José Antonio Lemos dos Santos
Já comentei em artigo anterior que o
esporte em seu sentido mais verdadeiro é uma das formas mais elevadas de
celebração da vida, uma das expressões em que a vida se manifesta de forma mais
intensa. O principal requisito para a prática esportiva é a vida saudável, e
quem quiser ser esportista tem que cuidar da saúde. Daí porque entendo que
investir em esporte é uma das alternativas mais eficazes de se investir em
saúde. É claro que os investimentos na cura ou recuperação da saúde são
prioritários, mas é muito mais barato e melhor investir na promoção e manutenção
da saúde através dos esportes e outras práticas do que na cura das doenças. É
fácil imaginar que a cada real investido na promoção dos esportes, de forma
séria e bem planejada, corresponda uma redução de gastos em quantia bem superior
ao investido. E os efeitos diretos e indiretos de bons programas públicos de
incentivo aos esportes chegam também a outras áreas como Educação, Cultura e
Segurança Pública, no mínimo.
Assim, se esporte é saúde e saúde é vida,
Cuiabá está cheia de vida, pelo menos nas últimas semanas. A cidade que em sua
preparação respira e transpira a Copa do Pantanal está em festa, pois desde
domingo passado sedia as Olimpíadas Escolares, o maior evento nacional na
modalidade envolvendo mais de 6 mil pessoas, entre atletas, técnicos,
profissionais diversos de apoio, dirigentes, observadores nacionais e
internacionais, estudiosos, imprensa especializada. A abertura no Ginásio Aecim
Tocantins foi um espetáculo, os hotéis estão lotados e o Centro de Convenções,
transformado em Centro de Convivência, fervilha em alegria e juventude. E dizer
que o palco maior do evento, o Ginásio Aecim Tocantins ainda é tido por alguns
como um “elefante branco” apesar de ter viabilizado eventos como este e outros
de grande porte e qualidade, tais como jogos da Liga Mundial de Vôlei, Copas
América de Vôlei masculino e feminino, Copa América de Basquete feminino,
Campeonato Pan-americano de Karatê, e ainda alguns jogos avulsos das seleções
nacionais de vôlei e futebol de salão.
Mas a festa esportiva em Cuiabá
começou ainda no domingo anterior com o Mixto conquistando a Copa Mato Grosso,
título importante para o único sobrevivente dos times tradicionais da cidade.
Claro que o nosso renitente e persistente complexo de capacho vem logo dizer que
o título não vale nada, que Cuiabá não tem nenhum time na série “A” e outras
bobagens que seriam esquecidas caso o título não fosse ganho por algum time da
cidade. Aí valeria, em especial para dizer que o futebol cuiabano acabou, que
está perdendo para o interior, desconhecendo que Mato Grosso desenvolveu muito,
sendo natural o surgimento de grandes equipes em outras belas e poderosas
cidades do estado. Para o mixtense, o Mixto é o melhor time do mundo,
independente da série em que participe. Dentro do campo, o futebol cuiabano e
mato-grossense só é ruim para quem não vai ao estádio.
Fechando a semana
passada com chave de ouro, o Cuiabá Arsenal levou a melhor sobre o Coritiba
Crocodiles, e é bicampeão brasileiro de futebol americano. Foi uma grande festa
no Dutrinha lotado. Esse é o grande produto do esporte em suas diversas
modalidades: a juventude levando longe de forma positiva o nome de Cuiabá e Mato
Grosso, o melhor marketing urbano, levando também com suas taças e medalhas o
exemplo para milhares de outros jovens seguirem a trilha da saúde e da vida,
livrando-se das garras das drogas, dos crimes e de outros descaminhos.
(Publicado em 27/11/2012 pelo Diário de Cuiabá)
José Antonio Lemos dos Santos, arquiteto e urbanista, é professor universitário aposentado . Troféu "João Thimóteo"-1991-IAB/MT/ "Diploma do Mérito IAB 80 Anos"/ Troféu "O Construtor" - Sinduscon MT Ano 2000 / Arquiteto do Ano 2010 pelo CREA-MT/ Comenda do Legislativo Cuiabano 2018/ Ordem do Mérito Cuiabá 300 Anos da Câmara Municipal de Cuiabá 2019.
"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)
terça-feira, 27 de novembro de 2012
CUIABÁ EM FESTA
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sábado, 24 de novembro de 2012
HOJE É DIA DO BI
Um dos dois será bicampeão brasileiro de futebol americano. O Cuiabá foi campeão em 2010 e o Coritiba foi campeão ano passado. Vamos ao Dutrinha hoje às 18 hs torcer para que o Cuiabá Arsenal seja o bicampeão brasileiro, com bastante moral para ser uma das atrações da Arena Pantanal a partir de 2014. Força Cuiabá Arsenal!
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
AEROPORTO, ATÉ QUANDO?
José Antonio Lemos dos Santos
Pois não é que o novo atraso na licitação para as obras do aeroporto Marechal Rondon cobrado no artigo da semana passada deveu-se a outro erro da Infraero? No fim deste mês completarão 3 anos e meio da definição de Cuiabá como sede da Copa do Pantanal e até hoje a Infraero não concluiu a licitação para as obras de ampliação do aeroporto, com uma sucessão de atrasos injustificáveis para uma das maiores e mais competentes empresas aeroportuárias do mundo e uma das obras fundamentais para a Copa 2014, o mais importante projeto do país em termos de visibilidade internacional. O resultado da licitação era aguardado para o início deste mês e foi adiado para esta semana. Mais uma vez o motivo seria problemas no projeto entregue pela Infraero à Secopa, segundo o secretário do órgão. Nada tão surpreendente no histórico do tratamento que a Infraero sempre deu ao principal aeroporto mato-grossense, antes e depois da Copa. A expectativa local era de que o grande evento mundial trouxesse para Cuiabá e Mato Grosso afinal um aeroporto digno de seu dinamismo e importância como o estado líder na produção agropecuária do país que sempre lhe foi negado.
Qual o quê! Convém não esquecer que, já com muito atraso, a primeira entrega do projeto do aeroporto estava prevista para setembro de 2011 e foi adiada para março de 2012 e depois para junho, já sob alegação de necessidade de correções técnicas, e, enfim, entregue em início de julho. A Secopa providenciou a imediata licitação para as obras, contudo logo revogada em agosto para outra correção de erros nas planilhas do projeto. Corrigidos supostamente os erros, abriu-se nova licitação com homologação esperada para início de novembro, o que não aconteceu, pois foi adiada de novo para esta semana. De novo sob alegação de erros nas planilhas entregues pela Infraero. Tais erros são inconcebíveis numa empresa do porte e competência da Infraero. Supô-los seria um desrespeito ao seu quadro técnico. Ainda pode existir alguma dúvida quanto à existência de interesses no mínimo estranhos nesse processo?
Faltam 569 dias para o primeiro jogo da Copa e o aeroporto tem que estar pronto no mínimo 90 dias antes do início do evento, em condições de receber as equipes técnicas preparatórias para as questões de imprensa, segurança, e mesmo, das seleções que possam escolher Cuiabá para seu período de aclimatação ao clima tropical brasileiro, gerando um movimento adicional para os hotéis, restaurantes, o turismo de um modo geral, um dos grandes ganhos esperados para Cuiabá e Mato Grosso, ameaçado pelos atrasos nas obras do aeroporto. Até quando esperar? Até realmente não dar mais tempo para a execução da obra? Na verdade, em condições normais, não haveria mais tempo, entretanto, ainda daria considerando a situação especial da Copa com o regime do RDC e a possibilidade do brasileiro trabalhar em 3 turnos, sábados, domingos e feriados, conforme aventou o ex-presidente Lula quando perguntado sobre a vergonha que passaria o Brasil perante o mundo na hipótese de não dar conta de cumprir com o comprometido internacionalmente ao assumir a Copa 2014. Temo que tal esforço não aconteça se depender só da Infraero, com o agravante de que não há mais tempo para novos testes sobre as intenções da empresa para com o aeroporto de Cuiabá. Agora só com uma manifestação clara das forças vivas da sociedade mato-grossense, em especial da cuiabana e várzea-grandense e dos setores mais diretamente interessados, seus prefeitos atuais e os eleitos, sacudindo seus representantes no Congresso Nacional para buscar junto à presidenta Dilma uma nova postura efetiva da Infraero. Do jeito que as coisas ficaram, só assim.
(Publicado em 20/11/2012 pelo Diário de Cuiabá)
Imagem copiada de www.meupalco.com.br
Pois não é que o novo atraso na licitação para as obras do aeroporto Marechal Rondon cobrado no artigo da semana passada deveu-se a outro erro da Infraero? No fim deste mês completarão 3 anos e meio da definição de Cuiabá como sede da Copa do Pantanal e até hoje a Infraero não concluiu a licitação para as obras de ampliação do aeroporto, com uma sucessão de atrasos injustificáveis para uma das maiores e mais competentes empresas aeroportuárias do mundo e uma das obras fundamentais para a Copa 2014, o mais importante projeto do país em termos de visibilidade internacional. O resultado da licitação era aguardado para o início deste mês e foi adiado para esta semana. Mais uma vez o motivo seria problemas no projeto entregue pela Infraero à Secopa, segundo o secretário do órgão. Nada tão surpreendente no histórico do tratamento que a Infraero sempre deu ao principal aeroporto mato-grossense, antes e depois da Copa. A expectativa local era de que o grande evento mundial trouxesse para Cuiabá e Mato Grosso afinal um aeroporto digno de seu dinamismo e importância como o estado líder na produção agropecuária do país que sempre lhe foi negado.
Situação Atual Imagem: PINIweb
Qual o quê! Convém não esquecer que, já com muito atraso, a primeira entrega do projeto do aeroporto estava prevista para setembro de 2011 e foi adiada para março de 2012 e depois para junho, já sob alegação de necessidade de correções técnicas, e, enfim, entregue em início de julho. A Secopa providenciou a imediata licitação para as obras, contudo logo revogada em agosto para outra correção de erros nas planilhas do projeto. Corrigidos supostamente os erros, abriu-se nova licitação com homologação esperada para início de novembro, o que não aconteceu, pois foi adiada de novo para esta semana. De novo sob alegação de erros nas planilhas entregues pela Infraero. Tais erros são inconcebíveis numa empresa do porte e competência da Infraero. Supô-los seria um desrespeito ao seu quadro técnico. Ainda pode existir alguma dúvida quanto à existência de interesses no mínimo estranhos nesse processo?
Faltam 569 dias para o primeiro jogo da Copa e o aeroporto tem que estar pronto no mínimo 90 dias antes do início do evento, em condições de receber as equipes técnicas preparatórias para as questões de imprensa, segurança, e mesmo, das seleções que possam escolher Cuiabá para seu período de aclimatação ao clima tropical brasileiro, gerando um movimento adicional para os hotéis, restaurantes, o turismo de um modo geral, um dos grandes ganhos esperados para Cuiabá e Mato Grosso, ameaçado pelos atrasos nas obras do aeroporto. Até quando esperar? Até realmente não dar mais tempo para a execução da obra? Na verdade, em condições normais, não haveria mais tempo, entretanto, ainda daria considerando a situação especial da Copa com o regime do RDC e a possibilidade do brasileiro trabalhar em 3 turnos, sábados, domingos e feriados, conforme aventou o ex-presidente Lula quando perguntado sobre a vergonha que passaria o Brasil perante o mundo na hipótese de não dar conta de cumprir com o comprometido internacionalmente ao assumir a Copa 2014. Temo que tal esforço não aconteça se depender só da Infraero, com o agravante de que não há mais tempo para novos testes sobre as intenções da empresa para com o aeroporto de Cuiabá. Agora só com uma manifestação clara das forças vivas da sociedade mato-grossense, em especial da cuiabana e várzea-grandense e dos setores mais diretamente interessados, seus prefeitos atuais e os eleitos, sacudindo seus representantes no Congresso Nacional para buscar junto à presidenta Dilma uma nova postura efetiva da Infraero. Do jeito que as coisas ficaram, só assim.
(Publicado em 20/11/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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terça-feira, 13 de novembro de 2012
CADÊ O AEROPORTO? III
José Antonio Lemos dos Santos
Seria dispensável falar sobre a importância de um aeroporto internacional de grande porte para qualquer cidade do mundo. Contudo ainda tem muita gente em Cuiabá, inclusive nos altos escalões, pensando tratar-se de um equipamento comum a qualquer cidade. Talvez por sua localização privilegiada central na cidade pelo qual todo mundo passa todos os dias, muitos se acostumaram e pensam erradamente tratar-se de um equipamento comum. Não é. Os aeroportos de grande porte são equipamentos fundamentais neste mundo globalizado, não só para cargas, mas, em especial como ferramenta de conexão entre as pessoas individuais, oficiais ou corporativas. Quanto mais os indivíduos e o planeta se globalizam virtualmente, mais é necessário o contato direto interpessoal bem como os espaços e equipamentos que propiciam tais encontros. Os aeroportos são e serão cada vez mais vantagens comparativas extraordinárias entre as cidades no mundo.
No exato centro continental, para Cuiabá e Mato Grosso o avião e o aeroporto são mais especiais ainda. Já no final dos anos 40, época em que o máximo que chegava por aqui eram os antigos DC-3, se tanto, homens com extraordinária visão de futuro destinaram os 700 hectares onde está hoje o Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Fantásticos visionários! Hoje Cuiabá dispõe de um dos aeroportos melhor situados urbanisticamente e com área suficiente para firmar-se como um dos principais “hubs” aeroviários no continente, atraindo grandes empresas e gerando empregos e renda para a cidade e para o estado.
Entretanto, a grandiosa visão de futuro de nossas autoridades públicas parece ter ficado naquele passado remoto. O extraordinário desenvolvimento da cidade e do estado vem exigindo há décadas constantes e sucessivas ampliações e melhorias em nosso aeroporto, as quais só acontecem defasadas, após demandas fortemente reprimidas. Este ano, por exemplo, o movimento de passageiros deve beirar o 3,0 milhões e o Marechal Rondon convive com uma estrutura projetada na década de 90 para 1,0 milhão de passageiros/ano, cujas obras ficaram pela metade, paralisadas em 2004. A socos e pontapés foi feito ano passado um puxadinho para o desembarque. Chegamos a perder para Campo Grande uma linha internacional com a Bolívia pela falta de uma sala de 4x7 metros! Vergonha! Agora chegou a Copa do Mundo, um projeto nacional com o qual se esperava que afinal Cuiabá e Mato Grosso teriam um aeroporto digno e contemporâneo ao seu desenvolvimento. Qual o que!
Após 3 anos e meio da escolha de Cuiabá como uma das sedes da Copa, até ontem a Infraero não havia concluído a licitação das obras da estação de passageiros, prometida na última vez para início do mês de novembro. Nesse período tratei do assunto em quase 40 artigos, metade dos quais específicos. Molecagem, sabotagem e outras expressões menos publicáveis foram compartilhadas com muitos leitores indignados em relação a essa que é uma das 3 obras indispensáveis à realização da Copa do Pantanal. O senador Blairo Maggi, o ex-governador visionário que trouxe a Copa para Mato Grosso, poderia incluir o assunto na agenda de sua noticiada audiência com a presidenta Dilma, que talvez não saiba o que está acontecendo com o aeroporto. Agora faltam apenas 576 dias para o início da Copa e ainda dá tempo, porém agora só em 3 turnos, sábado e domingo, como aventado em caso de necessidade por Lula, quando ainda presidente. O senador poderia também incluir na sua agenda o trecho ferroviário de Rondonópolis a Cuiabá e daqui a Lucas, bem menor que a FICO, assim como a duplicação rodoviária até Posto Gil, não só até Rondonópolis. E viva o Cuiabá Arsenal, mais uma vez na final do campeonato brasileiro de futebol americano!
(Publicado em 13/11/2012 pelo Diário de Cuiabá)
Seria dispensável falar sobre a importância de um aeroporto internacional de grande porte para qualquer cidade do mundo. Contudo ainda tem muita gente em Cuiabá, inclusive nos altos escalões, pensando tratar-se de um equipamento comum a qualquer cidade. Talvez por sua localização privilegiada central na cidade pelo qual todo mundo passa todos os dias, muitos se acostumaram e pensam erradamente tratar-se de um equipamento comum. Não é. Os aeroportos de grande porte são equipamentos fundamentais neste mundo globalizado, não só para cargas, mas, em especial como ferramenta de conexão entre as pessoas individuais, oficiais ou corporativas. Quanto mais os indivíduos e o planeta se globalizam virtualmente, mais é necessário o contato direto interpessoal bem como os espaços e equipamentos que propiciam tais encontros. Os aeroportos são e serão cada vez mais vantagens comparativas extraordinárias entre as cidades no mundo.
No exato centro continental, para Cuiabá e Mato Grosso o avião e o aeroporto são mais especiais ainda. Já no final dos anos 40, época em que o máximo que chegava por aqui eram os antigos DC-3, se tanto, homens com extraordinária visão de futuro destinaram os 700 hectares onde está hoje o Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Fantásticos visionários! Hoje Cuiabá dispõe de um dos aeroportos melhor situados urbanisticamente e com área suficiente para firmar-se como um dos principais “hubs” aeroviários no continente, atraindo grandes empresas e gerando empregos e renda para a cidade e para o estado.
Entretanto, a grandiosa visão de futuro de nossas autoridades públicas parece ter ficado naquele passado remoto. O extraordinário desenvolvimento da cidade e do estado vem exigindo há décadas constantes e sucessivas ampliações e melhorias em nosso aeroporto, as quais só acontecem defasadas, após demandas fortemente reprimidas. Este ano, por exemplo, o movimento de passageiros deve beirar o 3,0 milhões e o Marechal Rondon convive com uma estrutura projetada na década de 90 para 1,0 milhão de passageiros/ano, cujas obras ficaram pela metade, paralisadas em 2004. A socos e pontapés foi feito ano passado um puxadinho para o desembarque. Chegamos a perder para Campo Grande uma linha internacional com a Bolívia pela falta de uma sala de 4x7 metros! Vergonha! Agora chegou a Copa do Mundo, um projeto nacional com o qual se esperava que afinal Cuiabá e Mato Grosso teriam um aeroporto digno e contemporâneo ao seu desenvolvimento. Qual o que!
Após 3 anos e meio da escolha de Cuiabá como uma das sedes da Copa, até ontem a Infraero não havia concluído a licitação das obras da estação de passageiros, prometida na última vez para início do mês de novembro. Nesse período tratei do assunto em quase 40 artigos, metade dos quais específicos. Molecagem, sabotagem e outras expressões menos publicáveis foram compartilhadas com muitos leitores indignados em relação a essa que é uma das 3 obras indispensáveis à realização da Copa do Pantanal. O senador Blairo Maggi, o ex-governador visionário que trouxe a Copa para Mato Grosso, poderia incluir o assunto na agenda de sua noticiada audiência com a presidenta Dilma, que talvez não saiba o que está acontecendo com o aeroporto. Agora faltam apenas 576 dias para o início da Copa e ainda dá tempo, porém agora só em 3 turnos, sábado e domingo, como aventado em caso de necessidade por Lula, quando ainda presidente. O senador poderia também incluir na sua agenda o trecho ferroviário de Rondonópolis a Cuiabá e daqui a Lucas, bem menor que a FICO, assim como a duplicação rodoviária até Posto Gil, não só até Rondonópolis. E viva o Cuiabá Arsenal, mais uma vez na final do campeonato brasileiro de futebol americano!
(Publicado em 13/11/2012 pelo Diário de Cuiabá)
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sábado, 10 de novembro de 2012
RUMO AO BI BRASILEIRO
Foto Caroline Pilz Pinnow
Cuiabá Arsenal volta a campo neste sábado, contra o Botafogo Espectros
Os dois times nunca se enfrentaram e chegaram a semifinal nacional depois de vencerem todas as partidas que fizeram na competição. Hoje às 18 hs no Dutrinha.
Leia mais em: http://globoesporte.globo.com/mt/noticia/2012/11/cuiaba-arsenal-volta-campo-neste-sabado-contra-o-botafogo-espectros.html
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012
DIA MUNDIAL DO URBANISMO
ARTIGO PUBLICADO EM 8 DE NOVEMBRO DE 2011

José Antonio Lemos dos Santos
(Charge do professor arquiteto José Maria de Andrade)
A cidade constitui a maior, mais complexa e mais bem-sucedida das invenções do homem. Surgida há 5 mil anos, com ela surge a civilização transformadora e aceleradora da evolução humana. De lá para cá o mundo foi se urbanizando e a partir de 2008 a população global urbana supera a população rural, com muitos países com percentuais superiores a 80%, como o Brasil.
Na história da cidade a grande mudança foi com a Revolução Industrial. Até então ela não fora questionada, ainda que tenha enfrentado importantes crises em seu desenvolvimento. Com a industrialização, a urbanização acelera e as cidades se desequilibram gravemente, exigindo controle e intervenções em seu desenvolvimento. Surge então a ciência do Urbanismo, que evolui e supera a etapa do urbanismo modernista da Carta de Atenas, passa pelas experiências pós-modernistas do Novo Urbanismo, e chega a uma nova Revolução, a da informática e da globalização, com os desafios da compatibilidade ambiental, da inclusão e das possibilidades das cidades inteligentes, verdes e sustentáveis.
De extrema complexidade, a cidade é comparável a um organismo vivo em dimensões imensas, que vão das pequenas vilas até as megalópoles, chegando a centenas ou milhares de quilômetros quadrados com dezenas de milhões de habitantes. A cidade é um enorme recipiente, articulado regionalmente, onde acontecem as relações urbanas em toda sua múltipla diversidade. Sua função é permitir que tais relações aconteçam da melhor forma com sustentabilidade, conforto, segurança e, sobretudo, justiça. Ajudá-las no cumprimento desta função é o objetivo do Urbanismo.
Em evolução contínua, o Urbanismo reflete a complexidade de seu objeto de trabalho e abrange os diversos campos de conhecimento que a cidade envolve. O urbanista não é mais um especialista, mas um generalista voltado a entender o organismo urbano com um todo. Não se pode tratar os problemas da cidade sem antes tratar da cidade com problemas. O urbanista precisa saber um pouco de tudo para enxergar o todo, e, em especial, saber que esse conhecimento é quase nada sem a companhia das diversas especializações técnicas nas múltiplas facetas da cidade.
8 de novembro é o Dia Mundial do Urbanismo, criado em 1949 para uma reflexão global sobre o assunto. As cidades de novo vivem uma Revolução com as perspectivas da informática, do ciberespaço, e a iminência do colapso com a água, lixo, transportes, poluição, energia, emprego, uso do solo e segurança. As cidades falhando, a civilização explode. O problema maior do século XXI são as cidades. Inaceitável que no Brasil o Urbanismo e o urbanista sejam tão desconsiderados. Como pode uma cidade como Cuiabá ter nos quadros de sua prefeitura apenas seis arquitetos? E quantos dedicados ao Urbanismo? Como pode Cuiabá extinguir seu órgão específico de planejamento urbano? Como pode uma nova lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano ser aprovada por unanimidade em apenas um dia de tramitação na Câmara de Cuiabá? E a marginalização dos urbanistas na preparação da cidade para a Copa? A falta do Urbanismo asfixia as cidades brasileiras, estressando, mutilando e matando seus cidadãos. Mas ainda são os locais da diversidade e da inovação. Crise é risco e oportunidade, e a crise urbana é o grande desafio global e local. Ao lado da aparentemente inevitável tragédia urbana global está a oportunidade da reinvenção urbana em busca de cidades mais justas, seguras, sustentáveis e humanas.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá e Blog do José Lemos em 08/11/2011)
A cidade constitui a maior, mais complexa e mais bem-sucedida das invenções do homem. Surgida há 5 mil anos, com ela surge a civilização transformadora e aceleradora da evolução humana. De lá para cá o mundo foi se urbanizando e a partir de 2008 a população global urbana supera a população rural, com muitos países com percentuais superiores a 80%, como o Brasil.
Na história da cidade a grande mudança foi com a Revolução Industrial. Até então ela não fora questionada, ainda que tenha enfrentado importantes crises em seu desenvolvimento. Com a industrialização, a urbanização acelera e as cidades se desequilibram gravemente, exigindo controle e intervenções em seu desenvolvimento. Surge então a ciência do Urbanismo, que evolui e supera a etapa do urbanismo modernista da Carta de Atenas, passa pelas experiências pós-modernistas do Novo Urbanismo, e chega a uma nova Revolução, a da informática e da globalização, com os desafios da compatibilidade ambiental, da inclusão e das possibilidades das cidades inteligentes, verdes e sustentáveis.
De extrema complexidade, a cidade é comparável a um organismo vivo em dimensões imensas, que vão das pequenas vilas até as megalópoles, chegando a centenas ou milhares de quilômetros quadrados com dezenas de milhões de habitantes. A cidade é um enorme recipiente, articulado regionalmente, onde acontecem as relações urbanas em toda sua múltipla diversidade. Sua função é permitir que tais relações aconteçam da melhor forma com sustentabilidade, conforto, segurança e, sobretudo, justiça. Ajudá-las no cumprimento desta função é o objetivo do Urbanismo.
Em evolução contínua, o Urbanismo reflete a complexidade de seu objeto de trabalho e abrange os diversos campos de conhecimento que a cidade envolve. O urbanista não é mais um especialista, mas um generalista voltado a entender o organismo urbano com um todo. Não se pode tratar os problemas da cidade sem antes tratar da cidade com problemas. O urbanista precisa saber um pouco de tudo para enxergar o todo, e, em especial, saber que esse conhecimento é quase nada sem a companhia das diversas especializações técnicas nas múltiplas facetas da cidade.
8 de novembro é o Dia Mundial do Urbanismo, criado em 1949 para uma reflexão global sobre o assunto. As cidades de novo vivem uma Revolução com as perspectivas da informática, do ciberespaço, e a iminência do colapso com a água, lixo, transportes, poluição, energia, emprego, uso do solo e segurança. As cidades falhando, a civilização explode. O problema maior do século XXI são as cidades. Inaceitável que no Brasil o Urbanismo e o urbanista sejam tão desconsiderados. Como pode uma cidade como Cuiabá ter nos quadros de sua prefeitura apenas seis arquitetos? E quantos dedicados ao Urbanismo? Como pode Cuiabá extinguir seu órgão específico de planejamento urbano? Como pode uma nova lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano ser aprovada por unanimidade em apenas um dia de tramitação na Câmara de Cuiabá? E a marginalização dos urbanistas na preparação da cidade para a Copa? A falta do Urbanismo asfixia as cidades brasileiras, estressando, mutilando e matando seus cidadãos. Mas ainda são os locais da diversidade e da inovação. Crise é risco e oportunidade, e a crise urbana é o grande desafio global e local. Ao lado da aparentemente inevitável tragédia urbana global está a oportunidade da reinvenção urbana em busca de cidades mais justas, seguras, sustentáveis e humanas.
(Publicado pelo Diário de Cuiabá e Blog do José Lemos em 08/11/2011)
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terça-feira, 6 de novembro de 2012
UM GRAMADO PARA O DUTRINHA
José Antonio Lemos dos Santos
O esporte em seu sentido mais verdadeiro é uma das mais elevadas formas de celebração da vida, tanto nas vitórias como nas derrotas, ambas faces de uma mesma moeda. Seu requisito básico é a máxima vitalidade exigindo assim práticas saudáveis de vida, bem como espírito coletivo, competitividade, determinação, disciplina, enfim, os tantos aspectos que devem moldar o caráter positivo dos povos. Agregador da educação e da integração cultural, o esporte hoje vai além do aspecto lúdico ou de lazer, sendo também uma das atividades comerciais mais rentáveis no mundo, portanto uma alternativa concreta de trabalho, emprego e renda em especial para a juventude.
Dentre os esportes, o futebol é aquele com maior número de aficionados a ponto de tornar-se também um poderoso instrumento de marketing global para países, regiões e cidades. Quando Dutra, o presidente cuiabano, trouxe a Copa de 50, já pensava em mostrar ao mundo através dela que o Brasil deixara de ser rural e avançava nos rumos da industrialização e da modernidade. Assim o esporte, e o futebol em particular, por uma série de razões, deve ser tratado hoje como coisa séria, assunto de Estado, em especial como poderoso instrumento educativo e de formação dos jovens. Para Mato Grosso e Cuiabá essa concepção é mais clara, dada a proximidade do trecho de fronteira mais vulnerável do Brasil, que expõe a juventude local aos poderes do tráfico internacional e às macabras tentações das drogas com suas garras cruéis de criminalidade e violência. Creio que é nesse sentido que Cuiabá sedia este mês as Olimpíadas Escolares com milhares de jovens brasileiros em um espetáculo vital que merecia melhor promoção, principalmente entre as escolas de todo o Estado.
O cuiabano sempre teve um grande xodó pelo futebol, talvez pelo clima que impõe atividades em espaços abertos. Acertadamente em Cuiabá as sucessivas administrações municipais desenvolvem importantes projetos na área tais como o Miniestádios, Bom de Bola-Bom de Escola, Pixote, Peladão e assim, a par de oferecer uma ótima alternativa de lazer para a juventude, a prefeitura implanta um verdadeiro canteiro de craques. Esses jovens atletas que surgem precisam ter clubes onde desenvolver suas potencialidades como profissionais. Na falta, muitos vão para outros estados e países. Outros não têm a mesma sorte, às vezes simplesmente por não estar no lugar certo na hora certa. Para muitos destes, a alternativa é a frustração e o descaminho.
A prefeitura avançaria ainda mais nessa área apoiando os clubes profissionais de futebol de Cuiabá. Do jeito que está é como dar boa formação técnica aos jovens, mas não fomentar a instalação de empresas para empregá-los. Bastam o apoio institucional e logístico e a manutenção do único estádio da cidade, o Dutrinha, adquirido pela prefeitura sob a alegação de que seria reformado. Até hoje, nada. Finda a temporada 2012, este é o momento certo para reformar o gramado, hoje a mais urgente carência do futebol cuiabano. Com autoridade de quem vai ao estádio em quase todos os jogos, para mim o péssimo estado do gramado eliminou o Mixto na série “D”, quase fez o mesmo com o Cuiabá na “C” e com o próprio Mixto domingo passado, prejudicando os times locais em todas as competições estaduais e nacionais de que participam. Jogar em casa aqui é desvantagem. Arrumar o gramado é urgente e barato, ainda mais para uma sede de Copa. O sucesso dos nossos times abre chances para craques locais de carne e osso, vizinhos de bairro, gente como a gente. Precisamos de mais Bogés, Fernandos e Pererecas, ídolos daqui nos quais a juventude possa se espelhar para seguir o caminho do esporte e da vida saudável, longe das drogas e dos crimes.
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domingo, 4 de novembro de 2012
A ARENA DE MINHA JANELA
Passando a marca dos 50% das obras, veja como está a Arena Pantanal vista de minha varanda hoje dia 4 de novembro de 2012:
Dá para comparar com a situação no mês passado (04/10/12):
Ou no início do ano (14/01/12):
Foto: José Antonio
Dá para comparar com a situação no mês passado (04/10/12):
Foto: José Antonio
Ou no início do ano (14/01/12):
Foto: José Antonio
Confira com a maquete para ver se está indo tudo certo:
sábado, 3 de novembro de 2012
JACQUES TATI NO SESC ARSENAL HOJE
|
Mostra "Tati por inteiro": Exibição das obras do cineasta francês Jacques Tati e um documentário sobre sua vida e obra.
PROGRAMAÇÃO:
03/11 - Sábado
19h- Lançamento da “Mostra Tati por Inteiro”
Meu tio (Mon oncle. 1956. 116 min. P/BP).
04/11 - Domingo
18h30 - As férias do sr. Hulot (Les Vacances de Monsier Hulot. 1953. 104 min., P/B)
06/11 – Terça-feira
19h - Tempo de Diversão (Playtime. 1967. 114 min., P/B)
07/11 - Quarta-feira
19h - As Aventuras do sr. Hulot no trânsito louco (Trafic. 1971, 93 min. P/B)
08/11 - Quinta-feira
19h - Parada (Parade. 1974, 85 min., P/B)
Dia 09/11 – Sexta-feira
19h - Carrossel da Esperança (Jour de fête. 1949. 77min. P/B)
10/11 - Sábado
19h - Cuida da sua esquerda (Soigne ton gauche. 1936. 12min. P/B)
19h15 - A escola dos carteiros (L'Ecole des facteurs. 1947.15min P/B)
19h35 - Curso noturno (Cours du soir. 1947. 15min. P/B)
11/11 - Domingo
18h30 - Tati: Seguindo os passos do sr. Hulot (Tati sur les pas de Monsieur Hulot. Sophie Tatischeff. 1986. 52 min., Documentário em cores)
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