"FIRMITAS, UTILITAS et VENUSTAS" (Tríade Vitruviana)



sexta-feira, 5 de julho de 2013

EDUARDO SOUTO E PAUL GOLDBERGER

Matéria do G1 de hoje sobre mesa com os dois, trazendo uma simpática e rápida palavra do
importante arquiteto português. Está em:



04/07/2013 13h27 - Atualizado em 04/07/2013 15h34 -    g1.globo.com


'Pessoas não fazem amor na semiótica', diz arquiteto português

Eduardo Souto de Moura e crítico Paul Goldberger participaram da mesa 2.
Na Flip, debate fugiu da literatura para abordar relações da arquitetura.


Letícia MendesDo G1, em Paraty

     O crítico norte-americano Paul Goldberger e o arquiteto português Eduardo Souto de Moura participaram da segunda mesa desta quinta-feira (4), na 11ª Flip, intitulada "As medidas da histórias". Goldberger atualmente escreve sobre arquitetura e urbanismo para a revista "Vanity Fair", enquanto Moura venceu, em 2011, o prêmio Pritzker.
     O G1 transmitirá ao vivo todas as mesas da Flip 2013, tanto com áudio traduzido (se a palestra não for em português) quanto com áudio original.
     O mediador Ángel Gurría-Quintana iniciou a conversa, na Tenda dos Autores, dizendo que Moura participou de uma oficina com estudantes de arquitetura no último domingo, em Paraty, e que Goldberger já passeou pelo Rio nesta semana para conhecer pessoalmente as criações de Oscar Niemeyer e Burle Marx.
     A relação entre os espaços físicos com a identidade de uma comunidade foi o tema principal em um debate que deixou um pouco de lado a literatura. Para introduzir o debate, o mediador citou uma frase do arquiteto Mies van der Rohe que diz: "A arquitetura é a vontade de uma época traduzida em espaço". Goldberger afirmou que é mais importante ver o que os arquitetos fazem do que o que eles falam e que "grande arquitetura tem sido uma exceção", elogiando Moura.
     "É interessante explorar a intenção do arquiteto. Quando olho para o que já escrevi em 40 anos, boa parte eu gosto. As críticas que eu não gostei foram as que eu fui muito condescendente com um arquiteto. Boas intenções nem sempre garantem bons resultados", afirmou o crítico.
     O português, que é fã de Paulo Mendes da Rocha, disse que quando saiu da faculdade não sabia nem fazer uma linha. "Arquitetura era linguística, simbologia, política quando eu estudava. Mas as pessoas não dormem, comem e fazem amor na semiótica", brincou.
     Já Goldberger comparou o trabalho de um arquiteto com o de um psicanalista. "Quando se faz uma casa para alguém, se ela der certo quer dizer que o arquiteto entrou na alma da pessoa. É um desafio gigantesco". Sobre Oscar Niemeyer, o crítico americano acredita que ele "foi o melhor e o pior que aconteceu para a arquitetura no Brasil", afirmando que ele perdeu originalidade e começou a copiar a si mesmo.

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