"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

ELEIÇÕES E O "LIVRINHO"


José Antonio Lemos dos Santos

     O atual momento político deveria ser suficiente para nos lembrar o dia 2 de dezembro de 1945, completos 76 anos na semana passada, quando foi eleito presidente da República o cuiabano Eurico Gaspar Dutra. Faltando ainda quase um ano para as eleições presidenciais de 2022, o assunto já é o mais comentado no país ao lado das repetidas juras de amor à Constituição Brasileira, estas geralmente emoldurando alguma grave ofensa a ela. Pululam candidatos e afrontas a Carta Magna. Eleições e Constituição, pautas de hoje, com muito a ver com a eleição de 45 que trouxe à luz um novo texto constitucional e elegeu um presidente obcecado em respeitá-lo e em garantir sua consolidação.

     Apesar das semelhanças, a eleição de 45 só foi lembrada por Alexandre Garcia em seu canal na Internet, aliás, a mesma plataforma que abriga há tempos o vídeo de um professor bancando o idiota, ou vice-versa, fazendo palhaçada com a História, tentando ridicularizar um ex-presidente do Brasil, justo um de seus maiores homens públicos e um dos mais importantes governantes do país, o presidente Dutra. 

      A grandeza de Dutra vem de sua origem humilde. Menino, vendia nas ruas de Cuiabá bolinhos feitos por sua mãe, viúva de combatente da guerra do Paraguai e foi lavando pratos na lancha e no trem nos quais viajou que chegou à Escola Militar. Orgulhava-se de não ter recebido ajuda das autoridades locais apesar dos apelos de sua mãe, e de, mesmo assim, ter chegado a tempo de ocupar sua vaga na escola e na História. Dutra, apesar das dificuldades foi à luta e sem “mimimis” chegou à Presidência da República, mantendo-se até o fim da vida como grande referência na política nacional. No mínimo merece respeito.

     Foi ele quem “convenceu” o ditador Vargas a convocar eleições democráticas e uma nova Constituinte, rompendo com o chefe de quem foi ministro da Guerra por 9 anos. Tinha respaldo da FEB criada por ele e recém vitoriosa na Europa. Como manter uma ditadura num país que acabara de derrubar as ditaduras nazifascistas? Convocadas as eleições, foi eleito presidente para um mandato de seis anos, e, mesmo sendo o militar mais poderoso do país, Dutra curvou-se aos cinco anos de mandato estabelecidos pela nova Constituição. Aos que temiam a volta de Vargas e lhe propunham ficar mais um ano dizia: “nem um minuto a mais, nem um minuto a menos do que manda o livrinho”. Virou “o homem do livrinho”, referindo-se a Constituição Federal de 46, que ajudou a construir, jurou cumprir e cumpriu. Trazia um exemplar sempre no bolso. Triste contraste ver hoje um senador da República dizer que no Brasil abaixo de Deus vem o STF, e um ministro da Justiça brasileira proclamar que o Brasil vive um regime semipresidencialista com o Judiciário como poder moderador, isto em plena - ou semiplena? - vigência da Constituição de 88.      

     O Governo Dutra foi marcante no desenvolvimento do país. Introduziu o planejamento no Brasil com o Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), e criou o CNPq, cuja Lei de criação é tida como a Lei Áurea da tecnologia brasileira. Implantou o hoje tão usado conceito de PIB, pavimentou a primeira grande estrada no Brasil, a Via Dutra, inaugurou a CSN e construiu a Usina de Paulo Afonso criando as bases da industrialização no país. Criador do Instituto Rio Branco, base do alto conceito de nossa diplomacia, é dele também a criação do Estado Maior das Forças Armadas e da Escola Superior de Guerra, até hoje o principal núcleo formador da inteligência estratégica nacional. Também é dele a criação do sistema “S”, e, de quebra, ainda construiu o Maracanã e trouxe a Copa de 50. Mas sua grande obra foi cumprir e ter feito cumprir a Constituição que ajudou a construir, aquela que é considerada até hoje a mais democrática das Constituições brasileiras.


quarta-feira, 23 de junho de 2021

PICNICS

 

Barra do Pari (Foto Poppi)

Didi Lemos dos Santos

     As reuniões eram sempre na nossa casa para fazer a programação. Onde iremos? Capinzal, Barra do Pari, Sucuri, Passagem da Conceição, Aricá, etc, onde tinha rios bons para banhos e margens boas para fazer o fogão, árvores com sombras e para armar redes. Sempre na maior alegria, sempre de 10 ou mais pessoas, e aí era resolvido o que cada um ia levar, mantimentos, carnes ou quase sempre peixes em abundância, rapaduras para a sobremesa. As comidas eram feitas em fogões armados com 3 ou 4 pedras, apelidados de “tacuru”, e as lenhas eram das árvores. Panelas, pratos, talheres eram levados nas mãos pois muitas vezes íamos a pé.

     Saíamos em alta madrugada e enfrentávamos uma boa distância para chegarmos ao local onde passávamos um dia diferente, alegre, com os banhos de rio, que tínhamos que tomar cuidado para não ir ao fundo, mas quem sabia nadar, como a mamãe, que sabia nadar de todos os jeitos, era diferente.

     Só íamos de caminhão “Vira Mundo”, que era do Altair xxxxxx, quando ele estava em Cuiabá, pois este amigo fazia viagens levando cargas para Poxoréo, Guiratinga, Gatinho (?), etc, lugares estes onde a garimpagem era grande, passando vários dias para chegar ao destino e voltar. Era namorado da senhorita Julieta xxxxxx, ex-miss Cuiabá e madrinha do Mixto Esporte Clube.

     O Aricá que era de propriedade do senhor Felismino, casado com Nhanhazinha, prima de mamãe, era mais distante e assim só íamos de caminhão. Num desses dias saímos de lá bem de tardezinha e quando já era noite o caminhão quebrou e o Altair vendo que o estrago tinha sido grande e a luz era só do luar ele pediu que voltássemos a pé até o Aricá, mas quem quisesse podia dormir ali. Saímos todos de volta com aquele lindo luar, alegres contando histórias e assim a prima ficou assustada quando batemos à sua porta pedindo pouso. Ali acomodou toda a turma, até em cima da mesa onde a Célia dormiu. O grupo era sempre de moças, rapazes, crianças, mamãe, tia Mariana e outros.

     Outro lugar distante era o Sucuri. Hoje está bem pertinho. Lá morava meu tio “Jonô”(?), o Abelardo, irmão do meu pai. Não havia necessidade de levar muitas coisas para o almoço pois tanto ele como a tia Luise nos recebiam com grande alegria. A peixada feita por ela não tinha igual pois os peixes eram fresquinhos tirados quase na hora daquele imenso rio em frente à casa. As lenhas para cozimento da comida eram colhidas do próprio lugar.

     Numa dessas viagens ao Sucuri, na volta já à noite, o caminhão quebrou e a pousada foi numa casa (não me lembro o nome da dona) que nos atendeu prontamente, e assim os dormitórios foram improvisados em redes e até em couros secos de bois no chão, onde me lembro bem, os ratos faziam passeata em nós. Aí estavam as crianças e a moçada. Era susto a noite toda para nós. De vez em quando era aceso o fósforo para que eles fugissem. Não havia luz elétrica.

     O Capinzal era mais perto e íamos a pé. Umas pessoas de cor nos recebiam, às vezes de surpresa, aquele bando de gente levando o necessário para o almoço. Havia uma sala grande e na vitrola as músicas eram tocadas para o baile durante o dia, mesmo porque a tarde retornávamos para casa. Nessa sala havia umas janelas para o quintal e a minha irmã Célia estava sentada em uma delas; o Otávio xxxxxx nosso acompanhante veio correndo e saltou de costa para sentar na janela onde ela estava. Assim ele passou do peitoril e com os braços abertos levou a Célia de costa para o chão onde havia um amontoado de pedras. Foi aquela correria para acudi-la e foi levada para a cama com fortes dores, e o pessoal da casa muito ligeiras passavam no lugar a salmoura, arnica, inclusive para beber. Foi um grande susto, a mamãe ficou muito nervosa.

     O Otávio, sentindo-se culpado, até chorou pedindo desculpas. Depois disso não houve comentários, a Célia melhorou e o baile continuou. Ao terminar o dia voltamos para casa a pé, alegres e felizes por mais um domingo diferente. O banho no rio Capinzal, era perigoso, mas com cuidado, nós banhávamos. A família da casa ficava triste com nossa saída. Era só: “Voltem sempre.”

     No lugar chamado “Passagem da Conceição” também era sempre visitado aos domingos por nós. Lá residia uma família “Curvo”. Hoje este lugar fica aqui perto, quase dentro de Cuiabá e ali existem restaurantes servindo um delicioso peixe pescado no próprio rio.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

VACINAÇÃO NO BRASIL 010421

 

José Antonio Lemos dos Santos

     DIA ESPECIAL NA VACINAÇÃO PARA O BRASIL E PARA MATO GROSSO, hoje,  quinta-feira, 1º de abril, e não é “pêta”:

O Brasil ultrapassa a marca de 1 MILHÃO de doses de vacinas aplicadas em 1 dia e chega às 23,8 MILHÕES de doses de vacinas aplicadas, enquanto MATO GROSSO chega próximo a marca de 20 mil doses aplicadas em 1 dia. 

     Mato Grosso ainda continua em último lugar entre os estados no percentual de população imunizada mas deu um salto muito grande no número de vacinações diárias chegando às 19.618 doses! Ontem tinham sido 2.940. Penso que MT ainda não acertou numa metodologia ágil e segura para vacinar sua população porém hoje deu uma sacudida!Uso como base os dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20h(DF) de hoje e publicados pelo G1. Apenas 4 países no mundo apresentam totais superiores aos do Brasil: EUA, China, Índia e Reino Unido, segundo o site Our World In Data. 

     São boas notícias em meio a tragédia que nos assola. Ainda é pouco para Mato Grosso e para o país onde, na minha opinião teríamos que chegar, no mínimo, na média de 1 milhão de doses aplicadas por dia, média que ainda está em 745.420. Mas avança bem.

     A vacinação é uma política do estado brasileiro, não deste ou daquele governante e ao compartilhar estes dados, tento acrescentar alguma esperança às informações que recebemos cotidianamente, bem como quero homenagear este trabalho hercúleo que vem sendo feito de norte a sul do Brasil pelo SUS, nossa mais adorável jaboticaba, uma instituição tripartite envolvendo os governos federal estadual e municipal, não só este ou aquele governante. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19. Vale a pena acompanhá-la.


terça-feira, 30 de março de 2021

VACINAÇÃO NO BRASIL 30/03/21

José Antonio Lemos dos Santos 

     O Brasil hoje, dia 30/03/2021, terça-feira chegou a 21.883.663 de vacinas anti-Coronavirus aplicadas, das quais 16.937.084 em 1ª dose e 4.946.579 em 2ª dose, com 8 % da população brasileira imunizada com a 1ª dose. Foram vacinadas em 24 horas 805.596 pessoas, um número menor que o de ontem mas bem maior que o da terça passada (563.225). Apenas 4 países no mundo apresentam desempenhos superiores, EUA, China, Índia e Reino Unido, segundo o site Our World In Data. As doses aplicadas no país representam 68,63% das doses distribuídas aos estados. 

     Já para Mato Grosso a situação continua grave. Aplicou 3.885 doses nas últimas 24 hs e chegou às 226.857 pessoas vacinadas representando 5,1% da população do estadual e 50,6% das 447.960 doses recebidas. Na última terça-feira em 24 horas havia imunizado 5.097 pessoas, mais que hoje com 3.885 doses aplicadas. Penso que MT ainda não acertou numa metodologia ágil e segura para vacinar sua população. Enquanto a vacinação cresce acentuadamente no país, em MT a situação continua preocupante. Creio que seja hora da sociedade civil de alguma forma ser mais protagonista nesse processo junto aos governos estadual e municipais. 

     Ainda assim são boas notícias em meio a tragédia que nos assola. Ainda é pouco para o país e teríamos que chegar no mínimo na casa das 1 milhão de doses aplicadas por dia e a média diária nacional móvel nos últimos 7 dias ainda está em 739.771. Mas avança. A vacinação é uma política do estado brasileiro, não deste ou daquele governante e ao compartilhar estes dados, tento levar alguma esperança às nossas informações, bem como quero homenagear este trabalho hercúleo que vem sendo feito de norte a sul do Brasil pelo SUS, nossa mais adorável jaboticaba, uma instituição tripartite envolvendo os governos federal estadual e municipal, não só este ou aquele governante. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19. Vale a pena acompanhá-la.



Fontes de dados e observações:

1- Site G1 com dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20(Hora de Brasília) de cada dia;

2- Em função da atualização dos dados, quando nos referimos a dia, significa de 20h do dia anterior até 20h do dia de referência;

3- Site ourworldindata.org ;

4- Site https://coronavirus.jhu.edu/data/mortality .

5- Canal do Youtube: produtividademaxima



segunda-feira, 29 de março de 2021

VACINAÇÃO NO BRASIL 290321

 

José Antonio Lemos dos Santos

     O Brasil hoje, dia 29/03/2021, segunda-feira , ultrapassou a marca de 21 MILHÕES de vacinas aplicadas. Chegamos a 21.078.067 doses aplicadas (1ª e 2ª) com 7,68% da população brasileira imunizada com a 1ª dose. Foram vacinadas em 24 horas 873.920 pessoas, um número maior que o da segunda passada (599.333). Uso como base os dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20h(DF) de hoje e publicados pelo G1. Apenas 4 países no mundo apresentam desempenhos superiores, EUA, China, Índia e Reino Unido, segundo o site Our World In Data. As doses aplicadas no país representam 67,20% das doses distribuídas aos estados. 

     Já para Mato Grosso a situação é bem mais grave. E piora proporcionalmente. Aplicou 8.107 doses (em 2 dias, já que não foram informados os dados de ontem) e chegou às 222.972 pessoas vacinadas representando 4,56% da população do estadual e 54,7% das 447.960 doses recebidas.  Penso que MT ainda não acertou numa metodologia ágil e segura para vacinar sua população. Ontem estava em penúltimo lugar no Brasil em população vacinada por habitante, hoje está em último. Mato Grosso do Sul está em primeiro lugar no país. Como pode tamanha discrepância? Enquanto a vacinação cresce acentuadamente no país, em MT a situação fica mais preocupante. Creio que seja hora da sociedade civil cobrar do governo estadual e dos prefeitos.

      Ainda assim são boas notícias em meio a tragédia que nos assola. Ainda é pouco para o país e teríamos que chegar no mínimo na casa das 1 milhão de doses aplicadas por dia e a média diária nacional móvel nos últimos 7 dias ainda está em 705.147. Mas avança. A vacinação é uma política do estado brasileiro, não deste ou daquele governante e ao compartilhar estes dados, além de tentar levar alguma esperança, quero homenagear este trabalho hercúleo que vem sendo feito de norte a sul do Brasil pelo SUS, nossa mais adorável jaboticaba, que é uma instituição tripartite envolvendo os governos federal estadual e municipal, não só este ou aquele governante. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19. Vale a pena acompanhá-la.

domingo, 28 de março de 2021

VACINAÇÃO NO BRASIL 280321

 José Antonio Lemos dos Santos

     Como era esperado,  hoje, dia 28/03/2021, Domingo, o Brasil ultrapassou a marca de 20 MILHÕES de vacinas aplicadas. Chegamos a 20.204.147 doses aplicadas (1ª e 2ª) o que significa 7,32% da população brasileira vacinada. Foram vacinadas em 24 horas 276.849 pessoas, um número menor considerando o Domingo, porém mais que o dobro do Domingo passado (104.618). Uso como base os dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20h(DF) de cada dia e publicados pelo G1. Apenas 4 países no mundo apresentam desempenhos superiores, EUA, China, Índia e Reino Unido, segundo dados do site Our World In Data. As doses aplicadas representam 65, 91% das doses distribuídas aos estados. 

     Mato Grosso não divulgou ao consórcio novos dados para hoje, (junto com outros 13 estados e o DF) mantendo então os dados de ontem. Foram recebidas um total de 393.060 doses e aplicadas  ?????, permanecendo 4,35% da população do estado vacinadas sendo aplicadas até hoje 54,7 % das doses recebidas, com ????? sendo aplicadas no dia. 

     Penso que MT ainda não acertou numa metodologia ágil e segura para vacinar sua população. Ontem estava em penúltimo lugar em população vacinada por habitante, só na frente do Pará. Enquanto a vacinação cresce acentuadamente no país, em MT cai de forma temerária nos últimos dias, 6.138, 5394, ontem 1063 e hoje com dados não disponíveis. Creio que seja hora da sociedade civil cobrar do governo estadual e dos prefeitos.

     Ainda assim são boas notícias em meio a tragédia que nos assola. Ainda é pouco e teríamos que chegar no mínimo na casa das 1 milhão de doses aplicadas por dia e a média diária nacional móvel nos últimos 7 dias ainda está em 665.639. A vacinação é uma política do estado brasileiro, e ao compartilhar estes dados, além de tentar levar alguma esperança, quero homenagear este trabalho hercúleo que vem sendo feito de norte a sul do Brasil pelo SUS que é uma instituição tripartite envolvendo os governos federal estadual e municipal, não só deste ou daquele governante. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19. Vale a pena acompanhá-la.

terça-feira, 23 de março de 2021

VACINAÇÃO NO BRASIL 230321

 José Antonio Lemos dos Santos

     O Brasil hoje 23/03/2021 ultrapassou a marca das 17 milhões de doses de vacina aplicadas (1ª e 2ª doses) com base em dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20h(DF) de hoje e publicados pelo G1. Apenas 4 países no mundo apresentam desempenhos superiores, EUA, China, Índia e Reino Unido. Soma um total de 17.128.642 doses, das quais 12.793.737 em primeira dose (6,04% da população brasileira) e 4.334.905 em segunda dose (2,05% da população do país). As doses aplicadas representam 59,85% das doses distribuídas aos estados). De ontem para hoje foram aplicadas um total de 563.225 doses.

     Em Mato Grosso foram recebidas um total de 334.360 doses e aplicadas 196.144 (3,90% da população do estado e 58,66% das doses recebidas) sendo aplicadas 5097 doses no dia. 

     Penso que sejam boas notícias, apesar de que ainda é pouco e teríamos que chegar no mínimo na casa das 1 milhão de doses aplicadas por dia. A vacinação é uma política do estado brasileiro através do SUS, que é tripartite, isto é, é federal, estadual e municipal, portanto ao compartilhar estes dados não quero fazer politicagem em favor de quem quer que seja. Apenas compartilho para conhecimento dos que se interessarem pelo sucesso da imunização no Brasil. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19, daí a importância de seu acompanhamento, em especial em nosso país.


segunda-feira, 22 de março de 2021

ACOMPANHANDO A VACINAÇÃO NO BRASIL

 José Antonio Lemos dos Santos

     O Brasil hoje 22/03/2021 ultrapassou a marca das 16 milhões de doses de vacina aplicadas (1ª e 2ª doses) com base em dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20h(DF) de hoje e publicados pelo G1. Envolvem um total de 16.565.417, das quais 12.351.559 em primeira dose (5,83% da população brasileira) e 4.213.858 em segunda dose (1,99% da população do país). As doses aplicadas representam 60,87% das doses distribuídas aos estados). De ontem para hoje foram aplicadas um total de 599.333 doses. 

     Em Mato Grosso foram recebidas um total de 334.360 doses e aplicadas 191.047 (3,78% da população do estado e 60,87% das doses recebidas) sendo aplicadas 3.460 doses no dia. 

     Penso que sejam boas notícias, apesar de que ainda é pouco e de início temos que torcer para chegar no mínimo na casa das 1 milhão de doses aplicadas por dia. A vacinação é uma política do estado brasileiro através do SUS, que é tripartite, isto é, é federal, estadual e municipal, portanto ao compartilhar estes dados não estou fazendo politicagem de ninguém. Apenas compartilho para conhecimento dos que se interessarem pelo sucesso da imunização do país. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19, daí a importância de deu acompanhamento, em especial em nosso país.

terça-feira, 16 de março de 2021

VACINAÇÃO NO BRASIL 160321


José Antonio Lemos dos Santos

     O Brasil passou ontem a marca das 14 milhões de doses de vacina aplicadas (1ª e 2ª doses) com base em dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados até às 20h(DF) de ontem (16/03/2021) e publicados pelo G1. Foram 10.389.077 em primeira dose (4,91% da população brasileira) e 3.791.197 em segunda dose (1,79% da população do país). De anteontem para ontem foram aplicadas um total de 426.081 doses.     

     Em Mato Grosso foram recebidas um total de 278.760 doses e aplicadas 170.231 (3,3% da população do estado) sendo aplicadas 5.383 doses no dia. A vacina sempre foi a grande esperança nesta tragédia da COVID-19, daí a importância do acompanhamento do processo de vacinação em nosso país e no mundo, inclusive para, se for o caso, criticar o processo com conhecimento dos dados evolutivos. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

O CUIABUS (Publicado em 2009)

 

Charge arquiteto professor José Maria Andrade

José Antonio Lemos dos Santos

     Ao invés de uma reforma “meia-boca” no atual sistema de transporte urbano como pode ter dado a entender, o artigo da semana passada - “A Copa e o biodiesel” - propõe que na Copa do Pantanal Cuiabá seja a vitrine mundial de uma verdadeira revolução nessa área tendo o biocombustível como fonte energética e o ônibus de pneus como base veicular. Cidades como Curitiba e Bogotá comprovam que é possível a solução com pneus e a prefeitura de Cuiabá, através da SMTU, informou ter optado por esse tipo de solução, a meu ver acertadamente. Com base nesse reconhecido know-how nacional, o artigo propõe o uso excepcional em Cuiabá do biodiesel a 100% em 2014 e novos modelos de veículos coletivos, recolocando a cidade na vanguarda de um processo iniciado por ela, sede da primeira fábrica brasileira de biodiesel e da experiência dos primeiros ônibus, bem como capital do Estado que mais produz biodiesel. A Cidade Verde tem handcap para mostrar ao mundo como poderá ser em futuro próximo uma cidade com sua circulação livre do petróleo e de seus males ambientais. E o melhor, utilizando um combustível produzido aqui, gerando emprego e renda aqui.

     Na verdade trata-se de uma proposta complexa, como é complexo o problema do transporte urbano em todo o mundo. Ninguém resolveu ou vai resolvê-lo de maneira simples, nem com metrô, VLT, Zepellin ou mesmo com o ônibus que defendo. Atrás da aparente simplicidade proposta no artigo está um conjunto de medidas que formam um sistema novo, organizados em caráter local, que chamo neste artigo de Cuiabus, para destacar seu aspecto inovador. Em sua concepção o Cuiabus reconhece que a base do problema não é tecnológica, mas de gestão pública. E aí nossos problemas começam pois Cuiabá não é só Cuiabá, mas também Várzea Grande e o intermunicipal. O transporte coletivo tem que ser tratado como um só, integrado nos dois municípios, sendo fundamental que os prefeitos e o governador decidam como vão trabalhar em conjunto. Autarquia, empresa ou alguma forma de gestão compartilhada?

     O assunto passa também por uma política nacional de desoneração do transporte público, hoje não só indispensável à sobrevivência popular, mas de toda a cidade. Deve ser tratado como o arroz e o feijão, incluído na mesma cesta básica. O prefeito Wilson Santos já desenvolve essa tese junto à Frente Nacional de Prefeitos e creio na sua viabilidade até 2014, por sua procedência e necessidade. As prefeituras e a Ager poderiam também avaliar desde já o uso de uma tarifa especial para as bordas de pico, significativamente reduzida, buscando diminuir a concentração de passageiros nesses horários.

     Naturalmente, o Cuiabus implica em uma renovação no pavimento do sistema viário, com a criação de calhas exclusivas e nova sinalização horizontal e vertical, enfatizando a circulação dos pedestres e portadores de necessidades especiais. Este ponto parece bem encaminhado pois o governador assegurou a renovação asfáltica da totalidade da malha viária de Cuiabá e a prefeitura já informou ter optado pelo sistema de calhas exclusivas. E em Várzea Grande?

     Por fim, o estado, de preferência com apoio da Fiemt, poderia buscar junto a fornecedores nacionais de ônibus o desenvolvimento de uma nova linha de produtos, abrangendo não só os comuns, mas também os articulados, até os micro-ônibus e vans. A ideia é buscar uma linha completa de modelos realmente novos com base ou não nos já existentes em países do primeiro mundo, adequados à realidade brasileira no século XXI, com design compatível com o imaginário flashgordiano da população e capazes de marcar o advento do novo combustível e uma nova era nos transportes urbanos.

(Publicado pelo Diário de Cuiabá em 11/08/2009)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

COMPARATIVO DE ÓBITOS POR HABITANTE ENTRE OS PAÍSES

José Antonio Lemos dos Santos

     Mais uma reflexão minha sobre a pandemia. Baseio-me em dados da John Hopkins University para ontem 21/01/21 ( coronavirus/jhu.edu/data/mortality ). A comparação entre os números absolutos de óbitos pelo Coronavírus entre países com populações diferentes não nos permite avaliar com correção o grau da tragédia vivida por cada um deles. Por exemplo, San Marino é um país que ontem apresentava 65 óbitos, o que certamente o coloca entre os países com menor número de mortos no mundo dando a falsa impressão de que estaria numa situação das menos trágicas perante a pandemia entre as nações. Entretanto, San Marino para o Banco Mundial tinha 33.785 habitantes em 2018 segundo o Google, o que confere a esse país a triste primeira colocação em número de óbitos quando relacionados à sua população, com 192,39 óbitos por 100 mil habitantes. Ou seja, se a população de San Marino fosse igual a do Brasil àquele país estaria chorando a morte de 404.019 concidadãos (cálculo meu - regra de 3 simples). Quase o dobro do Brasil com 210.609 óbitos por Coronavírus  no total. 

     A toda culta, rica, respeitada e poderosa Grã Bretanha a 4ª colocada no trágico ranking com seus 180,11 óbitos/100 mil hab, (com uma aceleração de 3,0%) também se tivesse a mesma população do Brasil, estaria chorando 378.231 mortos, mais de 160 mil óbitos a mais que o Brasil, o 25º no mesmo ranking. No link que coloquei acima tem dados diários para todos os países do mundo. 

     Com proporções maiores em número de óbitos por habitante, à frente do Brasil estão por exemplo também a Itália, EUA, Espanha, México, França, Suécia, Suíça, e Argentina. Isso posto, sem entrar na politicalha e se considerarmos, como tentam nos convencer,  o Brasil um país pobre, de um governo tão irresponsável e incapaz, com uma política corrupta, um povo tão inculto e mal educado, o que teria este nosso país de especial para apresentar estes números ainda que dramáticos e dolorosos, porém melhores do que os de alguns países que inclusive nos vem sendo empurrados como exemplos para nós muito embora com piores desempenhos? Será o sol? A vacinação anual contra a malária? Será o tratamento precoce? Ou não somos tão incompetentes? Ou é coisa de Deus mesmo?  

(Escrito no uátzap em 22/01/2021)