sérios casos de negligência pública ou de incompetência técnica, ou os dois juntos. O entendimento segue válido para o projeto nacional da Copa 2014, que exige correções urgentes e radicais, as quais já estariam sendo providenciadas pela presidenta, como na Infraero. As últimas declarações de Pelé e Zico reforçam esta certeza. Entretanto, no caso específico de Cuiabá, uma renitente sucessão de fatos negativos mostra que a coisa extrapola o nível da incompetência ou negligência, e vai até as raias da sabotagem contra a cidade, com intenções regionais e nacionais diversas, cuja discussão não cabe aqui.
Os fatos da última semana, porém, foram ao máximo e empurram para nível ainda mais baixo o tratamento que o governo federal vem dando a Cuiabá. No caso do aeroporto, a visita do secretário Vuolo à Infraero encontra um presidente interino louquinho para repassar a construção do aeroporto para o estado, isto é, repassar o abacaxi que eles criaram. E tem mais, o projeto prometido para setembro (já muito atrasado) agora tem previsão para março de 2012, ano em que o aeroporto deveria estar pronto. Mais de ano para um projeto de ampliação em um terreno conhecido, sem necessidade de levantamentos demorados! Só depois a licitação da obra. Com o repasse da obra, além dos prejuízos, Mato Grosso arcaria com a culpa da obra não ter sido concluída a tempo. O aeroporto é de responsabilidade federal, e sempre me pareceu no mínimo inábil ou deselegante com a presidenta o estado propor assumir a obra alegando incompetência da Infraero, afinal, é uma empresa federal, dela. Não me surpreendeu o cancelamento da audiência presidencial com o governador. Cabe sim ao estado cobrar e ajudar na obra, agora só viável em um ritmo de guerra, com turno dobrado de trabalho, sábado e domingo, como aventou o ex-presidente Lula, e a redução dos prazos de contratações dentro do autorizado em lei para casos especiais como este mundial, transformado numa guerra nacional pela Copa, com os prazos se exaurindo cada vez mais rápido.
O lançamento do PAC da Mobilidade foi palco de outra grosseria federal para com os brasileiros de Cuiabá. Será que o Ministério das Cidades não sabe, e sabe, que a cidade de Cuiabá integra uma conurbação com Várzea Grande, com uma população próxima de 1 milhão de habitantes? Como excluí-la de seu maior programa de investimentos urbanos, justo no momento em que os investidores do Brasil e do exterior concluem suas decisões para a Copa? A explicação estadual - que deveria ser federal - é que Cuiabá teria ficado fora da lista por ter se antecipado e contemplada antes. E por que Fortaleza e Salvador que estariam na mesma situação entraram na lista? Mais um desgaste a engolir. Somado ao tratamento dado ao gasoduto, termelétrica, ferrovia, ao “puxadinho urgente” do aeroporto, à duplicação Cuiabá-Rondonópolis e outros, resulta um quadro deplorável, indigno de um país moderno. Triste de constatar, pior de escrever, mas isso é molecagem. Molecagem com Cuiabá, com a presidenta Dilma e com o país. (Publicado pelo Diário de Cuiabá em 22/02/11).
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sábado, 19 de fevereiro de 2011
DESIGN SUSTENTÁVEL
Design Sustentável
Seed Bomb
é sem dúvida um dos projetos mais criativos já criados para reflorestar áreas devastadas. Desenvolvido pelos designers Hwang Jin Wook, Jeon You Ho, Han Kuk Il e Kim Ji Myung o Seed Bomb é um conceito de “bombas” feitas em plástico biodegradável que ao serem lançadas soltam cápsulas com sementes para recuperar áreas degradadas.
Cada cápsula possui um solo artificial contendo as sementes. Ao “bombardear” o solo a cápsula se prende ao terreno e mantém a planta viva até que a umidade produzida por ela derreta o plástico e a planta consiga se fixar no solo. Com uma “arma” destas ao nosso alcance, poderíamos transformar grandes áreas devastadas em lindas paisagens.
Aprenda a fazer uma “bomba” de sementes
Por que não utilizar o mesmo conceito em lugares que estão a nossa volta? Terrenos baldios, praças abandonadas e canteiros esquecidos poderiam virar verdadeiras áreas verdes com uma biodiversidade incrível, pensando nisso, o site
Planet Green desenvolveu uma receita que pode ser preparada em casa para fazer a sua bomba de sementes.
Ingredientes:
Argila
Composto orgânico
Sementes de sua escolha.
Preparo
: Para cada 5 partes de argila, deve-se misturar uma de composto orgânico e uma de sementes. Mitsture oss ingredientes e adicione água aos poucos até a mistura ficar homogênea. Por fim, basta apertar bem a massa que se formou, molda-la em pequenas bolinhas e deixar secar no sol por algumas horas até que a argila endureça.
Mais do que admirar projetos inovadores e revolucionários como as bombas ecológicas caseiras, é o espírito sustentável de cada um, aliado a atitude e vontade de transformar o local em que vivemos que conta. Que tal juntar os amigos e familiares e até ensinarmos as crianças a prepararem de maneira divertida, nossas próprias armas de transformação positiva?
Mais:
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Seed Bomb
é sem dúvida um dos projetos mais criativos já criados para reflorestar áreas devastadas. Desenvolvido pelos designers Hwang Jin Wook, Jeon You Ho, Han Kuk Il e Kim Ji Myung o Seed Bomb é um conceito de “bombas” feitas em plástico biodegradável que ao serem lançadas soltam cápsulas com sementes para recuperar áreas degradadas.
Cada cápsula possui um solo artificial contendo as sementes. Ao “bombardear” o solo a cápsula se prende ao terreno e mantém a planta viva até que a umidade produzida por ela derreta o plástico e a planta consiga se fixar no solo. Com uma “arma” destas ao nosso alcance, poderíamos transformar grandes áreas devastadas em lindas paisagens.
Aprenda a fazer uma “bomba” de sementes
Por que não utilizar o mesmo conceito em lugares que estão a nossa volta? Terrenos baldios, praças abandonadas e canteiros esquecidos poderiam virar verdadeiras áreas verdes com uma biodiversidade incrível, pensando nisso, o site
Planet Green desenvolveu uma receita que pode ser preparada em casa para fazer a sua bomba de sementes.
Ingredientes:
Argila
Composto orgânico
Sementes de sua escolha.
Preparo
: Para cada 5 partes de argila, deve-se misturar uma de composto orgânico e uma de sementes. Mitsture oss ingredientes e adicione água aos poucos até a mistura ficar homogênea. Por fim, basta apertar bem a massa que se formou, molda-la em pequenas bolinhas e deixar secar no sol por algumas horas até que a argila endureça.
Mais do que admirar projetos inovadores e revolucionários como as bombas ecológicas caseiras, é o espírito sustentável de cada um, aliado a atitude e vontade de transformar o local em que vivemos que conta. Que tal juntar os amigos e familiares e até ensinarmos as crianças a prepararem de maneira divertida, nossas próprias armas de transformação positiva?
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
MOBILIDADE NA COPA
José Antonio Lemos dos Santos
A divulgação pela Agecopa de seus principais projetos de mobilidade urbana impactou fortemente a população, como dá para sentir nos e-mails, conversas de rua e comentários na imprensa. Todos agradavelmente surpreendidos com a possibilidade de Cuiabá um dia ser assim. Parece que essa simples projeção virtual de futuro teve o condão de resgatar de imediato um pouco do orgulho do cidadão para com sua cidade. Ainda que maravilhados, alguns são incrédulos quanto a execução das obras. Será que vão fazer mesmo? Outros perguntam se vai dar para fazer tudo no tempo que resta até a Copa. Outros indagam se as intervenções solucionarão o trânsito de Cuiabá. De qualquer forma, os projetos lançaram os olhos do cuiabano-varzeagrandense para o futuro, construtiva e positivamente de forma quase unânime. Só essa nova postura do cidadão já teria justificado a Copa do Pantanal.
Existem também os que começam a perceber que para fazer a bonita omelete vai ser preciso quebrar muitos ovos e que durante as obras a cidade ficará intransitável. Também me preocupo com isso e já começo a avaliar alternativas para os trajetos rotineiros, meus e de minha família. A Agecopa assegura que está estudando tecnicamente o assunto e sempre fala em obras de desbloqueio. Acho que algumas destas já podiam ter começado, em especial as que independem de desapropriações e implicam apenas em repaginação das vias que funcionarão como alternativas e que hoje estão precariamente implantadas ou em crítico estado de conservação. Algumas precisam desde o asfalto, como a continuidade da Tereza Lobo até a Miguel Sutil. Não só até a Rodoviária, como foi feito. E também não apenas o asfalto, como foi feito, mas calçada, sinalização, iluminação, em suma, criando todas as condições para uma circulação convidativa, confortável e segura.
Recebo muitas indagações sobre as obras e até já fiz uns comentários sobre elas em alguns artigos. Como não examinei os projetos em seus detalhes – nem devo fazê-lo - parto da certeza que foram desenvolvidos por profissionais legalmente habilitados e com competência técnica. Assim, de um modo geral entendo que as obras são necessárias e precisam ser construídas. São a solução para os problemas de circulação hoje? Em parte. Já foram há dez anos, quando divulgadas em sua maioria pelo IPDU, então dirigido pelo arquiteto Raul Spinelli, na segunda gestão de Roberto França. De lá para cá a cidade mudou e a solução para hoje e para 2014 vai além delas. São obras necessárias, mas exigem outras soluções trabalhando em conjunto. Nossa cidade decuplicou o número de veículos e não ampliou seu sistema viário. Nessa situação não dá para esperar a solução dos problemas de circulação trabalhando apenas nas vias em colapso, conforme disse em um artigo denominado “Bonitinhas, mas engarrafadas” de 2009. É preciso trabalhar a cidade como um todo, desde a questão do uso do solo, até adequações de vias hoje marginalizadas e a construção de novas. E justo em um momento tão importante como este o IPDU é extinto.
Também gostei dos projetos apresentados e torço para que tudo corra bem, mesmo sentindo falta do viaduto de acesso ao Cristo-Rei pela FEB, que acho fundamental. Insisto, porém, na necessidade de pelo menos três novas avenidas: 1 - a Avenida do Barbado, ligando o Coxipó ao CPA, 2 - o Contorno Oeste do Rodoanel, com uma nova ponte no Sucuri, ligando direto a estrada da Guia ao Trevo do Lagarto, ambas apoiando a Miguel Sutil, e 3 - a extensão da Beira-Rio ao sul, com nova ponte sobre o Coxipó na altura do São Gonçalo Velho, fazendo a ligação direta de toda a grande região do Parque Cuiabá ao centro de Cuiabá e Várzea Grande, desafogando a Fernando Correia.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 15/02/2011)
A divulgação pela Agecopa de seus principais projetos de mobilidade urbana impactou fortemente a população, como dá para sentir nos e-mails, conversas de rua e comentários na imprensa. Todos agradavelmente surpreendidos com a possibilidade de Cuiabá um dia ser assim. Parece que essa simples projeção virtual de futuro teve o condão de resgatar de imediato um pouco do orgulho do cidadão para com sua cidade. Ainda que maravilhados, alguns são incrédulos quanto a execução das obras. Será que vão fazer mesmo? Outros perguntam se vai dar para fazer tudo no tempo que resta até a Copa. Outros indagam se as intervenções solucionarão o trânsito de Cuiabá. De qualquer forma, os projetos lançaram os olhos do cuiabano-varzeagrandense para o futuro, construtiva e positivamente de forma quase unânime. Só essa nova postura do cidadão já teria justificado a Copa do Pantanal.
Existem também os que começam a perceber que para fazer a bonita omelete vai ser preciso quebrar muitos ovos e que durante as obras a cidade ficará intransitável. Também me preocupo com isso e já começo a avaliar alternativas para os trajetos rotineiros, meus e de minha família. A Agecopa assegura que está estudando tecnicamente o assunto e sempre fala em obras de desbloqueio. Acho que algumas destas já podiam ter começado, em especial as que independem de desapropriações e implicam apenas em repaginação das vias que funcionarão como alternativas e que hoje estão precariamente implantadas ou em crítico estado de conservação. Algumas precisam desde o asfalto, como a continuidade da Tereza Lobo até a Miguel Sutil. Não só até a Rodoviária, como foi feito. E também não apenas o asfalto, como foi feito, mas calçada, sinalização, iluminação, em suma, criando todas as condições para uma circulação convidativa, confortável e segura.
Recebo muitas indagações sobre as obras e até já fiz uns comentários sobre elas em alguns artigos. Como não examinei os projetos em seus detalhes – nem devo fazê-lo - parto da certeza que foram desenvolvidos por profissionais legalmente habilitados e com competência técnica. Assim, de um modo geral entendo que as obras são necessárias e precisam ser construídas. São a solução para os problemas de circulação hoje? Em parte. Já foram há dez anos, quando divulgadas em sua maioria pelo IPDU, então dirigido pelo arquiteto Raul Spinelli, na segunda gestão de Roberto França. De lá para cá a cidade mudou e a solução para hoje e para 2014 vai além delas. São obras necessárias, mas exigem outras soluções trabalhando em conjunto. Nossa cidade decuplicou o número de veículos e não ampliou seu sistema viário. Nessa situação não dá para esperar a solução dos problemas de circulação trabalhando apenas nas vias em colapso, conforme disse em um artigo denominado “Bonitinhas, mas engarrafadas” de 2009. É preciso trabalhar a cidade como um todo, desde a questão do uso do solo, até adequações de vias hoje marginalizadas e a construção de novas. E justo em um momento tão importante como este o IPDU é extinto.
Também gostei dos projetos apresentados e torço para que tudo corra bem, mesmo sentindo falta do viaduto de acesso ao Cristo-Rei pela FEB, que acho fundamental. Insisto, porém, na necessidade de pelo menos três novas avenidas: 1 - a Avenida do Barbado, ligando o Coxipó ao CPA, 2 - o Contorno Oeste do Rodoanel, com uma nova ponte no Sucuri, ligando direto a estrada da Guia ao Trevo do Lagarto, ambas apoiando a Miguel Sutil, e 3 - a extensão da Beira-Rio ao sul, com nova ponte sobre o Coxipó na altura do São Gonçalo Velho, fazendo a ligação direta de toda a grande região do Parque Cuiabá ao centro de Cuiabá e Várzea Grande, desafogando a Fernando Correia.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 15/02/2011)
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
AEROPORTO, ESPERANÇAS DE NOVO
José Antonio Lemos dos Santos
O fim de semana trouxe algumas notícias importantes para o futuro do Aeroporto Marechal Rondon e de Cuiabá em relação à Copa 2014. A primeira, fundamental, é que a presidenta Dilma Rousseff vai trocar o comando da Infraero, já tendo inclusive escolhido o nome do novo superintendente e do secretário da aviação civil. A segunda foi a identificação, pelo próprio ministro Orlando Silva em visita a Cuiabá, do aeroporto como o principal problema para a Copa do Pantanal. Sobre o assunto o ministro informou ainda que a questão dos aeroportos será ligada diretamente à presidenta Dilma e ratificou que a preparação do Aeroporto Marechal Rondon é responsabilidade do governo federal, não do estado ou municípios, reforçando o quadro original de competências. Assim é para lá que devem ser dirigidas as cobranças e elogios.
Especialmente para Cuiabá a intervenção da presidenta é necessária e urgente, diante da maneira como a Infraero vem tocando a preparação do Aeroporto Marechal Rondon, sem nenhum comprometimento com suas responsabilidades perante a Copa do Pantanal, para dizer o mínimo. Essa situação, que para alguns chega mesmo a ser um caso de sabotagem explícita contra a sede da Copa em Cuiabá, evidenciou-se outro dia com a suspensão da montagem do módulo emergencial para atendimento ao desembarque de passageiros, o “puxadinho”. Para essa obra emergencial, a Infraero só emitiu a Ordem de Serviço quatro meses após o resultado da licitação que escolheu a firma para a montagem. Dois meses depois, o contrato foi suspenso por razões não convincentes e até hoje não se sabe como será montada essa estrutura emergencial, pequena, pré-fabricada, de montagem simples e que é de fato urgente.
Contudo o auge do descompromisso, ou deboche, veio no início da semana passada quando a Infraero divulgou o início da elaboração dos projetos da ampliação da estação de passageiros. Isto é, quase dois anos após Cuiabá ter sido escolhida como uma das sedes da Copa de 2014. Dois anos! A simples Ordem de Serviço para o projeto demorou quase dois meses a partir do resultado da licitação. Pior, estabelece prazo de entrega para setembro, com um andamento normal, como se o Brasil não tivesse se comprometido com uma Copa do Mundo a ser realizada em 2014 e Cuiabá não fosse uma de suas sedes, pleiteando também a Copa das Confederações em 2013. Só depois de pronto o projeto será feita a licitação para a obra. Ou seja, do jeito que ia, não ia.
Estes fatos podem não ter sido determinantes, mas a intervenção presidencial veio a galope, antes da semana terminar, e com certeza deve marcar uma nova postura do governo federal em relação a infra-estrutura aeroportuária para a Copa. Se fosse para continuar do jeito que está seria desnecessária a bem-vinda intervenção. Aproximando o assunto de seu Gabinete e reforçando a Secretaria Nacional da Aviação Civil, a perspectiva é de que o assunto receba uma prioridade especial, um status de guerra, que de fato é, mas uma guerra construtiva, positiva contra o tempo. Os prazos legais e de execução técnica precisam ser encurtados, dentro da lei, e reforçados os trabalhos de supervisão e controle do grande projeto da Copa para que seus cronogramas sejam cumpridos, ainda que tenha que dobrar os turnos, com trabalho dia e noite, sábados e domingos, como chegou a aventar o ex-presidente Lula. O ministro Orlando certamente levará sua posição extraída in loco de que o principal problema para a Copa do Pantanal é o Aeroporto Marechal Rondon, no que será reforçado pela audiência presidencial do governador Silval Barbosa. Quando a expectativa da Copa estava sendo levada ao seu limite, eis que a esperança é resgatada em apenas um fim de semana de boas notícias.
O fim de semana trouxe algumas notícias importantes para o futuro do Aeroporto Marechal Rondon e de Cuiabá em relação à Copa 2014. A primeira, fundamental, é que a presidenta Dilma Rousseff vai trocar o comando da Infraero, já tendo inclusive escolhido o nome do novo superintendente e do secretário da aviação civil. A segunda foi a identificação, pelo próprio ministro Orlando Silva em visita a Cuiabá, do aeroporto como o principal problema para a Copa do Pantanal. Sobre o assunto o ministro informou ainda que a questão dos aeroportos será ligada diretamente à presidenta Dilma e ratificou que a preparação do Aeroporto Marechal Rondon é responsabilidade do governo federal, não do estado ou municípios, reforçando o quadro original de competências. Assim é para lá que devem ser dirigidas as cobranças e elogios.
Especialmente para Cuiabá a intervenção da presidenta é necessária e urgente, diante da maneira como a Infraero vem tocando a preparação do Aeroporto Marechal Rondon, sem nenhum comprometimento com suas responsabilidades perante a Copa do Pantanal, para dizer o mínimo. Essa situação, que para alguns chega mesmo a ser um caso de sabotagem explícita contra a sede da Copa em Cuiabá, evidenciou-se outro dia com a suspensão da montagem do módulo emergencial para atendimento ao desembarque de passageiros, o “puxadinho”. Para essa obra emergencial, a Infraero só emitiu a Ordem de Serviço quatro meses após o resultado da licitação que escolheu a firma para a montagem. Dois meses depois, o contrato foi suspenso por razões não convincentes e até hoje não se sabe como será montada essa estrutura emergencial, pequena, pré-fabricada, de montagem simples e que é de fato urgente.
Contudo o auge do descompromisso, ou deboche, veio no início da semana passada quando a Infraero divulgou o início da elaboração dos projetos da ampliação da estação de passageiros. Isto é, quase dois anos após Cuiabá ter sido escolhida como uma das sedes da Copa de 2014. Dois anos! A simples Ordem de Serviço para o projeto demorou quase dois meses a partir do resultado da licitação. Pior, estabelece prazo de entrega para setembro, com um andamento normal, como se o Brasil não tivesse se comprometido com uma Copa do Mundo a ser realizada em 2014 e Cuiabá não fosse uma de suas sedes, pleiteando também a Copa das Confederações em 2013. Só depois de pronto o projeto será feita a licitação para a obra. Ou seja, do jeito que ia, não ia.
Estes fatos podem não ter sido determinantes, mas a intervenção presidencial veio a galope, antes da semana terminar, e com certeza deve marcar uma nova postura do governo federal em relação a infra-estrutura aeroportuária para a Copa. Se fosse para continuar do jeito que está seria desnecessária a bem-vinda intervenção. Aproximando o assunto de seu Gabinete e reforçando a Secretaria Nacional da Aviação Civil, a perspectiva é de que o assunto receba uma prioridade especial, um status de guerra, que de fato é, mas uma guerra construtiva, positiva contra o tempo. Os prazos legais e de execução técnica precisam ser encurtados, dentro da lei, e reforçados os trabalhos de supervisão e controle do grande projeto da Copa para que seus cronogramas sejam cumpridos, ainda que tenha que dobrar os turnos, com trabalho dia e noite, sábados e domingos, como chegou a aventar o ex-presidente Lula. O ministro Orlando certamente levará sua posição extraída in loco de que o principal problema para a Copa do Pantanal é o Aeroporto Marechal Rondon, no que será reforçado pela audiência presidencial do governador Silval Barbosa. Quando a expectativa da Copa estava sendo levada ao seu limite, eis que a esperança é resgatada em apenas um fim de semana de boas notícias.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Entrevistas Jaime Lerner - Comente
Adicionei entrevista de Jaime Lerner ao AlmanaqueBrasil no qual ele diz ente outra coisas que "Se não resolvermos as questões da cidade, não resolveremos o mundo." Entre outras coisas diz ainda que "qualquer cidade pode melhorar sua qualidade de vida, começar um avanço considerável, em menos de três anos. E não há escala de cidade ou condição financeira que impeça isso. Essa visão fatalista das cidades compreende não acreditar no ser humano. Se um dia eu deixar de acreditar no ser humano, prefiro deixar de viver." Adicionei também uma palestra dele de 2007 em uma universidade americana. Clique ao lado nas Entrevistas e comente, a favor ou contra.
Abs José Antonio
Abs José Antonio
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Jaime Lerner
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
INFRAERO: ATRASO NO "PUXADINHO"
José Antonio Lemos dos Santos
No artigo passado tratei de uma boa notícia sobre o Aeroporto Marechal Rondon, seu duomilionésimo passageiro anual. Hoje trato de uma ruim, sobre o MOP, Módulo Operacional de Passageiros, o nosso até já simpático “puxadinho”. Sua montagem teria sido suspensa pelo novo superintendente local da Infraero, mas, segundo ele, ainda extra-oficialmente, apenas “uma decisão de suspender”, estranho para uma obra emergencial. Uma decisão dessa teria que ser rápida para se buscar logo a segunda colocada na licitação ou tomar outras medidas. A preocupação ultrapassa a obra em si, pois se estão enrolados com uma estrutura emergencial, pequena, pré-fabricada, como será com a estação definitiva, que precisa estar concluída até fins de 2012?
Tem alguma coisa mal contada nesse novo capítulo da longa e sofrida história de nosso aeroporto. Relembrando, em 16 de julho de 2010 a Infraero declarou a DMDL vencedora da licitação para construção do MOP. Sendo uma obra de emergência, era de se esperar seu início imediato. Mas, os meses foram passando e nenhum sinal da obra. Para minha surpresa, só em 19 de novembro foi dada a Ordem de Serviço para início da obra emergencial, 4 meses após o resultado de sua licitação. 4 meses e nada de obras, só a Ordem de Serviço! Imagine se não fosse emergencial. Aliás, imagine se Cuiabá não fosse uma das sedes do grande projeto nacional da Copa de 2014.
Algo ocorreu para tamanha demora nessa obra emergencial, de tipologia construtiva já usada pela Infraero e pela própria DMDL. Por que o atraso? E por que a firma desistiu depois? Pelo noticiário, a DMDL já executou esse serviço em Brasília, Goiânia, Vitória e Teresina, assim, com experiência de sobra nesse tipo de obra. Por que não faria em Cuiabá? Teriam sido problemas próprios ou externos? Teria alguma razão a pulga instalada atrás de minha orelha desde o dia 5 de novembro quando o site da Infraero noticiou a “conquista” junto a Sema/MT da licença ambiental prévia para as obras no aeroporto? O uso e repetição na matéria da expressão “conquista” me intrigou e fiz até um artigo sobre o assunto, buscando explicações e inclusive elogiando o então superintendente por uma nova postura otimista com as obras do aeroporto, ao manifestar sua alegria com a tal “conquista” e a licitação para o projeto da nova estação. De surpresa, foi substituído na virada do ano. Substituição de rotina? O atraso da Infraero na Ordem de Serviço para o MOP teria algo a ver com essa “conquista” junto à Sema/MT? Será que a Sema precisou de 4 meses para expedir a licença ambiental para uma obra provisória, pequena, no pátio de aeronaves de um dos aeroportos mais movimentados do país? A Infraero, a DMDL e a SEMA devem explicações.
Essa questão precisa ser posta em pratos limpos pela Agecopa, a bem dos prazos de seu programa de obras. Para estas não se deve cobrar menos do que exigem as leis. Nem mais. Nem aceitar eventuais corpos moles. Se o atraso foi da Sema, devem ser apurados os motivos. Faltaria estrutura? Se não foi da Sema, foi mais uma vez da Infraero. Um alerta para se atentar aos projetos da nova estação de passageiros, com licitação homologada em 7 de dezembro, prazo de 6 meses sem poder atrasar. Só no último dia 21 foi dada a Ordem de Serviço. Quase dois meses depois, em um prazo de seis! Os serviços de projeto já começaram? Mais que explicações, cabe ao estado exigir da Infraero o início imediato do MOP e o projeto da nova estação pronto em junho para licitação da obra. Novas surpresas como estas serão irreparáveis. Assunto a ser tratado diretamente com a presidenta Dilma, como prometeu o governador Silval. E já, senão, babau.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 01/02/2011)
No artigo passado tratei de uma boa notícia sobre o Aeroporto Marechal Rondon, seu duomilionésimo passageiro anual. Hoje trato de uma ruim, sobre o MOP, Módulo Operacional de Passageiros, o nosso até já simpático “puxadinho”. Sua montagem teria sido suspensa pelo novo superintendente local da Infraero, mas, segundo ele, ainda extra-oficialmente, apenas “uma decisão de suspender”, estranho para uma obra emergencial. Uma decisão dessa teria que ser rápida para se buscar logo a segunda colocada na licitação ou tomar outras medidas. A preocupação ultrapassa a obra em si, pois se estão enrolados com uma estrutura emergencial, pequena, pré-fabricada, como será com a estação definitiva, que precisa estar concluída até fins de 2012?
Tem alguma coisa mal contada nesse novo capítulo da longa e sofrida história de nosso aeroporto. Relembrando, em 16 de julho de 2010 a Infraero declarou a DMDL vencedora da licitação para construção do MOP. Sendo uma obra de emergência, era de se esperar seu início imediato. Mas, os meses foram passando e nenhum sinal da obra. Para minha surpresa, só em 19 de novembro foi dada a Ordem de Serviço para início da obra emergencial, 4 meses após o resultado de sua licitação. 4 meses e nada de obras, só a Ordem de Serviço! Imagine se não fosse emergencial. Aliás, imagine se Cuiabá não fosse uma das sedes do grande projeto nacional da Copa de 2014.
Algo ocorreu para tamanha demora nessa obra emergencial, de tipologia construtiva já usada pela Infraero e pela própria DMDL. Por que o atraso? E por que a firma desistiu depois? Pelo noticiário, a DMDL já executou esse serviço em Brasília, Goiânia, Vitória e Teresina, assim, com experiência de sobra nesse tipo de obra. Por que não faria em Cuiabá? Teriam sido problemas próprios ou externos? Teria alguma razão a pulga instalada atrás de minha orelha desde o dia 5 de novembro quando o site da Infraero noticiou a “conquista” junto a Sema/MT da licença ambiental prévia para as obras no aeroporto? O uso e repetição na matéria da expressão “conquista” me intrigou e fiz até um artigo sobre o assunto, buscando explicações e inclusive elogiando o então superintendente por uma nova postura otimista com as obras do aeroporto, ao manifestar sua alegria com a tal “conquista” e a licitação para o projeto da nova estação. De surpresa, foi substituído na virada do ano. Substituição de rotina? O atraso da Infraero na Ordem de Serviço para o MOP teria algo a ver com essa “conquista” junto à Sema/MT? Será que a Sema precisou de 4 meses para expedir a licença ambiental para uma obra provisória, pequena, no pátio de aeronaves de um dos aeroportos mais movimentados do país? A Infraero, a DMDL e a SEMA devem explicações.
Essa questão precisa ser posta em pratos limpos pela Agecopa, a bem dos prazos de seu programa de obras. Para estas não se deve cobrar menos do que exigem as leis. Nem mais. Nem aceitar eventuais corpos moles. Se o atraso foi da Sema, devem ser apurados os motivos. Faltaria estrutura? Se não foi da Sema, foi mais uma vez da Infraero. Um alerta para se atentar aos projetos da nova estação de passageiros, com licitação homologada em 7 de dezembro, prazo de 6 meses sem poder atrasar. Só no último dia 21 foi dada a Ordem de Serviço. Quase dois meses depois, em um prazo de seis! Os serviços de projeto já começaram? Mais que explicações, cabe ao estado exigir da Infraero o início imediato do MOP e o projeto da nova estação pronto em junho para licitação da obra. Novas surpresas como estas serão irreparáveis. Assunto a ser tratado diretamente com a presidenta Dilma, como prometeu o governador Silval. E já, senão, babau.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 01/02/2011)
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